Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 31 de julho de 2011

Brasil salva lucro da Telefónica

Segundo a Agência Reuters, o lucro líquido da Telefónica na zona do euro despencou 16,3%, neste primeiro semestre. No entanto o lucro do grupo cresceu 6,1%, bem abaixo do previsto e graças ao lucro obtido no Brasil, um salto de 46%, se comparado com o de igual período no ano anterior.
Diante desses resultados, o presidente do conselho da Telefónica, Cesar Alierta, previu que em breve o Brasil será(se é que já não é) o principal motor do crescimento das receitas do grupo, daí estar sendo planejado um corte de 20% na força de trabalho na Espanha, muito provavelmente para que recursos sejam disponibilizados para investir por aqui.

Mais um "ficha limpa" pego com a boca nas tetas do erário

O DNIT pagou R$287 milhões, entre 2004 e 2010, a uma empresa de Djalma Diniz(PPS), ex-deputado estadual de Minas Gerais, ressaltando que no período Diniz era detentor de mandato parlamentar. A contratação, pela administração pública, de empresas de deputados é vedada pela Constituição Federal e pela do Estado de Minas. A empresa do ex-parlamentar mineiro está entre as dez que mais receberam do DNIT em todo o país durante o ano passado não por acaso, ano eleitoral. Foram R$151,1 milhões pagos para a "manutenção" e "adequação" de trechos rodoviários em estradas federais localizadas nos estados de Goiás, Rio Grande do Norte, Piauí e Minas Gerais.
Até então, o máximo que a empresa de Diniz havia recebido tinha sido R$36,3 milhões em 2009, sendo parlamentar desde 1995 e desistido de concorrer a mais um mandato ano passado. É mais um assecla do salafrário Freire a desmentir essa torpe encenação de seriedade, aliás, pantomima já desmascarada a quando da prisão do gatuno Arruda quando foi constatada a presença de vários pepessistas beneficiários daquele colossal assalto.

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QUEM SE BENEFICIA DA EXTINÇÃO DOS TERRENOS DE MARINHA?
(Ou, Paraguassú se alia aos caraíbas)
Lelio Costa da Silva (*)

Em seu artigo do último domingo em O Liberal, o doutor Paraguassú Éleres saiu em defesa dos grandes detentores de áreas da União, fazendo-se porta-voz da sociedade em geral, e em particular dos menos favorecidos, “moradores dos mocambos, alagados e baixadas nas periferias das cidades”. Era uma referência à posição do deputado Cláudio Puty (PA), que se contrapôs ao Projeto de Emenda Constitucional – PEC 53/2007, de autoria do deputado Almeida Lima (SE) –, e à PEC apresentada pelo deputado Arnaldo Jordy (PA), que visam extinguir o instituto dos Terrenos de Marinha e seus acrescidos, bens da União.



Para o dr. Paraguassú, a extinção do instituto dos Terrenos de Marinha não provocará, como havia dito o deputado Puty, a especulação imobiliária e a grilagem sobre estas áreas; ao contrário, viria a beneficiar a população carente, pois a maioria das zonas urbanas e rurais afetadas pela intervenção territorial dos Terrenos de Marinha é ocupada por gente de baixa renda.

Em primeiro lugar, não é verdade que a cobrança de taxas patrimoniais recaia sobre famílias carentes. Os ocupantes de áreas da União com renda de até cinco salários mínimos (R$ 2.725,00) são isentos dessas taxas. Nas áreas rurais paraenses, a situação era mais grave até a intervenção do governo federal, levada a efeito através do projeto “Nossa Várzea” a partir de 2006. Antes dessa intervenção, que já promoveu a regularização de 32 mil famílias ribeirinhas –, essas várzeas eram exploradas por pretensos proprietários com títulos expedidos pelo Instituto de Terras do Pará (ITERPA). Essas áreas foram demarcadas erroneamente por aquele Instituto, pois abrangiam Terrenos de Marinha, além de grandes extensões de áreas de vazantes de rios federais.

O articulista diz que, ao falar de grilagem, o deputado Puty só teria razão se tivesse se referido a uma situação efetivada nos anos 1970 pelo então Serviço de Patrimônio da União, ao conceder o aforamento a uma empresa industrial em trecho da Rua Cesário Alvim. Nesse caso, como mestre em direito agrário, deveria o articulista ter conhecimento de que a legislação patrimonial da União somente permite a concessão de aforamentos após consulta ao poder publico municipal e, como pesquisador, ter ciência de que isso foi feito a época, e que por motivos outros a Prefeitura de Belém informou que inexistia interesse do município.

O dr. Paraguassú classifica a titulação promovida pela União em favor da população de baixa renda de Belém, entre 2009 e 2010, como procedimento eleitoreiro. Ele se esquece que em nenhum momento o município havia se preocupado em beneficiar essa população pela regularização de suas áreas, só o fazendo através do programa “Chão Legal”, com 4 mil títulos expedidos nos moldes do projetoRegularização Fundiária Urbana, uma Questão de Cidadania, do governo federal.

Quando diz que a questão de Belém seria mais complexa porque em 1996 a SPU teria desenhado um polígono fictício sobre área da CODEM, figurando uma operação demarcatória não executada dos Terrenos de Marinha e sem citação nominal dos interessados, o dr. Paraguassú se equivoca, visto que a Determinação da Linha de Preamar Média – LPM/1831, definidora dos Terrenos de Marinha, em Belém, deu-se totalmente dentro dos parâmetros legais. Registre-se que a CODEM parabenizou a União pela maneira como os mesmos foram efetivados, dentro dos critérios normais legais.

No tocante aos Projetos de Emendas Constitucionais em questão, há duas disposições particularmente nefastas – artigo 2°, incisos III e V – que determinam que as áreas conceituadas como Terreno de Marinha e doadas mediante autorização em Lei Federal, permanecem sob domínio pleno dos respectivos donatários.

A partir da convalidação de tais titulações sobre os Terrenos de Marinha, toda essa população ribeirinha de origem centenária seria prejudicada. Pior ainda é o fato de que, após o reconhecimento de domínio privado sobre tais áreas, nem mesmo o direito ao usucapião estaria assegurado àquelas populações, visto que o período prescricional exigido pela não contestação da posse sobre essas áreas somente virá a ser considerado a partir da data de vigência do dispositivo constitucional emendado. Dessa maneira, ficariam os donatários das áreas com direito a reintegrá-las a suas posses.

No mais, rogamos que o deputado Cláudio Puty, diferentemente do que o sugerido pelo dr. Paraguassú, não se deixe levar por devaneios ilusionistas, e mantenha a coerência na defesa do instituto dos Terrenos de Marinha, visando resguardar acima de tudo, interesses municipalistas e reais direitos de toda uma população ribeirinha tradicional.


(*) Superintendente do Patrimônio da União no Pará – SPU/PA
Extraído do blog do Puty

EUA: 15 milhões faliram em 4 anos

As famílias dos Estados Unidos perderam 28% de sua riqueza durante a crise econômica, sendo que um terço delas tiveram suas economias totalmente dizimadas. E a diferença dos níveis de riqueza entre brancos e negros e hispânicos aumentou. Essas são as conclusões de uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisa Pew Research Center, divulgada pelo site World Socialist.

O levantamento leva em conta estimativas realizadas entre 2005 e 2009 e aponta para um empobrecimento geral de todos os setores da população. O percentual de domicílios americanos que têm mais dívidas do que ganhos cresceu de 15% em 2005 para 20% quatro anos depois – ou seja, por volta de 15 milhões de pessoas quebraram nos Estados Unidos neste período.

Em 2009, após o ajuste para a inflação realizado pelo governo, a riqueza média dos domicílios norte-americanos caiu de 98.894 dólares em 2005 para 70 mil dólares em 2009. A queda abrupta é relacionada sobretudo com a desvalorização imobiliária do país.

