Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Narcísicos, arrogantes e autofágicos

A pouco mais de dois anos das eleições de 2014, teóricos do tucanato já dão o tom do embate selvagem que será travado no interior do PSDB, na escolha do candidato à sucessão presidencial. A observação inevitável que se faz é, se entre pessoas de sofisticação intelectual o nível é esse, imagina quando o clima de fato esquentar e entrar em cena o exército da práxis. Eis alguns trechos desse embate,travado entre o serrista Marco Antônio Villa e o fernandohenriquista Xico Graziano, transcrito do blog do jornalista Altamiro Borges(blog do Miro).
"A ação intempestiva e equivocada de Fernando Henrique [em defesa de Aécio] demonstra que o principal partido da oposição, o PSDB, está perdido, sem direção, não sabendo para onde ir. O partido está órfão de um ideário, de ao menos um conjunto de propostas sobre questões fundamentais do País. Projeto para o País? Bem, aí seria exigir demais. Em suma, o partido não é um partido, na acepção do termo.

Fernando Henrique falou da necessidade de alianças políticas. Está correto. Nenhum partido sobrevive sem elas. O PSDB é um bom exemplo. Está nacionalmente isolado. Por ser o maior partido oposicionista e não ter definido um rumo para a oposição, acabou estimulando um movimento de adesão ao governo. Para qualquer político fica sempre a pergunta: ser oposição para quê? Oposição precisa ter programa e perspectiva real de poder. Caso contrário, não passa de um ajuntamento de vozes proclamando críticas, como um agrupamento milenarista.

O medo de assumir uma postura oposicionista tem levado o partido à paralisia. É uma oposição medrosa, envergonhada. Como se a presidente Dilma Rousseff tivesse sido eleita com uma votação consagradora. E no primeiro turno. Ou porque a administração petista estivesse realizando um governo eficiente e moralizador. Nem uma coisa nem outra. As realizações administrativas são pífias e não passa uma semana sem uma acusação de corrupção nos altos escalões.

O silêncio, a incompetência política e a falta de combatividade estão levando à petrificação de um bloco que vai perpetuar-se no poder... Em meio a este triste panorama, não temos o contradiscurso, que existe em qualquer democracia. Ao contrário, a omissão e a falta de rumo caracterizam o PSDB... Numa democracia ninguém é líder por imposição superior. Tem de apresentar suas idéias.

*****

Xico Graziano fustiga o “sabichão”

Diante de críticas tão ácidas e apocalípticas, Xico Graziano, um dos principais intelectuais orgânicos do PSDB, saiu em defesa do ex-presidente e da atual direção da legenda, hoje controlada por apoiadores de Aécio Neves. Num artigo no sítio Observador Político, abrigado no Instituto FHC, ele confirmou que o ninho tucano está em chamas e que ninguém mais se respeita nem se tolera.

Conhecido por sua língua ferina – o MST é um dos principais alvos de seus textos hidrófobos –, o ex-deputado do PSDB partiu logo para o ataque, qualificando o artigo de Marco Antonio Villa de “pretensioso e equivocado”. Além de defender caninamente o ex-presidente, com que sempre “estive ao lado”, Xico Graziano manifesta apoio à entrevista de FHC sobre as eleições de 2014.

“Quero eu entender do sabichão professor: onde está escrito que é errado um partido definir um candidato com antecedência? O PT fez isso com Lula durante 16 anos, e nada indica que tenha errado na estratégia”. Em síntese, os tucanos não têm unidade nem na leitura da conjuntura política, muito menos na definição dos rumos futuros da oposição de direita no Brasil.

Membro do 'Cansei!' tem cinco dias para dar explicações à justiça

"O juiz Bruno César Bandeira Apolinário, da 3ª Vara da Justiça Federal, decidiu que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem o prazo de cinco dias para se manifestar sobre acusações de uso indevido de cartão corporativo e despesas sem comprovação nos valores de até R$ 230 mil do presidente da entidade, Ophir Cavalcante.Ophir é também daquelas fontes que a imprensa usa quando quer derrubar ministros ou quando quer aparecer na mídia tentando se mostrar indignado contra a corrupção

Em 2011, Uma reportagem da Folha de São Paulo, revelou que o presidente da OAB, vem recebendo um salário de R$ 20 mil mensais sem trabalhar. É sua licença remunerada, como procurador do Pará."
Como se vê, esse integrante do movimento de extrema-direita denominado 'Cansei!' não está assim tão livre da lupa da justiça como quer fazer crer a mídia barbálhica.
(Informações do blog Amigos do Presidente Lula)

Épico!

Impressionante como até quem não é muito chegado acabou dando pitaco a respeito do jogo de domingo, que decidiu o Australian Open de tênis, entre o sérvio Novak Djockovic e o espanhol Rafael Nadal, respectivamente primeiro e segundo do ranking mundial. Uma partida que durou cinco horas e cincoenta e três minutos, a mais longa já jogada em um torneio de Grand Slam(existem quatro torneios dessa natureza, jogados em melhor de cinco sets Australian Open, Roland Garros-França, Wimbledon-Inglaterra e US Open) demonstrando como são inimagináveis os limites físicos e mentais de um atleta.
Ressalto, ainda que mais admirável é a forma atual do tenista sérvio, que disputou na 6ª feira sua semi-final contra o escocês Andy Murray e o jogo durou cerca de cinco horas; enquanto Nadal havia jogado na 5ª contra o suiço Roger Federer uma partida que durou pouco mais de três horas.
Assim, em um intervalo de 48 horas, Djockovic disputou mais de dez horas de competição em uma modalidade esportiva que o atleta encontra-se solitário na arena do jogo, logo, com a obrigação de estar muito bem treinado técnica, física e mentalmente para suportar um desafio dessa natureza. Quem dera isso servisse de exemplo para alguns clubes brasileiros exigirem um pouco mais de seus jogadores, que embolsam fortunas em dinheiro dando como contrapartida tão pouco empenho que até levam o torcedor ao desalento

Ciranda do amor imperfeito

Coronel Barbalho será exaltado, na reabertura dos trabalhos da CMB, pelo duciomarista Raimundo Castro por ter exortado ao entendiemnto o governo do estado e a prefeitura integrarem seus projetos Ação Metrópole e Bus Rapid Transit(BRT). Ainda que isso cause embaraços políticos ao deputado Priante, provável candidato à sucessão de D. Costa pelo PMDB.
Prova, mais uma vez, que Barbalhão não nutre qualquer simpatia pela ideia de colocar sob o domínio do primo um diário oficial, no mundo do fisiologismo político, instrumento de grande poder.
Contam que quando o dono do PMDB assumiu o governo do estado pela primeira vez, recebeu em audiência os irmãos Moreira, aliados seu desde os tempos de PSD. Foram levar uma lista de nomes que deveriam ser exonerados do estado, pois eram correligionários do arenista Gerson Peres, inimigo político dos irmãos lá no município de Cametá.
Barbalhão pegou a lista das mãos dos Moreira, abriu uma gaveta e imediatamente lá depositou a dita cuja. A seguir falou para os atônitos irmãos, "tragam uma lista com os nomes que vocês querem ver nomeados".
Assim ele foi construindo seu domínio político neste estado. Inchando o serviço público de áulicos e detonando lideranças emergentes que ele desconfiava indesejáveis ao seu mandonismo. Por isso, não fará qualquer esforço mais notável para viabilizar a vitória do candidato do seu partido em Belém, afinal, no universo dos que até aqui se apresentaram como pretendentes, com uns três ou quatro ele vislumbra a possibilidade de indicar áulicos ao staff do vencedor. Nem que para isso tenha que usar o poder de persuasão de sua escandalosa mídia.

Carta Aberta: entidades criticam postura de jornalistas da Globo

“Srs. Diretores da Rede Globo

Causa profunda surpresa, indignação e perplexidade assistir a um programa de vossa emissora em que jornalistas, comentaristas e palpiteiros assumam a defesa explícita da prática de assassinatos como meio válido de fazer política. Isso foi feito abertamente, no dia 15.01.2012, por Diogo Mainardi e Caio Blinder, ambos empregados da Rede Globo (o trecho em questão pode ser acessado pelo link:

Depois de fazer brincadeiras de gosto duvidoso sobre sua suposta condição de agente do Mossad (serviço secreto israelense), Caio Blinder alegou que os cientistas que trabalham no programa nuclear iraniano são empregados de um "estado terrorista", que "viola as resoluções da ONU" e que por isso o seu assassinato não constituiria um ato terrorista, mas sim um ato legítimo de defesa contra o terrorismo.

Trata-se, óbvio, de uma lógica primária erudimentar, com a qual Mainardi concordou integralmente. Parece não ocorrer a ambos o fato de que o Estado de Israel é liderança mundial quando se trata em violar as resoluções da ONU, e que é acusado de prática de terrorismo pela imensa maioria dos países-membros da entidade. Será que Caio Blinder defende, então, o assassinato seletivo de cientistas que trabalham no programa nuclear israelense (jamais oficializado, jamais reconhecido mas amplamente conhecido e documentado)?Ambos - o "agen te do Mossad" Caio Blinder e Diogo Mainardi – se associam ao evangelista fundamentalista estadunidense Pat Robertson, que, em abril de 2005, defendeu em rede nacional de televisão, com "argumentos" semelhantes, o assassinato do presidente venezuelano Hugo Chávez, provocando comentários constrangidos da Casa Branca.

Ao divulgar a defesa da prática do assassinato como meio de fazer política, a Rede Globo dá as mãos ao fundamentalismo - não importa se de natureza religiosa ou ideológica - e abre um precedente muito perigoso no Brasil. Isso é inaceitável. Atenção: não defendemos, aqui, qualquer tipo de censura, nem queremos restringir a liberdade de expressão. Não se trata de desqualificar ideias ou conceitos explicitados por vossos funcionários.O que está em discussão não são apenas ideias.

Não são as opiniões de quem quer que seja sobre o programa nuclear iraniano (ou israelense, ou estadunidense...), mas sim o direi to que tem uma emissora de levar ao ar a defesa da prática do assassinato, ainda mais feita por articulistas marcadamente preconceituosos e racistas. Em abril de 2011, o mesmo "agente do Mossad" Caio Blinder qualificou como "piranha" a rainha Rainha da Jordânia, estendendo por meio dela o insulto às mulheres islâmicas.

Mainardi é pródigo em insultos, não apenas contra o Islã mas também contra o povobrasileiro.Se uma emissora do porte da Globo dá abrigo a tais absurdos, mais tarde não poderá se lamentar quando outros começarem a defender, entre outras coisas, a legitimidade de se plantar bombas contra instalações de vossa emissora por quaisquer motivos, reais ou imaginários - por exemplo, como forma de represália pelas íntimas relações mantidas com a ditadura militar no passado recente, pela prática de ataques racistas contra o Islã e o mundo árabe, ou ainda pelos ataques contumazes aos movimentos sociais brasileiros e latino-americanos.

Manifestações como essas do "agente do Mossad" Caio Blinder e Diogo Mainardi ferem as normas mais elementares da convivência civilizada. Esperamos que a Rede Globo se retrate publicamente, para dizer o mínimo, tomando distância de mais essa demonstração racista de barbárie. Agradecemos a atenção.

Assinam os representantes e instituições:

- Hamilton Otavio de Souza - Editor Chefe da Revista Caros Amigos

- José Arbex Jr. - Chefe do Departamento de Jornalismo da PUC-SP

- Fabio Bosco - Central Sindical e Popular

- Francisco Miraglia Neto - Vice-Presidente Regional do ANDES-SN

- Reginaldo M. Nasser - Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da PUC-SP

- Marco Weisheimer - Editor da Carta Maior

- Socorro Gomes - Presidente do Centro Brasileiro para a Paz

- Soraya Misleh - Diretora de Imprensa do Instituto da Cultura Árabe

- Soraya Smaili - Vice-Presidente da Associação dos Docentes da UNIFESP

- Boris Vargaftig - Professor Titular da USP, membro da Academia Brasileira de Ciências

- Isabelle Somma - jornalista e doutoranda de Historia Social da USP.
(Artigos & Cia.)

