Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Obras da Integração do Rio São Francisco estão em plena atividade em todos os trechos









Empreendimento conta com mais de 8.700 trabalhadores e cerca de 2.500 máquinas em campo

As obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em municípios pernambucanos, foram vistoriadas pelo ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, nesta quinta-feira (30).

A visita começou por Sertânia, no início desta manhã, onde Francisco Teixeira acompanhou os trabalhos da Meta 3 Leste, o antigo lote 12. O roteiro também incluiu a Estação de Bombeamento 1 - EBI 1, em Floresta. No período da tarde, o ministro visitou as Estações Elevatórias do Eixo Norte do empreendimento, que ficam em Cabrobó.

"Todo o nosso esforço é para concluir a obra em 2015. Hoje temos 100% das frentes de serviços remobilizadas, com mais de 8.700 trabalhadores e cerca de 2.500 máquinas em campo. Agora é aumentar o ritmo de trabalho para acelerar cada vez mais o cronograma", afirmou Teixeira.

Com 52,2% de execução, as obras do Projeto São Francisco se estendem por dois canais ao longo de 477 quilômetros nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O empreendimento também envolve a construção de 13 aquedutos, nove estações de bombeamento, 27 reservatórios e quatro túneis para transporte de água.

As três estações elevatórias do Eixo Norte, que são responsáveis por bombear a água do Rio São Francisco até Pernambuco, Ceará e Paraíba, estão funcionando 24 horas por dia. As atividades no maior túnel da América Latina para transporte de água, o Cuncas 1, também ocorrem em três turnos de serviço.

Francisco Teixeira também destacou que o Projeto de Integração do Rio São Francisco atenderá 390 cidades do semiárido. "Essa obra significa água para mais de 12 milhões de pessoas em quatro estados. Quando concluída, será a principal fonte de água de adutoras em nível estadual, como a Adutora do Agreste (PE), as Vertentes Litorâneas (PB) e o Cinturão das Águas (CE)", acrescentou.

A previsão é que 100 quilômetros de obras do Eixo Leste e 100 quilômetros do Eixo Norte sejam entregues neste ano e que todo o empreendimento seja concluído em 2015. A obra representa a garantia de segurança hídrica em uma região onde os ciclos com escassez de chuva são periódicos.

Nesta sexta-feira (31), as visitas técnicas continuam pelos municípios de Jati e Mauriti, no Ceará, com a presença do governador Cid Gomes.

(Os Amigos do Presidente Lula)

O ataque da Globo aos “blogs sujos” e as chances de um mundo novo

É o tipo de matéria para ler com um brilho malicioso nos olhos. Quer dizer que a toda poderosa Globo está mesmo preocupada com os “blogs sujos”? Aliás, que sintomático a Globo usar a mesma expressão usada por José Serra, em 2010, para se referir aos blogs políticos que lhe davam combate.

A pretexto de escrever sobre a demissão de Helena Chagas, atual chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e sobre uma possível mudança de rumo na política de comunicação da presidência da república, a Globo mostra todo seu pavor de perder a “boquinha” que, há décadas, mantém junto à Viúva.

Em matéria estampada na capa do site, a Globo dispara alguns comentários sobre os “blogs sujos” que, evidentemente, foram sopesados a dedo para nos prejudicar. Mas acabam nos dando mais cartaz do que talvez merecemos. Por isso o brilho malicioso nos olhos.

Trecho em questão:

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Em uma das reuniões do presidente do PT, Rui Falcão, com a bancada e integrantes do Diretório Nacional, para discutir saídas para a crise depois das manifestações de junho, houve um debate sobre pontos fracos na equipe ministerial, com críticas à comunicação do governo e da presidente. A reclamação era em relação à pequena margem de financiamento dos chamados “blogs sujos”, que fazem o enfrentamento com a mídia tradicional e atacam a oposição.
— A comunicação do governo é uma porcaria! O governo não tem a estratégia de comunicação nas redes sociais. O Lula mantinha uma canalização de recursos para alguns blogs, mas a Dilma cortou tudo — reclamou naquela reunião o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PR), segundo petistas presentes.
Na época, Vargas desmentiu as críticas, mas nesta quinta-feira, diante da notícia da saída de Helena Chagas, disse ao GLOBO:
— Não gosto dela. A Helena foi pro pau! Beleza.


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Eu gostaria muito que algum órgão de pesquisa, público ou privado, fizesse uma investigação sobre todas as verbas que a Globo recebeu do Estado desde a sua fundação, em 1925. Receio que chegaríamos a uma cifra próxima ao PIB do Brasil em 2013.

Tive o privilégio de ler a História da Imprensa Brasileira, de Nelson Werneck Sodré, onde o historiador fala sobre as campanhas da imprensa contra Getúlio Vargas. O “mar de lama”, expressão que a mídia hoje substituiu por “mensalão”, eram os financiamentos que o Banco do Brasil teria concedido a Samuel Wainer, para ele fundar a Última Hora.

Sodré levanta exatamente a quantia emprestada à Wainer. E revela a indescritível hipocrisia dos jornais: todos haviam, obtido, em seu nascimento, polpudos empréstimos do mesmo Banco do Brasil. Maiores, inclusive, do que os dados à Última Hora. Mas não de Vargas e sim de governos anteriores. Por isso o apego da nossa imprensa à “República Velha”.

Mais tarde, alguns jornais brasileiros passariam a contar com uma outra segura fonte de renda. Os EUA passam a injetar dinheiro, ilimitadamente, na mídia brasileira.

O tempo passa, a ditadura termina, vem a redemocratização, e os mesmos grupos de mídia continuam drenando para si quase toda a verba publicitária federal.

Lula e Dilma deram 6 bilhões de reais à Globo. É estatística. De 2000 a 2012, a Globo recebeu 54,7% de toda a verba federal no período. É evidente que se trata de uma caso absurdo de concentração, estimulada pelo Estado.

A Constituição Brasileira tem cinco fundamentos e um deles é o “pluralismo político”; não creio que este fundamento esteja sendo rigorosamente cumprido pelo Estado, quando se trata de propaganda federal.



Além de receber tal quantidade de verbas, a Globo agora também resolveu intimidar os blogs. O seu diretor de jornalismo, Ali Kamel, vem processando vários blogueiros, inclusive eu, pedindo indenização financeira. Meu julgamento em primeira instância acontece no dia 11 de fevereiro. Ali Kamel quer me arrancar 41 mil reais, ou seja, quase a minha renda de um ano.

A Globo recebe dinheiro do Estado e o usa para pagar advogados que tentam sufocar financeiramente os “blogs sujos”.

Essa é a situação que a Globo quer manter por tempo indeterminado.

O curioso é a decisão da Globo em centrar fogo nos blogs. A Secom de Dilma cortou verba, sim, mas não para os blogs, que nunca a tiveram (com exceção de Reinaldo Azevedo e Noblat, sempre ricos em propaganda estatal), mas para toda a mídia alternativa: jornais médios ou pequenos, sites de notícia, revistas, agências. A Secom até passou a distribuir verba a alguns sites e blogs, mas em geral espaços neutros, tipo “Bolsa de Mulher”. Ou pior, aplicando os recursos no Adsense, do Google, o que apenas ajuda os EUA a ficarem ainda mais poderosos.

Não vou cair, na armadilha da Globo de criminalizar Helena Chagas. Mantive o bom combate contra o que ela representava, fazendo críticas duras, mas sempre de maneira democrática e elegante. Muito esperta a estratégia da Globo, de transformar Helena Chagas em heroína mal compreendida, atacada por vilões truculentos do PT, possivelmente para incentivá-la a assumir posições políticas de oposição. Aposto que a estratégia será repetida em toda grande imprensa.

Entretanto, Helena Chagas fazia o que fazia por orientação de Dilma Rousseff. Minhas críticas, portanto, tinham como endereço a própria presidente da república e seu entorno. Se não deixei isso claro antes, faço-o agora.

Pela mesma razão, cumprimento agora Dilma pela decisão de substituir Helena Chagas. Antes tarde do que nunca.

Quanto aos recursos da Secom, espero que assuma uma posição mais generosa em relação à imprensa alternativa.

Que tenha um olhar mais humano e mais democrático em relação à fauna midiática nacional.

Que libere recursos para os jornais e sites de movimentos sociais, sindicatos e cooperativas, inclusive daqueles que lhe fazem oposição.

Que estimule o surgimento de blogs de pesquisa universitária, educação e cultura.

Uma iniciativa ousada e moderna, por exemplo, seria o governo incentivar, via editais monitorados por escritores e acadêmicos, a criação de centenas de blogs de ficção literária. De crítica de cinema. De crítica de artes plásticas!

A Secom poderia incentivar o surgimento de blogs escritos por médicos, psiquiatras e dentistas, devidamente monitorados por algum conselho do setor, para ajudar os internautas a conhecer suas doenças e respectivos tratamentos. Blogs voltados para estimular o empreendedorismo, ou discutir mobilidade urbana e economia sustentável!

E que faça anúncios, por que não?, em blogs políticos de esquerda!

A nova Secom pode ajudar o Brasil, enfim, a incrementar sua produtividade intelectual e aprimorar seu desenvolvimento na área de tecnologia das informações.

Enquanto a Globo se preocupa se os “blogs sujos” vão receber alguns trocados, a sociedade brasileira está preocupada se haverá ou não um dia uma oferta mais rica e mais plural de informações. Quer acesso a conhecimentos, dados e opiniões diferentes daqueles propagados diariamente na grande mídia.

Sei o quanto essas ideias parecem utópicas, ingênuas. Mas sonhar não custa nada.

De qualquer forma, desejo bom trabalho a Thomas Traumann, novo ministro da Secom; que não esqueça a lição de T.S.Eliot: “Aqueles que confiam em nós, nos educam."

