Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Bolsonaro, patrono da ladroagem no INSS


As fraudes no INSS tiveram início em 2017, aumentaram em 2018 e 2019, apesar de alertas feitos pelo Ministério Público, e foram potencializadas em 2022. Com o afrouxamento de regras de cadastramento, entidades efetuaram descontos lesivos aos aposentados e pensionistas da Previdência Social.

O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) afirmou que três medidas provisórias aprovadas entre 2019 e 2022 criaram as condições para as fraudes no INSS. O ex-presidente Jair Bolsonaro deveria ter vetado os trechos que favoreceram as fraudes. “Se um desses dispositivos não tivesse existido, nós teríamos desbaratado esse esquema montado no INSS há quatro anos”, afirmou.

Em abril deste ano, a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal deflagraram a Operação Desconto Zero para apurar descontos indevidos em benefícios. O trabalho já resultou no bloqueio de R$ 2,6 bilhões de entidades fraudulentas, além prisões, afastamento de servidores e devolução de valores aos prejudicados.

“A maior é essa Ambec, com 35% a 40% das fraudes. E quem é que avaliza a entrada da entidade no Ministério da Previdência? Um cidadão conhecido como José Carlos Oliveira, que faz isso mesmo já tendo recebido advertência do Ministério Público Federal. O que o governo [Bolsonaro] fez? O demite? Não! O promove e ele vira presidente do INSS e depois ministro da Previdência. Bolsonaro abre as portas para que a Ambec entre no INSS”, explicou o líder Randolfe Rodrigues.

Em audiência no Senado, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, disse que as três entidades que lideram o ranking das fraudes foram credenciadas no governo passado. “A primeira foi a Ambec, em 2021; a segunda foi a Conafer, que teve o acordo de cooperação técnica assinado em 2022; e a terceira foi a Amar-Brasil Clube de Benefícios, em 2022”, explicou. “O nosso governo é o governo que deflagra a operação, pune os culpados, que vai atrás do dinheiro e que vai devolver o dinheiro aos aposentados”, arrematou.

A líder do ranking das fraudes, a Ambec, conforme reportagem da revista Piauí, aumentou, em 2022, seu número de filiados de três para 40 mil. E, no ano seguinte, o número chegou a 600 mil pessoas, fazendo a renda da entidade crescer mais de 11 mil % – de R$ 135 para R$ 15 milhões.

O ministro explicou que o Governo deu uma resposta firme quando deparou com o esquema, com ações da PF e da CGU que resultaram no bloqueio imediato de R$ 2,56 bilhões de 12 entidades, além da suspensão de descontos em folha e da criação de uma força-tarefa jurídica específica para combater irregularidades.

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), reafirmou a disposição do governo em apurar as fraudes e punir os responsáveis, seja via CGU e Polícia Federal, seja na CPI Mista. “Vamos investigar, olhando na linha do tempo, todos os fatos e todas as pessoas. Não será uma CPI para fazer disputa eleitoral, mas para investigar, apontar responsáveis e botar na cadeia aqueles que roubaram os aposentados e pensionistas do INSS”, afirmou.

As investigações, com consequentes punições, têm tido apoio expresso do presidente Lula. “Quem chamou a polícia, ou quem deixou a polícia trabalhar livremente, foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, frisou o senador Jaques Wagner (PT-BA).

(PT Senado)

Tirando o couro alheio


Pela cotação do dólar, hoje, uma diária do Radisson Hotel, um cinco estrelas sito em Belém, seria mais ou menos de US$2670, a quando da COP30.

Um mês antes, quando teremos o Círio de Nazaré, essa diária deve ser pelo menos metade do preço que será cobrado durante a conferência do clima.

É a usura, estúpido, pode-se dizer a respeito desses preços proibitivos à maioria das pessoas , já pensando na rotina posterior à conferência quando a taxa de ocupação da rede hoteleira de Belém fica historicamente na casa dos 40% de sua capacidade.

Sim. Depois desse efêmero 'período da borracha' da rede hoteleira da capital paraense, o destino é seguir na ociosidade apesar da nossa gastronomia, nossa cultura e tudo aquilo que poderia despertar interesse e gerasse eventos que satisfizessem esse interesse. Mas isso se nós tivéssemos um governador eficiente. Uma pena!

quarta-feira, 18 de junho de 2025

O fatalismo que oculta a incompetência


Helder Barbalho, governador do Pará, é uma tragédia enquanto administrador instado a explicar suas iniciativas sob críticas.