Lamaçal de ódios

O salafrário Mentes acredita em ovnis. Mas não em documentos oficiais. Estes, ao que parece só atrapalham o delinquente escrevinhador em bem(?) executar as tarefas sórdidas que o seu chefe determina. Que as luzes oriundas dessas "naves" iluminem essa pena a serviço da mais abjeta empulhação política que por aqui se pratica.
Por mais vergonhosa que seja(e é), figurará para a posteridade como um registro do quão vergonhoso foi o loteamento de mídias que tinham a obrigação de informar a sociedade, mas acabaram desviadas para fazer parte de máquinas da politicalha, e forneceram o que de mais degenerado se conheceu no âmbito da imprensa. Que outro Haroldo Maranhão surja em nosso horizonte para discorrer a respeito desse lamaçal.

"O prédio está cercado. Saia com as mãos para o alto, senador!"

É mais ou menos isso que a polícia tem que fazer com o assaltante Mário Couto Filho, cujo butim até aqui descoberto chega a quase R$20 milhões, entre fraudes em licitações e na folha de pagamento da Alepa. Como o solerte delinquente trata sua gravíssima situação com o desdém típico dos fiéis ao credo da impunidade, urge uma providência policial profilática a fim da afastar o perigoso marginal do convívio social.
Com efeito, todos que assistem a TV Senado sabem tratar-se de indivíduo truculento que, em pleno parlamento, local de embate de ideias, espuma de ódio toda vez que alguém dele diverge, passando a tentar intimidar o eventual interlocutor e ocultando sua falta de argumentação com boçalidade e ofensas. Por isso, é oportuno que os agentes da lei entrem em campo e mostrem a ele que acima dele há leis, convívio plural e civilidade. Se ele não está de acordo, então, que seja recolhido a jaula que lhe cabe. Simples assim.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Nazi/tucanismo

Governo Alckmin é condenado por racismo

O governo paulista foi condenado por disseminar o medo e a discriminação racial dentro de sala de aula. A decisão é do Tribunal de Justiça que deu uma “dura” no poder público e condenou o Estado a pagar indenização de R$ 54 mil a uma família negra. De acordo com a corte de Justiça, a escola deve ser um ambiente de pluralidade e não de intolerância racial.

O Estado quedou-se calado e não recorreu da decisão como é comum em processos sobre dano moral. O juiz Marcos de Lima Porta, da 5ª Vara da Fazenda Pública, a quem cabe efetivar a decisão judicial e garantir o pagamento da indenização, deu prazo até 5 de abril para que o Estado dê início à execução da sentença.

O caso ocorreu na capital do Estado mais rico da Federação e num país que preza o Estado Democrático de Direito instituído há quase 24 anos pela Constituição Federal de 1988. Uma professora da 2ª série do ensino fundamental, de uma escola estadual pública, distribuiu material pedagógico supostamente discriminatório em relação aos negros.

De acordo com a decisão, a linguagem e conteúdo usados no texto são de discriminatórias e de mau gosto. Na redação – com o título “Uma família diferente” – lê-se: Era uma vez uma família que existia lá no céu. O pai era o sol, a mãe era a lua e os filhinhos eram as estrelas. Os avós eram os cometas e o irmão mais velho era o planeta terra. Um dia apareceu um demônio que era o buraco negro. O sol e as estrelinhas pegaram o buraco negro e bateram, bateram nele. O buraco negro foi embora e a família viveu feliz.

O exercício de sala de aula mandava o aluno criar um novo texto e inventar uma família, além de desenhar essa “família diferente”. Um dos textos apresentados ao processo foi escrito pela aluna Bianca, de sete anos. Chamava-se “Uma Família colorida” e foi assim descrito:

“Era uma vez uma família colorida. A mãe era a vermelha, o pai era o azul e os filhinhos eram o rosa. Havia um homem mau que era o preto. Um dia, o preto decidiu ir lá na casa colorida.Quando chegou lá, ele tentou roubar os rosinhas, mas aí apareceu o poderoso azul e chamou a família inteira para ajudar a bater no preto. O preto disse: – Não me batam, eu juro que nunca mais vou me atrever a colocar os pés aqui. Eu juro. E assim o azul soltou o preto e a família viveu feliz para sempre”.

A indenização, que terá de sair dos cofres públicos, havia sido estabelecida na primeira instância em R$ 10,2 mil para os pais do garoto e de R$ 5,1 mil para a criança, foi reformada. Por entender que o fato era “absolutamente grave”, o Tribunal paulista aumentou o valor do dano moral para R$ 54 mil – sendo R$ 27 mil para os pais e o mesmo montante para a criança.

De acordo com a 7ª Câmara de Direito Público, no caso levado ao Judiciário, o Estado paulista afrontou o princípio constitucional de repúdio ao racismo, de eliminação da discriminação racial, além de malferir os princípios constitucionais da igualdade e da dignidade da pessoa humana.

“Sem qualquer juízo sobre a existência de dolo ou má-fé, custa a crer que educadores do Estado de São Paulo, a quem se encarrega da formação espiritual e ética de milhares de crianças e futuros cidadãos, tenham permitido que se fizesse circular no ambiente pedagógico, que deve ser de promoção da igualdade e da dignidade humana, material de clara natureza preconceituosa, de modo a induzir, como induziu, basta ver o texto da pequena Bianca o medo e a discriminação em relação aos negros, reforçando, ainda mais, o sentimento de exclusão em relação aos diferentes”, afirmou o relator do recurso, desembargador Magalhães Coelho.

Segundo o relator, a discriminação racial está latente, “invisível muitas vezes aos olhares menos críticos e sensíveis”. De acordo com o desembargador Magalhães Coelho, o racismo está, sobretudo, na imagem estereotipada do negro na literatura escolar, onde não é cidadão, não tem história, nem heróis. Para o relator, ao contrário, é mau, violento, criminoso e está sempre em situações subalternas.

“Não é por outra razão que o texto referido nos autos induz as crianças, inocentes que são, à reprodução do discurso e das práticas discriminatórias”, afirmou Magalhães Coelho. “Não é a toa que o céu tem o sol, a lua, as estrelas e o buraco negro, que é o vilão da narrativa, nem que há “azuis poderosos”, “rosas delicados” e “pretos” agressores e ladrões”, completou.

O desembargador destacou que existe um passado no país que não é valorizado, que não está nos livros e, muito menos, se aprende nas escolas.

“Antes ao contrário, a pretexto de uma certa “democracia racial”, esconde-se a realidade cruel da discriminação, tão velada quanto violenta”, disse. Segundo Magalhães Coelho, na abstração dos conceitos, o negro, o preto, o judeu, o árabe, o nordestino são apenas adjetivos qualificativos da raça, cor ou região, sem qualquer conotação pejorativa.

“Há na ideologia dominante, falada pelo direito e seus agentes, uma enorme dificuldade em se admitir que há no Brasil, sim, resquícios de uma sociedade escravocrata e racista, cuja raiz se encontra nos processos históricos de exploração econômica, cujas estratégias de dominação incluem a supressão da história das classes oprimidas, na qual estão a maioria esmagadora dos negros brasileiros”, reconheceu e concluiu o desembargador.

Do Brasil247

O "lance" doloso do governo Lorota

Está nas mãos de Simão Lorota, mandatário máximo do Estado, anular o assalto aos cofres públicos operado no Detran pela quadrilha chefiada por Mário Couto. Se deixar como está, apenas provará que veio para governar em favor dos donos de restaurantes de luxo, dos moradores de prédios como o cambaleante Wing ou donos de clínicas falidas, bruscamente socorridos por desapropriações milionárias às custas do dinheiro público, enquanto as necessidades mais urgentes da população vão ficando escanteadas.
Com efeito, a denúncia da "Perereca da Vizinha" a respeito do Pregão Eletrônico Nº3/2011, para aquisição de bloqueador solar a um preço no atacado quase duas vezes superior ao praticado no varejo(segundo a jornalista, na internet o dito produto pode ser adquirido R$39, enquanto o Detran está pagando R$60,71 pelo mesmo), constitui audacioso assalto aos cofres públicos que não pode terminar impune, daí ter o governador prerrogativas para impedir a sua concretização.
Caso silencie, resta o recurso ao Ministério Público para que abra procedimento investigatório, afinal, como relata a blogueira, além do preço delinquente, o rito administrativo foi invertido e os princípios que regem o serviço público atirados na lata do lixo, triunfando o maior preço e provavelmente a barganha entre os corruptores(Lance Norte) e os corruptos(Detran). Resultado: mais desvio do dinheiro do erário. Lamentável!

Pachorra e hipocrisia causam tédio e indiferença

O editorial de hoje de O Liberal é aquele libelo recorrente que os conservadores saudosistas do moribundo neoliberalismo desfiam no muro das lamentações. Seus ingredientes são o moralismo hipócrita de quem condena nos outros aquilo que comunga entre os seus. Para o governo federal, por exemplo, os acordos políticos para preenchimento de cargos é relação fisiológica; já para D. Costa e Simão Lorota, cujas burras abastecem generosamente o caixa da empresa apologética do moralismo udenista, os olhos são bem mais benevolentes com o jogo jogado. Exceção óbvia aos barbálhicos, que os donos do Lib queriam ver longe, mas dele Lorota não abre mão na medida em que sabe da sua pouca capacidade de resistência ante uma mídia tão sensacionalista.
De quebra, o pachorrento escrito ainda traz nas suas entrelinhas a velha defesa do estado mínimo, esta umbilicalmente ligada à épica missão do mercado como panacéia da sociedade. Mas, com esse defunto, não gastemos nossas velas na medida em que a quebradeira geral no mundo dito desenvolvido já atestou o quão idiota é esse mantra. Não fosse a mão providencial do estado e hoje é possível que tivéssemos algumas dessas ditas nações de primeiro mundo mais estragadas do que ficaram a quando da ação do monstruoso Hitler.
Diante de escrevinhamentos tão inúteis, compreendemos o por quê de vermos pilhas e pilhas desses gigantescos papeluchos encalhados nas mãos de um sem número de jornaleiros. Ninguém tem saco pra tanta sandice.

Mentirosa

A professora Edilza Fontes perdeu o rumo e o prumo. Ao ver a burrice cometida com a tentativa de intromissão do mega larápio Jader Barbalho, através de matérias calhordas publicadas na Futrica Barbálhica(Diário do Pará), nas eleições internas do PT e constatando que isso teve um efeito inverso ao desejado, constatando-se a declaração de voto no candidato Puty, para o 2º turno, por algumas lideranças que apoiaram outras candidaturas no primeiro turno, que normalmente apoiariam Alfredo Costa, tenta mudar o rumo da prosa e posa de vil delatora de algo que só ela sabe como de fato ocorreu.
Quem, à revelia da decisão partidária de apoio ao candidato pemedebista, manobrou furtivamente em favor da candidatura D. Costa foi a professora Edilza a partir de encontros frequentes com seu ex-marido e à época da coordenação da campanha petebista, Raul Meireles, que, diga-se, fez seu papel de ir atrás dos votos que elegessem seu candidato. Quem laborou em ato torpe foi a professora, ao rebelar-se sorrateiramente contra a decisão partidária e maquinar para que a mesma fosse derrotada.
Sabemos todos que na política barbalhismo virou sinônimo de torpeza. Ao enveredar por esse labiríntico caminho e adotar métodos tão pouco éticos, Edilza arrisca jogar na vala comum da politicalha seu nome ainda respeitado na mais importante instituição de ensino do Pará. Se não retroceder enquanto há tempo com que cara olhará seus alunos? Com que nível moral participará dos embates políticos travados no interior da UFPa? Refita professora. A senhora tem um nome a zelar.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Pra alguém ler pro trapezista escrotal ver que quem compra votos são os comparsas do patrão dele

“Prévias entre Bruno Covas, Ricardo Tripoli, Andrea Matarazzo e José Aníbal podem ser decididas por filiados de aluguel, que nem sabem o que é PSDB
Brasil 247 / Agência Estado
Entre os filiados tucanos aptos a votar nas prévias que definirão o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo há pessoas que sequer conhecem o partido e que dizem ter passado seus dados eleitorais a entidades das quais recebiam leite distribuído pelo governo estadual, administrado pela legenda. Até simpatizantes do PT estão na lista oficial tucana. Ao entrar em contato com 40 integrantes da "base" do PSDB nas regiões leste e sul, áreas de baixa renda onde há concentração de "tucanos", o jornal O Estado de S. Paulo encontrou moradores que ignoravam a condição de filiados.
Cinco mulheres da zona eleitoral Vila Jacuí apontaram entidades associadas ao programa Vivaleite, da Secretaria de Desenvolvimento Social do governo estadual, como possível explicação para seu vínculo com o partido. Foram citadas a Associação para Qualificação Profissional e Social dos Moradores do Jardim Pedro Nunes (Aqualiprof), dirigida por Wellington Machado, presidente do diretório do PSDB da Vila Jacuí, e a Assocam, presidida por Idevanir Arcanjo de Souza, também filiado ao partido.”
(Blog do Saraiva)

Gatunos que compram votos terão que arcar com custos de nova eleição

"Os políticos com "ficha suja" vão sentir no bolso o preço de fraudar uma eleição. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou uma parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU) para que todos aqueles que foram eleitos utilizando práticas ilícitas, como compra de votos, tenham que pagar pela realização de nova votação.