(Miguel do Rosário)

SORRY, TUCANALHA. BOLSA FAMÍLIA É PRODUTO DE EXPORTAÇÃO MADE IN BRAZIL

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Governo brasileiro e Banco Mundial se unem para transferir a experiência do programa, que tirou milhões da pobreza e acaba de completar dez anos, a países em desenvolvimento que "usam o exemplo do Brasil como inspiração", como define a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello; ela foi a Washington nesta quinta-feira 30 a convite do organismo internacional, a fim de explorar a parceria; possível ação será criar uma plataforma tecnológica para compartilhar informações e resultados do "programa mais estudado do mundo"; estudo aponta que cada dólar investido pelo Estado gera 1,78 dólar de retorno

247 – O programa de transferência de renda que virou referência do governo brasileiro, Bolsa Família, acaba de virar produto de exportação. Isso porque, a convite do Banco Mundial, que quer firmar uma parceria com o Brasil, a iniciativa implementada no governo Lula que tirou milhões de brasileiros da pobreza deverá ser transferida para países em desenvolvimento interessados em investir nos mais pobres.

De acordo com a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social, os parceiros são países que já "usam o exemplo do Brasil como inspiração". Uma das ações sugeridas é criar uma plataforma tecnológica para transferir informações e resultados do Bolsa Família, definido pela ministra como "o programa mais estudado do mundo".

Nesta quinta-feira 30, Tereza Campello viajou a Washington para se reunir com altos funcionários do organismo internacional a fim de explorar a parceria com o Brasil. O objetivo principal da união é assessorar países interessados em impulsionar "mecanismos" de ajuda a famílias menos favorecidas.

Nesta sexta-feira 31, aproveitando sua passagem pela capital dos Estados Unidos, a participação da ministra em um seminário organizado pela ONG Center for American Progress, próxima da Casa Branca, reafirma a importância do programa e o interesse que ele desperta no exterior.

Um estudo do Ipea divulgado em outubro em decorrência dos dez anos do programa revelou o impacto econômico da iniciativa no País. O levantamento aponta que se o Bolsa Família fosse extinto, a pobreza passaria de 3,6% para 4,9%. "É um impacto de 28% e o efeito aumenta ao longo do tempo", disse na ocasião Marcelo Neri, presidente do Instituto.

Ainda segundo a pesquisa, "cada real gasto com o Bolsa Família impacta a desigualdade 370% mais que a previdência social" e faz a economia girar 240%. O presidente do Ipea afirmou que, comparado com outras despesas, o programa consome poucos recursos (0,5% do PIB). "Os EUA gastam 2% do PIB com programas sociais, e os países europeus ainda mais", lembrou.

Nessa semana, a ministra Tereza Campello também lembrou, agora que o produto é tipo exportação Made in Brazil, que cada dólar investido pelo Estado gera retorno de 1,78 dólar.

Abaixo, texto e vídeo sobre a parceria publicados no Blog do Planalto:

Banco Mundial: Bolsa Família aponta soluções para o mundo

O Banco Mundial considera o programa Bolsa Família uma experiência importante que contém lições a outros países sobre políticas de redução da desigualdade social. "Montar um sistema de proteção social não é apenas algo que pode ser feito, mas que deve ser feito e que é possível", disse o diretor de Proteção Social do Banco Mundial, Arup Banerji, durante o painel Bolsa Família, uma década de inclusão social no Brasil, nesta quinta-feira (30), em Washington, nos Estados Unidos.

"O programa mostra que é possível estabelecer metas ambiciosas, colocando o foco das ações nas famílias", elogiou Banerji. "Além disso, aponta que se pode buscar e produzir evidências científicas para implementar e aprimorar o programa". Ele e outros diretores do Banco Mundial estiveram reunidos com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Com a política de transferência de renda, 36 milhões de brasileiros se mantêm fora da linha de pobreza do ponto de vista de renda.

Tereza Campello apresentou à diretoria do Banco Mundial os resultados da experiência brasileira. "O Bolsa Família é hoje o carro-chefe do governo brasileiro na área social", comentou. "O programa foi um dos vetores estratégicos das mudanças alcançadas pelo Brasil nos últimos anos, embora não tenha sido o único".

Para o vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina, Hasan Tuluy, a retirada de 36 milhões de pessoas da extrema pobreza é uma conquista memorável e exemplo para outros países. "Não apenas apoiamos a execução do programa no país desde 2004, como também aprendemos muito", disse. "Temos tido a chance de falar sobre o Bolsa Família a outros países, para que se inspirem na experiência brasileira antes de implementar programas sociais."

Diretora do Banco Mundial, Sri Mulyani, enfatizou que o primeiro passo na implantação de um programa como o Bolsa Família em outros países é estabelecer o público-alvo, identificar e registrar as famílias em situação de miséria, o que constitui um desafio principalmente para as nações mais pobres. "O Brasil, com o tamanho e a complexidade que tem, nos provou que é possível administrar um programa como este e nos deu lições sobre oferta de serviços e redução da pobreza focada nos segmentos mais jovens da população", analisa. "Mas não se pode subestimar o desafio que o país ainda irá enfrentar para conseguir chegar àqueles que ainda não foram alcançados pelas ações."

Simão Lorota e o calendário chinês

Pelo visto, Simão Lorota queria apenas ver a greve dos professores encerrada quando prometeu pagar o retroativo devido do Piso Salarial, tanto que não colocou um centavo do que havia empenhado como palavra de governador na frente de um juiz de Direito e do Ministério Público. Agora, sem Simão, sobrou pra a secretária Alice Viana declarar que vai pagar o que deve e honrar a palavra empenhada em fevereiro.
No entanto, independente da estranhamente comedida postura da direção do sindicato da categoria, há vários movimentos sendo feitos, como ocorreu anteontem em frente a SEAD e ontem em frente ao deserto Palácio dos Despachos, se a palavra oficial for novamente levada pelo vento e os professores ludibriados novamente é provável que tenhamos uma greve inédita: paralisação referente ao ano letivo de 2013, que na prática ainda não encerrou.
Desse jeito, fica cada vez mais distante o início do ano letivo nas escolas estaduais, justamente porque o governador ausente dá todos os motivos para que os professores não encerrem o exercício letivo de 2013. Por acaso, ontem foi comemorado o ano novo chinês e a titular da SEAD fez questão de prometer o pagamento do retroativo devido, pagar os mais de 8% de correção no valor desse piso e tudo mais que é devido. Resta esperar que essas promessas acompanhem o andamento normal do calendário chinês, caso contrário corremos o risco de ver o ensino público administrado pelo estado entrar em colapso total. Credo!

Aécio teria grandes chances de se eleger...Em Santa Maria do Pará

Lá, o Tribunal Regional Eleitoral indeferiu o registro da candidatura oposicionista de Diana Melo(PR), pela "Coligação O Trabalho Continua" (PR / PSB / DEM / PMN), às eleições suplementares do próximo domingo(02/02), deixando o caminho livre para o candidato da "Coligação Majoritária Democracia e Verdade" (PSDB / PP / PV / PDT / PSD), Jorge Luiz da Silva Alexandre(PSDB), o "Dr. Reca", disputar sozinho.
Diante de tantas representações graciosas dos tucanos tentando tornar a presidenta Dilma inelegível, seja pela cor do traje que eventualmente usa seja pelo que anuncia como medida governamental certo é que o trôpego presidencialista tucano deveria vir beber no senso de justiça do TRE paraense a fim de levar ao Joaquinzão Malvadeza para ver se este dava um jeito de fazer do aliado um candidato competitivo. Credo!

Oposição: procura-se

Arquivo










Se depender da oposição o País não vai andar. A infantilidade de seus protestos explica o agônico socorro que está pedindo à descabelada desordem urbana. De seu próprio ventre, nada. Criticar a autoridade fiscal, por exemplo, por ter usado tributos e dotações dos leilões para fechar as contas equivale a desancar o quitandeiro porque equilibra o livro-caixa recebendo o que lhe devem. É curial que o governo troca tributação por serviços, administração e projetos. Lá uma vez ou outra parte dos impostos se transforma em subsídios diretos e indiretos ao consumo e às despesas dos grupos vulneráveis. Chama-se redistribuição de renda e vem ocorrendo há pouco mais de dez anos no Brasil. É isso que provoca espuma na garganta oposicionista e a faz perder o senso de ridículo.

Nenhuma oposição que se preze tenta condenar um governo por fazer uma parada técnica voltando de longa viagem. Aliás, nem mesmo se fosse para simples recuperação física, independente de considerações meteorológicas ou de segurança de vôo. Pois este foi um dos brados de guerra, sem eco, da semana oposicionista.

Desdobrar desembolsos no tempo é uma espécie de versão macroeconômica da compra a crédito, o uso calculado da renda e do gasto futuros. A dívida das pessoas deve ser compatível com a proporção comprometida da renda esperada face ao dispêndio incompressível que virá a ter. Trata-se de uma questão de ser ou não leviano em relação à própria economia. E é preciso muita leviandade para que eventuais desmandos, ou desvairada presunção, conduzam à falência. Desde a redemocratização de 1945 foram necessárias décadas dos mais variados governos, inclusive ditatoriais, até que os livrescos sábios do PSDB conseguissem a proeza de quebrar a economia brasileira três vezes em não mais do que oito anos.

Quando as mesmas vozes do passado esgoelam-se em advertências sobre a dívida pública, bruta ou como proporção do produto interno, com que diabos de autoridade pensam estar falando? Não possuem nenhuma imaginação ou criatividade e o bolor das receitas sugeridas tem um só resultado, se aviadas: desemprego. Existe uma crônica morbidez no pensamento conservador que o faz recuar diante da saúde e saudar os sintomas patológicos de vida social. Talvez por isso aplauda a proliferação dos micróbios (pequenos grupos de desordeiros, em geral), sem se dar conta de que estes são a hiperbólica evidência do fracasso oposicionista, ele mesmo.

Mas a pantomima máxima revela-se na busca de recordes. Os furos pelos quais compete a grande imprensa foram transferidos das páginas de esportes e da previsão do tempo para as manchetes, mas com significados distintos.

Excepcionais desempenhos em natação, maratona e salto a distância refletem o aprimoramento físico da espécie, o apuro no treino e a perseverança nos treinos. Já os indicadores de temperatura nos explicam o bem estar ou seu contrário em condições de exacerbado calor ou frio. Por isso comparam números de hoje com os de ontem ou de há dez anos conforme o caso. Mas as manchetes das primeiras páginas são pândegas. Títulos chamativos advertem que aumentou a ameaça inflacionária enquanto o texto explica que houve uma variação para mais no quarto dígito depois da vírgula, algo que não acontecia há dezoito, vinte e três ou não sei lá quantas semanas. Ou seja, o furo jornalístico não quer dizer absolutamente nada.

