Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Receita de ano novo

Por Carlos Drummond de Andrade


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Só da boca pra fora

Enquanto a mídia familiar de Helder Barbalho arrota um paraensismo exagerado, o alcaide contrata o carioca Alexandre Pires para cantar na festa de aniversário de Ananindeua, ignorando os tantos artistas locais que poderiam dar mais brilho à festa do que aquele vil baba ovo do carrasco George Bush.
Aliás,como já havia feito D. Costa, que contratou a baiana Ivete Sangalo para o show de abertura das comemorações do aniversário de Belém, também ignorando os nossos, só lembrados em época eleitoral. Tudo dentro da retórica hipócrita desses cultores do "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". Lamentável!

Dilma supera a meta do Bolsa-Família

DAIENE CARDOSO – Agência Estado

No primeiro ano do governo Dilma Rousseff, o governo federal gastou 19,4% a mais com o programa Bolsa Família, superando a meta de inclusão de 320 mil novas famílias. Em 2011 foram transferidos R$ 16,699 bilhões a 13,352 milhões de famílias brasileiras, contra R$ 13,4 bilhões do ano anterior. De acordo com balanço divulgado hoje (30) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o aumento se deve ao reajuste de 45% no benefício variável pago a crianças e adolescentes de até 15 anos e de 15% para jovens entre 16 e 17 anos, além da inclusão de grávidas e de mulheres que amamentam.

Com o aumento do benefício pago a crianças e jovens, o governo federal passou a desembolsar em abril R$ 1,4 bilhão por mês. A decisão de aumentar o valor dos benefícios dessa faixa etária se deve à revelação do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que 40% dos 16,2 milhões de pessoas em extrema pobreza têm até 14 anos de idade.

Além do reajuste no benefício de crianças e jovens, este ano o governo autorizou a ampliação do limite de pagamentos por família (de três para cinco pessoas de até 15 anos). O ministério informa que, com a medida, foram pagos 1,3 milhão de novos benefícios.

A inclusão de mães que amamentam bebês de até 6 meses de idade (chamadas de nutrizes) em novembro e de gestantes, que passaram a receber o Bolsa Família este mês, foi o destaque do programa. Nas duas situações, as mulheres só podem receber o benefício se a família estiver inscrita no Cadastro Único e se estiver dentro do limite de cinco benefícios por família. O governo já paga 93.186 benefícios a nutrizes (o que corresponde a R$ 2,9 milhões) e 25.305 a grávidas – um acréscimo de R$ 809,7 mil na folha de pagamento do Bolsa Família.

Mudanças no cálculo do IPCA

A partir de segunda-feira, o preço do chuchu não será mais monitorado pelo IBGE para calcular a inflação oficial do país. Tampouco as mensalidades dos supletivos e o preço da autoescola.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), usado pelo governo para determinar a meta de inflação, começa o ano de cara nova, o que provocará também mudanças no resultado da inflação.
Quando foi anunciada, no fim de novembro, a nova estrutura do IPCA provocou uma onda de revisões das estimativas para a inflação em 2012. Todas para baixo.
O banco Itaú, por exemplo, cortou de 5,75% para 5,25% a inflação prevista para o ano que vem, só devido à mudança nesse retrato.
Ainda de acordo com o banco, com a alteração, já em março a inflação em 12 meses deverá voltar ao patamar dos 5%, o que não é visto desde janeiro de 2011. Até novembro, a inflação está em 6,64%.
A atualização do IPCA pretende refletir novos hábitos de consumo do brasileiro.
Itens que estão com preços em alta acabaram perdendo importância no cálculo. Educação e serviço de empregada doméstica, que subiram no último ano 8% e 11% respectivamente, encolheram.
Já produtos com preços em baixa ganharam importância, como eletroeletrônicos e automóveis, que nos últimos 12 meses ficaram 3,95% e 2,69% mais baratos.
Entre 2008 e 2009, o IBGE verificou que as famílias estão gastando menos com empregada doméstica. Por outro lado, passaram a consumir mais salmão, DVDs e celulares com internet.
Desde 1979, o índice que mede a inflação mudou cinco vezes. Há 30 anos, o IBGE monitorava o preço da lenha, há 20 anos, havia itens como ozonizador e videocassete.
Na inflação de 2012, serão monitorados os preços de 365 itens. Antes, eram 384. Desde 2006, o IBGE concentra esforços em produtos presentes na maior parte das casas do país. Daí a saída do chope e do bacalhau do índice de preços, com consumo mais localizado em algumas capitais.
SÃO PAULO ENCOLHE
Mudanças também ocorrem regionalmente. A dispersão da atividade e da renda para outras cidades fez encolher a participação de São Paulo na inflação nacional.
A maior cidade do país é ainda a mais importante, mas sua contribuição para o índice de preços nacional recuou de 33% para 31%. Há 15 anos, sua fatia era 36%.
Rio de Janeiro, Porto Alegre e Fortaleza também perderam peso. As demais sete capitais onde há coleta de informações ganharam peso, com destaque para Recife (de 4,1% para 5,05%) e Goiânia (de 3,7% para 4,4%).
(Aposentado Invocado)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Kkkkkkkkkkkkkkkkk

Supremo Tribunal dos Justos livra bom homem da perseguição

By Ramsés II
Jader
Bom Barbalho, homem áfago, gentil e íntegro, incapaz de violências ou de atos aéticos, enfim reabilitado


Homens de bens e benz da pátria,
Podemos ficar tranquilos, afinal a justiça existe nesse país.
Nesse glorioso dezembro, finalmente um tribunal supremo dos homens bons e justos promoveu a justiça, reabilitando o bom homem Jáder Barbalho, garantindo sua posse no senado da república.

Jáder Barbalho, político conhecido nacional e internacionalmente por sua honestidade e integridade impoluta, das quais jamais abriu mão, empresário das comunicações, é proprietário do Grupo RBA de Comunicação e do jornal Diário do Pará, e um dos acionistas da TV Tapajós, afiliada à Rede Globo.

Perseguido pela Stasi Lullodillmista
Com início humilde em Belém, Jader tornou-se um milionário somente após várias décadas na política, porém graças a sua enorme competência e trabalho árduo de sol a sol, sem descanso, na vida privada, inclusive no ranário de sua (ex?) mulher, onde alimentava as pobrezinhas na engorda.
Na vida pública pontuou de forma permanente pela defesa intransigente da coisa pública, mesmo quando podia estar ganhando muito mais na privada.
Ator de sucesso internacional, Jáder Barbalho integrou o elenco do filme Send a Bullet, clássico do far-west norte-americano, o que despertou inveja nos estatistas totalitários, que não admitem o sucesso na livríssima iniciativa.
Perseguido por marxistas, lullo-búlgaros e outros anarco-subversivos, que instituiram a chamada Lei da Ficha Limpa, de clara inspiração evo-chavista, impediram a posse de vários homens ilustres, alguns já reabilitados pelo mesmo egrégio tribunal como o, desculpem o pleonasmo, bom tucano, senadô Cássio Cunha Lima.
Mas o tribunal supremo deu uma tacada também suprema e, como dizem, matou dois coelhos vermelhos com uma só cajadada. Reabilitou o bom senador Barbalho e ainda com sua futura posse, perde a cadeira que vinha ocupando a atual senadora Marinor Brito do PSOL, subversiva clandestina e agente comunista a soldo da Coréia do Norte.

Feliz Barbalho

E carece totalmente de fundamento a barriga, notícia falsa e sem fundamento, que um jornal de família do bem e de muitos bens teria dado quanto a orientação recebida por amigos do senador dada pelo juiz peludo, coisas tão infames que não recomendo a leitura.

Podemos respirar aliviados, viva a justiça da Terra de Vera Cruz, Feliz Natal aos homens brancos de boa vontade, nos deseja o bom homem!
(Prof. Hariovaldo)

É sempre assim!

Saiu o pacote de medidas austeras(kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk) do governo de Mariano Rajoy, o novo dirigente direitista da Espanha. E qual a primeira e única medida de impacto nele contida? Congelamento de salários, claro. O resto é cosmético até que venha um outro que reduza impostos para a elite.
Enquanto isso, 22% da população economicamente ativa continua na rua da amargura e, com congelamento de salários e mais recessão, nada indica que essa situação mudará a curto prazo. Dèja vu!

Juiz proíbe garçonetes de topless em restaurante(um mala!)




O restaurante Les Princesses d'Hochelaga, na cidade canadense de Montreal, foi proibido de manter suas garçonetes que trabalhavam de topless.
Uma decisão judicial provocada por uma demanda da prefeitura obrigou que as moças se vestissem.
O topless era costume desde que o restaurante foi inaugurado, em 1998.
Em 2004, a prefeitura começou a tentar impedir a prática.
A prefeitura conseguiu em 2010 uma decisão favorável no Tribunal Superior de Québec, baseada no fato de que não eram permitidos "estabelecimentos eróticos" na região.
Raynald Morissette, dono do restaurante, argumentou que seu estabelecimento não abrigava shows eróticos, mas apenas mulheres atraentes servindo comida.
Os clientes disseram que estão insatisfeitos. Muitos afirmaram que vinham ao local apenas para ver as garotas. Vários turistas frequentavam o local, segundo eles.
As garçonetes reclamaram e disseram que as gorjetas caíram quase pela metade após a proibição.
(A Província)

Baixaria histórica

Não seria de bom tom que o senador corrupto fizesse caretas durante a posse.Essa careta do filho de Jader é uma forma direta e sincera de homenagear o povo paraense que votou no senador corrupto



Em 5 de abril de 2000, Jader Barbalho (PMDB-PA) protagonizou um dos duelos mais marcantes já registrados no plenário do Senado ao entrar em guerra aberta com Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que morreu em 20 de julho de 2007. Diante de uma plateia de parlamentares em constrangido silêncio, os dois trocaram insultos na tribuna, em um espetáculo transmitido ao vivo pela TV Senado.

No ápice de uma tensão que já se arrastava por semanas, ACM comunicou que entregaria à Mesa Diretora da Casa um dossiê contra Jader, que reagiu de pronto. Em um discurso, desfiou as passagens menos abonadoras da vida política do senador baiano. Chamou-o de "corrupto". ACM retrucou: "Vossa Excelência é um ladrão", disse a Jader. A contenda refletia o embate entre os dois partidos, PMDB e PFL, pelo direito de exibir as credenciais de aliado preferencial do governo de Fernando Henrique Cardoso.

Nenhum dos dois sairia ileso do confronto. ACM renunciou ao cargo para evitar ser cassado por conta do escândalo envolvendo a violação do sigilo do painel eletrônico no Senado, durante a votação do processo de cassação do então senador Luiz Estevão.

Meses depois era o senador peemedebista que deixava o Senado pela porta dos fundos, também buscando escapar de um processo de cassação. Acabou fulminado pela avalanche de denúncias em torno do desvio de recursos do Banco do Estado do Pará (Banpará) e de irregularidades com financiamentos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
(Os Amigos do Presidente Lula)

Conversa pra camarão nadar de costas

Não passa de papo furado da Fumbel essa conversa de preservação do centro histórico da cidade, pra proibir o carnaval de rua naquela área. Até parece que só aqui se faz carnaval de rua em bairros seculares, quando até os azulejos portugueses sabem que o carnaval bomba em Olinda, Recife, Salvador, São Luís, Rio de Janeiro e até Ouro Preto, talvez, o mais animado carnaval de Minas Gerais.
Na verdade, a atitude da Fumbel não passa de "autoritalismo", mistura de autoritarismo com populismo, bem ao estilo D. Costa, que não admite a ocorrência de um evento sem que a Prefeitura tenha a oportunidade de extrair dividendos políticos. Como o carnaval do centro histórico independe de qualquer organização sofisticada, então, D. Costa deixa duas opções nada simpáticas: ou a prefeitura coloca ordem no bloco alheio, ou não tem carnaval. Coisa típica de mala fundamentalista. Credo!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Égua da sentença!