Desde dezembro de 2008, foram realizadas 176 eleições suplementares por causa de políticos que cometerem ilegalidades para vencer as disputas. O TSE já gastou mais de R$ 4 milhões para refazer eleições. Até março próximo serão refeitas votações em mais quatro municípios. (As informações são do jornal Valor Econômico)

O custo médio de se refazer uma eleição é de R$ 40 mil. Para o TSE e a AGU, cobrar do político "ficha suja" tem efeito pedagógico.

"O nosso objetivo é o de prestigiar ao máximo a vontade popular", afirmou o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski. Essa vontade é fraudada quando um político oferece benefícios ao eleitor em troca de seu voto, como uma camiseta, um terreno ou uma promessa de reforma de sua casa.

Segundo Lewandowski, a realização de eleição suplementar envolve dispêndio de dinheiro público. Há a convocação de mesários, o transporte de urnas, a necessidade de garantir a segurança de todo o processo. "É como se fosse uma eleição geral com todos os seus custos", exemplificou.

Para o advogado-geral da União, ministro Luís Inácio de Lucena Adams, o sistema atual de votação funciona muito bem, mas pode ser aperfeiçoado com a cobrança sobre o político que fraudar o processo eleitoral. "A penalização econômica é fundamental nos casos em que a Justiça identificar a existência de abuso ou de corrupção, identificado o materialmente responsável", afirmou.

O convênio que foi assinado ontem por Adams e Lewandowksi terá cinco anos de validade. Esse será o prazo em que os políticos cassados serão acionados pela AGU para pagar pelas eleições. "Isso fará com que os partidos políticos escolham melhor os seus candidatos", apostou Lewandowski.

O primeiro teste dessa parceria será nas eleições municipais deste ano. Mas a AGU também vai entrar com ações com relação a votações anteriores. Até o fim de fevereiro, advogados da União vão pedir o ressarcimento a todos os prefeitos que foram cassados desde 2004. Para cumprir essa meta, eles já estão analisando 211 casos de políticos cassados pelo TSE. Após esse prazo, a AGU vai atrás de políticos que fraudaram eleições antes de 2004.
(Valor Econômico)

A salafrária Yoani Sanches

Nas vésperas da visita da presidenta Dilma Rousseff a Cuba, a mídia colonizada tem feito grande alarde em torno do nome da blogueira cubana Yoani Sánchez. Ela é apresentada como uma “jornalista independente”, que mantém um blog com milhões de acesso e que enfrenta, com muitas dificuldades materiais, a “tirania comunista”, que a persegue e censura.



Na busca pelo holofote midiático, líderes demotucanos e, lamentavelmente, o senador petista Eduardo Suplicy têm posado de defensores da blogueira. Eles se juntaram para pressionar o governo a conceder visto para que Yoani venha ao Brasil assistir a pré-estréia do filme “Conexões Cuba-Honduras”, do documentarista Dado Galvão – que, por mera coincidência, é membro-convidado e articulista do Instituto Millenium, o antro da direita que reúne os barões da mídia nativa.

A falsa “jornalista independente”

Mas, afinal, quem é Yoani Sánchez? Em primeiro lugar, ela não tem nada de “jornalista independente”. Seus vínculos com o governo dos EUA, que mantém um “escritório de interesse” em Havana (Sina), são amplamente conhecidos. O Wikileaks já vazou 11 documentos da diplomacia ianque que registram as reuniões da “dissidente” com os “agentes” da Sina desde 2008.

Num deles, datado de 9 de abril de 2009, o chefe da Sina, Jonathan Farrar, escreveu ao Departamento de Estado: “Pensamos que a jovem geração de dissidentes não tradicionais, como Yoani Sánchez, pode desempenhar papel a longo prazo em Cuba pós-Castro”. Ele ainda aconselha o governo dos EUA a aumentar os subsídios financeiros à blogueira “independente”.

Subsídios e “prêmios” internacionais

Anualmente, o Departamento de Estado destina cerca de 20 milhões de dólares para incentivar a subversão contra o governo cubano. Nos últimos anos, boa parte deste “subsídio” é usada para apoiar “líderes” nas redes sociais. A própria blogueira já confessou que recebe ajuda. “Os Estados Unidos desejam uma mudança em Cuba, é o que eu desejo também”, tentou justificar numa entrevista ao jornalista francês Salim Lamrani.

Neste sentido, não dá para afirmar que Yoani Sánchez padece de enormes dificuldades na ilha – outra mentira difundida pela mídia colonizada. Pelo contrário, ela é uma privilegiada num país com tantas dificuldades econômicas. Além do subsídio do império, a blogueira também recebe fortunas de prêmios internacionais que lhe são concedidos por entidades internacionais declaradamente anti-cubanas. Nos últimos três anos, ela foi agraciada com US$ 200 mil dólares de instituições do exterior.

O falso prestígio da blogueira

Na maioria, os prêmios são concedidos com a justificativa de que Yoani é uma das blogueiras mais famosas do planeta, com milhões de acesso, e uma “intelectual” de prestígio. Outra bravata divulgada pela mídia colonizada. Uma rápida pesquisa no Alexa, que ranqueia a internet no mundo, confirma que seu blog não é tão influente assim, apesar da sua farta publicidade na mídia e dos enormes recursos técnicos de que dispõe – inclusive com a estranha tradução “voluntária” para 21 idiomas.

Quanto ao título de “intelectual” e principal dissidente de Cuba, a própria Sina realizou pesquisa que desmonta a tese usada para projetar a blogueira. Ela constatou que o opositor mais conhecido na ilha é o sanguinário terrorista Pousada Carriles. Yoani só é citada por 2% dos entrevistados – ela é uma desconhecida, uma falsa líder, abanada com propósitos sinistros.

O “ciberbestiário” de Yoani Sánchez

A “ilustre” blogueira, inclusive, é motivo de chacota pelas besteiras que publica e declara em entrevistas à mídia estrangeira. Vale citar algumas que já compõem o “ciberbestiário” de Yoani Sánchez:

- [Sobre a Lei de Ajuste Cubano, imposta pelos EUA para desestabilizar a economia cubana, ela afirmou que não prejudica o povo] porque nossas relações são fortes. Se joga o beisebol em Cuba como nos Estados Unidos;

- Privatizar, não gosto do termo porque tem uma conotação pejorativa, mas colocar em mãos privadas, sim.

- Não diria que [os chefões da máfia anti-cubana de Miami, sic] são inimigos da pátria;

- Estas pessoas que são favoráveis às sanções econômicas [dos EUA contra Cuba] não são anti-cubanas. Penso que defendem Cuba segundo seus próprios critérios;

- [A luta pela libertação dos cinco presos nos Estados Unidos] não é um tema que interessa à população. É propaganda política;

- [A ação terrorista de Posada Carriles contra Cuba] é um tema político que as pessoas não estão interessadas. É uma cortina de fumaça;

- [Mas os EUA já invadiram Cuba, pergunta o jornalista] Quando?;

- O regime [de Fulgencio Batista, que assassinou 20 mil cubanos] era uma ditadura, mas havia liberdade de imprensa plural e aberta;

- Cuba é uma ilha sui generis. Podemos criar um capitalismo sui generis.

Mentiras sobre censura e perseguição

Por último, vale rechaçar a mentira midiática de que Yoani Sánchez é censurada e perseguida em Cuba. Participei no final de novembro de um seminário internacional sobre “mídias alternativas e as redes sociais” em Havana e acessei facilmente o seu blog. Segundo o governo cubano, nunca houve qualquer tipo de bloqueio à página da “jornalista independente”.

Quanto às perseguições sofridas, Yoani Sánchez tem se mostrado uma mentirosa compulsiva e cínica. Em 6 de novembro de 2009, ela afirmou à imprensa internacional que havia sido presa e espancada pela polícia em Havana, “numa tarde de golpes, gritos e insultos”. Em 8 de novembro, ela recebeu jornalistas em sua casa para mostrar as marcas das agressões. “Mas ela não tinha hematomas, marcas ou cicatrizes”, afirmou, surpreso, o correspondente da BBC em Havana, Fernando Ravsberg.

O diário La República, da Espanha, publicou um vídeo com testemunhos dos médicos que atenderam Yoani um dia após a suposta agressão. Os três especialistas disseram que ela não tinha nenhuma marca de violência. Diante dos questionamentos, ela prometeu apresentar fotos e vídeos sobre os ataques. Mas até hoje não apresentou qualquer prova.
(Texto extraído do blog do Miro, título de autoria do NaIlharga)

Ignorante, imbecil, mentiroso e puxa saco

Não consta que o vil trapezista escrotal, que garatuja idiotices na Futrica Barbálhica(Diário do Pará), ao menos saiba o endereço da sede do Partido dos Trabalhadores, por isso afirmou na sua repugnante coluna dominical que o dep. Puty não tinha um vereador sequer a apoiá-lo, mentira desmascarada pela declaração pública do vereador Marquinho.
Agora, o réptil escrevinhador, a mando do quadrilheiro-mor, insinua vícios no processo eleitoral petista, transferindo a terceiros o modus operandi perenemente bandido de seu patrão. Com efeito, até hoje não tem qualquer denúncia de abuso de poder econômico, ou coisas do gênero, feita por qualquer candidato. Apenas uma professora/blogueira, também membro da criadagem barbálhica, insinuou no espaço que ocupa na internet essa mentira, no entanto, sem qualquer eco no processo eleitoral petista. Até mesmo porque a denunciante é tão crível como uma nota de R$3,00 e até o "exorcismo" político a que se submeteu mostrou que o que saiu dela pode ter voltado pelas mãos barbálhicas em forma de sinecura. Lamentável!

Manipulação

A pichação por sobre o nome "Rômulo Maiorana", nas placas indicativas da avenida que um dia foi 25 de Setembro, não pode ser explicada como atitude de vândalos, conforme insinuam os jornais do grupo de comunicação fundado pelo homenageado. Ainda está muito recente a movimentação dos moradores da Tv. Apinagés para preservar esse nome fazendo até o autor da proposta de modificação posicionar-se contra a própria lei que criou.
No caso da 25, desde a mudança que as placas existentes nos cruzamentos da Humaitá, Chaco e Curuzu sempre tiveram a parte referente ao novo nome da avenida arrancadas e isso nada mais é do que protesto de quem não vê razão para mudanças bruscas, a partir da iniciativa de áulicos e à revelia da Lei Orgânica do Município de Belém, que determina certos procedimentos e condições para a mudança, coisa que o autor do projeto desconsiderou e só por excessiva bonomia de seus pares é que continua exercendo o mandato já que, para ele, o decoro parlamentar está na lixeira do plenário da CMB.
Portanto, é muito perigoso associar-se descontentamento social com vandalismo, conforme era usual em passado recente, prática inclusive da mídia nacional e local que admite apenas da boca pra fora que todo poder emana do povo e em seu nome será exercido. Lamentável!