Pelo andar da carruagem é de se esperar escândalos informando que o desemprego na tarde de quarta feira passada foi o maior já registrado em tardes de quartas-feiras de anos bissextos. Ao anunciá-los os apresentadores de noticiários televisivos farão cara de fralda de bebê, suja.

Enquanto o País muda a pele, subverte rotinas, enfrenta e experimenta uma realidade inédita – a liquidação da miséria extrema – e veloz reestruturação de seus contingentes sociais, o reduto oposicionista balbucia indignações esfarrapadas. E a crítica competente é fundamental para o desempenho de qualquer governo. Quanto a isso, estamos à míngua. A oposição brasileira é rústica como oposição, não está preparada para governar.
(Wanderley Guilherme dos Santos/Carta Maior)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Educação e ajuda para Nordeste elevaram gastos de custeio em 2013, diz Tesouro

Os gastos com educação e as ajudas para os municípios afetados pela seca no Nordeste foram os principais fatores que elevaram os gastos de custeio (manutenção da máquina pública) em 2013, disse hoje (30) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Ele também citou as compensações para cobrir a desoneração da folha como uma das causas para a aceleração.

Tipo de despesa que mais subiu em 2013, o custeio aumentou 20,2%, contra 16,2% registrados em 2012. A expansão foi superior ao crescimento de 8,9% das despesas com o funcionalismo público federal. Os investimentos, no entanto, desaceleraram no ano passado, subindo 6,4% em 2013, menos da metade da expansão de 13% registrada em 2012.

Para o secretário do Tesouro, a elevação das despesas de custeio não está relacionada ao inchaço da máquina pública, mas a ações que contribuem para o crescimento da economia no médio e no longo prazo. “Os gastos em educação, embora apareçam como custeio, são importantes para elevar a produtividade do país e têm impacto econômico considerável”, disse.

De acordo com o secretário, o governo federal gastou 22,5% do Orçamento com educação no ano passado, acima do limite legal de 18%. “As despesas com programas de qualificação profissional e ensino regular são essenciais para garantir o crescimento da economia. É com orgulho que o governo aplica mais do que determina a lei”, declarou.

Em relação à desoneração da folha de pagamentos, o secretário explicou que o Tesouro Nacional desembolsou R$ 7,8 bilhões no ano passado para compensar os custos da Previdência Social. Nesse regime, as empresas dos setores beneficiados pagam as contribuições para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com base no faturamento, não na folha salarial. “A desoneração da folha cria empregos e melhora a competitividade das empresas. É uma despesa de custeio com impacto econômico positivo”, destacou.

Sobre a ajuda aos municípios do Nordeste atingidos pela seca, Augustin ressaltou que o governo federal liberou, no ano passado, R$ 6,3 bilhões em crédito extraordinário para as áreas afetadas. Esses recursos, disse ele, não estavam originalmente previstos no Orçamento e tiveram de ser incluídos em caráter emergencial.

O secretário admitiu que os investimentos federais aumentaram pouco em 2013, mas disse que é relativamente normal esse tipo de gasto se acomodar depois de anos de expansão contínua. “[O investimento] não cresceu como o esperado, mas muito foi feito nos últimos anos, com o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] 1 e o PAC 2”, ressaltou. Augustin evitou fazer estimativas para a evolução dos investimentos em 2014.
(Agência Brasil)

A lógica global

No jornal da Globo News, a comentarista de economia, visivelmente irritada em ter que explicar que o Brasil, sob três sucessivos governos petistas, chegou ao índice mais baixo de desemprego na sua história explicou. Isto se deve porque o IBGE pergunta pra alguém, 'está procurando emprego?' Se a pessoa responde 'Não', então, não entra na estatísticas dos desempregados.
Se é assim, por que o Alckmin não manda o comensal de banquete tucano e presidente do Datafolha colocar seus pesquisadores dentro dos presídios e perguntar aos condenados, 'Você matou alguém?' Se responderem 'Não!', então, é sinal que a política tucana de combate a criminalidade está alcançando seus objetivos. A que ponto chegaram esses biltres travestidos de jornalistas.

Palanque de Eduardo Campos no Pará poderá ter candidato ao governo processado pela prática de trabalho escravo.



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Se, como diz o provérbio chinês, uma foto vale mais que mil palavras a publicada neste post não precisaria de qualquer legenda a respeito do futuro político do PSB no Pará. Está aí, o preto no branco. Ou, os socialistas eleitos como plano B dos tucanos diante da dificuldade em garantir a reeleição de Simão Lorota.
Simão, como é dito há muito tempo, talvez não tenha saúde pra concorrer a reeleição e sonhava com Sidney Rosa para sucede-lo. Ocorre que Flexa Ribeiro não abre mão de sua candidatura à chefia do Executivo paraense, desde que o candidato não seja Jatene. A engenharia política para evitar a candidatura de Flexa pode estar clareando agora, com essa ida do staff socialista(?) a Eduardo Campos apresentar aquilo que pode ser o palanque que o atual governador de Pernambuco não teria no Pará, caso Simão fosse o candidato, pois a família Andrade certamente não romperia sua aliança com o atual governador.
Resta saber que partidos o PSB conseguirá agregar ao seu palanque para que sua candidatura não assuma ares de faz-de-conta. PDT, PCdo B e PT provavelmente irão compor com o PMDB; Solidariedade, sob o comando de Wladimir Costa, é fechado com os tucanos com o PSD provavelmente encabeçará essa chapa; o PROS, de João Salame, tende a fazer parte da nau barbalhista, assim como o PR. Sobram o PTB e muito provavelmente o PPS, que até discurso de fundação de uma 'nova esquerda' já fez, ao anunciar que estava abandonando o barco de Aécio e pulando para o de Eduardo Campos. Portanto, tudo dominado e sob as articulações de Simão.
E ainda tem o PTB, do ladravaz D. Costa, que pode muito bem aparecer como o senador dessa 'nova esquerda' na chapa de Sidney Rosa pro governo do estado e Eduardo Campos à presidência da República. Absolutamente normal, afinal, Campos metamorfoseou ao socialismo à Roberto Freire ícones da direita forjados nas oficinas da ditadura militar, tais como Jorge Bornhausen e família, além do piauiense Heráclito Fortes, que não aguenta mais tanta seca política e procura um rio de sinecuras pra banhar-se, qualquer rio. Sem contar o próprio Sidney, que responde a processo pela prática de trabalho escravo em fazenda de sua propriedade, na Justiça Federal do Maranhão Vamos ver aonde vai dar isso.

*Nota- Esta foto foi chupada do blog do deputado Parsifal Pontes.

PADILHA REBATE FOLHA: PAI DEIXOU ONG EM 2009

Tentando mostrar serviço aos patrões tucanos, em retribuição aos caraminguás que os privatas lhes dão em forma de assinaturas, a FALHA DE SÃO PAULO partiu pra escacaviar a vida de Alexandre Padilha e, mais uma vez, deu com a cara na cerca ao denunciar a ONG da qual fazia parte o pai do atual Ministro da Saúde, que seria beneficiada em possível tráfico de influência. Como mostra a matéria a seguir transcrita, o pai do ministro deixou a direção da ONG dois anos antes de Padilha ser ministro. Perderam, malfeitores!

247 – O ministério da Saúde rebate reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta quinta-feira 30 ao esclarecer que Anivaldo Pereira Padilha deixou a ONG Koinonia, que realiza projetos determinados pela pasta, em 2009, quando seu filho, Alexandre Padilha, assumia a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do governo. O jornal aponta conflito de interesses na contratação da entidade pelo ministério hoje comandado por Padilha, em um convênio de R$ 199,8 mil.


Ataque ao ministro da Saúde surge na imprensa pouco tempo depois que o petista anunciou sua candidatura ao governo de São Paulo contra o tucano Geraldo Alckmin. Na nota, o ministério relata que o pai de Padilha exerceu a função de Secretário de Planejamento e Cooperação entre 1º de janeiro de 2007 e 25 de setembro de 2009.


"Ocasião em que - por carta à entidade - solicitou afastamento das funções tendo em vista que o ministro Alexandre Padilha assumiria a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), com o objetivo de cumprir o que determina a legislação e evitar conflito de interesse com o Poder Público", diz o texto. Nota afirma ainda que a ONG já participou, desde 2011, da seleção de quatro projetos por meio de editais públicos, tendo sida desclassificada em duas delas.


A Organização tem entre seus fundadores o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, o escritor Rubem Alves e o educador Carlos Brandão e já firmou parcerias com organizações internacionais ligadas à ONU e à União Europeia. A Koinonia afirma, por fim, que "o processo de análise das propostas de convênios encaminhadas e aprovadas pelo Ministério da Saúde segue sempre a mesma forma: após cadastrada, ela é analisada pela área técnica responsável quanto ao mérito e, posteriormente, pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) quanto aos aspectos técnico-econômico". Ou seja, sem privilégios.


Confira a carta de demissão do Anivaldo Pereira Padilha datada de 2009 e, abaixo, a íntegra da nota do ministério da Saúde:


O Ministério da Saúde informa que desde 1999 a Organização Não Governamental (ONG) Koinonia desenvolve projetos determinados pela pasta em editais públicos. Desde 2011, a ONG participou de pelo menos quatro seleções de projetos do Ministério, sendo desclassificada em dois deles.


Em 2011, a entidade assinou Termo de Cooperação dentro de edital para eventos, para a promoção do Seminário "Fortalecendo laços: Seminário Regional Inter-Religioso de incentivo ao diagnóstico precoce ao HIV", no valor de R$ 60 mil, realizado nos dias 29 e 30 de outubro de 2011.


Em 2012, a Koinonia submeteu proposta para a realização de projeto "Reafirmando os direitos das pessoas que vivem com HIV Aids nas comunidades religiosas" no valor de R$ 60 mil. No ano seguinte, 2013, a ONG encaminhou novo projeto para a promoção do "II Seminário Regional Inter-Religioso de incentivo ao diagnóstico precoce ao HIV", com custo previsto em R$ 70 mil. No entanto, a Organização não venceu nenhuma dessas duas seleções.


Ainda em 2013, a ONG submeteu projeto atendendo a publicação de edital no Diário Oficial da União. A proposta deu origem ao convênio 796812/2013, firmado em dezembro do ano passado, no valor de até R$ 199,8 mil. A aprovação dos projetos acima mencionados só foi possível após a comprovação de capacidade técnica da entidade em atender exigências e requisitos estabelecidos nos editais e nos processos de seleção.