Desigualdade social avança

Enquanto isso, a riqueza das famílias mais abastadas cresceu de 49% em 2005 para 56% no mesmo período. Este número indica que as minorias raciais, normalmente com menos poder aquisito, foram as mais prejudicadas. O patrimônio líquido das famílias hispânicas caiu em um escalonamento de 66%, a partir de 12.124 dólares em 2005 para 5.677 dólares em 2009. O das famílias negras caiu 53%.

O nível de desigualdade entre brancos, negros e hispânicos está agora no nível mais alto em 25 anos. A diferenciação racial é em parte atribuível à geografia. Enquanto os brancos viram os valores de suas próprias casas cairem em 18% e negros em 23%, os valores das casas dos hispânicos caiu em mais da metade.

Como era de se esperar, a queda na riqueza teve um efeito negativamente transformador na sociedade americana, contribuindo para os milhões de execuções hipotecárias e falências pessoais. Segundo dados da Realtytrac.com, havia 10 milhões de execuções hipotecárias entre 2005 e 2009, os anos abrangidos pela pesquisa.

Fim de férias

Mas, pela quantidade de lamentações que se ouve aqui e ali, o sentimento é, "se a hora oficial é a de Brasília, por que o restante do país tem que trabalhar 2ª e 6ª feira?"
De qualquer modo, espera-se o reaparecimento de figuras que estão sumidas e que deveriam fazer-se presentes, dadas as funções que exercem e promessas que fizeram outrora, apesar do "regime brasiliense" que adotam durante todo o transcorrer do ano nos seus locais de trabalho.

sábado, 30 de julho de 2011

O salafrário Nicias

Tem toda a razão do mundo o Vicente Cidade, ao chamar de salafrário o safardana Nicias Ribeiro, que foi deputado estadual e federal por vários anos e aliado de governos tucanos por mais de uma década e nunca moveu uma palha pra levar energia à ilha do Marajó. Agora, que os governos petistas de Lula e Ana Júlia tornam esse sonho realidade vem o meliante político em questão tentar apropriar-se do trabalho alheio.
Tudo não passa de estelionato com fins eleitoreiros, daí ter que agradecer ao meu amigo Cidade pela referência sem a qual, confesso, passaria batido. Volta pro teu sarcófago pútrido, verme Nicias. O povo te repudia, salafrário!

Está ruim? Vai piorar

Pelo menos 20 novos partidos políticos buscam registro na Justiça Eleitoral brasileira, informou nesta sexta-feira, 29, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após levantamento em parceria com Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

A obtenção do registro de um novo partido deve ser feita um ano antes da eleição a qual pretende concorrer, determina a Lei 9.504/97. Nos próximos 70 dias, o TSE deverá conceder os registros aos partidos que desejam concorrer às eleições de 2012, já o primeiro turno será realizado no dia 7 de outubro de 2012. Os candidatos que pretendem pleitear cargo político também estão inclusos nesse prazo.

Pela Lei 9.096/95, a nova legenda deve ter o apoio de eleitores por meio de assinatura acompanhada do respectivo número do título eleitoral. O número de assinaturas deve equivaler a 0,5% dos votos dados para a Câmara dos Deputados, não computados os votos brancos e nulos, na última eleição geral.

Com base nas eleições de 2010 para a Câmara, um novo partido deve reunir cerca de 490 mil assinaturas, em pelo menos nove estados.

Abrangência. O futuro partido com atuação em maior número de Unidades da Federação é o Partido Social Democrático (PSD), segundo levantamento baseado em informações de 18 TREs. O PSD comunicou sua busca por assinaturas em 15 diferentes Estados.

Depois vem o Partido da Pátria Livre (PPL) e o Partido Novo (PN), que divulgaram assinaturas em 12 estados. O Partido Ecológico Nacional (PEN) busca do apoio de eleitores em 11 Unidades da Federação

"Chaves" e a popularidade dos tucanos

Dois meses após aderir ao twitter, o comediante Roberto Bolaños, mais conhecido como Chaves e apenas dois anos mais velho que FHC Boca de Suvaco, já atingiu a marca do 2 milhões de seguidores.
Enquanto isso, o príncipe dos sociólogos e seu correligionário Serra mal consegue atingir fração centesimal dessa popularidade. Espera-se que tal disparidade não seja objeto de mais um xaroposo artigo ou mensagem dos ressentidos tucanos, agora contra um octogenário ator mexicano que não tem nenhuma responsabilidade pelo fato daquela mala dupla ser tão repulsiva.

O sucateado setor elétrico(privatizado)

Desde 2006 é verificado na maioria das empresas do setor elétrico uma tendencia declinante dos indicadores de qualidade dos serviços com sua deterioração, refletindo negativamente para o consumidor. A parcimônia da Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ante a decadência da prestação dos serviços é evidente. Criada no âmbito da reestruturação do setor elétrico para intermediar conflitos, acabou virando parte deles. A Aneel é cada vez mais questionada na justiça tanto por causa dos blecautes que ocorrem, já que não fiscalizam direito as prestadoras de serviço que acabam fazendo o que querem, como é questionada pelos reajustes tarifários.

Esta falta de fiscalização ilustra a constrangedora promiscuidade entre interesses públicos e privados dando o tom da vida republicana no Brasil. Os gestores da Aneel falam mais do que fazem.

O exemplo mais recente e emblemático no setor elétrico é a da empresa AES Eletropaulo, com 6,1 milhões de clientes, que acaba de receber uma multa recorde de R$ 31,8 milhões (não significa que pagará devido a expectativa de que recorra da punição, como acontece em quase todas as multas), por irregularidades detectadas como o de não ressarcimento a empresas e cidadãos por apagões, obstrução da fiscalização e falhas generalizadas de manutenção. A companhia de energia foi punida por problemas em 2009 e 2010, e devido aos desligamentos ocorridos no inicio do mês de junho, quando deixou as famílias da capital paulista e região metropolitana ficarem três dias no escuro.

O que aconteceu na capital paulista, não é exclusivo. Outras distribuidoras colecionam queixas de consumidores em todo o Brasil. Vejam o caso da Light, com 4 milhões de clientes, presidida por um ex-diretor geral da Aneel, com os famosos “bueiros voadores”, cuja falta de manutenção cronica tem colocado em risco a vida dos moradores da cidade do Rio de Janeiro.

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), com 3,1 milhões de clientes, controlada pela Neoenergia, uma das maiores empresas do setor elétrico do país, também é outra das distribuidoras que tem feito o consumidor sofrer pela baixa qualidade da energia elétrica entregue, e pelas altas tarifas cobradas.

Infelizmente a cada apagão e a cada aumento nas contas de energia elétrica, as explicações são descabidas, e os consumidores continuam a serem enganados pelas falsas promessas de melhoria na qualidade dos serviços, de redução de tarifas e de punição as distribuidores. O que se verifica de fato, somente são palavras ao léu, sem correção dos rumos do que esta realmente malfeito. A lei não pode mais ser para inglês ver, tem de ser real, e assim proteger os consumidores.

Este é um trecho de um artigo publicado no blog Viomundo, do jornalista Luiz Carlos Azenha. Poderia muito bem incluir aí a nossa privatizada e precária Rede Celpa, tal e qual as citadas, também prestando um pésssimo serviço.

Promoters da Copa Óleo de Peroba

Segundo estimativa do Ministério do Esporte, a Copa de 2014 agregará R$183 bilhões ao PIB do país, para um investimento de R$33 bilhões; gerará 700 mil empregos temporários e permanentes; durante o evento, proporcionará uma receita de R$9 bilhões; atrairá às sedes dos jogos 3,7 milhões de turistas nacionais e estrangeiros, além da melhora na infraestrutura das capitais que abrigarão jogos.
Portanto, a tucanalha que sucateou nossas universidades públicas substitundo-as pelo pronto atendimento acadêmico/privado, que jogou na lata do lixo a escola pública do 2º grau e privatizou sorrateiramente as verbas da saúde pública não tem vergonha na cara e muito menos autoridade para dizer que os investimentos públicos feitos nesse mega evento deveriam ser carreados às áreas prioritárias, discurso cínico e dissimulado de quem torce contra com segundas intenções politiqueiras, típicas dos patifes.