Bandidos inglórios

Fiel ao lema de seu proprietário, o mega larápio Jader Barbalho, "se todos são corruptíveis, então, mãos ao alto!" A Futrica Barbálhica(Diário do Pará) intensifica a tentativa de influenciar nas eleições petistas publicando algo totalmente descontextualizado no momento contra o candidato Puty.
E o faz através do bandido escrevinhador, Carlos Mentes, que se presta a fazer qualquer sujeira por trocados, aliás, como fez durante a ditadura militar, quando deu depoimentos dizendo que havia a presença de ovnis no município de Colares quando, na verdade, tudo não passava de mais uma operação truculenta levada a efeito pela jagunçada fardada à procura de militantes políticos de esquerda.
Que esperar de indivíduo tão vil, tão repugnante? Nada além disso. Boneco de aluguel do maior gatuno da história política do Pará, cumpre seu papel de sabujo de quadrilha escrevendo, em forma de reportagem, uma sentença condenatória contra Puty, embora, segundo o delinquente escrito, o foco da matéria seja um pedido de prorrogação, feito pela Polícia Federal, para investigar o petista.
Porém, em nenhum momento ele questiona esse pedido ou comenta as razões que o motivaram. Como o intento é apenas influir no voto petista no próximo dia 5, esse pedido é ligeiramente referido. O resto são imprecações do celerado escrevinhador por ordem do chefe da gangue. Bandidagem pura!

sábado, 28 de janeiro de 2012

O PASSO SEGUINTE DA HISTÓRIA E AS LINHAS DE PASSAGEM

O passo seguinte da história não virá da maquiagem verde do capitalismo, nem de miragens dissociadas das potencialidades e circunstancias do presente. O maior desafio é superar o déficit de democracia que sanciona a ganância do dinheiro sobre a economia, a natureza e a subjetividade. A principal urgência: colocar todo o sistema financeiro sob o controle do interesse público. O novo sujeito histórico consiste em unir o interesse comum em defesa do bem comum: as fontes da vida na Terra, a dignidade humana, a plena realização das potencialidades do indivíduo em nosso tempo. 'Pinheirinho' não é um ponto fora da curva: a lógica dominante não tem mais nada a oferecer exceto 'Sofrimento e Dor'. A São Paulo tucana é a conexão mais avançada do capitalismo brasileiro com a saturação da ordem mundial. As eleições municipais deste ano na capital paulista não se resumem à mera troca de alcaide: elas confrontam duas lógicas diante da crise. Uma, disposta a superar as raízes do colapso em que vivemos, cujo limbo mais exposto é a desordenada ruína dos gigantescos conglomerados urbanos; a outra, decidida a impedir a mudança decretando a reintegração de posse sobre cada centímetro de cidadania conquistado pelos que vivem na soleira da porta, do lado de fora da cidade e da democracia.

(Carta Maior; Sábado; 28/01/ 2012)

A politicalha e o jornalixo

A tentativa do coronelão Barbalho influir no processo petista da escolha de sua candidatura à prefeitura de Belém foi referida ontem no jornal Correio Braziliense, ressaltando eventual mágoa do dono do PMDB paraense com o deputado Cláudio Puty.
Seja qual for o motivo, desnuda uma atitude anacrônica, truculenta e velhaca típica desse coronelismo, que inchou o quadro político brasileiro com legendas de aluguel e consagrou definitivamente o fisiologismo como principal parâmentro nas relações que deveriam ser republicanas, que apenas refletem, ainda hoje, a presença do famigerado voto de cabresto que nos tornou uma sociedade economicamente patrimonialista e socialmente campeã de desigualdades.
A partir do próximo mês, teremos a possibilidade de colocar esse anacronismo em xeque com a possibilidade de ir à votação o texto da Reforma Política que, entre outros avanços, ataca a influência do poder econômico no processo de escolha dos representates do povo. Talvez, uma mobilização popular do tamanho daquela que criou a Lei da Ficha Limpa consiga fazer com que tenhamos finalmente uma nova lei eleitoral que atenda os atuais anseios da sociedade.

"Homenagem"

Neste 28 de janeiro, Dia de Combate ao Trabalho Escravo, lembremos do governo Lorota e seu secretário Sidney Rosa, que é processado pela Justiça Federal do Maranhão por essa abominável prática, mas continua impune no exercício de sua secretaria, muito embora o atual governador tenha se comprometido, em evento de caráter internacional, que não teria entre seus auxiliares alguém que tivesse essa prática.
Não só manteve como se fez de surdo alguns meses depois quando a empresa de Sidney foi flagrada desmatando ilegalmente uma área no seu cavanhaque, na Região Metropolitana de Belém, atestando que entre a retórica lorótica dissimulada e sua prática conivente com o que há de mais atrasado em nosso estado há uma enorme distância. Lamentável! .

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Crime monstruoso. Punição colossal.

SÃO PAULO, 26 Jan (Reuters) – Um promotor público no Brasil pretende entrar com uma ação criminal contra a petroleira norte-americana Chevron e seus funcionários no país em questão de semanas, adicionando a ameaça de prisão à ação civil que tramita na Justiça e que pede 20 bilhões de reais de indenização pelo vazamento de petróleo ocorrido em novembro.

A ação civil impetrada no tribunal federal em Campos (RJ) provavelmente incluirá um pedido para o indiciamento criminal de George Buck, presidente-executivo da unidade brasileira da Chevron, e de outros funcionários da empresa, disseram à Reuters três membros do governo brasileiro envolvidos no caso.

Funcionários da Transocean, maior operadora global de plataformas de petróleo e fornecedora da unidade usada na perfuração que causou o vazamento, também deverão ser indiciados criminalmente, afirmaram as fontes, que pediram anonimato porque o pedido do promotor ainda não foi apresentado a um juiz.

Ficará a cargo de um juiz decidir se serão aceitos os indiciamentos

Os motivos para o "terror imobiliário"

Ermínia Maricato, na Carta Maior

Dificilmente, durante nossa curta existência, assistiremos disputa mais explícita que esta, que opõe prefeitura e Câmara Municipal de São Paulo (além do governo estadual), que representam os interesses do mercado imobiliário, contra os moradores e usuários pobres, pelo acesso ao centro antigo de São Paulo. Trata-se do único lugar na cidade onde os interesses de todas as partes (mercado imobiliário, prefeitura, Câmara Municipal, comerciantes locais, movimentos de luta por moradia, moradores de cortiços, moradores de favelas, recicladores, ambulantes, moradores de rua, dependentes químicos, e outros) estão muito claros, e os pobres não estão aceitando passivamente a expulsão.

No restante da cidade, como em todas as metrópoles brasileiras, um furacão imobiliário revoluciona bairros residenciais e até mesmo as periferias distantes, empurrando os pobres para além dos antigos limites, insuflado pelos recursos do Minha Casa Minha Vida no contexto de total falta de regulação fundiária/imobiliária ou, em outras palavras, de planejamento urbano por parte dos municípios. A especulação corre solta, auxiliada por políticas públicas que identificam valorização imobiliária como progresso.

Ao contrário do silêncio (ou protestos pontuais) que acompanha essa escandalosa especulação que, a partir de 2010, levou à multiplicação dos preços dos imóveis, em todo o país, no centro de São Paulo, foi deflagrada uma guerra de classes.

Não faltaram planos para recuperar o centro tradicional de São Paulo. Desde a gestão do prefeito Faria Lima, vários governos defenderam a promoção de moradia pública na região. Governos tucanos apostaram em estratégias de distinção local por meio de investimento na cultura (como demonstraram muitos trabalhos acadêmicos) Vários museus, salas de espetáculo, centros culturais, edifícios históricos, foram criados ou renovados. No entanto, o mercado imobiliário nunca respondeu ao convite dos diversos governos, de investir na região, seja para um mercado diferenciado, seja para habitação social como pretenderam os governos Erundina e Marta.

Outras localizações (engendradas pelas parcerias estado/capital privado, como demonstrou Mariana Fix) foram mais bem sucedidas como foi o caso da região Berrini/Águas Espraiadas. Outro fator que inibiu a entrada mais decisiva dos empreendedores no centro foi a reduzida dimensão dos terrenos. O mercado imobiliário busca terrenos amplos que permitam a construção de uma ou de várias torres- clube, padrão praticamente generalizado atualmente no Brasil.

Finalmente, há os pobres – com toda a diversidade já exposta – cuja proximidade desvaloriza imóveis novos ou reformados, coerentemente com os valores de uma sociedade que além de patrimonialista (e por isso mesmo) está entre as mais desiguais do mundo. Aceita-se que os pobres ocupem até áreas de proteção ambiental: as Áreas de Proteção dos Mananciais (são quase 2 milhões de habitantes apenas no sul da metrópole), as encostas do Parque Estadual da Serra do Mar, as favelas em áreas de risco, mas não se aceita que ocupem áreas valorizadas pelo mercado, como revela a atual disputa pelo centro.

Enquanto os planos das várias gestões municipais para o centro não deslancharam (leia-se: não interessaram ao mercado imobiliário), os serviços públicos declinaram (o acúmulo de lixo se tornou regra), num contexto já existente de imóveis vazios e moradia precária. O baixo preço do metro quadrado afastou investidores e, mais recentemente, nos últimos anos… também o poder público. Nessa área assim “liberada” e esquecida pelos poderes públicos, os dependentes químicos também se concentraram. No entanto a vitalidade do comércio na região, que inclui um dos maiores centros de venda de computadores e artigos eletrônicos da América Latina, não permite classificar essa área como abandonada, senão pelo falta de serviços públicos de manutenção urbana e políticas sociais.

Frente a isso, a gestão do prefeito Kassab deu continuidade ao projeto NOVA LUZ, iniciado por seu antecessor, José Serra, e vem se empenhando em retirar os obstáculos que afastam o mercado imobiliário de investir na área. Estão previstos a desapropriação de imóveis em dezenas de quadras e o remembramento dos lotes para constituírem grandes terrenos de modo a viabilizar a entrada do mercado imobiliário.

A retomada de recursos de financiamento habitacional com o MCMV, após praticamente duas décadas de baixa produção, muda completamente esse quadro. Os novos lançamentos do mercado imobiliário passam a cercar a região. Vários bairros vizinhos, como a Barra Funda, apresentam um grande número de galpões vazios em terrenos de dimensões atraentes. A ampliação de outro bairro vizinho, Água Branca, vai se constituir em um bairro novo .

Finalmente, o mercado imobiliário e a prefeitura lançam informalmente a ideia de uma fantástica operação urbana que irá ladear a ferrovia começando no bairro da Lapa e estendendo-se até o Brás. O projeto inclui a construção de vias rebaixadas. Todos ficam felizes: empreiteiras de construção pesada, mercado imobiliário, integrantes do executivo e legislativo (que garantem financiamento para suas campanhas eleitorais) e a classe média que ascendeu ao mercado residencial com os subsídios.

O Projeto Nova Luz parece ser a ponta de lança dessa gigantesca operação urbana.

Mas ainda resta um obstáculo a ser removido: os pobres que se apresentam sobre a forma de moradores dos cortiços, moradores de favelas, dependentes de droga, moradores de rua, vendedores ambulantes… Com eles ali, a taxa de lucro que pode ser obtida na venda de imóveis não compensa.

Algumas ações não deixam dúvida sobre as intenções de quem as promove. Um incêndio, cujas causas são ignoradas, atingiu a Favela do Moinho, situada na região central ao lado da ferrovia. Alguns dias depois, numa ação de emergência, a prefeitura contrata a implosão de um edifício no local sob alegação do risco que ele podia oferecer aos trens que passam ali (enquanto os moradores continuavam sem atendimento, ocupando as calçadas da área incendiada). Em seguida os dependentes químicos são literalmente atacados pela polícia sem qualquer diálogo e sem a oferta de qualquer alternativa. (Esperavam que eles fossem evaporar?). Alguns dias depois vários edifícios onde funcionavam bares, pensões, moradias, são fechados pela prefeitura sob alegação de uso irregular. (O restante da cidade vai receber o mesmo tratamento? Quantos usos ilegais há nessa cidade?).

O centro de São Paulo constitui uma região privilegiada em relação ao resto da cidade. Trata-se do ponto de maior mobilidade da metrópole, com seu entroncamento rodo-metro- ferroviário. A partir dali, pode-se acessar qualquer ponto da cidade o que constitui uma característica ímpar se levarmos em conta a trágica situação dos transportes coletivos. Trata-se ainda do local de maior oferta de emprego na região metropolitana. Nele estão importantes museus e salas de espetáculo, bem como universidades, escolas públicas, equipamentos de saúde, sedes do judiciário, órgãos governamentais.

Apenas para dar uma ideia da expectativa em relação ao futuro da região está prevista ali uma Escola de Dança, na vizinhança da Sala São Paulo, cujo projeto, elaborado por renomados arquitetos suíços – autores do arena esportiva chinesa “Ninho de Pássaro” – custou a módica quantia de R$ 20 milhões de acordo com informações da imprensa. É preciso lembrar ainda que infraestrutura local é completa: iluminação pública, calçamento, pavimentação, água e esgoto, drenagem como poucas localizações na cidade.

Trata-se de um patrimônio social já amortizado por décadas de investimento público e privado. A disputa irá definir quem vai se apropriar desse ativo urbano e com que finalidade. A desvalorização de tal ambiente é um fenômeno estritamente ou intrinsecamente capitalista, como já apontou David Harvey analisando outros processos de “renovação” de centros de cidades americanas.