Segundo informações prestadas pela Koinonia, a entidade é uma instituição sem fins lucrativos e conta com 20 anos de experiência nas áreas de saúde, combate ao racismo, direitos civis e humanos e liberdades religiosas. Tem entre seus fundadores o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, o escritor Rubem Alves e o educador Carlos Brandão.


Ainda de acordo com documentação da entidade, durante esses 20 anos, a Koinonia firmou convênios, parcerias e contratos de cooperação com organismos internacionais - Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), União Europeia, Ford Foundation (EUA), Christian Aid (Reino Unido), Church World Service (EUA), Conselho Mundial de Igrejas (Suiça), Igreja Unida do Canadá, Igreja Anglicana do Canadá, ACT Alliance, Igreja da Suécia, Canadian Foodgrains Bank, Norwegian Church Aid, entre outros.


A Koinonia informou que o senhor Anivaldo Padilha é associado da entidade e exerceu a função de Secretário de Planejamento e Cooperação entre 01 de janeiro de 2007 e 25 de setembro de 2009. Ocasião em que - por carta à entidade - solicitou afastamento das funções tendo em vista que o ministro Alexandre Padilha assumiria a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), com o objetivo de cumprir o que determina a legislação e evitar conflito de interesse com o Poder Público.


Por fim, é importante esclarecer que o processo de análise das propostas de convênios encaminhadas e aprovadas pelo Ministério da Saúde segue sempre a mesma forma: após cadastrada, ela é analisada pela área técnica responsável quanto ao mérito e, posteriormente, pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) quanto aos aspectos técnico-econômico.

É a indignação, estúpido!

Simão Lorota entra pra história como o maior estelionato eleitoral que o Pará já conheceu na medida em que portou-se o tempo todo como um NÃO GOVERNADOR, ao paralisar o que estava em andamento, não substituir o que mandou paralisar por coisa nenhuma e quando tentou reiniciar o que havia estupidamente interrompido percebeu que o tempo era inimigo de seu comportamento sandeu, então, saiu de férias. Isto logo após voltar de outro período férias, que haviam sido antecedidas de uma viagem(insólita e inútil) ao Qatar.
Ora, claro que isso têm consequências gravíssimas e os indicadores do estado estão aí pra mostrar o quanto o Pará andou pra trás nessas tempos loróticos. Por isso, acusar qualquer grupo de manifestantes vítimas dessa tragédia que se abateu sobre nós de oportunistas de período pré eleitoral soa a estupidez crônica. No caso dos funcionários públicos, por exemplo, mais precisamente os professores, o governo do estado agiu de forma tão amolecada que não foi preciso nem a mobilização do sindicato da categoria para que houvesse um movimento espontâneo a atirar na cara de pau desse governo a mentira que assacou contra aqueles trabalhadores.
Mais ou menos nesse rumo vão os catadores do lixão do Aurá, transformados em párias pelo abominável ladravaz D. Costa e mantidos nessa condição pelo indiferente Zenaldo Lorota Jr, vão atrás de dignidade que a lei lhes garante e protestam não por votos, pois, quem mereceu sua confiança, até aqui, quedou-se silente à vontade perversa do alcaide belenense, mas pela mínimo reconhecimento de que ali estão seres humanos a quem a Constituição Federal garante certos direitos e o governo federal demonstrou boa vontade no respeito à essa condição, apenas cobrando de prefeitos que estabeleçam parcerias a fim de garantir esse respeito.
Portanto, reduzir essa indignação a mero oportunismo eleitoral é muito mais do que inverter os sinais da demagogia vigente. É demonstração de total alienação e insensibilidade que acomete o tucanato, ungido ao governo estadual e municipal de Belém com os votos dessa gente, ofertando em troca esses difíceis tempos em que um governante fez do exercício do ócio sua mais vistosa ação governamental.  

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Audácia! Assaltantes perigosos formam quadrilha pra assaltar Brasília novamente.

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Os impolutos Joaquim Roriz, José Roberto Arruda e Marconi Perillo se encontraram para avaliar formação de uma possível chapa. Porém, os dois ex-governadores do Distrito Federal aguardam decisões judiciais para acertar posições na corrida eleitoral, pois são processados por roubo.

Helena Mader, via Correio Braziliense

Os ex-governadores do Distrito Federal Joaquim Roriz (PRTB) e José Roberto Arruda (PR) se encontraram no sábado, dia 25, com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), para tratar da formação de uma chapa unindo os dois caciques do DF. Eles também debateram estratégias para mobilizar os eleitores da região do Entorno. Apesar de não terem fechado nomes para a disputa majoritária, Roriz e Arruda reafirmaram que estarão juntos na disputa de outubro.

A reunião foi realizada em Goiânia, na residência de Perillo, que será candidato a reeleição. Os ex-governadores do Distrito Federal e o atual chefe do Palácio das Esmeraldas analisaram o cenário político goiano e também o da capital federal. Acertaram que vão caminhar juntos este ano. “O Marconi tem muita uma força política no Entorno, assim como Roriz e Arruda. É uma região estratégica e os três têm uma aliança histórica, que certamente se repetirá em 2014”, explica um aliado.

Depois de anos de rusgas, Arruda e Roriz se acertaram no fim de 2013 e prometeram caminhar juntos, apesar dos riscos de uma impugnação de candidatura. “Reiteramos nosso acordo para que o Arruda me apoie e, caso eu não seja candidato, para que eu o apoie”, disse o ex-governador Joaquim Roriz a interlocutores.

Arruda veio a Brasília para participar de uma audiência judicial, realizada ontem de manhã, e aproveitou para fazer reuniões políticas. Além do encontro com Roriz e Marconi no fim de semana, o ex-governador almoçou ontem com o ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM). Mais uma vez, aproveitou para debater a formação de uma aliança de oposição ao governador Agnelo Queiroz (PT).

Segundo Fraga, Arruda e Roriz querem fechar a coligação até março. Os nomes da disputa majoritária só serão definidos depois da realização de uma “pesquisa isenta”. “O mais importante é a união do Roriz e do Arruda, todos os outros têm que seguir em volta deles. Os dois são as maiores lideranças desta cidade. Quem disser que é candidato de si mesmo está equivocado”, comenta o ex-deputado federal do DEM. “Se Roriz for candidato, o Arruda vai apoiá-lo. Se não, o Roriz vai apoiar o Arruda. Se nenhum dos dois decidir disputar, eles vão escolher juntos o nome do candidato. Até março, essa chapa estará pronta”, acrescenta Alberto Fraga, cotado para ser candidato ao Senado ou à Câmara dos Deputados. Nomes da família Roriz também podem aparecer na corrida.
(Blog Limpinho e Cheiroso)

LEI DE LICITAÇÕES, A HORA DE MODERNIZAR

A sociedade brasileira exige cada vez mais celeridade, transparência e controle na contratação e execução de serviços e obras públicas. Para isso, é preciso instituir um marco legal que impeça escândalos, formação de cartéis, superfaturamentos e a burocratização e lentidão nos procedimentos.

Chegou a hora, portanto, de mudar a Lei nº 8666/93 (Lei de Licitações), que em seus vinte anos de existência não foi capaz de impedir denúncias de corrupção e prejuízos aos cofres públicos. Ela não atende mais aos parâmetros utilizados internacionalmente para compras públicas, especialmente em contratos de grande vulto.

Já há, contudo, experiência adotada pelo atual governo que pavimenta o caminho para a revisão, adequando o processo a uma sociedade moderna, dinâmica e cada vez mais exigente. Trata-se do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que pode ser a referência para uma legislação mais rigorosa, que amplie a competitividade e garanta celeridade nas obras públicas. Foi aprovado para obras da Copa do Mundo de 2014 e Olímpiadas de 2016 e depois estendido a ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e obras no sistema público de ensino e no SUS.

Não houve denúncias de superfaturamento nas obras licitadas sob esse regime e não houve paralisações. Todas foram feitas com acompanhamento rigoroso dos órgãos de controle, como a Controladoria Geral da União (CGU) e os Tribunais de Contas.

Uma experiência positiva, pois diminui a burocracia e prevê compartilhamento de riscos e bônus, com incentivo à inovação. Com a contratação integrada, impedem-se os famigerados contratos aditivos, que só servem para paralisar e aumentar custos das obras. O RDC contribui para impedir a formação dos cartéis, como o ocorrido no metrô de São Paulo, já que o valor estimado da contratação é publicado apenas após o fim da licitação. O RDC estabelece remuneração variável e contratos de eficiência. Os preços são menores também, com disputa de lances e negociação com a empresa vencedora.

Pelo RDC, só para citar um exemplo, as licitações na Infraero tiveram redução de 137 para 72 dias, com desconto médio de 12% e sem paralisações. No Dnit, o prazo caiu de 250 para 170 dias, com economia média de 9% nos custos e 15% de deságio do orçamento básico. São licitações mais eficazes do que as realizadas sob o sistema tradicional e nenhuma delas ocasionou descompasso orçamentário.

Há vários projetos em tramitação na Câmara para o novo marco legal, um deles de minha autoria (PL 5970/2013), que incorpora as experiências positivas da Lei nº 8.666/93, dos pregões, das parcerias público-privadas e do próprio RDC.

O comércio exterior brasileiro cresceu quase cinco vezes nos últimos dez anos, o Brasil passou por profundas transformações socioeconômicas, tornou-se a sexta economia mundial, mas sua infraestrutura enfrenta vários gargalos. Está clara a necessidade de uma rápida modernização da infraestrutura do país. Mudar a Lei 8666/93 significa modernização e racionalização nos procedimentos de contratação, utilizando modernos padrões internacionais, como os adotados pela União Europeia e Estados Unidos.

A 8.666 é uma lei extensa e formalista, embora tenha cumprido um importante papel na história administrativa do Brasil. Com o tempo, seus defeitos ficaram perceptíveis. O RDC, em contraste, é uma opção pela transparência e pela agilidade, que dará maior eficácia à administração pública. Cabe ao Congresso debruçar-se sobre o tema, para produzir uma lei capaz de responder aos desafios de nosso presente.