SENTENÇA JUDICIAL DATADA DE 1833 - PROVÍNCIA DE SERGIPE
O adjunto de promotor público, representando contra o cabra Manoel Duda, porque no dia 11 do mês de Nossa Senhora Sant'Ana quando a mulher do Xico Bento ia para a fonte, já perto dela, o supracitado cabra que estava de em uma moita de mato, sahiu della de supetão e fez proposta a dita mulher, por quem queria para coisa que não se pode trazer a lume, e como ella se recuzasse, o dito cabra abrafolou-se dela, deitou-a no chão, deixando as encomendas della de fora e ao Deus dará. Elle não conseguiu matrimonio porque ella gritou e veio em amparo della Nocreto Correia e Norberto Barbosa, que prenderam o cujo em flagrante. Dizem as leises que duas testemunhas que assistam a qualquer naufrágio do sucesso faz prova.
CONSIDERO:
QUE o cabra Manoel Duda agrediu a mulher de Xico Bento para conxambrar com ela e fazer chumbregâncias, coisas que só marido della competia conxambrar , porque casados pelo regime da Santa Igreja Cathólica Romana;
QUE o cabra Manoel Duda é um suplicante deboxado que nunca soube respeitar as famílias de suas vizinhas, tanto que quiz também fazer conxambranas com a Quitéria e Clarinha, moças donzellas;
QUE Manoel Duda é um sujeito perigoso e que não tiver uma cousa que atenue a perigança dele, amanhan está metendo medo até nos homens.
CONDENO:
O cabra Manoel Duda, pelo malifício que fez à mulher do Xico Bento, a ser CAPADO, capadura que deverá ser feita a MACETE.. A execução desta peça deverá ser feita na cadeia desta Villa. Nomeio carrasco o carcereiro.. Cumpra-se e apregue-se editais nos lugares públicos.
Manoel Fernandes dos Santos
Juiz de Direito da Vila de Porto da Folha Sergipe, 15 de Outubro de 1833.
Fonte: Instituto Histórico de Alagoas
(A Província)

O Pestinha 4


Foi teu pai que te ensinou péssimos modos, moleque mal educado?

Comércio eletrônico fatura R$2,6 bilhões no natal

De acordo com a e-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico, o natal de 2011 cumpriu o previsto e teve um crescimento nominal de 20% em relação ao ano anterior, enquanto as vendas em shoppings cresceram somente 5,5%, segundo dados da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).

Entre 15 de novembro e 24 de dezembro, o faturamento do e-commerce chegou a R$ 2,6 bilhões e o ticket médio ficou em R$ 347. O número de pedidos cresceu 27% em relação ao mesmo período de 2010, o que demonstra que os esforços dos lojistas para que problemas como os que ocorreram no Natal passado não voltassem a acontecer surtiram efeito.

No decorrer deste ano, as empresas investiram em logística, tecnologia, centros de distribuição e capacitação de profissionais. O resultado de todo esse trabalho foi a redução na taxa de atrasos, que caiu de 17% em 2010 para 13% esse ano.

A categoria mais vendida foi “Eletrodomésticos”. Em segundo lugar ficou “Saúde, Beleza e Medicamentos”, seguida por “Informática”, “Moda & Acessórios” e “Eletrônicos”.

O grande volume de pedidos na categoria “Saúde, Beleza e Medicamentos” já é característico da data. Já “Moda & Acessórios” se consolidou de vez entre as mais vendidas, revelando a preferência dos consumidores em presentear parentes e amigos com vestuário. “Livros e Assinaturas & Revistas”, categoria tradicional do e-commerce, ficou de fora do top 5, ocupando o 6° lugar. “Brinquedos & Games” subiu uma posição em relação a 2010 e ficou na 8° posição do ranking.

“O natal de 2011 foi muito positivo para o comércio eletrônico no Brasil, principalmente pelo recuo de 4 pontos percentuais nos atrasos, o que demonstra que o setor está amadurecido e mais bem preparado”, afirma a diretora da e-bit, Cris Rother.
-Ad-News

Apesar da crise internacional, Brasil segue gerando empregos.

São Paulo – O Brasil fecha 2011 com o patamar de desemprego mais baixo em pelo menos uma década. O cenário é literalmente o inverso do verificado, por exemplo, na França, onde a desocupação é a mais grave em 12 anos. Mas o ritmo de criação de empregos no país poderia ter sido maior ainda. Efeitos indiretos da crise econômica que atinge países desenvolvidos como os Estados Unidos e nações europeias prejudicaram a meta de abertura de postos de trabalho no ano. A indústria foi um dos setores mais prejudicados.

O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lucio, afirma que a estimativa inicial do governo de 3 milhões de empregos criados no ano exagerava no otimismo. A expectativa foi revista no início do segundo semestre para 2,7 milhões. Em 2010, foram 2,86 milhões com carteira assinada, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego.

A crise nos países ricos fez nações asiáticas como a China voltarem-se a mercados mais aquecidos, como o Brasil. “Temos dificuldades de concorrer com o produto (industrial) chinês”, avalia Ganz Lucio. Setores como o automotivo, especialmente de autopeças, e o de vestuário foram especialmente prejudicados na abertura de postos de trabalho por causa dessa investida.

De janeiro a novembro, foram criados 2,32 milhões de empregos (saldo positivo entre admissões e dispensas) segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) ante 2,54 milhões no mesmo período do ano passado. Na indústria de transformação, de janeiro a novembro, foram 357.715 novos empregos e, no mesmo período do ano passado, as novas vagas do setor somaram 638.006. Novembro de 2010 foi atípico, porque ocorreram menos dispensas do que comumente se verifica no período, quando começam desligamentos de trabalhadores temporários no setor.

“O que precisamos fazer é proteger nossa economia e investir em tecnologia para ganharmos produtividade para concorrer com esses produtos”, avalia o diretor do Dieese. No que diz respeito aos incentivos, o governo federal promoveu, em agosto deste ano, aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos com menos de 65% do valor de produção realizados no país. Outros setores receberam desonerações pontuais, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o setor têxtil deve ter novas medidas de proteção em 2012.

Ganz Lucio avisa, porém, que as ações são importantes mas podem não bastar. “Essas medidas são necessárias, mas é preciso outras, para incentivar as empresas a produzir nacionalmente e é evidente que o impacto disso é a retomada dos empregos.”

A perspectiva é de que as economias europeias e norte-americana permaneçam em recesão nos próximos anos. Isso quer dizer que haverá menos mercados absorvendo produtos exportados por nações como o Brasil, ao mesmo tempo em que o consumo nacional, de famílias e do governo, continuará a atrair a atenção e os esforços da China e de outros polos industriais.

Isso reforça a importância de o Brasil zelar por seu mercado interno, garantindo bons patamares de emprego. “Preservar os empregos também deve ser um objetivo da nossa política”, avisa o economista.

Em 2011, o país teve bons resultados. A taxa de desocupação calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atingiu em novembro o menor nível da série histórica, iniciada em março de 2002, e chegou a 5,2%. Segundo o pesquisa mensal em sete regiões metropolitanas da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), de São Paulo, e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o desemprego ficou em 9,7% em novembro. Foi a primeira vez em que a taxa ficou abaixo de dois dígitos desde janeiro de 1998, quando a pesquisa começou a ser feita.

Da Rede Brasil Atual

Brasil quer recuperar dinheiro de paraísos fiscais

O governo brasileiro quer lançar uma operação para fechar acordos com paraísos fiscais no esforço de tentar identificar e recuperar o dinheiro "sujo" que sai do País - fruto do crime organizado ou corrupção. Bahamas, Liechtenstein, Jersey e Cayman estão entre as prioridades para 2012.

Os paraísos fiscais estão entre os principais destinos dos investimentos brasileiros no exterior. As autoridades brasileiras estimam que até 2009 foram enviados oficialmente US$ 18,3 bilhões para as Ilhas Cayman, além de outros US$ 13,3 bilhões para as Ilhas Virgens Britânicas, US$ 10,2 bilhões para as Bahamas e US$ 4,3 bilhões para Luxemburgo. Todos admitem que o fluxo real e escondido da Receita Federal seja bem maior que esses números e é justamente essa parcela que a Justiça está interessada em identificar.

No início da gestão do Presidente Lula, o governo fez a mesma ofensiva. Mas os acordos que fechou com diversos países jamais foram aplicados e, na maioria dos casos, foram engavetados pelas autoridades estrangeiras, que resistem em abrir os dados sobre clientes com a Justiça de outros países. Os tratados previam a troca de informação sobre suspeitos.

O secretário executivo do Ministério da Justiça, Luis Paulo Barreto, é quem está avaliando a iniciativa e estima que os tratados fechados há quase uma década eram ambiciosos demais e que não interessavam aos paraísos fiscais, já que não tratavam apenas do dinheiro do narcotráfico ou armas, mas também de evasão de divisas.

Como estavam sendo pressionadas, essas autoridades estrangeiras acabaram fechando os tratados para mostrar que estavam dispostas a cooperar. Mas deixaram o tempo passar, criaram dificuldades administrativas para a implementação dos artigos e acabaram enterrando os projetos.

"Saímos das Bahamas convencidos de que tínhamos o melhor dos acordos e que poderíamos usá-lo para lutar contra a evasão de divisas, crime e outros problemas", contou Barreto, que na época era um dos negociadores dos acordos.

Na Suíça, um acordo prevê a troca de informações entre procuradores sobre suspeitos. Mas Berna levou anos para ratificar o tratado depois que o Brasil usou parte das informações sobre o ex-prefeito Paulo Maluf para processá-lo por evasão de divisas. Na Suíça, isso não é crime e, portanto, as informações não poderiam ser usadas dessa forma.

A estratégia agora será a de começar com acordos mais modestos, mas que sejam pelo menos aplicados. Barreto já começou a avaliar essa estratégia e deve levar o assunto adiante no início de 2012.
(Os Amigos do Presidente Lula)

Empreguismo, pesquisas e falácias

Com indisfarçável ar de satisfação, o PIG(Partido da Imprensa Golpista) deu repercussão à uma pesquisa, feita por uma professora da PUC-RJ, que afirma ter Lula nomeado mais militantes de partidos políticos para cargos de confiança, do que FHC. Evidentemente, a notícia não vai a fundo na pesquisa para mostrar que danos isso trouxe ao serviço público, se é que trouxe algum. A notícia é apenas a catarsis que sublima velhas crenças pachorrentas no estado mínimo, de resto, totalmente desmoralizadas por Lula, embora os "crentes" relutem em procurar um analista que os cure do trauma.
Curioso que, recentemente, o IPEA publicou um estudo a respeito do serviço público federal mostrando até diminuição no número de servidores, eram 680 mil, em 1992, e hoje são pouco mais de 600 mil. Constatou, também, a tendência de estabilidade no gasto com remuneração dos servidores públicos, mantendo-o em um patamar inferior a 5% das receitas da União.
Além disso, o estudo desconstroi qualquer tentativa de associar Lula à criação de cabides de emprego no serviço público, ao comparar sua gestão com as dos três antecessores imediatos. Por exemplo, de 1990 a 1994, período Collor/Itamar, não foi feito qualquer concurso público para ingresso na esfera federal, logo, foi fatalmente desproporcional o número de indicados em relação ao número de concursados. Pior, na era FHC, além da falta de concursos, ainda houve os famigerados planos de demissão voluntária, incentivados por um arrocho salarial brutal, responsáveis pelo expurgo de milhares de servidores de carreira, seguido da queda de qualidade no serviço prestado. Geralmente por terceirizados pertencentes às empresas de "amigos" do tucanato e certamente não contabilizados como militantes na pesquisa da prefassora carioca. Só a título de ilustração, a farra foi tão grande que, a certa altura o Ministério Público Federal obrigou Fernado Henrique a assinar um Termo de Ajuste de Conduta(TAC), obrigando-o a substituir 28.567 servidores terceirizados. Qualquer semelhança com o Pará não é mera coincidência.
Bom, nada indica que o PIG mudará suas crenças. No entanto, é certo que continuará a repetir seus mantras neoliberais sem quaisquer bases factuais, apenas exercitando aquilo que o ex-presidente da finada ARENA, o piauiense Francelino Pereira, classificava como "brigar com os fatos." Paciência!