A luta pela Constituição Federal de 1988 e a regulamentação de seus artigos 182 e 183, que gerou o Estatuto da Cidade, se inspirou, em parte, na possibilidade de utilizar imóveis vazios em centros urbanos antigos para moradia social. Nessas áreas ditas “deterioradas” está a única alternativa dos pobres vivenciarem o “direito à cidade” pois de um modo geral, eles são expulsos para fora da mesma. Executivos e legislativos evitam aplicar leis tão avançadas. O judiciário parece esquecer-se de que o direito à moradia é absoluto em nossa Carta Magna enquanto que o direito à propriedade é relativo, à função social. (Escrevo essas linhas enquanto decisão judicial autorizou o despejo –que se fez de surpresa e de forma violenta- de mais de 1.600 famílias de uma área cujo proprietário – Naji Nahas – deve 15 milhões em IPTU, ao município de São José dos Campos. Antes de mais nada, é preciso ver se ele era mesmo proprietário da terra, já que no Brasil, a fraude registraria de grandes terrenos é mais regra que exceção, e depois verificar se ela estava ou não cumprindo a função social).

É óbvio, que o caso que nos ocupa aqui mostra a falta de compaixão, de solidariedade, de espírito público. Crianças moram em péssimas condições nos cortiços, em cômodos insalubres, dividem banheiros imundos com um grande número de adultos (quando há banheiros). Com os despejos violentos são remetidas para uma condição ainda pior de moradia pelo Estado que , legalmente, deveria responder pela solução do problema. Num mundo com tantas conquistas científicas e tecnológicas, dependentes químicos são tratados com balas de borracha e spray de pimenta para se dispersarem. Um comércio dinâmico, formado por pequenas empresas e ambulantes, que poderia ter apoio para a sua legalização, organização e inovação é visto como atrasado e indesejável. O modelo perseguido é o do shopping center, o monopólio, e não o pequeno e vivo comércio de rua ou o boteco da esquina.

O modelo é contra os pobres que estão longe de constituírem minoria em nossa sociedade. O modelo quer os pobres fora do centro como anunciou o jornal Brasil de Fato. Tudo isso é óbvio. O que não parece ser óbvio é que, em última instância, como diria Althusser, a determinação disso tudo é econômica. A centralidade é a produção do espaço urbano e a mola propulsora, a renda imobiliária. E depois dizem que Marx está morto.

Ermínia Maricato é urbanista.

Aqui não, violão!

A máfia do futebol, leia-se FIFA e seu braço midiático, aqui representado pela Rede Globo, acanalhadamente tentou surfar na tragédia do desabamento de prédios no Rio de Janeiro e foi logo especulando que essa é uma prova de que o Brasil não está preparado para ser sede de Copa do Mundo ou de Olímpiada.
Na verdade, o vil oportunismo queria que o governo brasileiro assumisse qualquer risco relativo a catástrofes naturais que viessem a ocorrer durante esses eventos, ou seja, uma tentativa de descolar mais dinheiro dos cofres brasileiros. O governo brasileiro, é óbvio, rechaçou a pretensão da FIFA e declarou ser seu parâmetro de organização a Alemanha, e não a África do Sul, que cedeu a quase todas as chantagens daquela entidade. Com efeito, o patifão Joseph Blatter não engole que o Brasil que o Brasil tenha assegurado as conquistas de certos segmentos de brasileiros na hora de adquirir ingressos e, vira mexe, tentam aplicar golpe, qualquer golpe, contra o governo brasileiro. Repila-os veementemente, presidenta!

Guerra à vista? Qual. Apenas balbúrdia.

Paulo Henrique Amorim aborda em seu blog uma possível declaração de guerra do PMDB a Dilma,conforme especulou o mega-papelucho O Globo, por conta da exoneração do diretor do DNOCS. E ainda há a intenção anunciada de despemedebizar também a FUNASA, inclusive a do Pará, da qual Simão Lorota espera uma grana assemelhada a que foi desperdiçada pelos tucanos com o Projeto Alvorada, que gastou R$18 milhões em tubos pvc e não construiu um milímetro sequer de rede de água e esgoto.
É óbvio que em ano eleitoral a perda de sinecuras dói mais, no entanto, nada indica que os coronéis pemedebistas vão para o rompimento. É mais provável que façam como faz o local, ainda homiziado em vários espaços como Eletronorte, a própria FUNASA e o DNIT, onde quem dá as cartas é o ex diretor-geral, João Bosco, já que o atual nada faz sem escutá-lo. Portanto, a choradeira será apenas álibi que justificará a prática da trairagem durante as próximas eleições.
Até tem procedência a leitura de Ciro Gomes a respeito das intenções pemedebistas de dar rasteira em Dilma. Mas, essas intenções estão muito longe de um eventual gesto porque nenhum desses sobas pemedebistas confia no outro e muito menos nos tucanos. Assim, ouviremos muito barulho daqui pra frente sem, contudo, chegarmos a presenciar cenas da violência anunciada. É anotar para conferir.

A rifa do bicheiro

A mídia tucana segurou até onde deu a participação do assaltante Mário Couto no escândalo da Alepa. Exceção feita à Futrica Barbálhica(Diário do Pará), que sempre usou as acusações contra o ex-contraventor, no caminho de ser condenado por crime doloso, como moeda de troca na operação abafa dos malfeitos nada juvenis do outro presidente, Domingos.
No entanto, para que não haja apenas perdas, essa provável condenação dá pistas de que será usada politicamente na formação da chapa tucano/pemedebista para 2014. Nada a ver com 2012, quando muitos dos atores desse elenco que atualmente governa o Pará estarão expostos no cenário com a perspectiva de perder seus respectivos protagonismos justamente fruto de seus desempenhos este ano.
Faz parte, ainda, do mesmo "espetáculo", só que em outro ato, o achaque que a deputada Simone Morgado está anunciando contra o atual presidente da Alepa, Manoel Pioneiro, mas esse tem o nítido objetivo de tentar impedir a candidatura tucana à prefeitura de Ananindeua, hoje, considerada imbatível; pois, caso isso se concretize, significará para os pemedebistas a perda do controle da máquina de um município que terá 300 mil eleitores, "jóia" que Helder não admite ver sob mãos nada confiáveis.
Assim, um desenho interessante, a partir dos fatos gerados em 2012, traria Simão para a reeleição, acompanhado de um vice do PSD, provavelmente seu atual presidente regional e homem de confiança, Sérgio Leão, garantindo-se ao atual vice uma candidatura ao parlamento ou/e uma secretaria de estado. E, para a única vaga que estará disponível ao Senado Federal, o atual prefeito de Ananindeua.
Tudo dentro do figurino, digamos, "híbrido fértil", para usar uma expressão que serviu de título de livro de um dos artífices do reacionarismo político brasileiro. Simão é fruto de escolha pessoal de Serra, tanto quanto é o PSD de Kassab. Este dissimula a presença constante da mão de seu criador flertando com o governo federal, ou seja, é ao mesmo tempo situação e oposição. Aliás, coisa que o PMDB já faz há mais tempo e com enorme maestria fisiológica, daí o encaixe perfeito desse desenho.
Apenas, a título de observação ociosa, haverá os russos no caminho, ou melhor, uma búlgara. Mais, ainda: uma búlgara e um sapo talvez novamente barbudo que, por não discriminarem ninguém, são receptivos ao conhecimento de todos os que os cercam e, por consequência, com a noção exata de que com quem contam.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Procedimentos opostos

Enquanto a Ata do Copom anuncia que a taxa de juros cairá a um dígito este ano e o desemprego medido pelo IBGE atingiu sua menor taxa histórica(4,7%); os tucanos agem como janízaros de algum reinado do Oriente Médio mandando baixar a porrada em drogados na região conhecida como cracolândia, na capital paulista, idem com moradores que já ocupavam há oito anos um terreno no interior paulista, que seria de propriedade do mega bandido Naji Nahas, agindo da mais vil e selvagem que pode acometer celerados travestidos de agentes públicos.
E assim caminha o Brasil, entre a tentativa de um governo de origem democrática e popular fazendo esforço para nos tornar uma nação mais justa; e um outro de orientação religiosa fundamentalista, conforme pudemos constatar durante a campanha presidencial de José Serra, bem como abrigando os mais atrasados extratos políticos, que tentam colocar o país de volta na aventura nefasta de orientação neoliberal. Por enquanto as coisas caminham a contento, apesar dos já citados passos atrás dados. Que continuem os avanços e conquistas são os votos dos mais de 60% dos brasileiros que acham bom ou ótimo o governo da presidenta Dilma.

A remontagem da farsa dos coronéis

PSDB tem candidato a prefeito, PMDB tem candidato a prefeito, PR tem candidato a prefeito, PPS tem candidato a prefeito, PTB tem candidato a prefeito. Enfim, quase todos os partidos que compõe o governo Simão terão candidatos à prefeitura da capital.
Já vimos esse filme em 2000, quando uma enorme coalizão conservadora uniu-se para tirar das mãos do PT o comando da PMB. Foram derrotados e a cidade pode ficar livre deles por mais quatro anos quando, enfim, vieram a conquistar a prefeitura e realizaram a proeza de presentear a população com o pior e mais desonesto alcaide da história de Belém. Mesmo assim, não querem largar o osso, daí adotarem a pulverização no 1º turno das próximas eleições, para unir-se no segundo e manter o povo refém do parasitismo que se alimenta de dinheiro público.
Desconfio que a performance pífia de Lorota, fazendo exatamente o inverso do que prometera, não enganará o eleitor, este ainda magoado com o estelionato de 2010. Sem contar a briga de foice que essa estratégia provocará entre as "mariposas" que estarão em volta da lâmpada e que do seu calor não querem abrir mão por nada desse mundo.

Irresponsabilidade dá nisso. Duas notícias que veja e o restante da mídia não devem divulgar

A primeira é que fui absolvido em mais um processo judicial em Brasília, parte dos vários que moveram contra mim quando de minha saída do governo e de cassação do meu mandato de deputado federal. Tenho sido absolvido em todos os julgados desde então. A segunda notícia é que a VEJA foi condenada a pagar indenização por danos morais ao deputado Carlos Augusto Abicalil (PT/MT).
No meu caso, a Justiça Federal concluiu “não haver qualquer indício de ato de improbidade” cometido por mim durante o período em que fui ministro de Estado, em que exerci a chefia da Casa Civil da Presidência da República, no primeiro governo Lula. Por isso determinou a retirada de meu nome de processo movido na 9ª Vara Federal Judiciária do Distrito Federal.

A ação por improbidade administrativa havia sido proposta pelo Ministério Público Federal – o mesmo que, sem relacionar nenhum fato concreto, nenhuma prova, acusou-me de comandar um suposto esquema de compra de votos.

Propuseram cinco ações sobre os mesmos fatos

Esta denúncia, que a mídia chama de mensalão, jamais foi comprovada, mas deu origem ao processo em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) e a mais cinco contra mim – entre estes o que agora acaba de inocentar-me.

Em sentença publicada no Diário da Justiça, o juiz da 9ª Vara, Alaor Piacini, acolheu defesa e me excluiu liminarmente da ação. Considerou não haver quaisquer indícios de ato de improbidade praticados por mim e criticou os procuradores da República por proporem cinco ações de improbidade versando sobre os mesmos fatos.

No caso do deputado Carlos Abicalil, a indenização por danos morais é de R$ 20 mil, a ser paga solidariamente pela Editora Abril e pelos autores da reportagem “Não li e não gostei” veiculada na VEJA edição de nº 1938, veiculada em 11 de janeiro de 2006.

Sobre Abicalil, informações inverídicas e injuriosas

Na matéria os repórteres afirmam que Abicalil teria sido escalado para integrar a CPI dos Correios (2005) com a incumbência de tentar melar o andamento das investigações em relação ao chamado “mensalão”. A justiça reconheceu que a revista publicou afirmações inverídicas e injuriosas.

Na sentença o juiz considerou que houve extrapolação da ré (VEJA) no seu direito de informar e noticiar fatos. De acordo com o magistrado, ao atribuírem a pecha de “especialista em trabalhos sujos” ao deputado, os autores do texto lançaram conceitos lesivos à honra do parlamentar.

