Segundo estimativa do DIEESE, o novo valor do salário mínimo, que começará a ser pago já em janeiro próximo, injetará na economia paraense algo em torno de R$100 milhões. No entanto, segundo uma outra estimativa, do promotor Nelson Medrado, que faz a investigação sem fim dos assaltos praticados por colarinhos e tailleurs brancos aos cofres da Alepa, o rombo já chega também a R$100 milhões, ou seja, tudo aquilo que é gerado positivamente por nossa economia, acaba sendo desviado pela ação delinquente de quadrilhas que não admitem que o nosso crescimento econômico seja feito com justiça social.
O resultado está estampado nos números do nosso quadro social: mais da metade da população de nossa Região Metropolitana vive em favelas; risco de arrocho salarial contra os servidores públicos estaduais, com mais da metade deles passando a ter como vencimento básico o salário mínimo, caso Lorota faça como fez este ano, quando não deu reajuste aos servidores que ganham acima do S/M, aliás, fazendo retornar o arrocho verificado nos doze anos anteriores a 2007; dezenas de prefeituras evitando abrir concurso público e optando por terceirizados, que acabam submetendo-se ao contrato de trabalho precário, obviamente recebendo uma remuneração menor que o mínimo vigente, ou seja, menos dinheiro em circulação pela diminuição do poder aquisitivo do povo, enfim, caminhamos inexoravelmente no rumo do passado recente, quando o Pará ia bem na propaganda oficial, no entanto, os números de sua economia criaram "monstros" que até hoje nos aterrorizam.
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