A "construção" de um fato

No jornal da Globo News, ontem, a apresentadora anuncia a posse quase secreta de Jader Barbalho, no Senado Federal, afirmando que a mesma é fruto de uma decisão polemica do presidente do STF, min. Cezar Peluso. Em seguida, diz que Barbalho embolsou mais de R$30 mil, se a posse fosse após o recesso ele não teria direito a essa grana. Jader responde à repórter que não houve pressa, mas atraso já que deveria ter tomado posse em 1º de fevereiro. Depois, a vice-presidenta do Senado, Marta Suplicy, que deu posse ao paraense, diz que a Casa apenas cumpriu o que diz seu Regimento Interno e a matéria encerra mostrando que sai a psolista Marinor Brito e entra o pemedebista Jader Barbalho e uma declaração do líder do governo, senador Romero Jucá, afirmando que Jader será mais um para ajudar na sustentação do governo.
Ou seja, o telespectador fica com a impressão de que o governo operou junto ao STF para que este tirasse uma oposicionista e colocasse um governista que, empossado às pressas, é recompensado com generosa remuneração. Vale dizer, o governo Dilma arca com o ônus de ter concorrido, por conta da ação ardilosa de seus aliados pemedebistas, para a posse de alguém que trabalhou contra ela e a favor de José Serra, nas últimas eleições, e ainda hoje é o maior sustentáculo do governo tucano que ajudou a eleger no estado do Pará.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A posse de Ali Barbalho

Discurso de Jader não convence e cerco se fecha
Andrei Meireles e Sônia Filgueiras

O presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), desembarcou em Brasília, na manhã da terça-feira 14, na expectativa de aproveitar a “armação amazônica” para desqualificar a enxurrada de denúncias de corrupção em que se afoga. Na quarta-feira 15, antes mesmo do laudo técnico do perito Ricardo Molina, Jader foi à tribuna do Senado para vociferar contra as acusações de participação nos escândalos com Títulos da Dívida Agrária, nas fraudes na Sudam e no desvio de recursos do Banco do Estado do Pará. Não colou. Durante 53 minutos, abusou da retórica, manipulou documentos e distorceu a verdade, mas conseguiu apenas se complicar mais. Jader insistiu, por exemplo, que até hoje o Banco Central continua lhe dando atestado de inocência das falcatruas no Banpará, apesar do calhamaço de documentos do BC e de o Ministério Público comprovar que parte do produto da fraude foi parar em suas contas bancárias e nas do clã dos Barbalho. “O discurso foi bom na forma e fraco no conteúdo. Além de não ter convencido ninguém, serviu para iluminar o que deve ser prioridade na investigação do Senado. A situação de Jader é insustentável”, avalia o líder do PPS no Senado, Paulo Hartung (ES). “Do ponto de vista pessoal, é sempre bom desabafar. Mas, do ponto de vista processual, o discurso não muda nada”, reforçou o senador Romeu Tuma (PFL-SP), integrante da comissão do Conselho de Ética que investiga as denúncias contra Jader.

Pautadas pelas contradições entre Jader e órgãos federais, as oposições resolveram acelerar a apuração do caso Banpará. Vai ser convocado o inspetor Abrahão Patruni Júnior, o primeiro a descobrir o envolvimento de Jader na fraude. Em seu discurso, o presidente licenciado do Senado voltou a pinçar trechos mais convenientes de documentos que o comprometem. Numa tentativa de contrapor os relatórios do BC à Nota Técnica do Ministério Público, que o aponta como principal beneficiário dos desvios do Banpará, apelou para a ironia. “Aquilo que o Banco Central do Brasil nunca acreditou, dois assessores dessa 5ª Câmara foram capazes de fazê-lo. Essas duas autoridades em sistema financeiro, desconhecidas até agora do público, produziram o trabalho que o Banco Central não foi capaz de fazer.” Pura balela. O próprio Jader tem em mãos desde março um relatório do BC – elaborado pelas áreas jurídica e de fiscalização e endossado pelo presidente do banco, Arminio Fraga – que o identifica como o destinatário final de R$ 7,1 milhões do dinheiro aplicado no fundo de renda fixa do Banco Itaú. Trata-se do famoso fundo de aplicações ao portador que acolheu o dinheiro desviado do Banpará e depósitos de empresas que prestavam serviços ao governo paraense durante a primeira gestão de Jader. Resumo dos 12 volumes produzidos pelos fiscais do banco, o documento do BC também afirma que R$ 12,5 milhões (65% do dinheiro sacado do fundo) foram parar nas contas do senador, da ex-mulher e atual deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA), de parentes e de outras pessoas ligadas a ele. Jader conhece há pelo menos cinco meses esses trechos que preferiu omitir. Em outro malabarismo, ele disse que a entrega dos seus extratos bancários à Comissão de Ética é uma prova de transparência. Mas Jader só liberou os extratos depois que o STF resolveu quebrar o seu sigilo bancário. Em vez de ser um instrumento de defesa, os extratos apenas confirmam as operações bancárias descritas pelo BC.


No discurso, Jader também tenta tirar o corpo fora da desapropriação da famosa Fazenda Paraíso, que só existia no papel. A participação de Jader, que pressionou para apressar o processo, está comprovada no inquérito conduzido pelo delegado da Polícia Federal Luís Fernando Ayres. A PF apura a denúncia de que Jader seria o verdadeiro dono dos TDAs fraudulentos, emitidos para pagar a desapropriação da fazenda fantasma, conforme acusação do banqueiro Serafim de Moraes e de sua atual mulher Vera Arantes, divulgada em junho por ISTOÉ. Na versão apresentada por Jader ao Senado, a denúncia caiu por terra depois do depoimento do casal a Romeu Tuma e à PF. Na realidade, o inquérito vai de vento em popa: o STF já autorizou o rastreamento das contas de todos os envolvidos, inclusive de Jader e de Elcione Barbalho. O ofício do delegado Ayres que instruiu o pedido da Procuradoria da República ao STF aponta Jader como suspeito da prática de crime de peculato (desvio de dinheiro público).

Outro escândalo com TDAs promete dar dor de cabeça ao senador. Na segunda-feira 13, a Justiça Federal suspendeu o pagamento de R$ 4,4 milhões de títulos emitidos na gestão de Jader no Ministério da Reforma Agrária, pela desapropriação do Polígono dos Castanhais, no sul do Pará. Denunciada por ISTOÉ em 1997, a indenização paga estava superfaturada em 420%, de acordo com relatório do Tribunal de Contas da União. Tem mais: Jader caiu na rede da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados que investigou a grilagem de terras na Amazônia. Na sexta-feira 17, o relator da CPI, deputado Sérgio Carvalho (PSDB-RO), pediu o indiciamento de Jader por ter feito desapropriações irregulares e superfaturadas quando comandou o Ministério da Reforma Agrária. “Não se trata de um caso ou outro, em que porventura tenha ocorrido alguma irregularidade, que pudesse ter fugido ao conhecimento do ministro e de seus assessores mais diretos. São quase todos marcados por profundas e graves irregularidades e quase sempre as mesmas”, escreveu Sérgio Carvalho em seu relatório.



Acossado por tantas denúncias, Jader foi assessorado pelos líderes do PMDB, Renan Calheiros (AL), e do PSDB, Sérgio Machado (CE), na preparação do discurso. Ao contrário do que ele mesmo espalhara há uma semana, não disparou ataques contra outros senadores. A alguns, afagou e até defendeu de acusações de corrupção. Foi o caso do presidente licenciado do Conselho de Ética, senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM). O mesmo método adotado pelo ex-senador Antônio Carlos Magalhães às vésperas de sua renúncia. Nem assim Jader melhorou sua situação. Sem respostas convincentes para a maioria das denúncias, o presidente licenciado do Senado não conseguiu se desviar da rota que o leva à perda do mandato.
(Extraído do blog Os Amigos do Presidente Lula)

Resposta à resposta de Verônica Serra

Por Luis Nassif, em seu blog:

Em sua "Resposta", Verônica Serra sustenta que deixou a Decidir.com em 2001.

De acordo com o livro de Amaury Ribeiro Jr., Verônica Serra contou apenas parte da história. Seria importante - para esclarecimento final da questão - que apresentasse explicações para os pontos efetivamente centrais do livro e não apenas para o que parece ser a parte mais desimportante da história.



Até 2001 existia, de fato, uma Decidir.com registrada no Departamento de Comércio da Flórida (p. 186). Nesse ano, essa Decidir.com fecha o registro. Essa é a parte que Verônica conta. O que não conta, segundo o que está no livro:

Simultaneamente, foi aberta uma nova Decidir.com, desta vez em Ilhas Virgens, no escritório da Citco (que abriga contas de várias pessoas do esquema Ricardo Sérgio-Serra). Nesse mesmo ano de 2001, Verônica adquire a casa em que José Serra vive desde os tempos em que era Secretário do Planejamento de Montoro.

Em 2006 a Decidir.com das Ilhas Virgens injeta R$ 10 milhões na Decidir do Brasil, uma empresa que tem como sede o escritório de Verônica Serra na rua Renato Paes de Barros. Além do escritório, a própria Verônica aparece como vice-presidente da Decidir brasileira. Depois de receber o dinheiro, já no primeiro ano a empresa registra um prejuízo de R$ 1 milhão.

A chave da questão é a entrada da Equifax - empresa de análise de crédito - no capital da Decidir brasileira.

Esse mesmo esquema, segundo o livro, foi adotado pelo marido de Verônica, Alexandre Burgeois, para trazer R$ 7 milhões do Caribe entre 2000 e 2002 através de transações entre a iConexa das Ilhas Virgens e a iConexa do Brasil – que também funciona no mesmo escritório de Verônica Serra. Burgeois sai de cena depois de alvo de uma ação da Secretaria da Receita Federal por não pagamento de impostos.

Na página 189, o livro mostra que, às vésperas de Serra se candidatar a presidente, Burgeois monta o Fundo de Investimento Orb, com sede em Trancoso e no Rio de Janeiro – a administração é do fundo Mellon Brascan DTVM. Logo em seguida o fundo é transferido para o controle da João Fortes Engenharia – cujo herdeiro Márcio Fortes foi Secretário do governo Serra e um dos levantadores de fundo para sua campanha.
(Blog do Miro)

IPEA analisa o investimento público no Brasil desde 1995

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga nesta quinta-feira (29), a partir das 10h, o Comunicado do Ipea nº 126 – Como anda o investimento público no Brasil? O estudo será apresentado na sede do Instituto, em Brasília (Setor Bancário Sul, Quadra 1, Bloco J, Edifício BNDES/Ipea, auditório do subsolo) e terá transmissão ao vivo pelo portal www.ipea.gov.br.

O Comunicado traz como uma de suas principais conclusões a constatação de que a taxa de investimento público alcançou o maior patamar do período pós-real no ano de 2010, mas há indícios de queda em 2011. Ele se propõe a apresentar resultados preliminares de uma pesquisa em curso, analisando a evolução da taxa de investimento público no período de 1995 a 2011 e alguns fatos estilizados que explicam esse comportamento, como suas relações com o crescimento econômico e o ciclo eleitoral.

Obtidos a partir das estimativas inéditas de séries trimestrais da formação bruta de capital fixo (FBCF) das administrações públicas no Brasil, os resultados dessa avaliação serão apresentados pelo coordenador de Finanças Públicas do Instituto, Claudio Hamilton, e pela chefe da Assessoria Técnica da Presidência do Ipea, Luciana Acioly

Direita canta Nelson Rodrigues

Com indisfarçável ponta de satisfação, as agências de notícias da nossa mafiomídia anunciam que a presidenta argentina Cristina Kirchner tem câncer. Aliás, com a mesma satisfação com que divulgaram o câncer na laringe que acomete o companheiro Lula, agora regredido em 75%, para decepção deles.
Ou seja, desmoralizados os políticos que os representam só restou a doença, seguida de morte, para faze-los voltar ao comando das nações do nosso continente. Não por acaso, depois que foi revelado ao país e ao mundo que José Serra é um dos maiores assaltantes dos cofres públicos de nossa história republicana, eles indicam que vão depositar suas esperanças em um tucano e mineiro que, como dizia Otto Lara Resende, só é solidário no câncer. Proféticas palavras!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Com medo da "vara", advogada renuncia ao caso!