Brasil e América do Sul já se preparam para calote na dívida dos EUA

Impasse sobre dívida dos Estados Unidos deixa América do Sul em alerta. Países temem invasão de dólares de especulador em fuga dos EUA, com conseqüências desastrosas para indústrias locais. No Brasil, governo se deu superpoderes para supervisionar especulação. No continente, ministros da economia vão discutir proteção conjunta em duas reuniões em agosto. Problemas econômicos globais foram o tema principal de encontro da presidenta Dilma Rousseff com a colega argentina, Cristina Kirchner, nesta sexta-feira (29/07). Dilma criticou "imobilismo político" dos EUA frente à iminente crise da dívida.

BRASÍLIA – O Brasil e os demais países da América do Sul começam a se preparar para um desfecho da crise da dívida norte-americana com potencial para causar estragos pela região. Se o governo Barack Obama for empurrado para o calote, o continente aposta que os especuladores em fuga dos Estados Unidos e atrás de lucros fáceis vão querer invadir a região. Neste cenário, o preço das moedas de cada país ficaria mais caro, afetando as exportações nacionais a produzindo uma avalanche de importações.

Para tentar proteger o Brasil de uma enxurrada de dólares, o governo armou-se dando amplos poderes aos ministros da Fazenda e do Planejamento e ao presidente do Banco Central (BC) para intervir no chamado “mercado de derivativos”, paraíso da especulação. A trinca, que forma o Conselho Monetário Nacional (CMN), poderá impor limites de valores e de prazos para a compra e venda de dólares e taxar os contratos em até 25%.

Já os chefes de Estado e governo da América do Sul decidiram nesta quinta-feira (28/07), no Peru, onde estiveram para a posse do novo presidente daquele país, Ollanta Humala, que seus ministros da economia vão se reunir nos dias 4 e 5 de agosto, em Lima, para discutir com se proteger dos efeitos de uma possível nova etapa na crise global. Um outro encontro acontecerá no dia 11 de agosto, em Buenos Aires, desta vez, com a presença dos presidentes dos bancos centrais.

Os atuais problemas da economia mundial foram o tema principal da reunião que as presidentas do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner, tiveram nesta sexta-feira (29/07), em Brasília, durante visita oficial da argentina.

Em declaração à imprensa depois da reunião, Dilma disse que a América do Sul se diferencia de “outras partes do mundo, hoje dominadas pela recessão, pelo desemprego, pelo caos financeiro e fiscal e, sobretudo, pela imobilidade política na resolução dos desafios que têm pela frente”.

Embora a presidenta não tenha especificado, a afirmação referia-se aos EUA, onde um impasse entre Obama e seus inimigos republicanos sobre a dívida norte-americana ainda não foi superado e deixa o mundo em estado de alerta. Segundo Dilma, a Unasul precisa mesmo discutir o assunto para “coordenar respostas à crise global” e para defender-se da “excessiva liquidez”, da “avalanche de manufaturas” e da “valorização de nossas moedas”.

Cristina concordou ser fundamental blindar a região contra o “ingresso de capitais especulativos” e adotar medidas comuns que defendam o “formidável” avanço social, no mercado de trabalho e na industrialização que, na opinião dela, tem ocorrido na região nos últimos tempos. “Temos que nos adiantar porque os tempos econômicos e dos mercados muitas vezes não são os tempos da política”, afirmou Cristina, sobre as duas reuniões econômicas da Unasul marcadas para as próximas semanas.

Xerife da especulação
No Brasil, o governo já se adiantou. Na última quarta-feira (27/07), em um pacote de medidas para conter o barateamento do dólar, o governo resolveu dar-se autorização para fazer intervenções maciças no “mercado de derivativos”. Uma medida provisória (MP) transformou o CMN numa espécie de xerife da especulação, com autoridade para fixar limites e prazos e até para proibir certas cláusulas contratuais na negociação de dólares.

Até agora, a supervisão dos derivativos era repartida entre a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o BC. Segundo o secretário-executivo do ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, ambos exercem tal controle conforme a perspectiva individual da área de jurisdição de cada um – investidores privados, no caso da CVM, e setor financeiro, no do BC. Nenhum tem uma visão mais ampla sobre os riscos mais gerais para o país (prejuízo causado a exportadores pelo dólar barato, por exemplo).

De acordo com Barbosa, esta postura do governo está em linha com as posições que o Brasil defende, desde a eclosão da crise financeira internacional em 2008, no grupo dos países mais ricos do mundo, o G-20, de mais transparência e regulação do mercado de derivativos.

Para ele, as incertezas sobre o futuro da dívida norte-americana justificam que o Brasil se prepare para o pior. “Uma situação de extrema liquideza internacional tem potencial de movimentos muito grandes e muito rápidos de capital para um lado ou outro. E, nesse momento, isso pode se refletir numa apreciação adicional do real que não é benéfica para a economia [brasileira]”, afirmou.

O mercado de derivativos tem potencial para bagunçar a economia brasileira e afetar o preço do dólar por causa do volume de negócios. Em junho, as transações com dólares atingiram US$ 376 bilhões, segundo a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). O valor é nove vezes maior do que a quantia movimentada pelo comércio exterior no período (US$ 42 bilhões, entre exportações e importações).

Apesar de a equipe econômica ter agora superpoderes de intervenção no mercado de derivativos, esse poder ainda não foi exercido. O CMN teve sua reunião mensal nesta quinta-feira (28/07), mas não baixou nenhuma norma.

A única medida do pacote cambial que concretamente já está em vigor é uma nova taxação, de 1%, sobre contratos de compra e venda de dólares acima de US$ 10 milhões. Os pagamentos devem começar a ocorrer a partir de outubro (mas serão retroativos a julho). Até lá, a equipe econômica vai fazer reuniões com entidades do sistema financeiros para explicar como funcionará a nova regulação dos derivativos.

(Carta Maior)

Homofobia

Aquela pesquisa do Ibope(inútil, por sinal, porque ninguém vai deixar de ser homossexual em função de pesquisa de opinião), que atestou serem 55% dos entrevistados contrários à união homoafetiva, trouxe um dado interessante que li hoje no blog da Cidadania, de Eduardo Guimarães.
É que, entre os entrevistados, a maior rejeição(60%) foi atestada entre aqueles que estudaram somente até a 4ª série do ensino fundamental; já entre os que tiveram oportunidade de ingressar em uma universidade, esse índice cai para 40%. Como conclui o blogueiro citado, fica patente a íntima ligação entre preconceito e ignorância, sendo esta o combustível que bota pra funcionar aquele. Faz todo sentido.

Trote seco

Naquele que talvez tenha sido o dia mais quente do ano, A Companhia de Saneamento do Pará( Cosanpa) anunciou que interromperia o fornecimento do abastecimento da água em quatro bairros de Belém, no período compreendido entre às 21hs. do dia 28, até às 9 hs de ontem.
Qual nada. Tudo não passou de pregação de peça hídrica de mau gosto.
Só foi cumprido o prometido para o início da interrupção. Depois, não teve hora para a regularização do serviço, houve bairro em que só foi normalizado às nove, mas da noite, e os quatro bairros inicialmente previstos transformaram-se em quase toda a cidade.
Mais uma vez, ficou patente a falta de sintonia entre o comando tucano e o serviço público. Parece que há uma antipatia visceral dos emplumados a tudo que se refere à prestação de serviço oriundo da máquina estatal. Não se está aqui querendo dizer que há intenção de privatização da Cosanpa, longe disso. Mas que não há, igualmente, qualquer boa vontade pra dar retaguarda ao trabalho de orgãos como aquela companhia, isso ficou patente ontem.