(José Guimarães- deputado federal/PT-CE)

Honeste vivere, alterum non laedere, suum cuique tribuere. Ou, cem Barbosas não valem um Lewandowski

Presidente em exercício do STF fez palestra e recebeu medalha de honra na Faculdade de Direito de Lisboa, dia 17; ministro interrompeu férias, mas não quis diárias de viagem; antes, no dia 3, presidente em férias Joaquim Barbosa recebeu R$ 14 mil por 10 dias de viagem entre os dias 20 e 30, nos quais teria apenas dois compromissos oficiais; debate ético que, para Barbosa, "é uma tremenda bobagem", para Lewandowski tem significado moral; em latim, na medalha que ele recebeu sem querer benefício do Estado por isso, está escrito: Honeste vivere, alterum non laedere, suum cuique tribuere (Viver honestamente para não lesar os outros e dar a cada um o seu próprio)

247 – Mais uma diferença ética e de interpretação de direitos separa o presidente em férias do STF, Joaquim do Barbosa, do presidente em exercício, ministro Ricardo Lewandowski. Enquanto Barbosa não viu problemas em requisitar e aceitar R$ 14 mil em diárias para 11 dias de passeio pela Europa, nos quais teve dois compromissos oficiais, em Paris e Londres, Levandowski não recebeu nenhum tipo de gratificação para, também em seu período de férias, receber da Faculdade de Direito de Lisboa uma medalha de honra após proferir palestra.

A honraria contém gravada a expressão em latim Honeste vivere, alterum non laedere, suum cuique tribuere (Viver honestamente para não lesar os outros e dar a cada um o seu próprio). O convite foi feito pela organização do evento, que foi realizado na capital portuguesa, no último dia 17.

O site do STF registrou que Barbosa recebeu logo no dia 3 de janeiro o valor das diárias que usaria entre os dias 20 e 30 deste mês. Na mesmo setor, porém, não há registro de recebimento de diárias por Levamdowski, que efetivamente não requereu o benefício.

Questionado, em Paris, se considerava adequado receber diárias funcionais mesmo desfrutando de férias, apenas de ter apenas dois compromissos oficiais em 10 dias a Europa, Barbosa afirmou que o debate não passava de "uma tremenda bobagem". Ele garantiu que considera ter direito aos benefícios como "qualquer outro servidor público".

Levandowski mostrou ser diferente de "qualquer outro". Ao não requisitar diárias, o ministro, que interrompeu suas férias para receber a homenagem em Lisboa em seguida à realização de uma palestra, passou uma mensagem de ética. Se todos fizessem como ele, os cofres públicos seriam poupados e a imagem da Justiça sairia fortalecida.

O anonimato, em comentários feitos em blogs, não passa de revelação da covardia

Me dou ao desfrute de reproduzir uma situação em que alguém, de modo irresponsável e sorrateiro, agrediu verbalmente o ex-secretário de Meio Ambiente, Anibal Picanço. Como a resposta do ex-secretário foi dada mais de vinte dias após a agressão, volto ao assunto na esperança de que o agressor identifique-se e dê consequência ao que escreveu, melhorando o nível da polêmica.



Anônimo disse...

"Porra,mas tu não tem nada de diferente ao defender esse anibal ai.

ele é um patife."

Ao que Anibal respondeu;

Gostaria muito que o Anônimo acima se identificasse. Quando me você me acusa de "patife", qual o fundamento? Estou respondendo a 2 processos na Justiça Federal que até o momento nada provaram contra minha pessoa. Nada, absolutamente nada! Quanto a Canaã dos Carajás, não tenho pretensão política nenhuma naquele município. Não transferi meu título de Belém, e por ser Procurador Federal, estou impedido de prestar consultorias jurídicas a particulares. Portanto, as afirmações postadas no R70 de O LIBERAL são inverídicas e providências estão sendo tomadas visando esclarecimento dos fatos. Assim sendo, até que provem o contrário, sou inocente. Dito isso, me respeite da mesma forma que vou respeitá-lo caso você queira travar algum diálogo a mais sobre o assunto. Aníbal Picanço

Direção do Hospital Ophir Loyola terá de solucionar desconformidades

Os diretores do Hospital Ophir Loyola, Mário Fáscio (Clínico) e Socorro Brito (Administrativa) tem prazo de 60 dias para solucionar os problemas detectados pelo Departamento de Auditoria do SUS (Denasus), que fez relatório com base em visita realizada em setembro de 2013 ao Ophir Loyola. O relatório conta ainda com o trabalho da Associação dos Renais Crônicos e Conselhos Regionais de Enfermagem e Farmácia. O compromisso de dar soluções às inconformidades existentes no Ophir Loyola foi assumido pelos diretores clínico e administrativo do hospital na reunião do Conselho Estadual de Saúde (CES) realizada nesta terça-feira, 28.
O CES exigiu também que a direção do hospital apresente prestação de contas à Comissão de Gestão do CES, pois deixou de apresentar as contas do ano de 2013. O relatório da auditoria do SUS aponta vários problemas no Ophir Loyola, sobretudo no que se refere à falta de medicamento, insumos, exames especializados , redução do pessoal de enfermagem, e atendimento, assistência precária e demora no atendimento e acolhimento.
O relatório foi feito a partir de denúncia feita à Comissão de Vigilância em Saúde, da qual faz parte a dirigente sindical do Sindsaúde (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Pará), Josilene Santos, que realizou vistoria que serviu de base ao relatório.
Outra deliberação da reunião do Conselho Estadual de Saúde foi a realização da Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador, que vai acontecer no prazo entre abril e junho deste ano. Esse evento será precedido de plenárias municipais, nas quais serão eleitos delegados para participarem da Conferência Estadual, que provavelmente será realizado no Seminário Pio X.
Outro ponto importante deliberado na reunião do CES foi a aprovação da Resolução que proíbe propaganda de automedicamento. Conforme o presidente do CES, José de Ribamar Santos de Assis, o Conselho vai solicitar parecer técnico da Vigilância Sanitária de Saúde. “O problema da automedicação é um problema sério no nosso Estado, sobretudo nos municípios do interior, onde as farmácias não dispõem de farmacêuticos . A orientação é feita pelos balconistas”, explica Ribamar.

(Sind Saúde)

O QUE IRMANA A DIREÇÃO DO SINTEPP A TITULAR DA SEAD?

Tudo indica, já não se faz mais dirigentes sindicais como antigamente. Hoje, professores da rede pública estadual fizeram manifestação em frente à sede da Secretaria de Administração, em protesto contra o não cumprimento, por parte do governo, de tudo que foi pactuado entre a administração e a categoria colocando fim a uma greve que já durava quase três meses.
Aí a secretária veio a público declarar que a tal manifestação era descabida porque amanhã(30/01) haverá uma reunião entre o sindicato dos professores e o governo, como se isso fosse garantia de qualquer avanço, ou se o governo merecesse ser levado a sério, principalmente após descumprir a palavra empenhada publicamente.
Pior do que a infeliz declaração da titular da SEAD foi a da direção do SINTEPP, que lavou as mãos e acabou, por vias transversas, corroborando o posicionamento governamental, ao enfatizar que nada tinha a ver com a manifestação de hoje.
Ora, que esperar de uma direção que não representa o conjunto da categoria? Quantos mais movimentos espontâneos terão que ser feitos para mostrar à direção que a situação seja entendida como realmente é, extremamente grave, não comportando eventuais recuos ou atitudes de tolerância não muito bem explicadas. Afinal, diante da atitude deplorável do governo do estado, desrespeitando não só os professores ludibriados, desrespeitou, ainda, atores daquele cenário que caminhava pra colapso total na educação pública estadual, tais como o Ministério Público, testemunha do triste papel desempenhado pelo desgovernador Simão Lorota. Será que o 'esquecimento' oficial contagiou a direção do SINTEPP?

O porto de Mariel, Brasil, Cuba e o socialismo

Agência Brasil









Havana - Tem sido extremamente educativo registrar, aqui em Havana, a reação do povo cubano diante da inauguração do Porto de Mariel. Expressando um elevado nível cultural, uma mirada política aprofundada sobre os fenômenos destes tempos, especialmente sobre a Reunião de Cúpula da Celac que se realiza por estes dias aqui na Ilha, tendo como meta central, a redução da pobreza, os cubanos revelam, nestas análises feitas com desembaraço e naturalidade, todo o esforço de 55 anos da Revolução Cubana feita na educação e na cultura deste povo.

Mariel, uma bofetada no bloqueio

Poderia citar muitas frases que colhi ao acaso, conversando com os mais diversos segmentos sociais, faixas etárias distintas, etc, mas, uma delas, merece ser difundida amplamente. O marinheiro aposentado Jorge Luis, que já esteve nos portos de Santos e Rio de Janeiro, que vibra com o samba carioca, foi agudo na sua avaliação sobre o significado da parceria do Brasil com Cuba para construir o Complexo Portuário de Mariel. “ Com Mariel, Brasil rompe concretamente o bloqueio imperialista contra Cuba”, disse. E adverte: “ Jamais os imperialistas vão perdoar Lula e Dilma”. Ele não disse, mas, no contexto do diálogo com este marinheiro negro, atento ao noticiário de televisão, leitor diário de jornal, informado sobre o que ocorre no Brasil e no mundo, estava subentendido, por sua expressão facial, que ficava muito claro porque Dilma é alvo de espionagem dos EUA.

O tom da cobertura do oposicionismo impresso brasileiro, pré-pago, à inauguração do Porto de Mariel, não surpreende pela escassa informação que apresenta, muito menos pela abundante insinuação de que tratar-se-ia apenas de um gasto sem sentido, indefensável, indevido. Ademais, sobram os rançosos preconceitos de sempre, afirmando que o Brasil estaria financiando a “ditadura comunista”, tal como este oposicionismo chegou a mencionar que seria esta a única razão para empreender um programa como o Mais Médicos, que salva vidas e que tem ampla aprovação da sociedade brasileira.

É necessário um jornalismo de integração

Informações objetivas sobre o significado e a transcendência do Complexo Portuário de Mariel certamente faltarão ao povo brasileiro. Primeiramente, porque o oposicionismo midiático não permitirá sua difusão, numa evidente prática de censura. E, por outro lado, nem o PT ou as forças que sustentam politicamente o governo Dilma e estas iniciativas robustas da política externa brasileira, com tangíveis repercussões sobre a economia brasileira, possuem uma mídia própria para esclarecer o significado de Mariel, ante um provável dilúvio de desinformações sobre a sociedade brasileira.