Sempre responde emendando com outra pergunta a questionamentos feitos a ele, porém, demonstra ser incapaz de dar resposta específica ao assunto abordado.

Perguntado, em São São Paulo, a respeito da obra de drenagem tocada por seu governo para a COP30, que despejará os esgotos dos bairros privilegiados de Belém em uma favela, saiu pela tangente.

Perguntou, e Paraisópolis? Mas não deu resposta convincente a respeito da sandice sanitária que seu governo toca, optou pelo fatalismo que prega não haver soluções, tentando ocultar a falta de vontade política que acomete governantes do tipo dele.

Quanto à favela de Paraisópolis, de fato, é uma vergonha nacional. Helder só esqueceu de dizer que Ricardo Nunes, o prefeito paulistano, é do MDB, que pensa igual ao nosso governador ao declarar que ali só há uma saída: remanejar todo mundo, mesmo que 90% dos moradores vivam lá há décadas, pois a obra de saneamento naquele local sairia muito caro.

Claro que a semelhança não é mera coincidência. 

Devolvam esse lixo pra lata!


A versão papachibé de dr. Jeckill e mr. Hyde, Eder Mauro, comemorando a aprovação de um decreto legislativo que susta a proposta do governo de cobrar imposto sobre operações financeiras.

Diz o bestunto e facínora que a medida legislativa reduz a cobrança de impostos no país, de resto empulhação da extrema direita que nem o gado acredita.

O povo quer salários dignos, comida barata, empregos seguros, jornadas de trabalho decentes; operações financeiras são artimanhas pra ganhar dinheiro sem trabalhar que a elite brasileira usa, acumpliciada com essa corja extremista homiziada no parlamento, que labora de forma peçonhenta pra retirar os pobres do orçamento, recolocados que foram por Lula novamente em 2023.

Fim de linha


Rumores dando conta do retorno de Cangaciro ao PSDB, legenda que o elegeu governador do Ceará no final do século passado.

O significado político óbvio desse reencontro entre a fome e a vontade de comer é ínfimo, pois ambos desidrataram e perambulam seu raquitismo sob indiferença geral.

Ganha o PDT, que se livra de um estorvo que vivia de vilipendiar a memória de Leonel Brizola, quando até com a extrema direita chegou a dialogar, em movimentos desesperadamente patéticos.

Já, para os tucanos, nada além da nostalgia de um tempo em que se sonhava governar o país por décadas, sonho esse que acabou nos mangues da vida depois de sucessivos movimentos erráticos.

Enfim, vida que segue para vários atores que agora se sentem mais leves sem esse fardo pesado às costas; enquanto outros vão alimentar esperanças nesse "adubo de rancor", sob o risco de virar linha auxiliar do fascismo. 

terça-feira, 17 de junho de 2025

Vereadora do PT é assassinada a facadas no RS


A vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT), de 49 anos, foi assassinada a facadas na manhã desta terça (17) em Formigueiro (RS). Única mulher da Câmara dos Vereadores da cidade, ela foi encontrada morta ao lado de seu carro, uma caminhonete Fiat Strada branca, por agricultores.

Seu corpo tinha marcas de mais de 10 facadas, a maioria na região do pescoço, e a Polícia Civil investiga o crime. Nenhum objeto pessoal foi levado e agentes encontraram, além de seu veículo, uma bolsa com carteira, celular, dinheiro e cartões de banco.

O delegado Antonio Firmino, responsável pela investigação, afirma que havia um corte profundo na região do pescoço da vítima. “Suspeitamos que as agressões tenham começado dentro do carro, já que há sangue no para-brisas e no banco. Imagino que ela tenha caído ao lado do carro depois”, relatou.

A principal suspeita da polícia é de que uma ou mais pessoas tenham atraído a vereadora ao local e cometido o crime. O corpo foi encaminhado para Santa Maria.

Elisane exercia seu primeiro mandato na Câmara Municipal e chegou a participar de uma sessão na Casa Legislativa na noite desta segunda (16). Profissionais do Instituto-Geral de Perícias (IGP) de Santa Maria foram até Formigueiro para realizar o trabalho de perícia.