O pai é outro

O Repórter da Ditadura(70) insiste que bolsistas do Instituto Evandro Chagas estão há seis meses sem receber o valor de suas bolsas. Vale lembrar que são bolsistas da Fapespa, a fundação de pesquisa ligada à Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado, criada no governo passado e sucateada no atual, como atesta o calote nos bolsistas, que foram para o IEC por força de protocolo de intercâmbio assinado entre os dois orgãos.
Como estamos diante de uma atividade que é unânime prioridade na retórica, pensou-se que isto pudesse chegar à prática. Colossal engano. Simão Lorota mandou às favas seus escrúpulos acadêmicos e tascou o calote naqueles que intentam melhorar a qualidade da mão de obra que chega ao mercado, afinal, o que prevalece no atual governo é o "padrão Sidney Rosa", aquele secretário processado pela justiça federal do Maranhão acusado da prática do trabalho escravo. Credo!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Resta outra alternativa

Se a Croc Tapioca ficou de fora do rol das empresas denunciadas pelo MPE por firmarem contratos fraudados coma direção da Alepa, então, não há motivo pra Sérgio Duboc continuar foragido, certo? Errado. Cabe à Comissão Externa da Câmara Federal denunciar para o Senado tais contratos, bem como o período em que foram assinados e reforçar o pedido de cassação do mandato de Mário Couto, já tramitando naquela Casa por iniciativa da direção nacional petista, por quebra do decoro parlamentar, afinal, foro privilegiado não significa que alguém posta-se acima da lei.

O PONTO A QUE CHEGAMOS:
O MUNDO NAS MÃOS DO TEA PARTY

Os republicanos querem manter Obama sob rédea curta e aprovar uma elevação do endividamento público dos EUA suficiente para mais seis meses à base de pão e água. Depois, negociam mais meia cuia de água. Assim por diante, até Obama chegar às eleições de 2012 como um cachorro velho, mudo e sem dente. Um cão arrastado pelo rabo. Mas a extrema direita do partido, meia centena de membros do Tea Party, acha pouco e entornou o caldo da votação do pacote conservador na Câmara, deixando as finanças do mundo de cabelos em pé. O Tea Party quer recolher Obama/'a gastança' na carrocinha e é já. Um clamor uníssino de vozes cortou a narrativa dominante do Financial Times ao Globo, qualificando os indômitos seguidores de Sarah Palin de demenciais. É preciso cautela. O Tea Paty pode ser tudo, mas não é um hospício encastoado na alavanca republicana que embalou Bush, concluiu a desregulação das finanças até o colapso de 2008, dizimou o Iraque, retalhou o Afeganistão e agora incendeia a Líbia, entre outras miudezas do ramo. O neonazista norueguês que encravou balas dum-dum nas vísceras de um pedaço da juventude progressista do seu país tampouco é um demente, como querem rapidamente resolver o caso certos veículos e personagens do conservadorismo urbi et orbi. Tea Patty e Andres Behring Breivik são um produto refinado da história. De anos --décadas-- de ódios e pregação conservadora contra o Estado, contra a justiça fiscal; contra o pluralismo religioso; contra os valores que orientam a convivência compartilhada. Sobretudo, o princípio da igualdade e da solidariedade que norteia a destinação dos fundos públicos à universalização do amparo aos doentes, à velhice, aos desempregados, aos famintos, aos loosers brancos ou negros, nacionais ou imigrantes. Breivik e o Tea Party assimilaram o cânone. Se agora escapam ao criador, louve-se a competência da madrassa neoliberal. Na crise, ambos apenas confirmam a esférica densidade da formação que receberam e investem contra a desordem. Com fé no mercado e o dedo no gatilho.

(Carta Maior; 6º feira, 29/07/ 2011)

O que vale a Vale?

A Vale obteve um lucro líquido US$ 6,452 bilhões no segundo trimestre de 2011, o que representa crescimento de 74,1% ante o mesmo período do ano passado, levando-se em conta o padrão contábil norte-americano US GAAP. No primeiro semestre do ano o lucro da Vale chegou a US$ 13,278 bilhões, alta de 150,1%.
Já a receita líquida no segundo trimestre subiu 54,5%, em relação ao mesmo período do ano passado, para US$ 15,345 bilhões A geração de caixa medida pelo Ebitda, na mesma comparação, subiu 62,6% no critério ajustado (excluindo variações monetárias e equivalência patrimonial de coligadas, entre outros) para US$ 9,069 bilhões.
Já no acumulado da primeira metade do ano, a receita operacional da Vale chegou a US$ 28,893 bilhões, crescimento de 72,2%. O Ebitda ajustado, por sua vez, somou US$ 16,732 bilhões, alta de 98,4%.
Isto se dá porque a Vale, depois de privatizada pelos tucanos, paga apenas 0,5% de IR sobre seu lucro(qualquer assalariado de classe média paga 27%), royalties indecentes que não chegam a 3%, enquanto o mundo todo cobra pelo menos dez vezes mais por conta do estrago que a atividade mineral causa, e consolidou-se como empresa privada graças à muleta do BNDES, o que demonstra que se continuasse estatal estaria sendo mais útil ao país e obras como a ALPA, em Marabá, não viveriam os sobressaltos atuais porque seus dirigentes estariam obrigados a dar satisfações ao povo brasileiro e adotar outra política de industrialização, em vez do comodismo atual de limitar-se à venda de commodities.
Assim como Lula articulou a saída do bibelot tucano Agnelli, é hora de Dilma cobrar mais obrigações com o Brasil dessa ex-estatal que parece ainda ter a cabeça no neoliberalismo.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O boom aéreo que o PIG oculta

O Brasil registrou a maior expansão aérea em 2011 superando China, EUA e toda a Europa. Os dados são da IATA(Associação Internacional de Transporte Aéreo).
Entre janeiro e junho, o número de passageiros no mercado doméstico brasileiro aumentou 19%. No mundo essa taxa foi de 4%; nos EUA foi de 2,5% e a China teve um crescimento de 7%. Para a IATA, a maior renda dos brasileiros é o motivo da expansão.
(Amigos do Brasil)

Que patife!!!

Jobim por Bessinha

Cuidado com as raposas

A presidenta do Conselho Estadual de Educação é proprietária de escola particular. Já foi mantenedora de uma universidade particular cá no estado, que no Ceará era pública (UVA), mas, mesmo assim, aqui é(ou era) paga.
Por isso, devemos ter muito cuidado quando a preclara presidenta afirma que muitas escolas públicas funcionam irregularmente. A preocupação com condições mínimas de funcionamento é até louvável e inerente ao cargo que ocupa, embora o posto devesse ser de alguém oriundo da escola pública, seguindo a linha de raciocínio de que educação é um direito fundamental. Porém devemos ficar atentos para que esse rigor não tenha apenas um alvo investigatório e resulte em migração para o ensino privado.

Universidade francesa Sciences concederá título de Doutor Honoris Causa a Lula

A universidade francesa Sciences Po concederá um título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cerimônia de outorga ocorrerá na França, no dia 27 de Setembro.

Lula será a a 16ª personalidade – e a primeira latino-americana – que receberá essa láurea desde a fundação da Sciences Po, em 1871. O último a ser titulado Doutor Honoris Causa pela instituição foi o ex-presidente tcheco Václav Havel, em 2009.

Jean-Claude Casanova, membro do Instituto da França e presidente da Fundação Nacional das Ciências Políticas, pronunciará o “elogio do impetrante” e outorgará o título de Doutor Honoris Causa em presença dos professores da universidade.

“Essa láurea, mais do que um reconhecimento pessoal, é uma homenagem ao povo brasileiro, que nos últimos oito anos realizou, de modo pacífico e democrático, uma verdadeira revolução econômica e social”, ressaltou o ex-presidente.

Sobre a Sciences Po

A Universidade Sciences Po é uma instituição de ensino superior e de pesquisa em ciências humanas e sociais. A instituição atribui 37% do seu orçamento à pesquisa científica e que se caracteriza por uma forte internacionalização. A universidade tem 10 mil estudantes, dos quais 40% são estrangeiros, oriundos de mais de 130 países.