O relator do recurso confirmou a condenação imposta pelo juiz afirmando: “a dignidade da pessoa humana é um bem tão importante que está garantido na Constituição Federal. A liberdade de imprensa não autoriza o uso de palavras injuriosas que acarretem danos à honra e à imagem dos indivíduos”.

Do Blog do Zé Dirceu

Por do sol

Ontem, Simão anunciou, cheio das pompas, um novo programa de abastecimento de água e saneamento básico, também patrocinado pela Funasa, semelhante ao malsinado "Alvorada", que deu um trambique de R$60 milhões naquela fundação no passado.
No entanto, hoje, os jornais noticiam que a presidenta Dilma tenciona "despemedebizar" a Funasa de alguns estados, dentre esses incluida a regional do Pará. Com isso, a remontagem da farsa corre o risco de subir no telhado e em boa hora, a julgar pela maracutaia anterior. Ou seja, antes mesmo que brilhe imponente o sol da trambicagem tucano/pemedebista corre o risco de se por, ante a providencial medida governamental, para a felicidade geral do contribuinte.

Eldorado do Carajás, 500 anos do Brasil, USP, Cracolândia, Pinheirinhos e a truculência nazi-fascista da tucanalha

"Moção de repúdio à política do coturno em Pinheirinho

De um lado, pelo menos 1.600 famílias que lutam pelo direito de morar no bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), ocupação que tem oito anos de existência. Do outro, mais de 2.000 policiais militares e civis cumprindo ordens da Justiça Estadual e da Prefeitura de São José dos Campos, em favor da massa falida da empresa Selecta, pertencente ao mega-especulador Naji Nahas. Ainda que não houvesse outras circunstâncias agravantes no caso, já seria possível constatar que as instâncias dos poderes executivo e judiciário fizeram a opção, em Pinheirinho, pela lei que protege a especulação imobiliária, em detrimento do direito das pessoas à moradia. Vence mais uma vez a política do coturno em prol do capital.

De um lado, bombas, armas, gases, helicópteros, tropa de choque. Do outro, dois revólveres apreendidos. Não há notícia de que tenham sido usados. Uma praça de guerra é instalada – numa batalha em que um exército ataca civis. Não há plano de realocação das famílias. As que não conseguiram ou não quiseram fugir, ou receberam dinheiro para passagens para outras cidades, ou estão sendo mantidas cercadas, com comida racionada, como num campo de concentração. A imprensa não pode entrar no local, não pode fazer entrevistas, e os hospitais da região não podem informar sobre mortos e feridos. O que se quer esconder? O Governo do Estado lavou as mãos diante do caso, assim como o Superior Tribunal de Justiça. O Governo Federal tardou em agir. A chamada “função social da propriedade”, prevista na Constituição Brasileira, revelou-se assim como peça de ficção, justamente onde a ficção não deveria ser permitida.

Mais uma vez, o Estado assume o papel de “testa de ferro” para as estripulias financeiras da “selecta” casta de milionários e bilionários. A política do coturno em prol do capital vem ganhando espaço. Assim está acontecendo na higienização do bairro da Luz, em São Paulo, preparando-o para a especulação imobiliária; assim vem acontecendo na repressão ao movimento estudantil na USP, minando a resistência à privatização do ensino; assim acontece no campo brasileiro há tanto tempo, em defesa do agronegócio. Os exemplos se multiplicam. E não nos parece fato isolado que, hoje, a quase totalidade dos subprefeitos da cidade de São Paulo sejam coronéis da reserva da PM. Nós, trabalhadores artistas, expressamos nosso repúdio veemente a esse tipo de política. Mais 1.600 famílias estão nas ruas: a lei foi cumprida. Para quem?”
Manifesto lido pelos cineastas Juliana Rojas e Marcos Dutra, ao receberem no auditório da USP o prêmio Governador do Estado para a Cultura 2011.
(Viomundo)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Por que no te calas?

"O juiz Diogo Volpe Soares, da 1ª Vara Cível de Limeira, a 131 km de São Paulo, decretou a prisão do cantor sertanejo Udson Gadorini Silva, da dupla Edson e Hudson, por falta de pagamento de pensão alimentícia para a filha Letícia Higa da Silva, de 18 anos. O cantor, que faz a segunda voz da dupla, chegou a ficar sob o risco de ser preso, já que o mandado de prisão foi expedido no final da tarde de terça-feira, mas acabou fazendo um acordo hoje".
Mesmo não prendendo o indigitado, poderia ao menos sentenciar que ficasse em silêncio por alguns anos. Os ouvidos da nação penhoradamente agradeceriam.
(Informações do DOL)

(Pra desespero do PIG) Brasil criou 1,9 milhão de empregos em 2011

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), apontam um crescimento de 5,41% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010. O resultado foi o segundo melhor da série histórica do CAGED, menor apenas que o de 2010, quando foram criados 2.543.177 postos.

Entre 1995 e 2002, o Brasil gerou cerca de cinco milhões de empregos. Já no período 2003-2010 foram gerados 15 milhões de novos postos de trabalho. Somados aos 1,94 milhão do primeiro ano de governo da presidenta Dilma Rousseff, o Brasil gerou cerca 17 milhões de empregos com o Partido dos Trabalhadores (PT) comandando o governo federal.

Para o deputado Vicentinho (PT-SP), o resultado mostra o acerto da condução petista à frente do governo federal desde 2003. “Mesmo com essa adversidade internacional, na Europa, no Japão, nos Estados Unidos, o Brasil segue caminhando bem com as próprias pernas, sem se fechar para o mundo, mas fortalecendo o mercado interno, acreditando na capacidade do nosso povo. É uma ‘bola de neve’ positiva. A grande diferença entre o PT e tucanos no governo federal é que eles congelaram a distribuição de renda e o combate à desigualdade social, enquanto nós garantimos a estabilidade econômica, o crescimento e a distribuição de renda”, ressaltou Vicentinho, que integra a Comissão de Trabalho da Câmara.

Outro que comemorou o desempenho do Brasil neste quesito e destacou as diferenças em relação à era FHC (1995-2002) foi o deputado Fernando Ferro (PT-PE). “Esses dados sobre geração de emprego em 2011 são extremamente positivos para a nossa realidade econômica, política e social. Os números mostram o resultado das políticas de redução das taxas de juros, de aposta no ivestimento, na ampliação do parque industrial. Trata-se de uma concepção exitosa, bem diferente das políticas neoliberais aplicadas pelos nossos antecessores”, disse Ferro.

Setores

As informações por setor de atividade econômica mostram expansão generalizada do emprego. No setor de Serviços, teve o segundo maior saldo para o período, com a criação de 925.537 postos (6,43%). No Comércio foram gerados 452.077 postos (5,61%), na Construção Civil 222.897 postos (8,78%), e na Indústria de Transformação 215.472 postos (2,69%). A Agricultura obteve o melhor resultado desde 2005, com a criação de 82.506 postos (5,54%), na área Extrativa Mineral foram gerados 19.510 postos (10,33%), saldo recorde para o período, Administração Pública foram registrados mais 17.066 postos (1,90%) e no setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública houve a criação de 9.495 vagas (2,48%).

Regiões e estados

A análise dos dados segundo o recorte geográfico também revela a expansão do emprego em todas as grandes regiões e Unidades da Federação. Com relação às grandes Regiões, os resultados foram: Sudeste (1.000.365 postos, terceiro maior saldo, com dois estados apresentando o segundo melhor desempenho); Nordeste (329.565 postos, segundo melhor resultado, com um estado apontando recorde e três o segundo maior saldo); Sul (328.608 postos, terceiro maior saldo para o período); Centro-Oeste (+154.593 postos, segundo melhor desempenho, com um estado registrando o segundo melhor saldo) e Norte (131.429 postos, segundo melhor resultado, com dois estados exibindo recordes e um o segundo maior saldo).

Os estados que mais geraram empregos em 2011 foram São Paulo, com 551.771 novos postos (4,77%); Minas Gerais, 206.402 postos (5,42%), o segundo maior saldo para o período; Rio de Janeiro, com 202.495 postos (5,95%), também o segundo melhor resultado para o período; Paraná, 123.916 postos (5,20%) e Rio Grande do Sul, com a criação de122.286 (5,15%). Foram registrados desempenhos recordes no Amazonas, com 45.186 postos (11,47%); Alagoas, 20.050 postos (5,91%) e Amapá, que gerou mais 7.256 postos (11,90%). Os estados de Pernambuco, com 89.607 novas vagas (7,62%); Goiás, 68.053 postos (6,77%); Pará, 51.493 postos (8,04%); Paraíba, 20.273 postos (6,13%) e Sergipe, mais 19.213 postos (7,38%), também tiveram segundo melhor resultado desde 2003.

Dezembro

Devido a fatores sazonais (entressafra agrícola, término do ciclo escolar, esgotamento da bolha de consumo no final do ano, fatores climáticos) que afetam quase todos os setores e subsetores, o nível de emprego em dezembro de 2011 foi negativo. No total, houve redução de 408.172 postos de trabalho, representando uma queda de 1,08%, em relação ao estoque de dezembro de 2010. O resultado é muito próximo do ocorrido em 2010, quando houve uma redução de 407.510 postos (-1,12%). O número de admissões em dezembro foi de 1.305.051 e o de desligamentos foi de 1.713.223, nos dois casos, os maiores registrados para o mês.

Site Liderança do PT na Câmara

Seria crime ambiental, não fosse estupidez jornalística

Um repórter da TV Liberal disse no ar, há poucos minutos, que os moradores de uma determinada passagem estão aterrando a chuva com caroço de açai. De resto, uma frase talhada para ganhar o cobiçado troféu "Cardume de Pássaros". Égua!

Não vale a pena ver de novo

Vem aí mais uma promessa tucana de "Alvorada", como sempre, patrocínio Funasa. Todos recordam que o anterior deu um prejuízo aos cofres públicos de cerca de R$60 milhões e não foi feito um metro sequer de rede de esgoto, menos ainda de abastecimento de água, embora discursos épicos tenham sido feitos no sentido de exaltar o caráter majestático da obra.
Quem quiser fazer o revival do assalto é só consultar exemplares da Futrica Barbálhica(Diário do Pará) da época, que publicou uma série de reportagens demolidoras denunciando as falcatruas. Hoje, evidentemente, isso não será ressaltado dada a relação fraterna(bota fraterna nisso) atualmente existente entre o dono da Futrica(Diário) e o governante lorótico. E assim caminha uma parte da humanidade. Sempre no rumo de... deixa pra lá. Credo!

Factóide(pra variar) é lorota

Essa estória de Ali Babá, como dizia o filósofo jurunense Teodorico Rodrigues, de Belém ser sub sede das Olimpíadas de 2016, anunciada com tanto ufanismo ontem, durante a transmissão pela TV Cultura de RemoXCametá, não passa de propaganda enganosa com (más) intenções politiqueiras.
A Vila Olímpica será no Rio de Janeiro, sede única dos jogos, e lá ficarão alojadas todas as delegações. Logo, qualquer treinamento que venha ser feito fora desse espaço deve ocorrer com uma antecedência mínima de dez dias. Assim, não passa de velhacaria confundir local de treinamento com sede dos jogos. É o mesmo que dizer que o campo do Japonês é utilizado durante os jogos do campeonato paraense.

Hic hic

Flagrada dirigindo seu carro com indícios de ter ingerido bebida alcoolica, posteriormente recusando-se a fazer o teste do bafômetro, a ginasta Daniele Hipólito dá ao torcedor brasileiro o direito de imaginar o pior, a quando daquelas suas performances cambaleantes em cima do cavalo.
Adriano, Ronaldinho Gaucho, Carlos Alberto e outros jogadores de futebol que fizeram fama paralela na boemia não estão mais sós na sua árdua tarefa de tentar conciliar a prática do esporte com o doce esporte da bebericagem e, a essa altura do campeonato devem estar suspirando, "Bem vinda ao clube, cara colega!"

Mobilidade urbana

Na quinta-feira última(19), foi realizada a coletiva pública do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) Mobilidade Urbana 2ª edição: Análise preliminar dos dados coletados em 2011, na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília. O estudo foi apresentado pelo técnico de Planejamento e Pesquisa Ernesto Galindo, pelo coordenador de Estudos Ambientais, Bernardo Furtado, e pelo assessor Técnico da Presidência do Ipea André Calixtre.

Galindo destacou que 64% da frota de veículos nos municípios da Região Norte é composta por motocicletas, e 28% de carros. Os dados da Região Sul são inversamente proporcionais: 65% de carros e 25% de motos.