Primeiramente, deve-se informar que o financiamento feito pelo BNDES, algo em torno de um bilhão reais na primeira fase, não se trata de uma doação a Cuba. É um empréstimo, que será pago. As relações bilaterais Brasil-Cuba registram crescimento contínuo nos últimos anos.

Além disso, está condicionado à contratação de bens e serviços na economia brasileira, além de envolver cerca de 400 empresas, sendo, portanto, um dos fatores a mais que explicam porque há contínua expansão no mercado de trabalho brasileiro, com uma taxa de desemprego das mais baixas de sua história. Ao contrário do que ocorre, por exemplo, na Europa, onde aumenta o desemprego e há eliminação de direitos trabalhistas e sociais conquistados décadas atrás.

Dinamização das forças produtivas

Além disso, Mariel vai ser - por enquanto , Dilma inaugurou apenas a primeira fase - o maior porto do Caribe, com capacidade para atracar navios de calado superior a 18 metros, e também , podendo movimentar mais de 1 milhão de conteiners por ano. Terá um impacto especial para o comércio marítimo também direcionado ao Pacífico, via Canal de Panamá. Para isto, vale lembrar da importância da participação da China, crescente, na economia latino-americana, em especial com o Brasil. Tanto o gigante asiático como empresas brasileiras, já manifestaram interesse em instalarem-se na Zona Econômica Especial a ser implantada em Mariel, onde também já foi construída uma rodovia moderna, estando em construção, uma ferrovia.

De alguma maneira , Havana retoma uma posição de destaque no comércio marítimo internacional, pois já foi o maior porto da América Latina, ponto de conexão de várias rotas, tendo sido, por isso mesmo, uma cidade com mais de 70 por cento de habitantes portugueses, quando Portugal era um grande protagonista na marinha mercante internacional. Havana já teve, também, uma das maiores indústrias navais do mundo.

Cuba sempre impulsionou a integração

O tirocínio do marinheiro negro Jorge Luis é perfeito. Depois de suportar décadas de um bloqueio que impediu os cubanos a compra de uma simples aspirina no maior e mais próximo mercado do mundo, os EUA, a Revolução Cubana, tendo resistido a ventos e tempestades, sobretudo às agressões imperialistas, soube preparar-se para esta nova etapa da história, simbolizada pela existência de uma Celac que vai se consolidando, pouco a pouco. Não sem enfrentar ações desestabilizadoras, lançadas contra os países mais empenhados na integração regional latino-americana, como Venezuela, Bolívia, Equador, e, também, pelas evidentes ações hostis contra Brasil e Argentina. Cuba investiu parte de seus modestos recursos na solidariedade internacional. Seja no envio de 400 mil homens e mulheres para derrotar o exército racista da África do Sul que havia invadido Angola, como também para promover , em vários quadrantes, com o envio de professores, métodos pedagógicos, médicos e vacinas, a eliminação do analfabetismo e o salvamento generalizado de vidas. É o caso, por exemplo, do programa Mais Médicos, não por acaso tão injustamente desprezado pela oligarquia midiática, que vocaliza os laboratórios farmacêuticos multinacionais.

Como defender que salvar vidas merece desprezo?

É certo que todas as economias caribenhas e latino-americanas serão dinamizadas com a entrada em funcionamento do Porto de Mariel, gerando mais empregos, possibilitando novas opções comerciais. É emblemático que China esteja firmando um acordo estratégico de cooperação com a Celac. Para uma economia cercada de restrições, sem capacidade de investimentos, sem engenharia nacional para fazer esta obra por conta própria, o Porto de Mariel, é um imenso descortinar de possibilidades para Cuba. Os gigantescos navios chineses, de uma China que consolida sua posição como a segunda potência comercial mundial, não podiam mais aportar no velho Porto de Havana, o que resultava numa limitação operacional e logística, com impactos econômicos negativos de grande monta. O Porto de Havana será readaptado para o turismo e a economia cubana, no seu conjunto, recebe, com Mariel um enorme impulso para a dinamização de suas forças produtivas. A atendente do hotel onde estou instalado me confessava hoje o interesse de ir trabalhar em Mariel, porque, segundo disse, o futuro está por ali e são empregos mais promissores.

Mariel e seus impactos internacionais

Realmente, para um economia que perdeu a parceria que tinha com a União Soviética, que resistiu durante o período especial com as adaptações inevitáveis para salvar o essencial das conquistas da Revolução, o que Mariel significará é de extraordinária relevância. E é exatamente na dinamização das forças produtivas da Revolução Cubana que se localizam as chaves para muitas portas que podem ser abertas para uma maior dedicação de meios , recursos e iniciativas visando a integração latino-americana. E, neste quebra-cabeças, a política estratégica implantada por Lula, continuada por Dilma, é ,inequivocamente, muito decisiva. Que outro país poderia fazer um financiamento deste porte para a construção de Mariel?

Por último, pode ser muito útil uma reflexão sobre os diversos pensadores, formuladores e também executores de políticas de integração. Desde Marti, aquele analisou a importância da “nossa Grécia”, numa referência ao significado da civilização Inca, mas que também formulou o conceito de Nuestra América, até chegando ao pensamento de Getúlio Vargas, criador do BNDES, o banco estatal de fomento que está financiando a construção do Porto de Mariel, uma estupenda ferramenta integradora. Tudo converge para a abertura de uma nova avenida para dar trânsito à integração. Seja pela sabedoria dos povos da região que estão sabendo apoiar, com o seu voto, os governos que mais impulsionam estas políticas, seja pelos avanços concretos que estas políticas integradoras têm registrados, apesar da insistência nada profissional do jornalismo de desintegração em reduzir tudo a zero.

Futuro socialista
A força e a necessidade histórica das ideias se vêm comprovadas nesta inauguração da primeira etapa do Porto de Mariel, em plena reunião da Celac, sem a presença de Estados Unidos e Canadá, patrocinadores históricos da desintegração entre os povos. A simbologia da justeza histórica do pensamento martiniano, nos permite, agora, afirmar, também, que José Marti é um dos autores intelectuais de Mariel. E, retomando o otimismo realista do marinheiro Jorge Luis, constatamos que a dinamização das forças produtivas da Revolução Cubana que a parceria entre Cuba e Brasil possibilita, foi estampada na frase final do discurso do presidente cubano, General Raul Castro: “Mariel e a poderosa infraestrutura que o acompanha são uma mostra concreta do otimismo e da confiança com que os cubamos olham o futuro socialista e próspero da Pátria”. O marinheiro negro captou o significado essencial destes dias. Não por acaso, a Marcha das Tochas, que celebra com chamas que não se apagam, as ideias de Marti, em seu aniversário, ontem - com mais de 500 mil manifestantes, maioria esmagadora de jovens - teve, na primeira fila, além de Raul, os presidentes Evo Morales, Nicolás Maduro, Pepe Mujica, Daniel Ortega. As ideias de Marti, materializadas nestes avanços produtivos e integradores, como Mariel, vão iluminando o futuro socialista de Cuba e, com isto, da integração latino-americana.

(Beto Almeida, Membro do Diretorio da Telesur/direto de Havana/Carta Maior)

O fim melancólico de uma administração que nem começou

Quando assumiu, Simão Lorota anunciou logo que veio para fazer pirotecnia politiqueira, ao suspender escandalosamente dezenas de obras em andamento suspendendo os investimentos que o estado já havia feito, resultando essa irresponsabilidade na mais baixa taxa de investimento governamental nos últimos dezoito anos, conforme mostrou em artigo o deputado Claudio Puty, no ano passado.
O atestado inequívoco de que a austeridade anunciada não passava de encenação barata e demagógica de quem pouco se importava com o andamento de obras fundamentais ao nosso desenvolvimento veio quase simultaneamente à dita encenação, quando Simão fez aumentar seus vencimentos, de seu vice e de seus secretários em mais de 60% dos vencimentos até então vigentes, assim como criou mais um nível no quadro de Assessores Especiais, sem qualquer justificativa plausível para tal, principalmente em uma conjuntura que se reivindicava de austeridade.
Depois de dois anos de paralisia geral, quando índices socio-econômicos explodiram e resultaram na colocação do Pará como destaque negativo no quadro nacional, campeão em violência urbana, em desmatamento, em IDH negativo, trabalho escravo, malária, a pior escola pública do país, pior PIB per capita do Brasil; no penúltimo ano desse desgoverno perambulante entre a propaganda caríssima, baixos investimentos e fisiologismo desenfreado, resolveu-se retomar tudo aquilo que havia sido criminosamente paralisado em janeiro de 2011, no entanto, a desgraça já havia sido causada e tudo indica que o usufruto eleitoreiro não ocorrerá porque não haverá tempo para inaugurar tudo aquilo que já deveria ter sido concluído caso não houvesse a nefasta interrupção do seu fluxo.
Hoje, quando Simão pega sua "família real" e foge para os EUA com medo do Napoleão Bonaparte do desgaste que o bombardeia por conta desses três anos de incúria e irresponsabilidade anunciando prematuramente o fim melancólico de um governo que sequer havia começado, assiste-se cair sobre a cabeça da população todos os efeitos deletérios dessa inércia, a ponto dos servidores estaduais de todos os orgãos, vilipendiados em seus direitos, elaborarem até um calendário de paralisações de suas atividades, em protesto contra essa deplorável e inédita situação. O mínimo que se espera de Simão Lorota é sua fixação definitiva lá pelas terras do Tio Sam, pelo menos até que se consiga equacionar soluções para todos os problemas que seu maldito (des)governo legou aos paraenses, bem como esteja o povo paraense livre dos efeitos perversos de sua presença governamental. Triste!  

Que absurdo! Quando a tucanalha era governo até a grileira Regina Duarte foi para o exterior por conta do dinheiro público

Com o cinismo costumeiro, os privatas caribenhos da tucanalha entraram com uma representação na Procuradoria Geral da República contra a presidenta Dilma Rousseff e sua comitiva que foi a Davos, na Suiça, participar do Forum Econômico Mundial, tendo no retorno feito uma escala em Lisboa, pois não havia voo direto da Suiça para Cuba, o próximo destino de Dilma, onde participou da inauguração do Porto Mariel.
Isso bastou pra que um grupo desses malfeitores emplumados encenasse a austeridade que de fato nunca tiveram, conforme comprova a folha corrida desses quadrilheiros e pilhadores do erário, daí ser oportuno transcrever isso que o FB republicou pra mostrar o que vale o moralismo desses assaltantes.