Olha só esse inusitado pedido de uma advogada da OAB do Rio de Janeiro!!! Se achar que é mentira, entre no site da OAB/RJ, vá em 'coluna dos inscritos' e digite o nº de inscrição registrado na petição (abaixo)!!!
Exm. Sr. Dr. juiz da 16ª. Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.
Jocilene Couto Nascimento, advogada do reclamante Valeira Gomes Pliger da Silva, vem, ante a presença de V. Exª., informar que, de uma forma ou de outra, resolveu renunciar aos poderes doados pelo autor na folha da procuração. Que a presente renúncia tem motivos justificadores suficientes, trazendo desânimo até a alma; senão, vejamos agora:
1 - A ilustre advogada renunciante é considerada pela maioria a maior advogada de Duque de Caxias (RJ), a mais brilhante, pois sou competente, conheço muito o direito, o errado e o certo. Minha insatisfação é originária da mudança no nome de 'Justiça do Trabalho'. Antes, chamava-se JCJ (Junta de Conciliação e Julgamento), e agora passou a chamar-se "Vara". Esta nova denominação me trouxe e me traz diariamente imensos e grandes constrangimentos.
2 - Antes, para vir fazer audiências ou acompanhar processos eu entrava na Junta, e agora sou obrigada a dizer "estou entrando na Vara", "fui à Vara", "fiquei esperando sentada na Vara". Não concordo. Sou mulher, evangélica, não gosto de gracejos. Deixo a 'Vara' para quem gosta de 'Vara': funcionários 'varejistas', homossexuais, que tem muito, fiquem na 'Vara', permaneçam na 'Vara', trabalhem com 'Vara'. Saio desgostosa por não concordar com termo pornográfico, vara pra lá, vara pra cá...
Em tempo - Outro dia, estava entrando no prédio da Justiça do Trabalho e o meu telefone celular tocou. Era meu marido. Ele perguntou: "onde você está"? E olha só o constrangimento da minha resposta: "Entrando na décima Vara".
Assim, comunico minha renúncia. Já comuniquei verbalmente a meu ex-cliente, tudo na forma da lei.
Assim posto,
Peço e aguardo deferimento.
S. J. de Meriti p/Rio de Janeiro, 05-05-2002.
Jocilene Couto Nascimento
Advogada - OAB-RJ 83.191"
(Extraído do blog A Província)

Nova regra do "Minha Casa, Minha Vida" define cotas para idosos e portadores de necessidades especiais

Sandra Manfrini, da Agência Estado

O governo publicou hoje no Diário Oficial da União novas regras para seleção dos beneficiários do Programa "Minha Casa, Minha Vida". A Portaria 610, do Ministério das Cidades, estabelece critérios de priorização e as condições e procedimentos para a seleção dos beneficiários do programa. Entre esses critérios está a reserva de no mínimo 3% das unidades habitacionais para atendimento aos idosos. O mesmo porcentual deverá ser observado para atendimento a pessoas com deficiência ou de cuja família façam parte pessoas com deficiência.

A norma anterior não previa o porcentual mínimo para esses dois grupos, apenas dizia que "o ente público indicará as pessoas com deficiência de acordo com a quantidade de unidades habitacionais adaptadas ou adaptáveis do empreendimento e os candidatos idosos de acordo com os percentuais mínimos previstos nos normativos específicos dos programas integrantes do PMCMV".

A nova portaria também não menciona mais o limite da renda familiar bruta para os candidatos ao programa. Antes, os candidatos deveriam ter renda familiar bruta limitada a R$ 1,395 mil.

Simão Lorota, um governante relapso!

Matéria publicada na revista Caros Amigos deste mês diz o seguinte, "Em Marabá, toda semana chegam dezenas de pessoas pelo trem de passageiros da Vale, em busca do sonho de arrumar emprego nos empreendimentos locais, como a siderúrgica Aços Laminados do Pará(ALPA), de controle da Vale, que está se instalando na cidade. A ALPA terá investimentos de U$3,2 bilhões de dólares e deve começar a funcionar em 2014. Produzirá 2,5 milhões de toneladas de placas de aço, por meio da transformação de parte do minério de ferro extraído das minas de Parauapebas.
Segundo estudo encomendado pela própria Vale à empresa Diagonal Urbana, em 2014 a população de Marabá terá um crescimento de 50% e chegará a 306 mil habitantes, dos quais 294 mil na área urbana e 12.300 na área rural. Para a educação, a cidade precisaria, hoje, de R$165,44 milhões em investimentos."
Evidentemente que você não lerá esse tipo de mazelas causadas pela forma predatória com que a Vale toca seus projetos na imprensa paraense, já que é um sustentáculo financeiro desta. Porém, do governador do estado esperava-se um mínimo de seriedade e compromisso com os interesses do conjunto da população.
Esperava-se, por exemplo, que ao menos obrigasse a Vale a submeter-se ao decreto, assinado pela então governadora Ana Júlia Carepa, de dar preferência à mão de obra que residisse há pelo menos dois anos no município de Marabá. Simão ignorou tal decreto e omitiu-se diante da velhacaria da ex-estatal que, tudo leva crer, incentiva a imigração a fim de "fabricar" mão de obra mais barata certa de quem mora em Marabá tem mais estabilidade para exigir seus direitos trabalhistas. Lamentável!

Esclarecimento

Este blog havia publicado a relação dos deputados petistas que não assinaram a CPI da Privataria, proposta pelo deputado Protógenes Queiroz(PCdoB-SP), e, dentre os que não assinaram, estava o nome do ex-ministro da Igualdade Racial. Agora, o jornalista Rodrigo Vianna, titular do blog Escrevinhador, obteve o esclarecimento do deputado carioca, que o NaIlharga transcreve a seguir, ressaltando que outros deputados petistas ofereceram esclarecimentos, no entanto, Santos foi o único que assinou e não teve seu nome listado entre esses.
"Edson Santos (RJ)
Apesar de seu nome não constar na lista, o deputado carioca afirma ter assinado o requerimento e explica que provavelmente sua assinatura não foi reconhecida pela Mesa da Câmara. De acordo com o documento, houve sete assinaturas que “não conferem”.

Edson Santos declarou ao Escrevinhador: “as CPIs são um instrumento tradicional da oposição. Apesar de fazer parte da base do Governo, fiz questão de assinar esta CPI por entender que a mesma será importante para a necessária releitura histórica do episódio em questão. Quero que as informações apresentadas no livro de Amaury Ribeiro Jr. sejam publicamente esclarecidas para que, a partir do envio das conclusões da CPI à Justiça, os culpados por eventuais desvios possam ser devidamente responsabilizados”."(Extraído do Escrevinhador)

Concurso de quadrilhas

Pegou muito mal para o governo do estado a descoberta de que um orgão seu-o Detran- ajudava o consórcio construtor da Hidrelétrica de Belo Monte a subtrair recursos que deveriam entra nos cofres do Tesouro Estadual, através do plaqueamento feito em outro estado, mas com placa de Altamira.
Agora, não adianta responsabilizar unilateralmente o "sedutor" quando se sabe que a "donzela" em muito contribuiu para a existência da cópula. Resta, então, chamar para uma prosa o "padrinho" senador e perguntar o por quê da "Fazenda Detran" dar tantas dores de cabeça ao coronel Lorota, ao promover tantas e tão caras fastinhas juninas, animadas por inúmeras quadrilhas. Égua!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Imperdível! Paulo Henrique Amorim faz resumo genial da fala da Dilma

Acompanhe, amigo navegante, o que a Presidenta mostrou no pronunciamento de fim de ano.

E ninguém soube.

Começa que ela usou a palavra “emprego” sete vezes, em dez minutos.

Como se sabe, os oito anos de Governol Cerra/Fernando Henrique se notabilizaram pelo desemprego.

Quem tinha emprego garantido eram banqueiros de investimento, “brilhantes“ gestores de fundos na Privataria.

Dilma preside o “pleno emprego”, apesar da crise Global da Urubologa.

Lembrou ela, o Brasil criou em 2011 a bagatela de 2,3 milhões de empregos.

Num único ano.

Voce viu isso nos jornais do Ali Kamel, amigo navegante ?

Uma comparação entre o desemprego no mundo e o “pleno emprego”no Brasil ?

Qual o destaque que os jornais do Ali Kamel deram ao salario minimo que vai abrir 2012 ?

E sobre a redução de impostos ?

O PiG (*) e seus colonistas (**) só falam de “carga tributária”, a mais alta do mundo (no Farol era maior …).

A Dilma reduziu os impostos de 5 milhões de pequenas empresas e empreendedores individuais.

Reduziu os impostos sobre geladeiras, fogões e maquinas de lavar.

Levou para zero impostos que incidem sobre massa, farinha e pão.

O Ali Kamel mostrou isso, amigo navegante ?

Não, o Ali Kamel gosta é do “malfeito”.

Até 2014, contou a Presidenta, a Caixa e o Banco do Brasil, que anunciam no jornal nacional – e no Conversa Afiada – vão aplicar R$ 125 bilhões no Minha Casa Minha Vida.

Em 2011 a Dilma entregou 341 mil casas.

Vai entregar outras 400 mil.

E tem 500 mil em construção.

O Ali Kamel tratou disso ?, amigo navegante, logo ele, que, segundo o Florisbal, tem que dar mais atenção à Classe C.

Classe C.

Deve ser proibido falar disso no jornalismo da Globo, porque Classe C traz logo à cabeça o Nunca Dantes e a Presidenta.

E os da pobreza extrema ?

O programa Brasil sem Miséria – contou a Presidenta no Natal – localizou 407 mil famílias que não conseguiam, sequer, ser beneficiadas.

E já recebem, em boa parte, o Bolsa Familia, aquele programa que a grande estadista chilena Monica Cerra considera um incentivo à vagabundagem.

A Presidenta revelou que um milhão e 300 mil crianças e adolescentes foram incorporadas em 2011 ao Bolsa Famiia.

Ou seja, vão receber educação e assistência médica.

Que horror, amigo navegante !

Um milhão e trezentas mil crianças !

Por que o aviãozinho da Globo não acha uma criança dessas ?

Deve ser uma avaria no radar do Ali Kamel.

Diante da notável política tucana de São Paulo de combater o crack com a “Cracolândia”, a Presidenta teve que se esforçar muito para conceber um plano à altura da engenhosidade tucana de São Paulo.

Assim, criou o programa “É possível vencer”, com R$ 4 bilhões para curar e ressocializar os viciados em crack.

Nada será como a “Cracolândia”, uma politica que a Organização Mundial de Saúde vai disseminar mundo afora.

Mas, a Dilma tenta.

E o Pronatec ?, que até 2014 vai levar 8 milhões de jovens para o mundo do Emprego.

Outro dia, no Entrevista Record, este ansioso blogueiro entrevistou o Lincoln Silva, que saiu de uma cidadezinha no Sul da Bahia, fez o ProUni, entrou no Senac e foi um dos primeiros a se beneficiar do “Ciência sem Fronteiras”, do Mercadante: Lincoln vai estudar um ano com tudo pago, na Rochester University, no Norte do Estado de Nova York, uma das referencias mundiais em design gráfico.

Isso é uma ofensa à elite que o Ali Kamel representa !

Uma agressão ideológica !

Dar Educação e Emprego a um filho de costureira com ouriveres, como o Lincoln.

Dilma falou nove vezes em Emprego.

Você sabia disso, amigo navegante ?

Que a palavra “Emprego“ é uma marca do Governo Dilma ?

Pois é, amigo navegante, quem manda você e o Bernardo se curvarem ao PiG ?

A questão, amigo navegante, não é só a necessidade de o Governo prestar contas e a sociedade saber o que o Governo faz.

Por exemplo: a Presidenta vai passar o Réveillon numa base da Marinha na Bahia.

Onde passará o Cerra ?

A questão não é fazer “propaganda” dos feitos do Governo.

É a Democracia, Bernardo.

A Política é a linguagem da Democracia, diz o Ciro Gomes.

“Linguagem”, ou “Política” diz este ansioso blogueiro, quer dizer “Comunicação”, “Retórica” – Padre Vieira, Churcill, não é isso ?

Como diz o Comparato, “comunicação” é um Direito do Homem.

Segundo os Iluministas da Revolução Francesa, no século XVIII.

Já imaginou, amigo navegante, se o Churchill não tivesse a rádio (pública) da BBC ?

Perdia a Guerra, porque muitos ingleses (na elite e, portanto, na mídia) eram cripto-nazistas.

Bernardo, os amigos navegantes entendem que a Ministra da Casa Civil queira ser Governadora do Paraná.

Mas, Bernardo, tira o Franklin da gaveta !

Varejo bamburra!

SÃO PAULO - O varejo brasileiro deve encerrar 2011 com um faturamento de R$ 705 bilhões, um volume 10,5% superior a 2010, em termos nominais. O montante não inclui vendas de combustíveis, do setor de construção e do setor automotivo.

Considerando-se apenas as vendas dos shoppings centers, a estimativa é de um faturamento de R$ 104,1 bilhões em 2011, um volume 12% superior ao de 2010.

A frequência média mensal em 2011 nos 802 shoppings em operação no Brasil foi de 472 milhões de pessoas, o que representa um acréscimo de 5,6% sobre 2010.

Os dados foram divulgados nest segunda-feira, 26, pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).

Natal

As vendas nos shopping centers brasileiros cresceram 5,5% no Natal deste ano em relação ao mesmo período festivo de 2010.