A taxa de motorização, por consequência, segue a mesma lógica. Enquanto no Norte constata-se a menor taxa, 45 habitantes para cada veículo, no Sul a taxa é de 2 habitantes por veículo. O Nordeste apresenta 11 habitantes por veículo, e Sudeste e Centro-Oeste, 4 cada.

“Com o crescimento econômico, a mobilidade social é grande. Estamos em aumento da população, da produção e da venda de veículos, da posse de carros e motos, e do peso do transporte na inflação, pois as famílias têm gastado mais com transporte”, explicou Galindo. O técnico esclareceu que as entrevistas foram feitas tanto com quem é usuário de transporte público quanto quem não é, o que influenciou o resultado. “ Geralmente, quem usa avalia melhor do que quem não usa”, completou.

Recortes populacionais

Em geral, municípios com população abaixo de 100 mil habitantes têm percepção mais positiva que de centros maiores. Nas cidades entre 20 mil e 100 mil habitantes, 36% avaliam o transporte coletivo urbano como muito bom/bom, e nas cidades menores esse índice é de 39%.

Quanto à quantidade de informações divulgadas nos meios de comunicação na própria cidade, apesar da pouca diferença entre os recortes populacionais, a tendência de avaliação, de acordo com Galindo, é negativa. Na escala crescente dos recortes, a avaliação dominante, ruim/muito ruim, é 33, 34 e 37 pontos percentuais.

A maioria da população de municípios abaixo de 20 mil habitantes (52%) não se sente a vontade para usar transporte público. A situação se inverte no recorte médio e volta a ser predominante negativa nos municípios com mais de 100 mil habitantes, onde 36% responderam negativamente, contra 29%. Nessas cidades, 61% da população considera que não consegue ser atendida pelo transporte público quando necessitam.

O acesso ao transporte público foi considerado próximo da casa das pessoas entrevistadas em 75% das vezes, em cidades com população acima de 100 mil habitantes, enquanto nas menores cidades, o índice é de 49. “Isso é explicado pelo fato de a rede ser mais capilarizada em cidades maiores”, disse Ernesto Galindo.
(IPEA)

O horror e a opção preferencial contra os pobres

É o horror. Nada mais precisa ser dito para descrever a operação de despejo de Pinheirinho, em São José dos Campos, e a ação policial contra os usuários de crack no centro da capital, na chamada Cracolândia. Mas existem muitas explicações para a truculência, a desumanidade, a destituição do direito de cidadania aos pobres pelo poder público paulista.

A primeira delas é tão clara que até enrubesce. Nos dois casos, trata-se de espantar o rebotalho urbano de terrenos cobiçados pela especulação imobiliária. O Projeto Nova Luz do prefeito Kassab, que vem a ser a privatização do centro para grandes incorporadoras, vai ser construído sob os escombros da Cracolândia, sem que nenhuma política social tenha sido feita para minorar a miséria ou dar uma opção séria para crianças, adolescentes e adultos que se consomem na droga.

O terreno desocupado com requintes de crueldade em São José dos Campos, de propriedade da massa falida do ex-mega-investidor Naji Nahas, que já era de fato um bairro, vai ser destinado a um grande investimento, certamente. O presente de Natal atrasado para essas populações pobres libera esses territórios antes que terminem os mandatos dos atuais prefeitos, e o mais longe possível do calendário eleitoral. Rapidamente, a prefeitura de São Paulo está derrubando imóveis; a prefeitura de São José não deve demorar para limpar o terrreno de Pinheirinho das casas - inclusive de alvernaria - das quais os moradores foram expulsos.

Até outubro, no mínimo devem ter feito uma limpeza na paisagem, o que atenua nas urnas, pelo menos para a classe média, a ação da polícia. A higienização justifica a truculência policial. A "Cidade Limpa" de Kassab, que começou com a proibição de layouts na cidade, termina com a proibição de exposição da pobreza e da miséria humana.

A segunda é de ordem ideológica. Desde a morte de Mário Covas, que ainda conseguia erguer um muro de contenção para o PSDB paulista não guinar completamente à direita, não existe dentro do partido nenhuma resistência ao conservadorismo. Quando Geraldo Alckmin reassumiu o governo do Estado, em janeiro de 2011, muitas análises foram feitas sobre se ele, por força da briga por espaço político com José Serra dentro do partido, iria trazer o seu governo mais para o centro. A referência tomada foi o comando da Segurança Pública, já que em seu mandato anterior a truculência do então secretário, Saulo de Castro Abreu Filho, virou até denúncia contra o governo de São Paulo junto à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos.

O fato de ter mantido Castro fora da Segurança e se aproximado do governo federal, incorporando alguns programas sociais federais, e uma relação nada íntima com o prefeito da capital, deram a impressão, no primeiro ano de governo, que Alckmin havia sido empurrado para o centro. O que não deixava de ser uma ironia: um político que nunca escondeu seu conservadorismo foi deslocado dessa posição por um adversário interno no partido, José Serra, que, vindo da esquerda, tornou-se a expressão máxima do conservadorismo nacional.

Isso não deixa de ser uma lição para a história. Superado o embate interno pela derrota incondicional de José Serra, que desde a sua derrota vinha perdendo terreno no partido e foi relegado à geladeira, depois da publicação de "Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, Alckmin volta ao leito. O governador é conservador; o PSDB tornou-se orgânicamente conservador, depois de oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) e oito anos de posição neoudenista. A polícia é truculenta - e organicamente truculenta, já que traz o modelo militar da ditadura e foi mais do que estimulada nos últimos governos a manter a lei, a ordem e esconder a miséria debaixo do tapete.

O nome de quem faz a gestão da Segurança Pública não interessa: está mais do que claro que passou pelo governador a ordem das invasões na Cracolândia e em Pinheirinho.

Outra análise que deve ser feita é a da banalização da desumanidade. Conforme a sociedade brasileira foi se polarizando politicamente entre PSDB e PT, a questão dos direitos humanos passou a ser tratada como um assunto partidário. O conservadorismo despiu-se de qualquer prurido de defender a ação policial truculenta, de tomar como justiça um Judiciário que, nos recantos do país, tem reiterado um literal apoio à propriedade privada, um total desprezo ao uso social da propriedade e legitimado a ação da polícia contra populações pobres (com nobres exceções, esclareça-se).

Para os porta-vozes desses setores, a polícia, armada, "reage" com inofensivas balas de borracha à agressão dos moradores que jogam pedras perigosíssimas contra escudos enormes da tropa de choque. No caso de Pinheirinho, a repórter Lúcia Rodrigues, que estava na ocupação, na sexta-feira, foi ela própria alvo de duas balas letais, vindas da pistola de um policial municipal. Ela não foi atingida, mas duvida, pela violência que presenciou, das informações de que tenha saído apenas uma pessoa gravemente ferida daquele cenário de guerra.
(Maria Inês Nassif- Carta Maior)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Eliana Calmon neles!

Os pagamentos milionários a magistrados estaduais de São Paulo se reproduzem no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A folha de subsídios do TJ-RJ mostra que desembargadores e juízes, mesmo aqueles que acabaram de ingressar na carreira, chegam a ganhar mensalmente de R$ 40 mil a R$ 150 mil. A remuneração de R$ 24.117,62 é hipertrofiada por “vantagens eventuais”. Alguns desembargadores receberam, ao longo de apenas um ano, R$ 400 mil cada, somente em penduricalhos.
A folha de pagamentos, que o próprio TJ divulgou em obediência à Resolução 102 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - norma que impõe transparência aos tribunais -, revela que em dezembro de 2010 o mais abastado dos desembargadores recebeu R$ 511.739,23.
Outro magistrado recebeu naquele mês depósitos em sua conta que somaram R$ 462 mil, além do salário. Um terceiro desembargador recebeu R$ 349 mil. No total, 72 desembargadores receberam mais de R$ 100 mil, sendo que 6 tiveram rendimentos superiores a R$ 200 mil.
Os supercontracheques da toga fluminense, ao contrário do que ocorre no Tribunal de Justiça de São Paulo, não são incomuns. Os dados mais recentes publicados pela corte do Rio, referentes a novembro de 2011, mostram que 107 dos 178 desembargadores receberam valores que superam com folga a casa dos R$ 50 mil. Desses, quatro ganharam mais de R$ 100 mil cada - um recebeu R$ 152.972,29.
Em setembro de 2011, 120 desembargadores receberam mais de R$ 40 mil e 23 foram contemplados com mais de R$ 50 mil. Um deles ganhou R$ 642.962,66; outro recebeu R$ 81.796,65. Há ainda dezenas de contracheques superiores a R$ 80 mil e casos em que os valores superam R$ 100 mil.
Em maio de 2010, a remuneração bruta de 112 desembargadores superou os R$ 100 mil. Nove receberam mais de R$ 150 mil.
A folha de pagamentos do tribunal indica que, além do salário, magistrados têm direito a inúmeros benefícios, como auxílio-creche, auxílio-saúde, auxílio-locomoção, ajuda de custo ajuda de custo para transporte e mudança, auxílio-refeição, auxílio-alimentação.
Os magistrados do Rio desfrutam de lista extensa de vantagens eventuais - tais como gratificação hora-aula, adicional de insalubridade, adicional noturno, gratificação de substituto, terço constitucional de férias, gratificação de Justiça itinerante, correção abono variável, abono de permanência, parcela autônoma de equivalência, indenização de férias.
(Agência Estado)

2º Turno

Sem qualquer recurso a jogo de palavras, esse segundo turno das eleições petistas será uma nova eleição na medida em que quase 60% dos que estavam aptos a votar não compareceram. Assim, a votação do deputado Bordalo e dos demais candidatos podem ter pouca influência no resultado final por significarem um percentual pouco relevante ante os cinco mil que se abstiveram de comparecer no primeiro turno.
Aparentemente, ninguém parece levar vantagem na busca pelo voto desses ausentes. Se Alfredo foi muito bem no maior distrito da cidade, o Dágua, teve desempenho fraco em Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro que, apesar de menos densos eleitoralmente, acabam pesando bastante no resultado final se apresentarem uma diferença muito grande. Não se pode, igualmente, ignorar as articulações de bastidores e a tradição que tem o campo majoritário de se unir quando a disputa é acirrada e aí evidentemente a balança pende mais para lado de Alfredo.
No entanto, é inegável também que Puty soube tocar nos brios do petismo magoado com as posturas do candidato do PSOL e do PMDB, ambos de olho no espólio petista, e isso não é pouca coisa e o grande número de presentes nos debates distritais atestou. Enfim, uma bela disputa que nos faz voltar no tempo e reviver episódios que ajudaram a fazer do PT o maior partido do país.

A semelhança

Mesmo que a Futrica Barbálhica(Diário do Pará) silencie a respeito,tão deplorável quanto a situação de certas áreas de Belém, que vão impreterivelmente ao fundo com qualquer chuva um pouco mais grossa, é a de Ananindeua naquele trecho que vai do km zero da BR até o Viaduto do Coqueiro. Não que seja só aquele, longe disso. Há muitíssimos outros, no entanto, aquele chama a atenção por encontrar-se nas imediações da entrada da capital do Estado e é um cristalino atestado de incompetência da PMA, pois ali os bueiros têm diâmetros que dão a impressão de garantir a vazão das águas, basta que sejam limpos com frequência.
Entrar no Makro, no Líder, na Belém Importados, na Massafra, na Caixa Econômica, BASA é impossível, desde que não seja de carro; assim como é impossível pegar ônibus nas paradas que existem ao longo desse trecho, tanto que a que fica embaixo da passarela de frente do conjunto Denise Melo foi deslocada para a calçada do Líder, esta um pouco mais alta do que a submersa onde fica a dita parada.
Enfim, não é o jornalismo de conveniências político/familiares que vai tapar o sol com a peneira, quando podia ao menos chamar a atenção para a situação sem qualquer conotação política nesse registro. A população agradeceria e o prefeito teria a oportunidade de prestar um grande serviço. Só isso.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A lógica do dinheiro grosso contra o povo miúdo

Qual o sentido em se despejar violentamente cerca de 1.660 famílias pobres, que já estão construindo suas casas, que mal ou bem abrigam-se sob um teto e erguem uma comunidade, para depois cadastrá-las nas intermináveis filas dos programas de habitação social que para atendê-las terão que adquirir ou desapropriar glebas, viabilizar projetos, contratar obras até, finalmente, um dia –- se é que essa dia chegará -– devolver um chão e alguma esperança de cidadania a essa gente?