"No FB do Reinaldo Del Dotore/via A Justiceira de Esquerda
Que absurdo!

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11/12/2002 - 08h59

FHC gasta US$ 70 mil em viagem a Nova York

Da Folha de S.Paulo, em Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso gastou mais do que o previsto em sua última viagem oficial no cargo, a Nova York. Em vez dos US$ 35.140 estimados, a comitiva presidencial utilizou US$ 70.040, equivalente a cerca de R$ 266 mil pela cotação de ontem. FHC deixou o Brasil na noite de domingo e retornaria hoje.

O motivo, segundo a Folha apurou, foi a grande quantidade de pessoas. São cerca de 30, incluindo os ministros Celso Lafer (Relações Exteriores), Paulo Renato (Educação) e Barjas Negri (Saúde). A atriz Regina Duarte viajou como convidada, tendo as despesas custeadas pela União.

Os três filhos de FHC, Beatriz, Luciana e Paulo Henrique e três dos cinco netos do presidente viajaram com a comitiva, mas os gastos com hospedagem e alimentação não são pagos pelo governo."

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Assim caminha a impunidade

Meio na surdina, como convém a processos do alto tucanato, a Justiça livrou mais um envolvido no chamado mensalão mineiro. O ex-ministro e ex-vice-governador Walfrido dos Mares Guia safou-se da acusação de peculato e formação de quadrilha, graças ao artifício de prescrição de crimes quando o réu completa 70 anos.

Já se dá como praticamente certa a absolvição, em breve, de outro réu no escândalo. Trata-se de Cláudio Mourão, ex-tesoureiro da campanha do PSDB ao governo mineiro em 1998. Ao fazer 70 anos em abril, Mourão terá direito ao mesmo benefício invocado por Mares Guia.

Vários pesos, várias medidas. Enquanto o chamado mensalão petista foi julgado com celeridade (considerado o padrão nacional) e na mesma, e única, instância suprema, o processo dos tucanos recebe tratamento bastante diferente. Doze anos (isso mesmo, doze!) separam a ocorrência do desvio de dinheiro para o caixa da campanha de Eduardo Azeredo (1998) da aceitação da denúncia (2010).

Com o processo desmembrado em várias instâncias, os réus vêm sendo bafejados pelo turbilhão de recursos judiciais.

Daí para novas prescrições de penas ou protelações intermináveis, é questão de tempo. Isso sem falar de situações curiosas.

O publicitário Marcos Valério, considerado o operador da maracutaia em Minas, já foi condenado pelo mensalão petista.

Permanece, contudo, apenas como réu no processo de Azeredo, embora os fatos que embasaram as denúncias contra o PSDB mineiro tenham acontecido muito antes.

Se na Justiça mineira o processo caminha a passo de cágado, no Supremo a situação não é muito animadora.

A ação contra Azeredo chegou ao STF em 2003. Está parada até agora. Diz-se que o novo relator, o ministro Barroso, pretende acelerar os trabalhos para que o plenário examine o assunto ainda este ano. Algo a conferir.

Certo mesmo é o contraste gritante no tratamento destinado a casos similares. Em todos os sentidos. Tome-se o barulho em torno de um suposto telefonema do ex-ministro José Dirceu de dentro da cadeia. Poucos condenam o abuso de manter encarcerado um preso com direito a regime semiaberto.

Isso parece não interessar. Importa sim reabrir uma investigação sobre uso de celular, que aliás já havia sido arquivada. Resultado: com a nova decisão, por pelo menos mais um mês Dirceu perde o direito de trabalhar fora da Papuda.

Por mais que se queira, é muito difícil falar de imparcialidade diante de tais fatos, que não são os únicos.

As denúncias relativas à roubalheira envolvendo trens, metrô e correlatos, perpetrada em sucessivos governos do PSDB, continuam a salvo de uma investigação séria. Isso apesar da farta documentação colocada à disposição do público nas últimas semanas.

Vê-se apenas o jogo de empurra e muita, muita encenação. Alguém sabe, por exemplo, que fim levou a comissão criada pelo governo de São Paulo para supostamente investigar os crimes? Silêncio ensurdecedor.

Mesmo assim, cabe manter alguma esperança na Justiça — desde que seja a da Suíça.

*

Depois da operação estapafúrdia na cracolândia e dos acontecimentos nas manifestações de sábado, ou o governador Geraldo Alckmin toma alguma providência para disciplinar suas polícias, ou em breve ele terá aquilo que todo governante sempre deveria temer: um cadáver transformado em mártir.

(Ricardo Melo)

Um (des)governo, uma secretaria/máquina eleitoreira e o arrocho salarial

Anônimo disse...
"O decreto do (des)governo do estado de sexta-feira (24/01/2014)extinguiu a gti (o resto dos 35%); motivo lorótico: contenção de despesas.
E no mesmo dia nomeia joaquim passarinho e outros como assessores especiais!!!
eita choque de (indi)gestão!!!!
Isso é parar o Pará!!!"
Nota do blog- Joaquim Passarinho era secretário de obras e renunciou para candidatar-se a deputado na chapa de Simão Lorota, seja lá quem a encabece, e agora volta como assessor especial em claro drible na lei, pois como secretário estaria legalmente impedido de ser candidato. Essa sinecura certamente permite que volte à SEOP e comande pessoalmente os trabalhos desenvolvidos naquela secretaria como moeda eleitoreira, usados na troca por votos. Exatamente como alertava Raymundo Faoro, ou seja, os 'Donos do Poder' não podendo viver sem as benesses da máquina pública em seu proveito. Lamentável!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

NOTA DA COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL DO PT

O Partido dos Trabalhadores inicia 2014 com um objetivo inarredável: a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, para consolidar e fazer avançar o projeto de transformações econômicas, sociais, políticas e culturais, inaugurado com a vitória do presidente Lula em 2002.

Nossa disposição, desde já manifestada entusiasticamente em cada canto do País pela militância, é a de criar condições, na sociedade, nos governos estaduais e nos parlamentos de modo a que a companheira Dilma possa realizar um segundo governo com novas e maiores conquistas para o povo brasileiro.

Para tanto, é necessário, agora e durante a campanha, estreitar os vínculos com o movimento sindical e popular; ampliar as alianças e fortalecer as relações com os partidos da base de sustentação ao governo; intensificar o diálogo, bem como apresentar um programa capaz de corresponder às aspirações, reivindicações, sonhos e expectativas de mudanças da população.

Uma maioria parlamentar, a eleição de novos governadores comprometidos com nosso projeto e, principalmente, a construção de uma ampla base de apoio na sociedade são condições para promover reformas estruturais necessárias, como é o caso da reforma política, da democratização dos meios de comunicação, das reformas urbana e agrária, da reforma tributária – todas elas necessárias para aprofundar a democracia e reduzir a desigualdade social no País.

Com algumas candidaturas majoritárias do PT já definidas e em tratativas com aliados que pleiteiam nosso apoio, o cenário atual é de demonstração de força e perspectivas de crescimento para a presidenta Dilma, líder nas pesquisas e com índices de aprovação positivos.

Entretanto, constitui grave equívoco imaginar que a eleição está ganha. Trata-se, isto sim, de trabalhar para que a tendência se mantenha, sem soberba, sem arrogância e sem subestimar os adversários, numa eleição que se afigura renhida, contra forças conservadoras e poderosas.

Nossos oponentes, amparados por grupos da classe dominante inconformados com as mudanças do Brasil e perdas relativas de privilégios, desencadearam contra o governo e o PT uma campanha inclemente. Investem no descrédito do País no exterior; tacham nosso governo de intervencionista; acenam com a volta da inflação (que está sob controle); prevêem retração no mercado de trabalho (que continua a gerar novos empregos); apontam um descontrole fiscal inexistente; vaticinam tendências de recessão e chegam a torcer contra a realização da Copa do Mundo.

Contra os fatos, semeiam a insegurança, a incerteza e promovem ações de terrorismo psicológico, na expectativa de assim nos bater nas urnas.

Mais uma vez, apostam no medo para vencer a esperança de milhões que ascenderam e melhoraram de vida sob nossos governos.

O programa da oposição, o que a une e a seus representantes, é derrotar-nos a qualquer custo: seja com quem for, conforme reconheceu recentemente um ex-presidente da República. Para tirar o PT do poder, como eles dizem, serve qualquer candidato.

Embora a campanha eleitoral ainda não tenha começado oficialmente, nossa militância deve ir-se engajando nas tarefas previstas no calendário aprovado pelo DN. O que significa não apenas escolher candidatos, aliados e organizar palanques, mas, sobretudo enfrentar o debate de ideias na sociedade.

É importante, mas não suficiente, defender nossas realizações – as do governo Lula e as que estão em andamento—, e comparar o Brasil de hoje com o Brasil que precedeu o governo Lula. Mais que nunca, temos de apresentar propostas, projetos e compromissos com o futuro: fizemos muito, continuamos fazendo, e vamos fazer mais e melhor.

Na conjuntura atual, é preciso vencer a batalha de visão sobre os rumos da economia, que, na verdade, expressa uma batalha de interesses. Aqueles que antes ganhavam com a especulação, com o arrocho salarial, com o desemprego, com a privatização do Estado, atacam o núcleo de nossa política, que visa a distribuir renda, gerar empregos, para promover justiça social e sustentar o crescimento do País. Nesse sentido, o PT orienta sua militância a participar ativamente das lutas sociais por reformas estruturais e ampliação dos direitos dos trabalhadores no próximo período, a exemplo do plebiscito popular pela Constituinte Exclusiva para a reforma política, da coleta de assinaturas para a Lei da Mídia Democrática, da redução da jornada de trabalho sem redução de salários, do fim do fator previdenciário e contra as terceirizações.

Não podemos aceitar que prossiga a tentativa, sem contestação clara, de que nossa concepção de política econômica é a continuidade da linha liberal do governo de FHC. Trata-se, ainda, de ampliar o diálogo partidário sobre a agenda política aberta pelas jornadas de junho/2013, as mudanças na formação social brasileira, as novas formas de participação da juventude e o enfrentamento à criminalização dos movimentos sociais.