Notabilizada pela formação de líderes políticos, a Sciences Po tem entre seus ex-alunos os ex-presidentes franceses Jacques Chirac e François Mitterrand, além do príncipe Rainier III de Mônaco, do ex-secretário-geral da ONU Boutros Boutros-Ghali e do escritor Marcel Proust.
(Amigos do Presidente Lula)
Homenagens

Este será o sexto título de Doutor Honoris Causa recebido pelo ex-presidente, que já foi laureado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), em janeiro; pela Universidade de Coimbra, em março e pelas universidades de Pernambuco (UPE), Federal de Pernambuco (UFPE) e Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em julho.

Espetáculo!

A espetacular vitória do Flamengo, depois de um início arrasador do Santos, é tema de conversas em padarias, supermercados, pontos de ônibus, de táxis e onde houver mais de uma pessoa. De fato, foi um jogo muito bonito de se ver, principalmente pelo placar, hoje em dia é raro uma partida com nove gols, mas, também, pelas alternativas apresentadas durante o jogo com duas viradas rubro-negras.
Como já referi, o início do Santos foi de um futebol impressionante pela rapidez, talento, eficiência e objetividade. tanto que roubou uma bola no campo adversário e foi logo abrindo a contagem. Curiosamente, mesmo nesse momento fulgurante do time de Vila Belmiro, o Flamengo criou chances de gol, duas com Ronaldinho Gaúcho(o melhor em campo e sua melhor atuação desde o retorno), uma com Deivid e uma outra com o Luís Antônio, que não valeria porque o bandeirinha havia marcado impedimento, por sinal, inexistente.
Porém, a presença ofensiva do Fla não foi percebida por muitos santistas, que achavam que 3x0 eram favas contadas, e aí exageraram na dose do exibicionismo. Gaúcho e Deivid trocavam de posição constantemente e confundiam a já relaxada marcação santista, o garoto Luís Antônio encostava nos dois e aparecia sempre com perigo, Tiago Neves ia e voltava demonstrando impressionante aplicação e Renato fez o volante anti-Lucas Leiva, saía pro jogo com passe de qualidade. A destoar apenas a dupla de zaga, pois o peso da idade parece já metamorfosear o outrora duro Angelim em uma frágil folha de compensado e o jovem Wéllington segue perturbado com as seguidas cobranças da exigente torcida flamenguista e piora de rendimento a cada jogo; o mesmo vale para seu substituto, David Pratz, que quase entrega o ouro.
Depois de chegar aos 3x3 e do penalti ridiculamente perdido por Elano, era impressão geral que o jogo voltou a ter perspectiva de resultado indefinido. Ganso, que começou muito bem teve uma caída, Elano estava visivelmente perturbado e Ibson já sentia o peso da estréia, pois o ritmo do jogo era em alta velocidade. Sobravam os contrataques de Neimar nas costas de Leonardo Moura e a boa movimentação de Borges, mas o Flamengo já detinha o controle do jogo, tanto que mesmo sofrendo o quarto gol não se abalou e continuou aliando técnica individual a um admirável jogo coletivo. Ronaldinho, Tiago Neves e Deivid confundiam a defesa do Santos pelo meio e Júnior Cesar usava o corredor esquerdo junto com Renato.
Mais organizado e mais confiante, o Flamengo acabou virando o jogo e inscrevendo a partida na história dos grandes jogos do futebol brasileiro e proporcionando ao torcedor, após a frustrante perda da Copa América, a constatação de que ainda existe vida no futebol brasileiro, apesar de Mano Menezes.
A destoar, a péssima arbitragem do sr. André Luiz de Freitas Castro, aliás como vem sendo a preocupante rotina no atual campeonato. O padrão foi o Sálvio Spínola, que não viu o zagueiro paraguaio meter a mão na bola dentro da pequena área, o que atesta falta de concentração. Ontem, foi marcada uma penalidade máxima que nem árbitro de pelada marcaria, pois os jogadores disputavam a bola lado a lado. Depois, na cara dele, Neimar deu uma bofetada em Renato a pretexto de proteção da bola e ele nada marcou; antes, Neimar já havia tirado de campo Luís Antônio e não levou o cartão amarelo, o que só ocorreu no finalzinho da partida e em um lance bem menos acintoso dos que os aqui citados, enfim, uma arbitragem caseira e xinfrim que só colabora para que alguns de nossos jogadores estranhem e tenham seus rendimentos até comprometidos quando estão sob outro padrão de arbitragem.
Que venham outras partidas iguais a essa, proporcionando a elevação do nosso padrão de qualidade e a esperança que se forme uma seleção capaz de apagar o trauma de 1950, principalmente no momento em que o futebol uruguaio renasce das cinzas e Luiz Suarez lembra muito Gighia. Toc, toc, toc...

Goebels, Simão Bacamarte e a Futrica Barbálhica(Diário do Pará)

Nessa sua obsessão em apear o presidente local da OAB, a Futrica Barbálhica(Diário do Pará) envereda perigosamente pelo terreno da patologia. Hoje, no Repórter Futrica(Diário), chega ao ponto de demonstrar irritação por constatar que no site da OAB nacional não existe uma vírgula a respeito do tema. Se fosse jornalismo sério, faria enquete para aferir o interesse da população a respeito do assunto.
Como o objetivo é revanche contra Jarbas Vasconcelos, a racionalidade passa longe de tal campanha, ignorando-se até eventuais prejuízos comerciais que possam ocorrer com a perda de leitores enfadados com repetição entediante, afinal, o prejuízo pode ser coberto com algum aporte generoso oriundo de verba oficial. O que vale é saciar a sede de vingança.
No entanto, o que é percebido é a impotência do jornal em provar que Vasconcelos é o "anormal" dessa estória, frustrando-se assim a possibilidade de punição, no caso, não seria o trancafiamento como louco, mas sua destituição da presidência daquela corporação. Nem a repetição sistemática de factóides tem criado um ambiente de aceitação destes, exatamente porque a sociedade não assimila tal enredo.
Tudo leva a crer, será mais um delírio que se esvairá por inanição, aliás como vários outros. Infelizmente, a lição não servirá de exemplo para uma mudança de hábito na medida em que esse é o propósito esposado por aquela publicação, desde sua fundação. Se, eventualmente, é servida uma dose homeopática de jornalismo, debite-se tal circunstância ao tributo que o vício se acha devedor da virtude para poder seguir enganando. Lamentável!

Mãe Delamare e a segurança pública

Anônimo disse...

"Seu Jorge, verifique no site da Polícia Civil onde o nobre Delegado Evando afirma em sua estatística que tivemos apenas 38 crimes de roubo no primeiro semestre de 2011 na Sacramenta. Não sei quem esse nobre Delegado quer enganar, pois 38 roubos é a média de uma Unidade Policial pequena tipo Benguí, não por semestre, mas por semana seu Jorge, esses tucanos são mesmos loroteiros adoram inventar estatísticas a seu favor. Vou dar só um exemplo, Roubo a banco já tivemos em apenas seis meses loróticos 53, em 2010, tivemos 07."

Quem acompanha este blog regularmente percebe que é sempre assim. Toda vez que o atual governo anuncia suas estatísticas miraculosas, aparecem vários anônimos chamando-o à realidade. Por mais invencionices que o histrionismo tucano/administrativo encene, percebe-se que o que ainda funciona atualmente é o policiamento ostensivo daqueles carrinhos disponibilizados por aquele Termo de Adesão tão espinafrado, por motivos óbvios, pela Futrica Barbálhica(Diário do Pará).