Para o Natal deste ano, as lojas de shoppings contrataram cerca de 140 mil colaboradores temporários, ante 130 mil no Natal de 2010.

A lâmpada sem gênio... e vice-versa

Em um texto enviesado, a Futrica Barbálhica(Diário do Pará) tenta melhorar a desgastada imagem de um de seus "clientes preferenciais", a Rede Celpa, informando(?) que ela está colocando lâmpadas de led em alguns semáforos da capital a fim de aumentar a vida útil daqueles equipamentos. Na verdade, a Celpa é contratada, e paga, para prestar esse tipo de serviço, sendo contratante a CTBel, tal e qual a SEURB recorre aos serviços da ex-estatal para a realização dos serviços de iluminação pública, portanto, não ocorrendo nessa relação contratual qualquer mérito dessa empresa que nos atormenta na prestação do serviço que lhe compete, daí ser campeã de reclamações contra ela.
Assim, não passa de propaganda subliminar e enganosa a promessa de que os novos semáforos ajudarão a diminuir os engarrafamentos verificados na cidade, já que estes têm outras causas que não as de origem em lâmpadas, que, como se sabe, já não trazem mais em seu interior um gênio, como nas 1001 noites, que resolva ao menos três dos problemas que nos afligem. E nem de gênio talvez precisemos, mas de algum dedicado e competente funcionário público que coordene o planejamento do nosso trânsito, inclusive sem precisar da Celpa mais do que hoje ela faz. Não é nenhum desejo extravagante.

O triunfo do corporativismo

"...A proposta do aumento salarial é um escárnio. É um prêmio à paralisia do STF, onde processos chegam a permanecer décadas sem qualquer decisão. A lentidão decisória do Supremo não pode ser imputada à falta de funcionários. De acordo com os dados disponibilizados, o tribunal tem 1.096 cargos efetivos e mais 578 cargos comissionados. Portanto, são 1.674 funcionários, isto somente para um tribunal com 11 juízes. Mas, também de acordo com dados fornecidos pelo próprio STF, 1.148 postos de trabalho são terceirizados, perfazendo um total de 2.822 funcionários. Assim, o tribunal tem a incrível média de 256 funcionários por ministro. Ficam no ar várias perguntas: como abrigar os quase 3 mil funcionários no prédio-sede e nos anexos? Cabe todo mundo? Ou será preciso aumentar os salários com algum adicional de insalubridade?

Causa estupor o número de seguranças entre os funcionários terceirizados. São 435! O leitor não se enganou: são 435. Nem na Casa Branca tem tanto segurança. Será que o STF está sendo ameaçado e não sabemos? Parte destes vigilantes é de seguranças pessoais de ministros. Só Cézar Peluso tem 9 homens para protegê-lo em São Paulo (fora os de Brasília). Não é uma exceção: Ricardo Lewandovski tem 8 exercendo a mesma função em São Paulo.

Mas os números continuam impressionando. Somente entre as funcionárias terceirizadas, estão registradas 239 recepcionistas. Com toda a certeza, é o tribunal que melhor recebe as pessoas em todo mundo. Será que são necessárias mais de duas centenas de recepcionistas para o STF cumprir suas tarefas rotineiras? Não é mais um abuso? Ah, abuso é que não falta naquela Corte. Só de assistência médica e odontológica o tribunal gastou em 2010, R$16 milhões. O orçamento total do STF foi de R$518 milhões, dos quais R$315 milhões somente para o pagamento de salários."
Este é um trecho do artigo do historiador tucano, Marco Antonio Villa,intitulado "Um Poder de costas para o Brasil", abordando a campanha do STF por aumento salarial para o Poder Judiciário, transcrito no blog do Jefferson Marinho, de onde extraí essa parte por julgá-la ilustrativa do triunfo da corporação sobre a instituição que tem o dever primordial de servir à cidadania, garantindo a convivência civilizada e republicana em sociedade.
Infelizmente, não precisa ler todo o artigo, mas apenas uma parte, para ter o dissabor de constatar que tal desvirtuamento é a causa de todos os males que acometem o Poder e fazem dele uma instituição opaca, elitista e corporativa, daí, vez por outra, mercê de suas atitudes, ser confundida com um partido político conservador.

Carência de esclarecimentos

Segundo o Repórter da Ditadura(70), "O Pará recuperou mais de R$90 milhões de créditos inscritos em dívida ativa tributária e não-tributária nos primeiros dez meses de 2011."
Pena que a nota prefira enveredar pelo caminho da falsa competição com outros estados, em vez de fornecer mais detalhes a respeito do modus operandi para a recuperação desses créditos. Porém, como faz referência a 2010, é possível que essa recuperação ainda seja fruto do trabalho da empresa contratada pela SEFA, pelo governo anterior, para fazer esse serviço e que tanta celeuma criou quando o presidente do SINDFISCO, inadvertidamente, mas contando com o estardalhaço estúpido e sensacionalista da Futrica Barbálhica(Diário do Pará), acusou José Raimundo Trindade e Vando Vidal de contratarem uma empresa particular que substituisse os fiscais fazendários do estado na cobrança de tributos. Ah, se o jornalismo fosse mais factual e menos chacriniano!

Brasil tenta barrar imigração ilegal de haitianos pela Região Norte

BRASÍLIA - Brasileia é uma pequena cidade de 20 mil habitantes cravada no sul do Acre, na fronteira com a Bolívia. É bem provável que a imensa maioria dos brasileiros jamais tenha ouvido falar dela. Fora das fronteiras locais, porém, o município faz sucesso. A cidade é a porta de entrada no Brasil de uma rota de imigração ilegal de haitianos para o país.

Hoje, a cidade hospeda 810 haitianos. Uma população que, fugida de um dos lugares mais pobres do mundo, e onde o Brasil é uma referência por comandar tropas de paz das Nações Unidas, sonha com a cidadania brasileira, que lhes daria o direito de trabalhar, de estudar, de usufruir o Sistema Único de Saúde (SUS), enfim, de viver legalmente no país.

O Brasil, porém, não possui um tratado internacional que exima os haitianos de visto de permanência. Eles também não podem ser enquadrados no conceito de “refugiado”, definido pela Convenção de Genebra, que considera como tal toda pessoa obrigada a sair de seu país, sozinha ou em grupo, devido a perseguições de caráter político, racial, de gênero ou religioso.

O combustível da fuga é a miséria. E, quando cruzam a fronteira da Bolívia o Brasil, os haitianos assumem a condição de imigrantes ilegais. Uma situação que também causa problemas para autoridades públicas brasileiras.

Em Brasiléia, 600 haitianos estão hospedados em um hotel do município com despesas pagas pelo governo do Acre. Recebem duas refeições diárias, além de café da manhã. Tudo isso significa um gasto mensal de R$ 1 milhão para os cofres de um dos estados mais pobres do país.

E este não é, nem de longe, o maior problema. “O hotel em que eles estão alojados tem capacidade para 80 pessoas e estão vivendo 800. Não há como cozinhar para tanta gente, os banheiros não comportam. Daqui a pouco, a epidemia de cólera que assola o Haiti chegará até lá”, afirma o senador acreano Aníbal Diniz (PT).

Entre os hóspedes, há 17 mulheres grávidas e crianças em idade escolar. Em Brasiléia, os sistemas públicos de educação e saúde não têm como atender tanta gente. Para conseguir documentos como CPF (Cadastro de Pessoa Física) e carteira de trabalho, precisam esperar cerca de um mês. E as perspectivas são de que o número de haitianos no município aumente cada vez mais.

Informações da Agência Brasileira de Informação (ABIN) e da Polícia Federal (PF) revelam que há 50 haitianos do lado boliviano da fronteira aguardando uma oportunidade para entrar no país. E outros que 200 já deixaram Porto Príncipe, a capital devastada do Haiti, em direção ao Brasil.

A rota identificada pelas autoridades brasileiras mostra que, do Haiti, os imigrantes ilegais seguem para a República Dominicana, que divide a Ilha de São Domingos com o Haiti. De lá, os imigrantes vão para Equador, Peru e Bolívia, até chegar ao Acre. É operada por pessoas conhecidas como “coiotes”, participantes de uma quadrilha que os serviços policias e de inteligência do Brasil tentam desbaratar.

Na cidade amazonense de Tabatinga, tríplice fronteira com Peru e Colômbia, os haitianos também chegam em grandes grupos. Lá, não é o governo do estado que acolhe os imigrantes, mas a sociedade civil organizada, principalmente por meio do trabalho da Pastoral do Migrante, da Igreja Católica.

Levantamento feito pelas Nações Unidas aponta que, atualmente, 1,1 mil haitianos estão na cidade. Em 2010, a Polícia Federal recebeu 476 solicitações de refúgio. Em 2011, foram 1075. Todas elas foram negadas, mas os pleiteadores conseguiram um visto humanitário. Muitos se deslocaram para Manaus, em busca de emprego.

É justamente na capital do Amazonas que se concentra o maior número de haitianos: 3,2 mil, a maioria mantida também pelas igrejas e comerciantes locais. Também há haitianos vivendo em Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e São Paulo (SP). Em todo o país, 3.274 já requereram visto de permanência e 1,3 mil receberam.
(Agência Carta Maior)

domingo, 25 de dezembro de 2011

PIG divulga o delito. Mas, na hora de divulgar o nome do criminoso... o nome do criminoso

Em setembro de 2009, um noticiário pungente tenta provocar comoção nacional, por conta do vazamento da prova do ENEM, com o claro intuito de desmoralizar o exame e manter a força da indústria do vestibular. Agora, quando a justiça conclui as investigações e condena os verdadeiros culpados, a mafiomídia brasileira silencia a respeito daquilo que transformou em escândalo nacional. Mais uma vez, apenas os telespectadores da TV Record conheceram o desfecho do caso.
A justiça federal de São Paulo condenou a Gráfica Plural, que edita o jornal Folha de São Paulo, como autora do crime de vazamento e deu-lhe o prazo de cinco dias para pagar a indenização de R$73 milhões ao INEP, responsável pela elaboração da prova, já que este teve que realizar despesas extras para imprimir nova prova após o vazamento do segundo caderno da primeira. As filmagens do circuito interno da gráfica mostram claramente um funcionário saindo com a parte da prova, que estranhamente parece ter chegado primeiro as redações da imprensa brasileira do que às mãos dos que prestaram o exame.
Infelizmente, mais uma vez, prevalece o recorrente procedimento aético de mostrar o que interessa aos donos dessas corporações mafiomidiáticas ocultando, por conseguinte, aquilo que contraria suas tenebrosas transações, mais do mesmo que, de alguma forma, o livro de Amaury Ribeiro Jr. expõe com clareza, daí o silêncio em torno dele. Lamentável!

Contas da marotagem

Segundo estimativa do DIEESE, o novo valor do salário mínimo, que começará a ser pago já em janeiro próximo, injetará na economia paraense algo em torno de R$100 milhões. No entanto, segundo uma outra estimativa, do promotor Nelson Medrado, que faz a investigação sem fim dos assaltos praticados por colarinhos e tailleurs brancos aos cofres da Alepa, o rombo já chega também a R$100 milhões, ou seja, tudo aquilo que é gerado positivamente por nossa economia, acaba sendo desviado pela ação delinquente de quadrilhas que não admitem que o nosso crescimento econômico seja feito com justiça social.
O resultado está estampado nos números do nosso quadro social: mais da metade da população de nossa Região Metropolitana vive em favelas; risco de arrocho salarial contra os servidores públicos estaduais, com mais da metade deles passando a ter como vencimento básico o salário mínimo, caso Lorota faça como fez este ano, quando não deu reajuste aos servidores que ganham acima do S/M, aliás, fazendo retornar o arrocho verificado nos doze anos anteriores a 2007; dezenas de prefeituras evitando abrir concurso público e optando por terceirizados, que acabam submetendo-se ao contrato de trabalho precário, obviamente recebendo uma remuneração menor que o mínimo vigente, ou seja, menos dinheiro em circulação pela diminuição do poder aquisitivo do povo, enfim, caminhamos inexoravelmente no rumo do passado recente, quando o Pará ia bem na propaganda oficial, no entanto, os números de sua economia criaram "monstros" que até hoje nos aterrorizam.