A Câmara declarou luto oficial de três dias após o assassinato da vereadora. O Legislativo municipal lamentou sua morte e se solidarizou com os familiares da petista.

“Elisane atuava com dedicação e comprometimento em seu mandato, sempre voltada às causas sociais e ao bem-estar da população de Formigueiro, além de ser a presença feminina nesta legislatura. Sua partida repentina representa uma perda irreparável para a política local e para todos que conviveram com ela”, disse a Casa.

Em nota, o PT do Rio Grande do Sul afirmou que Elisane foi vítima de um “brutal assassinato” e que ela sempre atuou como “uma voz firme e comprometida com a defesa dos direitos sociais”. Leia a nota da sigla na íntegra:

Com imensa dor e indignação, o PT Mulheres do Rio Grande do Sul se solidariza com a família, amigas, companheiras de militância e com toda a comunidade de Formigueiro diante do brutal assassinato da vereadora Elisane Rodrigues, ocorrido na manhã desta terça-feira (17).

Elisane era a única mulher eleita na Câmara Municipal de Formigueiro, eleita em 2024 para seu primeiro mandato pelo PT, Elisane foi uma voz firme e comprometida com a defesa dos direitos sociais, da causa Quilombola, da saúde pública, da justiça social e do diálogo.

Técnica de Enfermagem e Auxiliar de Análises Clínicas, atuava no hospital local com o mesmo cuidado com que se dedicava à política: com escuta, ação e coragem.

Sua morte não pode ser naturalizada.

Seguiremos honrando a memória da companheira Elisane com mais luta, mais organização e mais coragem.

Elisane presente, hoje e sempre.

(Diário do Centro do Mundo)

Abin paralela indiciada pela Polícia Federal


Após dois anos de investigação, a Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro, o filho dele, Carlos Bolsonaro, e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), cometeram crime e utilizaram a estrutura da entidade para espionar adversários políticos, jornalistas, advogados e outros alvos. O relatório final da operação deflagrada para apurar o caso aponta que ferramentas tecnológicas, como o software “First Mile”, foram usadas para monitoramento ilegal.

A PF afirma que os alvos da chamada Abin Paralela eram adversários políticos de Bolsonaro e de seus filhos, além de pessoas que eventualmente incomodam o governo, como jornalistas que escreviam matérias críticas. A prática se assemelha ao período da ditadura, quando a imprensa era vigiada de perto por censores e por integrantes das Forças Armadas, em uma tentativa de silenciar profissionais e calar políticos de oposição ao regime. O documento com os detalhes da organização criminosa montada para operar o esquema foi enviado ao Supremo Tribunal Federal.

O atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa e outros nomes também foram indiciados, pois as diligências também apuraram a prática de eventual obstrução de Justiça. Desde a gestão Bolsonaro, marcada por aparelhamento da máquina pública para uso político e perseguições, autoridades já alertavam para a existência do chamado Gabinete do Ódio. As atividades ilegais desta organização vão além da espionagem e envolvem também a tentativa de destruir a reputação pública de pessoas que incomodassem a cúpula do regime que perdurou no Brasil entre 2019 e 2022.

No Supremo

O caso está no Supremo sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. A partir do relatório final da investigação, a Procuradoria-Geral da República decide ou não se denúncia os acusados. Se isso for feito e o Supremo aceitar a denúncia, os envolvidos se tornam réus em uma ação penal que será aberta na Corte. Jair Bolsonaro já é réu em outra ação que apura a tentativa de golpe de Estado. Este último processo já está na reta final e deve ter audiência de instrução e julgamento até o mês de agosto. 

O relatório detalhando o caso tem mais de 800 páginas e provas fartas da espionagem ilegal que ocorreu no Brasil durante o governo passado. A PF afirma que Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento da espioangem ilegal e seria o principal beneficiado. Ramagem é apontado como o chefe, por estar à frente da Abin, na época dos fatos, e ter operacionalizado o monitoramento de adversários.

Já Carlos Bolsonaro, de acordo com as investigações, era o responsável por receber os dados colhidos e espalhar na internet. Ele, de acordo com a Polícia Federal, chefiou o Gabinete do Ódio, com uso das redes sociais para tentar destruir a reputação de quem ousasse criticar o pai e demais familiares. 

(Agência PT)