Com indisfarçável ar de satisfação, o PIG(Partido da Imprensa Golpista) deu repercussão à uma pesquisa, feita por uma professora da PUC-RJ, que afirma ter Lula nomeado mais militantes de partidos políticos para cargos de confiança, do que FHC. Evidentemente, a notícia não vai a fundo na pesquisa para mostrar que danos isso trouxe ao serviço público, se é que trouxe algum. A notícia é apenas a catarsis que sublima velhas crenças pachorrentas no estado mínimo, de resto, totalmente desmoralizadas por Lula, embora os "crentes" relutem em procurar um analista que os cure do trauma.
Curioso que, recentemente, o IPEA publicou um estudo a respeito do serviço público federal mostrando até diminuição no número de servidores, eram 680 mil, em 1992, e hoje são pouco mais de 600 mil. Constatou, também, a tendência de estabilidade no gasto com remuneração dos servidores públicos, mantendo-o em um patamar inferior a 5% das receitas da União.
Além disso, o estudo desconstroi qualquer tentativa de associar Lula à criação de cabides de emprego no serviço público, ao comparar sua gestão com as dos três antecessores imediatos. Por exemplo, de 1990 a 1994, período Collor/Itamar, não foi feito qualquer concurso público para ingresso na esfera federal, logo, foi fatalmente desproporcional o número de indicados em relação ao número de concursados. Pior, na era FHC, além da falta de concursos, ainda houve os famigerados planos de demissão voluntária, incentivados por um arrocho salarial brutal, responsáveis pelo expurgo de milhares de servidores de carreira, seguido da queda de qualidade no serviço prestado. Geralmente por terceirizados pertencentes às empresas de "amigos" do tucanato e certamente não contabilizados como militantes na pesquisa da prefassora carioca. Só a título de ilustração, a farra foi tão grande que, a certa altura o Ministério Público Federal obrigou Fernado Henrique a assinar um Termo de Ajuste de Conduta(TAC), obrigando-o a substituir 28.567 servidores terceirizados. Qualquer semelhança com o Pará não é mera coincidência.
Bom, nada indica que o PIG mudará suas crenças. No entanto, é certo que continuará a repetir seus mantras neoliberais sem quaisquer bases factuais, apenas exercitando aquilo que o ex-presidente da finada ARENA, o piauiense Francelino Pereira, classificava como "brigar com os fatos." Paciência!
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