Belém virtual

A julgar por nota publicada no Repórter da Ditadura(70), edição de ontem/hoje, a partir de janeiro de 2012 a cidade comemorará seu aniversário contemplando maquetes que, provavelmente, nunca passarão disto. O roteiro fantasioso anuncia que será construído um terminal de integração, por D. Costa, próximo ao Planetário e bem ao lado do futuro Ginásio de Esportes do Mangueirão, que Simão Lorota prometeu construir, talvez assim que o conde Drácula entre para o banco de doadores do Hemopa.
Prosseguindo a viagem dos nossos "trenzinhos da alegria"(bote alegria nisso), o cleptoalcaide também prometeu outro terminal de integração em São Braz. para tal, investir-se-á de uma espécie de Herodes contemporâneo e desalojará as crianças do Lar de Maria para fazer ponto de parada desses mondrongos que compõe a frota de coletivos de Belém, embora, a julgar pelo ritmo das obras da passarela em frente ao shopping Castanheira, os atuais usuários daquele creche correm o risco de chegar a terceira idade sem qualquer susto. Belém merecia melhor sorte!

Cuba liberta 2.900 prisioneiros em gesto de boa vontade

O presidente cubano, Raúl Castro, anunciou a libertação dos prisioneiros na Assembléia Nacional, sexta-feira, afirmando que 86 prisioneiros estrangeiros de 25 países seriam soltos e que os diplomatas destes países seriam notificados em seguida.

Alguns dos libertados são doentes, idosos ou mulheres, de acordo com as autoridades, mas o norte-americano Alan Gross, condenado por crimes contra o Estado, não é um dos libertados, segundo relatos.

A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Josefina Vidal, disse que o norte-americano - que cumpre uma pena de 15 anos numa cadeia cubana por distribuir equipamentos ilegais de comunicação -não está na lista.

A recusa de Havana em libertá-lo causou mais um abalo nas relações do país com os Estados Unidos.
Raúl Castro também citou a visita iminente do papa Bento XVI como uma das razões para a amnistia, afirmando que a atitude humanitária mostra a força de Cuba.

Responsáveis do governo dizem que algumas pessoas condenadas por crimes contra a segurança de Estado também serão libertadas.

«Todos eles completaram uma parte importante das suas sentenças e mostraram bom comportamento», disse em comunicado oficial citado pela agência de notícias Prensa Latina.

No entanto, as autoridades salientaram que os condenados por crimes sérios como assassínio, espionagem e tráfico de drogas não serão anistiados.

Cuba nega a manutenção de prisioneiros políticos, dizendo que eles são mercenários pagos pelos Estados Unidos para desestabilizar o governo.
(O Esquerdopata)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Enrolation

Esse negócio de "Já reuni com lideranças e profissionais para ter um diagnóstico dos nossos maiores problemas e, assim, estabelecer prioridades", dito por alguém que já milita na política há mais de 40 anos, tendo ido de vereador a ministro passando por todos os demais cargos oriundos do voto popular, antes de ser demonstração de interesse parece mais confissão de quem exerceu tais cargos mais priorizando seus próprios interesses do que os da coletividade.
Com efeito, é impossível que um político tão "rodado" não saiba quais são nossas maiores carências, daí, quando propõe começar do zero é legítimo que se suponha que sua real intenção é ganhar tempo e ocultar aquilo que de fato vai priorizar. Todo cuidado é pouco!

Papai Noel, que coisa feia!

SOLANGE SPIGLIATTI - Agência Estado

Gabrielly Lima Soares, de seis anos, morreu atropelada na noite desta sexta-feira, 23, por um caminhão do Papai Noel, em Pedro Osório, no Rio Grande do Sul.

Segundo informações da Brigada Militar, por volta das 20 horas, o caminhão da prefeitura circulava pelas ruas da cidade transportando o Papai Noel, que distribuía doces às crianças, quando, no bairro do Paraíso, acabou atropelando a menina.

Durante a aglomeração das crianças para ganhar os doces, Gabrielly caiu e foi atropelada pelo caminhão. Ela foi levada à Santa Casa da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com a Brigada Militar, o caminhão da prefeitura foi apreendido pois o licenciamento estava atrasado. O motorista do caminhão não era funcionário da prefeitura. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Pelotas, que ainda não foi liberado, segundo a Brigada Militar.

"Oásis" global, Brasil "importa" mais e "exporta" menos trabalhadores

Najla Passos(Carta Maior)

BRASÍLIA - Houve um tempo em que os jovens brasileiros, pressionados pela falta de oportunidades no país, sonhavam em ganhar a vida nos Estados Unidos, mesmo que, para isso, precisassem arriscar a própria vida para cruzar, ilegalmente, a fronteira da maior economia do mundo.

Hoje, essa é uma realidade cada vez mais distante. O crescimento econômico brasileiro, a crise internacional que assola a Europa e castiga até mesmo os Estados Unidos, além dos recentes desastres naturais no Japão, inverteram as estatísticas migratórias.

Há seis anos, quatro milhões de brasileiros viviam no exterior, conforme estimativa do Departamento de Estrangeiros da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça. Hoje, acredita-se que esse número tenha caído pela metade.

Dados do Banco Central apontam que o envio ao país de dólares mandados por brasileiros que vivem no exterior foi reduzido em cerca de 10% de 2009 para 2010.

Em contrapartida, o número de estrangeiros que escolhem o Brasil aumentou cerca de 50% de 2010 para cá. Segundo o Departamento de Estrangeiros, até junho de 2011, eram 1,466 milhão de estrangeiros vivendo regularmente no país, enquanto em dezembro de 2010, era 961 mil.

Os estrangeiros que chegam ao Brasil atraídos pelas notícias sobre a boa fase da economia brasileira são, principalmente, portugueses e espanhóis bem qualificados profissionalmente, que deixam a crise das economias europeias para contribuir com o desenvolvimento brasileiro.

Mas cresce também o número de estrangeiros que, pelos mesmos motivos, entram ilegalmente no país, em busca de emprego. Eles vêm da Bolívia, do Paraguai e, em condições mais precárias, do Haiti.

Do ano passado pra cá, os portugueses aumentaram de 276.703 para 328.856 e, os espanhóis, de 58.505 para 59.322. Segundo secretário-executivo do Ministério da Justiça e presidente do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), Luiz Paulo Teles Barreto, eles vêm para o Brasil exercer funções altamente especializadas, como na atividade de prospecção de petróleo. Entretanto, são trabalhos sazonais. “Eles passam um tempo no país e depois vão embora para outras terras”, afirma.

Na sequência, estão os bolivianos, que aumentaram de 35.092 para 50.640; os chineses, de 28.526 para 35.265; e os paraguaios, de 11.229 para 17.604. Os bolivianos e paraguaios procuram melhores condições de vida em um país próximo e de economia sólida. “Eles exercem o direito humano à migração e vêm em busca de oportunidades”, explica. Já os chineses, ainda de acordo com ele, reforçam um fenômeno global, verificado principalmente com os países que mantêm boas relações comerciais com a China.

Os haitianos, em número bem menor, fogem da miséria do mais pobre país latinoamericano, devastado por um furacão, em 2010, e por um consequente surto de cólera, este ano. Mesmo tendo que entrar no Brasil de forma ilegal, eles sabem que, aqui dentro, terão condições de vida muito melhores do que no Haiti.

Apesar de manter suas fronteiras fechadas, o país jamais negou alojamento, refeição diária, trabalho e visto humanitário para os cerca de quatro mil haitianos que já cruzaram s fronteiras brasileiras, desde o ano passado. Entretanto, o país não possui uma política sólida que garanta abrigo a essa população.

“O Brasil tem uma forte participação no Haiti. Mantém o maior efetivo da Força de Paz e realizou um jogo de futebol que foi fundamental na reconstrução da auto-estima daquela população. A notícia de que a construção da usina de Belo Monte iria empregar mais de 25 mil trabalhadores se espalhou naquele país devastado pela miséria, provocando a alta do fluxo migratório”, explica Teles Barreto.

O nada discreto charme da safadeza

Se a escrevinhadora da infame revista Época, Ruth de Aquino, destacada no não menos infame Repórter da Ditadura(70) fosse de fato digna de credibilidade, teria trocado as palavras desvios e malfeitos por roubo há dez anos, quando o depravado governo de FHC/Serra provocou a maior onda de assaltos contra o erário que este país já presenciou. No entanto, como o patrão dessa camarilha foi beneficiado com a doação de um pedaço do patrimônio público, claro está que a vigarista escrevinhadora silenciou, assim como silenciou a coluna que a cita.
E silentes continuam todos esses, a respeito do livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que disseca esses assaltos em mais de cem páginas de documentos publicados. São moralistas de fancaria, tal e qual "O Corvo" que os inspira, que chamava todo mundo de ladrão, mas assaltou os cofres do Palácio da Guanabara, quando foi governador daquele estado.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Fim dos subsídios leva etanol brasileiro ao mercado dos EUA em 2012

SÃO PAULO - O mercado norte-americano será aberto ao etanol brasileiro a partir de 2012. A informação foi divulgada pela União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica) nessa sexta-feira, 23. "A legislação americana vigente, que inclui altos subsídios para a indústria do etanol e uma pesada tarifa contra o produto importado, expira no dia 31 de dezembro. Mas, com o fim das atividades no Congresso americano para 2011 nesta sexta-feira, não haverá mais oportunidade para qualquer medida que impeça a abertura para o etanol brasileiro, a partir do primeiro dia de 2012, do maior mercado consumidor de combustíveis do mundo", diz a entidade na nota.

Segundo a Unica, apesar das articulações para estender os subsídios e a tarifa nas últimas semanas, prevaleceu no Legislativo americano "a coalizão formada por inúmeras empresas e entidades contrárias a esses incentivos, da qual participa a Unica".

Nos últimos meses, a coalizão intensificou seu trabalho contra os subsídios pagos às distribuidoras que fazem a mistura de etanol à gasolina - "subsídios que custam ao contribuinte americano cerca de US$6 bilhões por ano".

"O trabalho também foi intenso contra a manutenção da tarifa de US$ 0,54 imposta por Washington sobre cada galão importado. A tarifa impedia que o etanol brasileiro chegasse ao mercado americano com preços competitivos", diz a Unica.

Desde 2007, a entidade tinha um escritório em Washington para trabalhar pela eliminação das barreiras ao etanol brasileiro. "A nova realidade, de acesso desobstruído aos EUA para o etanol brasileiro a partir de janeiro de 2012, exige um novo tipo de acompanhamento, com foco em posições maduras e voltadas para o futuro por parte dos dois países", reforça a nota.

Tucano dá calote na energia do próprio estado que governa

Enquanto Alagoas registrou este ano três apagões por falta de investimentos no setor elétrico do Estado, a usina de açúcar e álcool pertencente ao governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) encabeça a lista dos maiores devedores de energia. O débito das Usinas Reunidas Seresta é de R$ 30,5 milhões. Uma liminar na Justiça impede o corte. Os 100 maiores devedores têm um débito de R$ 265,3 milhões, segundo a lista obtida pelo site Terra (veja ranking abaixo).

O governador é um dos sete filhos de um dos líderes da redemocratização brasileira, o senador Teotônio Vilela, morto em 1983. Vilela chegou a trabalhar na Seresta, antes de se eleger senador, em 1986.

No site da empresa, a usina diz ser “autossuficiente em energia elétrica e vem investindo neste setor para suprir as necessidades dos projetos de irrigação e exportação”. Porém, na lista da Eletrobras, os técnicos dizem que a usina não pagou 1.914 faturas e o débito alcança a exata cifra milionária de R$ 30.580.968,36.

O diretor financeiro da Seresta, Carlos de Jesus, reconhece a existência de um débito entre a usina e a Eletrobras. Ele não revelou os números, mas disse que a estatal também tem uma dívida com a empresa. “Isso é um processo jurídico, há multas e também um crédito da Eletrobras. Estamos pagando 65% da dívida, o resto está sob análise da Justiça”, disse.

No quarto lugar da lista está a Triunfo Agro-Indústria, pertencente ao cunhado do governador, o ex-senador João Tenório, ainda filiado ao PSDB. A dívida é R$ 18,9 milhões. A Triunfo também está pendurada por uma liminar na Justiça, impedindo o corte.

“Teremos uma reunião com a Eletrobrás para tratar deste débito. Não estamos autorizados a falar detalhes sobre isso. Mas, levamos em conta que a Eletrobrás tem um crédito conosco e estamos fazendo estes cálculos”, disse o engenheiro eletricista da Triunfo Wilson Ciríaco.