Mas, atenção, já é perceptível a deterioração da maioria dos veículos disponibilizados. Lembrando, o contrato reza que quando eles tornam-se impróprios ao serviço que prestam devem ser trocados por outros novos. A julgar pelo estado atual de grande parte deles, o sr. Cavendish não será cobrado a cumprir todas as suas obrigações contratuais, embora seja certo que embolsará seus R$20 milhões anuais, afinal, ele é muito ligado ao PMDB e a pantomima futriquenta pode ser mera atitude diversionista.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Esse imenso mercado chamado Brasil

A General Motors deve investir em 2011, no Brasil, R$2 bilhões enquanto se prepara para novo ciclo de crescimento no país, que se tornou seu terceiro maior mercado mundial.
Para os próximos cinco anos, após2012, a empresa está trabalhando para entrar em novos segmentos, como caminhões, enquanto enfrenta a chegada de rivais asiáticos. A montadora pretende, ainda, lançar até o final de 2012 mais nove modelos no Brasil. Esses carros farão parte de uma nova família de veículos, mas os executivos não fornecem maiores detalhes a respeito dos segmentos de consumidores que serão atendidos.
Resta, disso tudo, a certeza de que o Brasil continua sendo um ambiente propício a empresas como a GM, que teve em um passado recente problemas seríssimos nos EUA, e que pretende retornar à uma posição de destaque entre os grandes fabricantes, nos dando em troca um investimento considerável para a geração de empregos no país e, consequentemente, contribuindo para que o país continue crescendo e desenvolvendo-se socialmente.

Charge Online do Bessinha

Alinhar à esquerda

Pará tem mais uma morte em assentamento

A Polícia Civil do Pará confirmou ontem a prisão de um suspeito pela morte de Francisco Soares Oliveira, no assentamento Alto Bonito em Dom Eliseu, no Sul do Estado, no último domingo, mas não divulgou o nome do suspeito.O delegado responsável pelas investigações acredita que a morte foi devido a uma rixa entre os dois trabalhadores rurais e descarta que o crime tenha sido provocado por conflitos agrários.

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Pará aguarda a conclusão do inquérito policial. Suas lideranças desconhecem se a morte de Oliveira foi provocada por conflitos agrários ou se foi crime passional. Segundo o advogado da comissão em Marabá (PA), João Batista, ainda é cedo para confiar na versão de que o crime tenha sido provocado por desentendimentos pessoais entre o suspeito e a vítima.


"A polícia no Pará tem um problema, ela costuma concluir antes de investigar. Então nós achamos que é cedo para dizer que sim e cedo para dizer que não. Preferimos que a polícia investigue, descubra a autoria e informe o motivo do crime", disse o advogado.

João Batista disse que o município onde a morte aconteceu fica distante de Marabá (PA) e de Belém (PA), o que dificulta o trabalho de apuração da Comissão Pastoral da Terra.

Dois meses atrás um casal de extrativistas, José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, foi morto na mesma região. Os acusados fugiram da prisão. O juiz Murilo Simão, responsável pelo processo sobre a morte do casal de extrativistas, disse ontem que não colaborou para a fuga dos acusados do crime. Sob a alegação de que ele negou dois pedidos de prisão preventiva dos indiciados pela polícia como autores do duplo assassinato, movimentos sociais e parentes querem que a Justiça do Pará afaste Simão do caso. O magistrado também é acusado de dificultar o acesso a informações que constam do processo.

O casal foi assassinado em um assentamento em Nova Ipixuna (PA). De acordo com o inquérito, o dono da área do assentamento onde o casal vivia, José Rodrigues Moreira, foi o mandante do crime, executado pelo seu irmão Lindonjonson Rocha e por Alberto Nascimento.

Segundo o juiz, o sigilo processual foi decretado para não atrapalhar as investigações policiais de busca e apreensão. Ainda de acordo com o magistrado, em um primeiro momento, foi pedida a prisão preventiva apenas de uma pessoa. Depois de novas investigações, assinalou, a polícia pediu a prisão de duas pessoas. Antes o inquérito policial ser concluído, acrescentou, o número de suspeitos passou para três.Valor Econômico
(Os Amigos do Brasil)

Fora, Jobim(de novo)!

Em entrevista concedida ao repórter Fernando Rodrigues, nossa égua de Tróia que ocupa o Ministério da Defesa do governo Dilma declarou que, nas últimas eleições presidenciais, votou no tucano José Serra, o vampiro anêmico, como é conhecido o candidato do PSDB derrotado por Dilma.
Para felicidade geral da nação, uma declaração desse tipo só é dada quando o cabra sabe que o pé está a caminho de sua(dele) bunda para defenestrá-lo do cargo para o qual nem deveria ter aceito continuar, mercê da antipatia que nutrem entre si a presidenta Dilma e o quase chutado ministro, sendo que ela tem em mãos a caneta e o Diário Oficial, insisto, para felicidade geral. Já vai tarde!

Celeridade

Esse terceiro adiamento, feito pela CTBel. na sinalização das carretas com regras de circulação em Belém, conta com o aval do Ministério Público Estadual, que não tem porque esperar 90 dias, novo prazo dado pela companhia de trânsito pra cumprimento do que foi determinado ainda ano passado, para pedir a prisão do alcaide D. Costa.
Até se entende o pudor do MPE, na medida em que o cleptoalcaide é recordista em mandados de prisão e continua solto, só resultando pedidos dessa natureza em desgaste para o demandante. No entanto, acima de considerações circunstanciais, está o acintoso e debochado descumprimento de decisão pactuada merecendo, portanto, atitude mais enérgica por parte de quem está tendo suas prerrogativas achincalhadas por quem adora viver à margem da lei. Por isso, não há motivo que justifique esperar tanto tempo para renovar o pedido da prisão de D. Costa.

Hiena neoliberal

Leio no Repórter da Ditadura(70) que Amaro Klautau riu muito quando soube que já há membro da atual diretoria do Remo que admite vender o Baenão para pagar as dívidas.
Ora, isso em nada redime a malsinada artimanha de Amaro, felizmente, pros azulinos, fracassada, da venda anterior. Caso venha a concretizar-se uma outra venda, certamente será porque as dívidas chegaram a um patamar impagável, é espantosa a quantidade de demandas trabalhistas que dão entrada na JT contra o clube, sendo melhor vender o patrimônio do que ve-lo ir a leilão.
De qualquer forma, o que a nação azulina espera é que essa venda seja feita por um preço justo, e não como queria fazer Amaro, vender às pressas sob a esfarrapada desculpa da construção de uma arena com o restante do dinheiro da venda, após pagamento das dívidas. Como o que sobraria não daria pra construir nem uma arena helderiana, então, não há gargalhada ou venda que redima Amaro.

Gorgulho maldito

Nesse episódio, das caixas de macarrão que a Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social(Sedes) jogou fora porque estavam impróprias pra consumo, os gorgulhos, causa do descarte, devem ser substituídos por cupins, pra corroer a cara de pau da coordenadora de administração daquela secretaria, Ovanilde Ribeiro, que disse serem os tais gorgulhos "herança maldita" do governo passado, que adquiriu o macarrão em setembro de 2010 e não tomou os cuidados necessários para acondicioná-lo, daí o estrago.
Porra! É voz corrente que o governo Lorota ainda não começou, mas D. Ovanilde foi longe demais na inércia. Será que, em sete meses, não dava para reparar a displicência do governo passado e salvar ao menos parte desses alimentos, que seriam destinados a abrigos de crianças e idosos, principalmente porque o prazo de validade era 15/02/2012?
Não cola, D. Ovanilde. Em algum momento a senhora foi negligente, ou quando deixou passar tanto tempo pra jogar fora algo que estava estragado desde setembro passado ou, mais grave, porém também mais provável que tenha ocorrido, quando ignorou o que estava no almoxarifado da secretaria há quase um ano, afinal, era pra carentes que os tucanos antipatizam, e quando descobriu já era tarde demais, só restando jogar fora o produto, junto com os "gorgulhos vermelhos". Hei, D. Ovanilde! Conte outra!

Cadê a matéria prima?