Mas, sobretudo, qual o sentido dessa enorme volta em falso quando o único beneficiário da ação policial violenta contra a ocupação de ‘Pinheirinho’, em São José dos Campos (SP), chama-se Naji Nahas?

Dono do terreno, com dívidas de R$ 15 milhões junto à prefeitura local, Nahas é um especulador notório, preso em julho de 2008 pela Polícia Federal, na operação Satiagraha, junto do não menos notório banqueiro Daniel Dantas, ambos acusados de desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro.

Qual o sentido do ‘desencontro’ entre o manifesto desejo de um acordo favorável aos moradores de ‘Pinheirinho’, expresso pelo governo federal, e a engrenagem política-judicial repressiva e desastrada do governo paulista? Qual o sentido? O sentido é justamente esse, apenas esse: a supremacia do dinheiro grosso contra o povo miúdo.




Pinheirinho, e o uso precipitado da força pública

Numa ação de reintegração de posse de área grande e com muitos ocupantes, a regra orientadora básica do juiz do processo é a Justiça, e buscar à exaustão as conciliações em audiências. Em outras palavras, promover negociações voltadas à desocupação e, para tanto, envolver governos (municipal, estadual e federal) para encontrar soluções alternativas. Afinal, créditos tributários são habilitados para pagamento pela massa falida.

A reintegração coercitiva, com oficiais de Justiça e força policial, só deve ocorrer excepcionalmente e não era o caso da executada no domingo em imóvel pertencente à massa falida da empresa Selecta. Uma empresa que pertenceu ao megaespeculador Naji Nahas.

A falência foi declarada em 2004 e se arrecadou, como bem da massa, uma área de 1,3 milhão de metros quadrados, situada em São José dos Campos, em lugar conhecido por Pinheirinho.

Na reintegração, não estava em jogo apenas o interesse dos cerca de 6 mil ocupantes da área do Pinheirinho. Como todos sabem, os valores arrecadados com a massa falida pagam os créditos de trabalhadores tungados pelos gestores da Selecta. Mais ainda, existem créditos fiscais, previdenciários e até dos credores quirografários. Os pagamentos obedecem a uma ordem legal e, muitas vezes, os quirografários ficam a ver navios.

Desapropriar a área para solucionar o problema dos ocupantes e não deixar os credores desamparados poderia ter sido uma das soluções. Lógico, passada pelo crivo do Ministério Público por meio da curadoria de massas falidas e Judiciário. No caso da falência da Salecta, e como informado pelos jornais, havia um protocolo de intenções em curso no Ministério da Cidade para solucionar o problema dos ocupantes da área.

Sempre conforme o informado pela mídia, existia ainda um acordo para adiar a reintegratória. Esse acordo teria sido celebrado entre o representante da massa falida e uma comissão de moradores. Fora isso, no âmbito Judiciário, havia um conflito de competência entre Justiça estadual e a federal. Por incrível que possa parecer, o conflito foi resolvido, em sede do Superior Tribunal de Justiça, no domingo, quando a Polícia Militar, com bombas e balas de borracha, já havia praticamente promovido a desocupação.

O conflito poderia ter sido usado pela Justiça paulista como bom motivo para adiar a reintegração coercitiva e buscar novas tentativas conciliatórias. Pelo que se sabe, o governo federal tinha um representante na área. E esse representante chegou a ser atingido por projéteis de borracha disparados pela Polícia Militar.

Em síntese, existiam bons motivos para adiar o emprego da força policial. Uma solução determinada pela Justiça, que requisitou a força policial. Portanto, não cabia à Polícia Militar deixar de cumprir a determinação judicial.

Ao governo federal, por meio do Ministério das Cidades, faltou agilidade para fazer valer o protocolo celebrado.

Por outro lado, diante do problema social, o governo do Estado, pela Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania, deveria ter buscado uma solução amigável. Não falta ao governo estadual experiência, basta lembrar a região do Pontal do Paranapanema, em encontrar soluções em conflitos possessórios.

Não há dúvida que a questão judicial é antiga, pois a falência foi decretada em 2004. Mas o imóvel teve grande valorização e a lentidão da Justiça em solucionar conflitos é bem conhecida. No caso do Pinheirinho, nem todas as “portas” conciliatórias estavam fechadas. Lamentavelmente, a Justiça optou pelo uso da força.

Pano rápido. Por telefone, tentei buscar informação sobre se a falência da Selecta foi fraudulenta e se existe algum processo por crime falimentar contra o megaespeculador Naji Nahas ou algum dos gestores. Isso tudo para no Brasil, onde crimes falimentares costumam prescrever.
(Wálter Fanganiello Maierovitch- Carta Maior)

Governo cria secretaria para consolidar diálogo com funcionalismo público

Brasília – Com o intuito de consolidar o relacionamento e o diálogo com o funcionalismo público, o governo federal criou a secretaria de Relações de Trabalho no Serviço Público (SRT). A repartição substitui a atual Secretaria de Recursos Humanos. Com a mudança, a nova unidade vai ser responsável por negociar reajustes salariais, condições de trabalho e reestruturação das carreiras.

Para atender a nova estrutura, também foi criada a Secretaria de Gestão Pública (Segep) que substitui a Secretaria de Gestão (Seges), que foi extinta. A divisão vai administrar o direcionamento da força de trabalho, a reestruturação organizacional, a capacitação de pessoal, os concursos públicos e a folha de pagamento. Ambas fazem parte do Ministério do Planejamento. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União de hoje (23).

Segundo o secretário-executivo adjunto do Ministério do Planejamento, Valter Correia, as novas secretarias foram reestruturadas para agilizar a conclusão dos processos. “Com isso vamos otimizar, racionalizar e dar maior celeridade às decisões e aos encaminhamentos administrativos. Agora conseguimos ter visão completa do processo. Antes os processos eram segmentados”, disse em entrevista exclusiva à Agência Brasil.

O novo modelo tem funcionado de forma “informal” há quatro meses. “Começamos de forma informal para fazer os ajustes necessários. Não é só juntar as caixinhas, não juntamos uma secretaria com a outra. Repensamos todo o processo. Redefinimos toda a estrutura e a forma de trabalhar. Juntamos o processo inteiro dentro de um departamento novo”, explicou.

Correia ainda destacou que as alterações vão suprir uma necessidade antiga de responsabilidades processuais. “A gente vai conseguir resolver um problema histórico na Esplanada [dos Ministérios] para saber quem cuida de que área. Sempre houve essa confusão de competência entre essas duas áreas”, comentou.

A SRT foi idealizada pelo secretário de Recursos Humanos, Duvanier Paiva, que faleceu no último dia 19, vítima de infarto. O substituto ainda não foi escolhido pela ministra da pasta, Miriam Belchior. Em entrevista à Agência Brasil, Paiva comentou que a mudança era uma necessidade antiga para atender à redemocratização nas relações de trabalho. A nova estrutura objetiva intermediar os debates com as centrais sindicais para evitar que o conflito chegue no limite da greve.
(Agência Brasil)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Qualquer semelhança não é mera coincidência

Incrível a semelhança e, para incautos, mera coincidência entre postagens de um certo blog, de responsabilidade de uma professora que busca a leveza política exorcizando fantasmas do passado, pero no mucho, e algumas das publicadas pelo Repórter Futrica(Diário) da Futrica barbálhica(Diário do Pará).
Hoje mesmo, a futriquenta coluna que quer ver o diabo mas não o psolista Edmílson, autor de um requerimento para que seja instalada CPI nna Alepa para, entre outras coisas, apurar assaltos "juvenis", registra a preocupação do ex-prefeito com a agressividade que pode tomar conta dos petistas contra ele.
Há menos de uma semana, o referido blog tinha publicado nota parecidíssima manifestando a mesma preocupação com a incolumidade de Ed das imprecações verbais de petistas durante a campanha. Na verdade, apenas barbalhismo travestido de avaliação políica paraguaia, pois todos sabemos que o candidato a ser esculachado pela Futrica(Diário) é o deputado Puty, não por coincidência aquele que esculhamba com o PMDB. Como são altivos a professora e os escrevinhadores barbálhicos. Credo!

A serviço da treva

Houve nos últimos tempos progressos em termos de inclusão social de sorte a sugerir aos sedentos por frases feitas o surgimento de uma “nova classe média”. Não ouso aconselhar-me com meus carentes botões a respeito da validade dos critérios pelos quais alguém saído da pobreza se torna pequeno burguês. Tanto eles quanto eu sabemos que para atingir certos níveis no Brasil de hoje basta alcançar uma renda familiar de cerca de 3 mil reais, ou possuir celular e microcomputador.

Tampouco pergunto aos botões o que há de “médio” neste gênero de situações econômicas entre quem ganha salário mínimo, e até menos, e, digamos, os donos de apartamentos de mil metros quadrados de construção, e mais ainda. Poupo-os e poupo-me. Que venha a inclusão, e que se aprofunde, mas est modus in rebus. Se, de um lado, o desequilíbrio social ainda é espantoso, do outro cabe discutir o que significa exatamente figurar nesta ou naquela classe. Quer dizer, que implicações acarreta, ou deveria acarretar.

Aí está uma das peculiaridades do País, a par do egoísmo feroz da chamada elite, da ausência de um verdadeiro Estado de Bem-Estar Social etc. etc. Insisto em um tema recorrente neste espaço, o fato de que os efeitos da revolução burguesa de 1789 não transpuseram a barreira dos Pireneus e não chegaram até nós. E não chegou à percepção de consequências de outros momentos históricos também importantes. Por exemplo. Alastrou-se a crença no irremediável fracasso do dito socialismo real. Ocorre, porém, que a presença do império soviético condicionou o mundo décadas a fio, fortaleceu a esquerda ocidental e gerou mudanças profundas e benéficas, sublinho benéficas, em matéria de inclusão social. No período, muitos anéis desprenderam-se de inúmeros dedos graúdos.

A ampliação da nossa “classe média”, ou seja, a razoável multiplicação dos consumidores, é benfazeja do ponto de vista estritamente econômico, mas cultural não é, pelo menos por enquanto, ao contrário do que se deu nos países europeus e nos Estados Unidos depois da Revolução Francesa. De vários ângulos, ainda estacionamos na Idade Média e não nos faltam os castelões e os servos da gleba, e quem se julga cidadão acredita nos editoriais dos jornalões, nas invenções de Veja, no noticiário do Jornal Nacional. Ah, sim, muitos assistem ao Big Brother.

Estes não sabem da sua própria terra e dos seus patrícios, neste país de uma classe média que não está no meio e passivamente digere versões e encenações midiáticas. Desde as colunas sociais há mais de um século extintas pela imprensa do mundo contemporâneo até programas como Mulheres Ricas, da TV Bandeirantes. Ali as damas protagonistas substituíram a Coca e o Guaraná pelo champanhe Cristal. Quanto ao Big Brother, é de fonte excelente a informação de que a produção queria um “negro bem-sucedido”, crítico das cotas previstas pelas políticas de ação afirmativa contra o racismo. Submetido no ar a uma veloz sabatina no dia da estreia, Daniel Echaniz, o negro desejado, declarou-se contrário às cotas e ganhou as palmas febris dos parceiros brancos e do âncora Pedro Bial.

A Globo, em todas as suas manifestações, condena as cotas e não hesita em estender sua oposição às telenovelas e até ao Big Brother. E não é que este Daniel, talvez negro da alma branca, é expulso do programa do nosso inefável Bial? Por não ter cumprido algum procedimento-padrão, como a emissora comunica, de fato acusado de estuprar supostamente uma colega de aventura global, como a concorrência divulga. Há quem se preocupe com a legislação que no Brasil contempla o específico tema do estupro. Convém, contudo, atentar também para outro aspecto.

A questão das cotas é coisa séria, e quem gostaria de saber mais a respeito, inteire-se com proveito dos trabalhos da GEMAA, coordenados pelo professor João Feres Jr., da Universidade do Estado do Rio de Janeiro: o site deste Grupo de Estudos oferece conteúdo sobre políticas de ação afirmativa contra o racismo. Seria lamentável se Daniel tivesse cometido o crime hediondo. Ainda assim, o programa é altamente representativo do nível cultural da velha e da nova classe média, e nem se fale dos nababos. Já a organização do nosso colega Roberto Marinho e seu Grande Irmão não são menos representativos de uma mídia a serviço da treva.
-Mino Carta(Carta Capital)