Segundo a Eletrobras, o crédito se refere a aumentos de energia, dados pelo governo federal, entre fevereiro e novembro de 1986 – que teria causado prejuízo aos industriais. “Essa questão está pacificada nos tribunais superiores. Reconhecemos o crédito de nove meses e as usinas que quiserem negociar terão este crédito, isenção de 50% dos juros e das multas e parcelamento em 120 meses. É a última chance. Quem não negociar, terá energia cortada”, disse a empresa.

Dívida que cresce
O segundo lugar na lista de devedores da Eletrobrás é ocupado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), a estatal federal disputada por todos os caciques da política do Nordeste por causa de seu orçamento bilionário. São R$ 22 milhões em dívidas elétricas.

Não é a única estatal federal a dar calote na Eletrobras. A Fundação Nacional do Índio (Funai) tem uma dívida de R$ 5 milhões. Segundo a Eletrobrás, os 100 maiores devedores de energia de Alagoas têm um débito de R$ 265,3 milhões. A maioria deles é usinas e prefeituras.

Após três apagões, a crise no setor elétrico entrou em pauta na Assembleia Legislativa: virou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O presidente da comissão, deputado Ronaldo Medeiros (PT), chamou a Eletrobras para se explicar. Alagoas perde 30% de sua energia elétrica, a maior parte usinas e prefeituras que se recusam a pagar a dívida. “Como os números e as empresas envolvidas não podem ser divulgados, não podemos dar detalhes sobre as ações da CPI. Mas, teremos uma definição em breve”, disse Medeiros.

Por e-mail, a estatal disse que o débito milionário “cria uma grande dificuldade no fluxo de caixa da distribuidora”. Para a cobrança, apela para a Justiça e colo os clientes na lista suja dos serviços de proteção ao crédito no País – como SPC, Serasa e Cadin. “Na maioria são decorrentes de liminares judiciais que impedem o corte”, explica a estatal.

É o caso da prefeitura de Limoeiro de Anadia, no agreste de Alagoas, que deve 5.478 faturas. São R$ 2,8 milhões em dívidas. A prefeitura de Campo Alegre deve 3.178 faturas, R$ 2,2 milhões. Até a Assembleia Legislativa teve a energia cortada este ano por falta de pagamento. Segundo a lista da Eletrobras, a Assembleia deve sete faturas, ou R$ 317.610,18.

Desde o dia 13 de dezembro, os técnicos da estatal receberam ordens para cortar a energia de 21 prefeituras, que devem R$ 27 milhões. Pressionados, os prefeitos negociam a dívida e evitaram, mais uma vez, a ação dos alicates. “A maioria já efetuou a negociação do débito por meio de parcelamento”, disse a estatal.

Os 10 maiores devedores de Alagoas
Usinas Reunidas Seresta – R$ 30,5 milhões
Codevasf – R$ 22 milhões
Usinas Cansanção do Sunimbu – R$ 20,7 milhões
Triunfo Agroindústria – R$ 18,9 milhões
Companhia Açucareira Central Sumaúma – R$ 14,8 milhões
S.A Leão Irmãos Açúcar e Álcool – R$ 11,9 milhões
Fábrica Carmem – R$ 10,2 milhões
Hospital do Açúcar – R$ 9,5 milhões
Penedo Agroindústria S.A (Grupo Toledo) – R$ 8,5 milhões
Companhia Açúcar Usina Capricho- R$ 8,2 milhões.
(Os Amigos do Brasil)

Vão pedir pro sarney, pro Renan, pro Barbalho...

Congresso Nacional deixa servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público sem reajuste


Brasília - Mesmo esvaziado, o plenário do Congresso aprovou no início da madrugada de quinta-feira (22/12) a proposta do Orçamento de 2012, sem o reajuste dos servidores do Judiciário Federal e do do Ministério Público da União (MPU) e o aumento de 11,7% para os aposentados e pensionistas do INSS que ganham acima do salário mínimo (R$ 545). ficou garantido apenas 6,17% para esse segmento. A LOA ainda precisa ser sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. Assim, o Congresso e o Palácio do Planalto, com essa decisão, ignoraram a liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), em cima do Mandado de Segurança (MS) do Sindjus-DF, determinando que o Legislativo apreciasse o Orçamento com os valores para pagar o reajuste dos servidores.

Servidores de vários estados, entre eles do Rio de Janeiro, e do Distrito Federal ficaram até o final da sessão do plenário do Congresso, que votou o Orçamento. Eles protestaram durante todo o dia para tentar fechar um acordo que garantisse os recursos necessários à aprovação dos Planos. À noite, durante a sessão do Congresso, eles foram impedidos de entrar na galeria do plenário, espaço normalmente reservado ao acesso popular.

Os parlamentares governistas conseguiram derrubar os destaques que pretendiam incluir no projeto dotações para os reajustes dos servidores do Poder Judiciário e do MPU, e para um aumento acima da inflação para os segurados do INSS que ganham acima de um salário mínimo, medidas que geravam uma despesa estimada em cerca de R$ 20 bilhões para 2012. A concessão dos reajustes era um dos pontos mais controversos da proposta orçamentária, e manifestantes que pediam recursos para os aumentos chegaram até a provocar a interrupção da reunião da Comissão de Orçamento. Para os servidores, o único reajuste que o projeto contempla já estava previsto no texto enviado pelo Executivo. Ele beneficia 937,7 mil servidores do governo federal, divididos em diversas categorias, todas descritas no Projeto de Lei 2203/11, em tramitação na Câmara. O impacto do reajuste é de R$ 1,65 bilhão em 2012.

A base também derrubou o destaque do PSDB que retirava do projeto o poder do Executivo de remanejar livremente até 30% dos recursos totais do PAC. O texto mantido garante que o governo aloque cerca de R$ 12 bilhões por meio de decreto, dispensando a autorização do Congresso. Prerrogativa semelhante existe na lei orçamentária em vigor, mas a cada ano a discussão é travada na Comissão de Orçamento, com a oposição tentando derrubá-la.

Deputado abre mão de verificação de quórum

O deputado Paulinho da Força (PDT-SP) ainda tentou impedir a continuidade da votação ao pedir verificação de quórum , mas voltou atrás devido à pressão de parlamentares da base do governo. A ideia do deputado era jogar a votação do Orçamento para 2012, uma vez que vários deputados e senadores já não estavam mais no Congresso Nacional. Com a ausência da maioria e a votação sendo nominal, conforme propunha o pedetista, a sessão não poderia acontecer devido à falta do número de parlamentares exigido pelo Regimento Interno do Congresso.

A decisão do deputado em tentar barrar a votação se deu em função da falta de acordo para votar o aumento dos aposentados que ganham acima do salário mínimo e os reajustes de várias categorias do funcionalismo público, como Judiciário e MPU. No entanto, o governo acionou os "pesos pesados" de sua base aliada para demover o parlamentar de sua iniciativa. Os porta-vozes do Palácio do Planalto na sessão foram vários, com destaque para o próprio relator da LOA, deputado Arlindo Chináglia [PT-SP], e os senadores Walter Pinheiro (PT-BA), José Pimentel (PT-CE), Vital do Rego (PMDB-PB) e Paulo Paim (PT-RS).

Depois do segundo intervalo de 5 minutos, em que o governo atuou intensamente para garantir a continuidade da sessão, Paulinho da Força retornou ao plenário dizendo que abriria mão do pedido de verificação de quórum, desde que a presidenta Dilma se comprometesse a reunir com as lideranças dos aposentados logo em janeiro para negociar o aumento da categoria. Em relação ao reajuste dos vários setores do funcionalismo público federal, Paulinho reivindicou que o governo também abra um canal de interlocução com as entidades sindicais.

"Queremos que o governo inicie as negociações com os servidores do Judiciário, do MPU, da Câmara dos Deputados, do TCU e das várias categorias. Falei ao governo que não queremos mais que o negociador para o setor público seja Duvanier Paiva (secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento). Nós queremos que o negociador seja a ministra Míriam Belchior", ressaltou.

Horas antes, uma equipe, composta pelo próprio Paulinho, pelos senadores Paulo Paim, Valdir Raup e Acir Gurgacz e pelo deputado Roberto Policarpo foram ao Palácio do Planalto, tentar falar com representantes do governo buscando fechar uma negociação em torno das reivindicações. A presidenta Dilma não estava e os parlamentares foram recebidos pela ministra de Relações Institucionais Ideli Salvatti, que sequer conseguiu falar com a presidenta por telefone. Com isso, não foi possível avançar nas negociações para que os reajustes fossem incluídos ainda nesse orçamento.

O coordenador da Fenajufe Antonio Melquíades [Melqui], acompanhou a reunião de bastidores que costurou o ‘acordo’. Após a votação, ele relatou aos demais trabalhadores que dissera aos parlamentares que não é possível aceitar uma proposta como essa porque o governo já demonstrou que não cumpre o que promete e que não está disposto a negociar.

A análise da LOA no Congresso durou 13 horas com reuniões sucessivas, negociações políticas e debates acalorados. O texto que sai do Parlamento prioriza investimentos públicos, que crescem 13,2% em relação ao projeto original do Executivo -passando de R$ 164,7 bilhões para R$ 186,5 bilhões -; as ações sociais, beneficiadas com mais recursos para saúde e educação (respectivamente, R$ 5,9 bilhões e R$ 1,8 bilhão para os dois ministérios); e os municípios com até 50 mil habitantes, agraciados com R$ 2,2 bilhões em emendas para saúde e saneamento escolhidas pela própria população.

Do ponto de vista fiscal, a proposta não acrescenta novas despesas obrigatórias para o Executivo. Os gastos com funcionalismo público, por exemplo, somam R$ 203,2 bilhões, o mesmo número do projeto original. Os valores da Previdência Social também mudaram pouco. Nos gastos por função, que traz o maior número por despesa agregada, a dotação da Previdência Social saiu de R$ 391,77 bilhões para R$ 391,86 bilhões.

Aposentados do INSS sem aumento real

No caso do PDT, o governo concordou em instalar uma mesa de negociação com os aposentados e pensionistas do INSS que ganham acima do salário mínimo, a partir de fevereiro, para definir uma política de reajustes reais. O líder em exercício do partido, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), ameaçou derrubar a sessão do Congresso caso o governo não atendesse a reivindicação dos aposentados por um aumento real em 2012 -o próximo orçamento garante apenas a reposição do INPC deste ano.

O acordo só foi fechado 30 minutos antes do encerramento dos trabalhos legislativos. Coube ao deputado Arlindo Chinaglia fazer o discurso mais importante da noite, ao solicitar ao PDT que não derrubasse a sessão, deixando abertos os canais de negociação com o Executivo.

O vice-presidente da República, Michel Temer, e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foram os interlocutores do governo no acordo. Pelo Congresso, participaram os senadores Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da comissão, Acir Gurgacz (PDT-RO) e Paulo Paim (PT-RS), além de Pereira da Silva e da 1ª vice-presidente da Câmara, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES).

Se a peça orçamentária não fosse votada até a meia-noite desta quinta, o País iniciaria 2012 sem orçamento aprovado. O projeto será enviado agora à sanção presidencial.

Argentina democratiza acesso a papel-jornal e acaba monopólio

Com maioria arrasadora, o Senado argentino aprovou nesta quinta-feira (22) uma lei que democratiza o acesso ao papel-jornal para todos os veículos impressos do país. O projeto de lei, votado às 18h30 locais (19h30 no Brasil), obteve 41 votos a favor, 26 contra e uma abstenção, e agora segue para a sanção da presidente Cristina Kirchner.

Quatro senadores estavam ausentes da sessão, que durou cerca de quatro horas, sem confrontos entre legisladores, como registrado na Câmara de Deputados na semana passada, quando houve troca de ofensas entre governistas e opositores.


De acordo com a proposta, a Papel Prensa SA deverá funcionar em sua capacidade máxima para fornecer papel-jornal para a maior quantidade possível de veículos e as cotas de importação serão liberadas na medida em que a empresa não possa suprir a demanda interna do insumo.

Desde a ditadura militar do país (1976-1983), a única fábrica de produção do insumo para jornais, a “Papel Prensa”, é controlada majoritariamente pelo grupo Clarín (com 49% das ações), e tem o Estado argentino e o jornal La Nación como sócios minoritários, com 27,5% e 22,5% das ações, respectivamente.

O projeto de lei prevê a criação de uma comissão dupla, com participação do governo e das empresas, que acompanhe o processo de produção, comercialização e distribuição do papel. Uma delas, a “Autoridade de Aplicação”, administrada pelo ministério de Economia argentino, deverá garantir a adequação à nova regulamentação, permitindo igualdade de oportunidades aos veículos impressos e o acesso, “sem discriminações”, ao papel.