Algumas pessoas cobram do blog posts com mais assuntos locais. E eu me defendo dizendo: esse é um blog que procura dar pitaco nas questões políticas e essa está de férias, pois D. Costa desapareceu(a bem da verdade, muito antes das férias); Simão foi pescar em lugar incerto e não sabido( pelo menos pelo povo); o secretário de segurança, tudo indica, está nos balneários levando a polícia junto(até o jogo do Paissandu teve sua realização ameaçada por falta de policiamento); os demais secretários estaduais só são vistos em colunas sociais em lautos regabofes promovidos pela elite local e alguns secretários municipais encontram-se evadidos por motivos óbvios, sendo que o que apareceu o fez por motivações politiqueiras, malajambrando uma posição contrária ao separatismo, mesmo correndo o risco de ser apartado do convívio social pela polícia.
Só me resta recorrer àquela velha e irônica frase do Pasquim. Perdão, leitores!

Overboking no Porto do Sal

Evidentemente nem Jornal Nacional, muito menos a Globonews, farão longas reportagens a respeito do assunto, mas, pelo menos O(nada)Liberal noticiou que uma empresa que vende passagens para Macapá, no porto Palmeiraço, ganaciosa e criminosamente, vendeu um número de passagens superior ao que comportava o barco.
Tudo leva crer que os planos delinquentes do dono da embarcação foram frustrados por uma eficiente fiscalização da Capitania dos Portos e aí o calota foi inevitável. Menos mal. Pior seria se todos os portadores de bilhetes embarcassem e isso motivasse uma nova tragédia. Porém, independente de qualquer coisa, é preciso levar à polícia os responsáveis por essas práticas punindo-os exemplarmente, até todos ficarem cientes que com a vida alheia não se brinca.

Novas regras

A partir de hoje, usuários de planos de saúde privados terão aceitos seus prazos de carência cumpridos em contrato anterior, pelo novo plano escolhido. Assim, aquela "noventena" que abarrotava os cofres dos mercadores da saúde alheia sofre significativo baque, tardio mas necessário.
Evidentemente, tudo aquilo que vem em benefício da sociedade deve ser saudado como conquista contra os ditames impostos pelas conveniências dos "donos do dinheiro", que sempre ditaram ao estado brasileiro as regras que lhes interessavam.
No entanto, neste caso, tenho a leve impressão que o que presidiu essa aceitação sem maiores esperneios através do seu braço armado-a imprensa-foi a melhora do atendimento pelo SUS e a sensível piora na qualidade do atendimento através desses planos, em algumas circunstâncias, com prazo de atendimento maior para o usuário do sistema privado. Sendo, então, o tal final da carência cumulativa vista pelos proprietários como uma espécie de "promoção" para atrair clientes. Depois, opera-se outro lobby no Congresso para amenizar as perdas. Que Dilma e o ministro Padilha fiquem atentos e melhorem cada vez mais o atendimento universal.

terça-feira, 26 de julho de 2011

A patologia social como discurso político legítimo



Um fantasma na Europa

Há 60 anos, os filósofos Theodor Adorno e Max Horkheimer forneceram uma das mais instigantes leituras do nazismo, do fascismo e de sua lógica de segregação. Consistia em mostrar como estávamos, na verdade, diante de um tipo de patologia social.

Isso não significava dizer que os fascistas seriam "monstros patológicos", "perversos" e coisas do gênero. É alentador acreditar que apenas monstros são capazes de produzir monstruosidades.

Tratava-se, na verdade, de mostrar como o fascismo conseguira se colocar como um modelo de forma de vida. No caso, uma forma de vida constituída através da transformação de comportamentos patológicos em norma social, de temáticas que normalmente aparecem em delírios paranoicos no conteúdo de discursos políticos tacitamente aceitos.

Assim, delírios de perseguição se normalizavam por meio da crença de que um elemento estranho estava infectando a bela totalidade de nosso corpo social. Elemento que destruiria, com o beneplácito de cosmopolitas ingênuos, nosso caráter nacional naquilo que ele teria de mais especial.

Força e disciplina eram convocadas para restaurar esse corpo quase moribundo separado de seu solo, mesmo que tal solo seja hoje uma fazenda de produtos orgânicos.

Por sua vez, delírios de grandeza animavam discursos que pregavam a amplidão redentora da nação. A identidade era, assim, elevada à condição de sistema defensivo ameaçado, e, por isso, compulsivamente afirmado.

Não por acaso, palavras como "limite", "fronteira", "território" tornavam-se os significantes centrais do discurso político. A defesa da identidade se tornava uma patologia.

Lembrar isso, após o massacre em que um norueguês islamófobo, cristão conservador e simpatizante de partidos de extrema-direita matou dezenas de jovens do Partido Trabalhista, é só uma forma de insistir como alguns não aprendem nada com a história.

Tal como o direitista americano que, meses atrás, atirou contra uma deputada democrata em Tucson contrária a leis mais duras contra a imigração, o que temos aqui é simplesmente alguém que quer realizar tal forma de vida fascista com as próprias mãos.

Eles não querem esperar os partidos xenófobos ganharem para "eliminar" os imigrantes. Preferem passar ao ato, literalizando o discurso que ouvem todos os dias.

De nada adianta lembrar que estudos recentes da OCDE mostram que os imigrantes contribuem mais para a seguridade social do que usam tais serviços, ou seja, geram mais riquezas do que consomem.

De nada adianta lembrar isso, porque não estamos no domínio do argumento, mas no dos afetos patológicos cada vez mais naturalizados como discurso no jogo político.

Artigo de Vladimir Pinheiro Safatle, professor livre docente do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP), especialista em epistemologia (teoria do conhecimento) e filosofia da música. Publicado naFolha, edição de hoje.

Fotos das esculturas de pedra do escultor Gustav Vigeland, no Parque Frogner de Oslo, Noruega.

"Paraíso" é um inferno

Por Altamiro Borges

A mídia estadunidense e as suas sucursais colonizadas pelo mundo adoram fazer estardalhaço quando algum cubano abandona a ilha do Caribe. A violenta propaganda imperial visa sabotar a imagem do socialismo em Cuba, somando-se ao cruel bloqueio econômico e às ações terroristas dos EUA. Ela ilude muita gente desinformada, inclusive alguns cubanos que almejam o “paraíso” no exterior.

Na prática, porém, muitos destes “dissidentes” são joguetes nas mãos das nações imperialistas. Recente reportagem da Folha confirma que muitos cubanos que fugiram da ilha hoje são humilhados na Europa, vivendo em condições das mais precárias. A repórter Luisa Belchior relata o caso dos “dissidentes” que vegetam atualmente na Espanha.

“Vivemos uma vida medíocre”

“O cubano Victor Arroyo, 60, retira os poucos móveis do apartamento em que vive em Móstoles, Madri. Sem emprego nem educação para os filhos, o jornalista e geógrafo doou tudo para conterrâneos e vai deixar a Espanha rumo aos EUA quase como chegou, há um ano: com um punhado de roupas... ‘Quando chegamos foi uma festa, mas depois nos jogaram em qualquer lugar e nos deram as costas. Ninguém tem trabalho e vivemos uma vida medíocre’”.

Outro dissidente, Próspero Gainza, mostra-se indignado com o total abandono na Espanha. “Para mim, está claro que logo teremos companheiros no meio da rua como indigentes... Aqui vivemos uma situação humilhante. Temos que declarar todos os nossos gastos”. Ele e outras oito famílias pretendem se mudar para os EUA; outra irá para o Chile.

Espanha descumpre o acordo

As famílias entrevistadas rumaram para a Espanha em decorrência de um acordo firmado entre os governos dos dois países, intermediado pela Igreja Católica, há cerca de um ano. Ele previa que o governo espanhol garantiria trabalho, casa e educação para 75 dissidentes. Também determinava o fim da chamada “Posição Comum”, um acordo europeu que bloqueia as relações econômicas com Cuba. A Espanha não cumpriu nenhuma das cláusulas.