Por ouro lado, uma “Comissão Federal Assessora”, integrada por um representante dos jornais de cada província, incluindo os da capital — com exceção dos jornais Clarín e La Nación, que possuem a maioria das ações da empresa — apoiará e fiscalizará este desempenho. Esta comissão também será integrada por representantes de “consumidores”. O projeto também estabelece que quando investimentos na empresa forem feitos em sua maioria pelo Estado, o aumento dos direitos patrimoniais da Papel Prensa implicará em uma maior participação acionária do governo na empresa.

O projeto da lei aprovada foi discutido em cinco audiências públicas organizadas pela Comissão de Comércio da Câmara de Deputados da Argentina no ano passado. Cerca de 120 representantes de jornais de todo o país participaram das sessões, segundo a deputada governista e organizadora das sessões, Juliana Di Tullio, com exceção de Clarín e La Nación, que não compareceram.

O caso

Os acionistas do Clarín acusam o governo de querer “controlar o papel” para “controlar a informação”. “Isso é o que o Governo vem buscando através de várias ferramentas: a propaganda oficial, a ‘ley de medios’, o controle do acesso à informação, a administração militante dos meios públicos e a multiplicação dos veículos pró governo”, disse o jornal em um texto publicado em 2010.

A proposta é mais um capítulo da queda-de-braço entre a Casa Rosada e os principais grupos de mídia do país, que se opõe ferozmente ao governo de Cristina Kirchner.

O governo, por sua vez, promoveu uma intensa campanha para denunciar os métodos irregulares, atualmente investigados pela Justiça, através dos quais os principais grupos de comunicação do país obtiveram a maioria das ações da empresa Papel Prensa, na época da ditadura.

Na última terça-feira (20), um grupo de agentes militares e da Polícia Federal da Argentina realizaram uma operação nos escritórios da companhia de TV a cabo e internet CableVisión, pertencente ao grupo Clarín. Eles cumpriam uma decisão judicial no âmbito de um processo que apura a denúncia de uma concorrente, que acusa a CableVisión de competição desleal.
(Conversa Afiada)

Aniversário

Parabéns à companheira Ana Júlia Carepa, a aniversariante do dia, e cuja trajetória a faz uma das mais importantes lideranças políticas deste estado com lugar de destaque em nossa história política, sendo até aqui a vereadora que mais votos obteve, a primeira mulher eleita senadora pelo Pará, assim como a primeira governadora eleita.

Lorota é lorota, nada mais que lorota

Como se sabia bem antes, não passou de factóide a bravata do secretário de fazenda do estado, em parceria com um deputado estadual, essa estória de cobrar do Consórcio Norte, responsável pela construção da Hidrelétrica de Belo Monte, a compra de 118 caminhões faturados na praça paulista e privando o tesouro do estado de uma receita de R$8 milhões em ICMS.
É bem provável até que não haja em nosso território revendedora que tivesse disponível tanto caminhão para a entrega, mas esse argumento certamente continuará oculto, pois deslustra(?) a bravata. A solução, então, foi responsabilizar o consórcio Rodobens por faturar equivocadamente a compra em São Paulo. Assim, por mais absurda que possa parecer, existe uma justificativa que conserve a incolumidade dos "bravos" defensores de nossa economia, bem como mantenha os crédulos leitores do noticiário que veiculou essa pantomima com a sensação de que podem dormir tranquilos, pois há quem zele pelos seus interesses, desde que não esqueçam de colocar as meias na janela. Uma graça!

É natal! No entanto...

I-Um padre da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Huelma, no sul da Espanha, impediu a celebração de um batizado quando descobriu que o padrinho era gay. A família levará o caso aos tribunais.

O escolhido para padrinho de uma menina de seis meses é um homossexual que está casado no civil com outro homem, algo permitido pela lei espanhola.

É também ex-catequista, trabalhador da Cáritas (seção de ajuda humanitária da igreja católica), membro de confrarias e se diz católico praticante.

Em declaração à imprensa espanhola, a mãe da criança, Dolores Muñoz, disse que a família e os padrinhos cumpriam todas as normas requeridas pelo sacerdote quando levaram a documentação.

"Perguntaram se pais e padrinhos estavam batizados e confirmados. Depois se todos estávamos casados e respondemos que sim. Nunca pensamos que teríamos que avisar que ele era casado, mas com um homem. As normas, ele cumpria", explicou ela.

Mas para o padre, Manuel García, a revelação da homossexualidade do padrinho foi motivo para impedir o batismo. No último sábado ele disse à família só batizaria o bebê se escolhessem outro padrinho.
II-Vilmar Oliveira, presidente da Associação Mundial de Levantadores de Peso e técnico da seleção brasileira dessa modalidade promoveu um evento, em parceria com o San Pelegrino Shopping Small, da cidade de Caxias do Sul(RS), visando divulgar a modalidade esportiva que comanda, porém, de forma patética, o evento terminou antes mesmo de se iniciar.
Segundo Vilmar, o proprietário do shopping, ao deparar-se com um grupo de capoeiristas negros, apontou em sua direção e disparou: "não quero esse tipo de gente aqui no meu shopping" e ordenou que a equipe de seguranças encerrasse o evento.
Diante do prejuízo moral e financeiro, Vilmar foi à polícia e registrou queixa, em 19/12/2011.
Como se vê, ainda existe muito degenerado nesse planeta que devia ser proibido de ao menos abrir a boca nessa época, na medida em que tudo que falam depõe contra si próprios.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Comissão encerra votação do Orçamento, que agora vai a Plenário

A Comissão Mista de Orçamento acaba de concluir a votação do parecer final do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à proposta orçamentária de 2012. O projeto será agora analisado no Plenário do Congresso.

Na última votação, a comissão rejeitou dois destaques do PSDB. O primeiro pedia reajuste acima da inflação para os aposentados e pensionistas do INSS. O segundo queria retirar do texto a possibilidade de o governo remanejar livremente 30% dos recursos do PAC.

Anteriormente, já haviam sido rejeitados destaques do DEM pedindo o reajuste maior para os aposentados e aumento para os servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União (MPU).

2011, o ano em que a mídia demitiu ministros. 2012, o ano da Privataria

A imprensa estará muito menos disposta a comprar uma briga durante a CPI da Privataria – quer porque ela começa questionando a lisura de aliados sólidos da mídia hegemônica em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quer porque esse tema é uma caixinha de surpresas.

Maria Inês Nassif

Em 2005, quando começaram a aparecer resultados da política de compensação de renda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva – a melhoria na distribuição de renda e o avanço do eleitorado “lulista” nas populações mais pobres, antes facilmente capturáveis pelo voto conservador –, eles eram mensuráveis. Renda é renda, voto é voto. Isso permitia a antevisão da mudança que se prenunciava. Tinha o rosto de uma política, de pessoas que ascendiam ao mercado de consumo e da decadência das elites políticas tradicionais em redutos de votos “do atraso”. Um balanço do que foi 2011, pela profusão de caminhos e possibilidades que se abriram, torna menos óbvia a sensação de que o mundo caminha, e o Brasil caminha também, e até melhor. O país está andando com relativa desenvoltura. Não que vá chegar ao que era (no passado) o Primeiro Mundo num passe de mágicas, mas com certeza a algo melhor do que as experiências que acumulou ao longo da sua pobre história.

O perfil político do governo Dilma é mais difuso, mas não se pode negar que tenha estilo próprio, e sorte. As ofensivas da mídia tradicional contra o seu ministério permitirão a ela, no próximo ano, fazer um gabinete como credora de praticamente todos os partidos da coalizão governamental. No início do governo, os partidos tinham teoricamente poder sobre ela, uma presidenta que chegou ao Planalto sem fazer vestibular em outras eleições. Na reforma ministerial, ela passa a ter maior poder de impor nomes do que os partidos aliados, inclusive o PT. Do ponto de vista da eficiência da máquina pública – e este é o perfil da presidenta – ela ganha muito num ano em que os partidos estarão mais ocupados com as questões municipais e em que o governo federal precisa agilidade para recuperar o ritmo de crescimento e fazer as obras para a Copa do Mundo.

Sorte ou arte, o distanciamento de Dilma das denúncias contra os seus ministros, o fato de não segurar ninguém e, especialmente, seu estilo de manter o pé no acelerador das políticas públicas independentemente se o ministro da pasta é o candidato a ser derrubado pela imprensa, não a contaminaram com os malfeitos atribuídos a subalternos. Prova é a popularidade registrada no último mês do ano.

Mais sorte que arte, a reforma ministerial começa no momento em que a grande mídia, que derrubou um a um sete ministros de Dilma, se meteu na enrascada de lidar com muito pouca arte no episódio do livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Passou recibo numa denúncia fundamentada e grave. Envolve venda (ou doação) do patrimônio público, lavagem de dinheiro – e, na prática, a arrogância de um projeto político que, fundamentado na ideia de redução do Estado, incorporou como estratégia a “construção” de uma “burguesia moderna”, escolhida a dedo por uma elite iluminada, e tecida especialmente para redimir o país da velha oligarquia, mas em aliança com ela própria. Os beneficiários foram os salvadores liberais, príncipes da nova era. O livro “Cabeças de Planilha”, de Luís Nassif, e o de Amaury, são complementares. O ciclo brasileiro do neoliberalismo tucano é desvendado em dois volumes “malditos” pela grande imprensa e provado por muitas novas fortunas. Na teoria. Na prática, isso é apenas a ponta do iceberg, como disse Ribeiro Jr. no debate de ontem (20), realizado pelo Centro de Estudos Barão de Itararé, no Sindicato dos Bancários: se o “Privataria” virar CPI, José Serra, família e amigos serão apenas o começo.

A “Privataria” tem muito a ver com a conjuntura e com o esporte preferido da imprensa este ano, o “ministro no alvo”. Até a edição do livro, a imprensa mantinha o seu poder de agendamento e derrubava ministros por quilo; Dilma fingia indiferença e dava a cabeça do escolhido. A grande mídia exultou de poder: depois de derrubar um presidente, nos anos 90, passou a definir gabinetes, em 2011, sem ter sido eleito e sem participar do governo de coalizão da mandatária do país. A ideologia conservadora segundo a qual a política é intrinsicamente suja, e a democracia uma obra de ignorantes, resolveu o fato de que a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizimou a oposição institucional, em 2010, e a criação do PSD jogou as cinzas fora, terceirizando a política: a mídia assumiu, sem constrangimentos, o papel de partido político. No ano de 2011, a única oposição do país foi a mídia tradicional. As pequenas legendas de esquerda sequer fizeram barulho, por falta de condições, inclusive internas (parece que o P-SOL levou do PT apenas uma vocação atávica para dissidências internas; e o PT, ao institucionalizar-se, livrou-se um pouco dela – aliás, nem tanto, vide o último capítulo do livro do Amaury Ribeiro Jr.).

Quando a presidenta Dilma Rousseff começar a escolher seus novos ministros, e se fizer isso logo, a grande mídia ainda estará sob o impacto do contrangimento. Dilma ganhou, sem imaginar, um presente de Papai Noel. A imprensa estará muito menos disposta a comprar uma briga durante a CPI da Privataria – quer porque ela começa questionando a lisura de aliados sólidos da mídia hegemônica em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quer porque esse tema é uma caixinha de surpresas.

Isso não chega a ser uma crise que a democracia não tenha condições de lidar. Na CPI dos Anões do Orçamento, que atingiu o Congresso, os partidos viveram intensamente a crise e, até por instinto de sobrevivência, cortaram na própria carne (em alguns casos, com a ajuda da imprensa, jogaram fora a água da bacia com alguns inocentes junto). A CPI pode ser uma boa chance de o Brasil fazer um acerto com a história de suas elites.

E, mais do que isso, um debate sério, de fato, sobre um sistema político que mantém no poder elites decadentes e é facilmente capturado por interesses privados. Pode dar uma boa mão para o debate sobre a transparência do Estado e sobre uma verdadeira separação da política e do poder econômico. 2012 pode ser bom para a reforma política, apesar de ter eleições municipais. Pode ser o ano em que o Brasil começará a discutir a corrupção do seu sistema político como gente grande. Cansou essa brincadeira de o tema da corrupção ser usado apenas como slogan eleitoral. O Brasil já está maduro para discutir e resolver esse sério problema estrutural da vida política brasileira.

(*) Colunista política, editora da Carta Maior em São Paulo.