Apesar da desilusão e do abandono, alguns dissidentes continuam a sua jornada anti-Cuba. “Os que conseguiram alguma estabilidade financeira rodam a Europa para divulgar um manifesto contra a derrubada da Posição Comum”, relata a jornalista. Eles são convidados pelos governos e parlamentos de países sob o comando da direita européia. A mídia colonizada, por razões óbvias, evita dar maior destaque ao novo “paraíso” dos dissidentes.
Altamiro Borges

Empate preocupante

É evidente que a torcida do Paissandu esperava desempenho melhor, principalmente após a vitória fora de casa, no entanto, mais uma vez, ficou provado que no futebol o entrosamento e o jogo coletivo são sempre mais eficientes que o protagonismo individual que teima resolver tudo sozinho, daí a torcida bicolor ter ficado incomodada com o desempenho de Rafael Oliveira(saiu sob estridente vaia) e Tiago Potiguar, este parece ainda não ter perdido a mania de raio x.
O Rio Branco, ao contrário, pegava os rebotes ofensivos e defensivos, pois estava melhor postado em campo, sempre dava a impressão de ter um homem a mais já que seus deslocamentos eram mais concatenados e seus atletas mais bem distribuidos, bem como uma defesa melhor postada, facilitada pela ineficiência dos laterais adversários, principalmente Fábio Gaúcho.
Sem querer ofender ninguém, principalmente a quem sempre dedicou muito amor ao Paissandu, mas dá a impressão que Zé Augusto continua sendo uma espécie de termômetro do time. Quase aos 38 anos de idade, se a equipe precisa dele como esperança de resolver a situação complicada é porque algo vai mal. Por enquanto, nada desesperador, afinal, é esperado que a equipe vá ganhando entrosamento ao longo da competição. Como tem valores individuais de boa rodagem e futebol eficiente, claro que a tendência é subir. Resta saber se tropeços como o de ontem não comprometerão mentalmente o plantel, prejudicando o desempenho coletivo. Só resta aguardar por dias melhores.

A farsa da Fórmula I

Tom Capri critica F1

O Mundial de Fórmula 1 de 2011 já está definido, o campeão é o alemão Sebastian Vettel, da Red Bull. Como a Fórmula 1 não pode mais ter campeão por antecipação, sob pena de tomar prejuízo irreparável, em meio a essa crise na Europa, as equipes que disparam na frente (como Red Bull este ano) são obrigadas a tirar o pé num determinado momento (agora).

Mas o título lhes é sempre garantido por aquele tipo de “acordo sigiloso” que o jornalista especializado em F-1 nunca denuncia, por fazer parte da farsa. É por isso que a decisão acaba ficando sempre para a penúltima ou última prova. Só que acidentes e brigas entre os pilotos da equipe que disparou na liderança (neste ano, a Red Bull) podem vir a melar o esquema e o título escapar das mãos dela. Este é apenas um dos componentes da farsa, há outros. E é também o que já começou a acontecer na escuderia de Vettel.
A equipe tem pontos suficientes para se dar ao luxo de ficar em segundo lugar e até mesmo com alguns terceiros, nas dez provas que restam, e ainda assim conquistar com folga o Mundial deste ano. Vettel tem 80 pontos a mais do que o segundo colocado (Webber). E só sete pontos separam o vencedor do segundo colocado de cada Grande Prêmio. Por isso, a Red Bull, líder com grande folga, vai “dar” agora uma “chance” às equipes rivais e deixar que ganhem os concorrentes que vêm imediatamente atrás, como Alonso, Hamilton e Button.
Os três deverão se revezar nas conquistas das próximas vitórias, “para que a Fórmula 1 não fique sem graça”. Mas não é tão simples assim: Vettel vai querer voltar a ganhar, Webber também, Alonso, Hamilton e Button idem, até Schumacher e Massa aspiram vitória este ano. E aí tudo pode se complicar e o título escapar de Vettel. Isto é, a farsa da F-1 ainda pode nos garantir novas emoções até o final. Acompanhe.
É claro que a Red Bull vai ganhar de novo nesta temporada, mas é possível que muito mais com o australiano Mark Webber, que é tão bom se não melhor que Vettel, mas foi contratado para ser “escada” do alemão e ainda não se conformou com isso. Webber já provou que, quando consegue carro igual ao de Vettel, alcança a pole e vence a corrida. No ano passado, em desigualdade de condições e sem o apoio que Vettel recebe da equipe, o australiano quase “roubou” a cena e ficou com o título.
Em razão disso, prevejo novas polêmicas e muita confusão na Red Bull até o final da temporada. Bom piloto, Vettel é jovem e ambicioso. Não quer apenas o bicampeonato, este ano. Quer também bater todos os recordes de seu compatriota Michael Schumacher, inclusive de número de vitórias. E tem tudo para conseguir, desde que a Fórmula 1 não o impeça de seguir vencendo.
Acontece que Vettel seguir vencendo é problema sério para as finanças da Fórmula 1, como já vimos. Ainda mais se seu companheiro de equipe, Mark Webber, começar a vencer, pois isto certamente apagará o brilho das conquistas do piloto alemão até aqui. Prevejo, por isso, novas brigas na Red Bull, como tivemos no ano passado, quando os dois pilotos jogaram seus carros um contra o outro. Nessa, a Red Bull pode pôr tudo a perder.
Novos choques entre os dois pilotos podem não só afastar Vettel das pistas, como nenhum deles ganhar as provas restantes e a Red Bull ficar até mesmo sem o título já conquistado por antecipação. É por isso que, apesar de ser toda essa farsa, a Fórmula 1 ainda poderá nos reservar algumas emoções até o final da temporada.
Quem vai ficar chupando o dedo, infelizmente, é Felipe Massa. No começo da temporada, vi tênue luz no fim do túnel para o piloto brasileiro. Os patrocinadores tinham pressionado a Ferrari para que deixasse de “bater” tanto em Massa, pois têm grandes interesses no Brasil (como o Santander) e não querem passar a ser odiados pelo consumidor brasileiro.
Dessa forma, a Ferrari recebeu “ordens” para continuar favorecendo Fernando Alonso, dando-lhe sempre o melhor carro (ou seja, para manter Massa como segundo piloto e “escada” do espanhol), mas também para que fizesse isso de uma maneira mais discreta, não como no ano passado, quando pediu abertamente a Felipe para que desse passagem a Alonso.
Acontece que a Ferrari começou mal a atual temporada, atrás da Red Bull e da McLaren, e viu-se obrigada a não dar a menor chance a Felipe Massa, concentrando todas as suas atenções em Fernando Alonso. O brasileiro recebe sempre carro inferior ao do espanhol, tanto nas tomadas de tempo quanto nas provas, mas, quando é ameaça ao companheiro de equipe, a Ferrari “erra” nos boxes e faz Alonso passar à sua frente. E o torcedor ou fã desavisado passa a achar que Massa é o novo pé-de-chinelo da F-1. Desconhece que Massa já provou nas pistas ser mais veloz e mais piloto do que Alonso.
E Massa nada pode fazer, a não ser resignar-se e aceitar essa condição de número dois. Se voltar a peitar a Ferrari, corre o risco de deixar a equipe e ter o mesmo destino de Rubinho Barrichello, que não consegue mais equipe competitiva para correr. Como você pode ver, o Brasil não terá mais vez tão cedo na Fórmula 1, outra componente dessa grande farsa em que se tornou a categoria.
Os organizadores, patrocinadores e promotores da Fórmula 1 não podem mais brincar. O Mundial é uma competição essencialmente européia, e a Europa, sabemos todos, está em meio a uma crise que já afetou consideravelmente até o mundo do automobilismo. Qualquer novo prejuízo, por menor que seja, poderá ser fatal para a categoria.
Por isso, neste momento, todos os GPs terão de contar pontos para a conquista do título da temporada e o campeão precisa ser europeu. Só assim a Fórmula 1 continuará prestigiada pelo seu público e não correrá maiores riscos. Se continuasse nessa toada, Vettel vencendo todas, a temporada terminaria umas cinco ou seis corridas antes, e isto seria fatal para a categoria. Abraço a todos.
Por Tom Capri
(Magazine Brasil)