No próximo dia 10 de fevereiro, o PT comemora 34 anos. No mesmo ano em que o Brasil da democracia relembrará, para exorcizá-lo, o cinquentenário do golpe de 1964. Que a celebração de nosso aniversário, em todos os rincões do Brasil, dê a partida da caravana da vitória de Dilma, das campanhas de mobilização do PT, e que seja uma grande festa a favor da liberdade, da democracia e do povo brasileiro.

Por fim, queremos nos congratular com a militância que, solidariamente, vem contribuindo para pagar as multas, injustas e desproporcionais, impostas aos companheiros condenados na Ação Penal 470 do STF.


São Paulo, 27 de janeiro de 2014.
Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores

Rede Globo pode esperar, a tua hora vai chegar!

Finalmente a famigerada Rede Globo juntou-se aos capos da extrema-direita brasileira e vira ré em inquérito da Polícia Federal, por conta de sua hoje bilionária sonegação de impostos devidos a quando da compra dos direitos exclusivos de transmissão para o Brasil da Copa do Mundo de 2002(Alemanha), inquérito esse que tomou o número cabalístico 926/2013(vinte e seis é o dobro de treze, que, como se sabe é...) e será presidido pelo delegado federal Rubens Lyra.
Como lembra o jornalista e blogueiro Miguel do Rosário, autor da primeira denúncia contra a Vênus Platinada,  "A sonegação da Globo deve ser exposta publicamente, porque é uma empresa que sempre viveu de recursos públicos, que é uma concessão pública, que se tornou um império midiático e financeiro após apoiar um golpe político que derrubou um governo eleito". E isso não se trata de mera vingança, mas de por freio em um poder paralelo e reacionário que historicamente sempre esteve à frente de todas as campanhas feitas desde o século passado contra quaisquer conquistas sociais que eram anunciadas, bem como age enquanto um partido clandestino contra qualquer governo de matiz popular que se instale no país. Que a punição venha com o rigor proporcional ao crime cometido. 

O Brasil calça as sandálias da solidariedade

Segundo observa a jornalista Crstina Lemos, hoje, "Cuba erradicou a desnutrição infantil há cinco anos - em 2009. São dados do Unicef, que os reconfirmou em 2011. E é o único país da América Latina e do Caribe a fazê-lo.
- Cuba tem a segunda menor taxa de mortalidade infantil do mundo (7 por mil nascidos, até os cinco anos), só perdendo para o Canadá.
- Cuba apresenta uma cobertura vacinal de quase 99,8% da população (de pouco mais de 11 milhões de habitantes).
- Cuba tem uma expectativa de vida ao nascer similar à dos EUA: 77 anos.
- Cuba é o país do mundo com maior proporção de pessoas com mais de 100 anos, chegando a ter cinco vezes mais indivíduos centenários que o Japão, em termos relativos (1551 indivíduos em 11,2 milhões de habitantes). Na Educação, Cuba foi o primeiro país do mundo a erradicar o analfabetismo. E fez isso há mais de meio século: 1961."
Ora, se o Brasil mantém relações diplomáticas, em certos momentos até reverenciais a ponto de termos um embaixador que se  sujeitou a ficar descalço em um aeroporto do país brother( ou uncle), com países fomentadores de guerras civis, golpes de estado, agressão à soberania de nações em quase todos os continentes, entre outras torpezas, por que não deveria manter relações com uma nação sabidamente pobre, mas que dá esse exemplo de conquistas sociais ao mundo?
O ladravaz FHC, o salafrário Álvaro Dias, o celerado Antonio Imbassahy e demais representantes da minoritária direita reacionária que vocifera contra o investimento no Porto Mariel não tem autoridade moral para condenar essa ação do governo Dilma, de resto, também benéfica a nosso país(ver post anterior), enquanto essa tripulação flibusteira da nau privata tucana que governou o Brasil por oito anos deu o maior exemplo que nossa história republicana viu de entreguismo, ladroagem e incompetência que, não por acaso, encerrou-se com o país jogado literalmente às trevas de um apagão energético que quase nos torna à condição de colônia.

Brasil também ganha, e muito, com o porto em Cuba

Os "do contra" criticam o BNDES ter financiado parte do porto de Mariel, em Cuba, mas não enxergam que, para um financiamento de US$ 682 milhões, Cuba gastou no Brasil US$ 802 milhões na compra de bens e serviços (o custo total da modernização do porto foi de US$ 957 milhões, com a aporte de US$ 275 milhões por Cuba).

Na verdade o BNDES financiou o crescimento da economia brasileira através da exportação de bens e serviços. Da mesma forma que a Embraer exporta aviões, o porto foi "exportado" do Brasil. Uma estimativa de geração de empregos diretos, indiretos e induzidos no Brasil chega a 156 mil. Cerca de 500 empresas brasileiras se beneficiaram com essa obra.

Esse tipo de operação é comum e não é nova. Já vem sendo feita pelo Brasil com diversos outros países, principalmente da América Latina, África e Oriente Médio há décadas.

Reflete também o crescimento do Brasil e a inserção internacional, pois a China, o Japão, os EUA, os países Europeus mais ricos, todos tem esse tipo de linha de crédito. Quando financiam alguma infra-estrutura no exterior, os contratos exigem que as empresas contratadas e as compras de equipamentos sejam do país que está fazendo o empréstimo.

Essa maior presença do Brasil na política externa explica as recentes vitórias de brasileiros em fóruns multilaterais com a conquista da presidência da OMC (Organização Mundial do Comércio).

Outra vantagem em manter esta boa relação comercial, é que Cuba importou do Brasil em 2013, US$ 528 bilhões e exportou para nós U$ 96,6 milhões. Ou seja, a balança comercial é bastante favorável ao Brasil.

O Brasil também ganhará com o aumento do comércio internacional com o caribe e a América Central, região que sob forte influência econômica dos EUA.

Cesário Melantonio Neto, embaixador brasileiro em Cuba, explica:

“O Porto de Mariel é importante para aumentar a inserção caribenha do Brasil. Evidentemente o Brasil tem uma inserção maior no nosso entorno regional, que é a América do Sul. O Brasil tem historicamente uma inserção menor na América Central e também no Caribe. Provavelmente, com a vinda de empresas brasileiras para se instalarem no Porto de Mariel, que é um porto que oferece uma série de vantagens fiscais, mais ou menos como o modelo das zonas de processamento de exportação (ZPE) no Brasil, com sistema de drawback, sem limite de remessas para múltiplos de dividendos, haverá uma maior presença comercial do Brasil, não só em Cuba, mas em toda a região. Essa que é a importância para o Brasil do Porto de Mariel”, diz.

Oportunidades de negócios

No dia 21 de novembro, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), realizou o seminário Oportunidades de Investimentos em Cuba, quando apresentou os principais segmentos da economia cubana de interesse para o setor privado brasileiro, como o de biotecnologia, farmácia, agropecuária, turismo, mercado imobiliário, embalagens, agricultura, tecnologia e infraestrutura, áreas que estão sob o guarda-chuva da Zona Especial de Desenvolvimento cubana. A expectativa sobre a participação no Porto de Mariel é que as empresas brasileiras se instalem ali não apenas para produzir e gerar negócios, mas principalmente para gerar exportações para o Brasil.

A BBC apurou interesses maiores de longo prazo. Eis o que diz a publicação britânica:

Interesse brasileiro e mão de obra cubana qualificada

O porto de Mariel (...) De grande profundidade, ele poderá receber navios gigantes, capacidade que poucos portos da região têm, inclusive na costa americana. Ele é modernizado no momento em que ocorrem também as obras de ampliação do canal do Panamá.

Após a reforma, o canal será a rota de passagem de navios "pós-panamax", com três vezes mais capacidade de levar contêineres que as embarcações que trafegam pelo local atualmente.

"Boa parte do comércio da Ásia para a costa leste dos Estados Unidos passa pelo canal do Panamá. Essa área (do mar do Caribe) vai ficar muito dinâmica, por isso quase todos os países da região estão reformando seus portos", diz Luis Fernando Ayerbe, coordenador do Instituto de Estudos Econômicos Internacionais da Unesp.

Porém, diferente das nações vizinhas, Cuba não pode se aproveitar das oportunidades comerciais relacionadas ao comércio com a costa leste americana devido ao embargo promovido por Washington.

Por isso, o Brasil vê o investimento no porto como uma aposta futura no fim do embargo.

A ideia é instalar indústrias nacionais (brasileiras) na zona franca de Cuba para produzir aproveitando-se dos incentivos fiscais e flexibilidade para a contratação da mão de obra cubana altamente qualificada.

Dessa forma, o Brasil teria um posto avançado para exportar inicialmente para a América Central e depois eventualmente para os Estados Unidos, segundo Thomaz Zanotto, diretor do departamento de relações internacionais e comércio exterior da Federação das Indústrias do Estados de São Paulo (Fiesp).

A opção por investir em Cuba, em vez de em outro país caribenho, se dá exatamente pelo isolamento de Havana – onde o Brasil não sofre com a concorrência americana.

Por enquanto, as duas nações ainda discutem que tipo de empresas brasileiras se instalariam na zona franca cubana. As negociações apontam para indústrias de alta tecnologia, que tirariam proveito da qualificação dos trabalhadores cubanos. Umas das primeiras opções é a indústria farmacêutica.

Oposição

O PSDB e outros partidos de oposição, como o PIG, alegam que o BNDES deveria emprestar este dinheiro para os portos nacionais. A crítica ignora que o BNDES também financia todos os portos nacionais que apresentam projetos viáveis e seguros.

Segundo Thomaz Zanotto (o diretor da FIESP), a crítica não procede. O que pesa no caso brasileiro são outros fatores que dificultam a agilização de projetos, como licenças ambientais, e não o financiamento.

(BBC/Blog do Planalto/Os Amigos do Presidente Lula)

O tempo cobra explicações à demagogia

Quando se preparava pra abandonar o barco do governo petista, o pemedebista Helder Barbalho, do alto de sua inoperância enquanto alcaide, resolveu marcar posição na direção do rompimento arvorando-se a dono de Ananindeua e provocando boicote à proposta da governadora Ana Júlia Carepa, que desativou a Granja do Icuí enquanto residência oficial do titular do poder executivo estadual e anunciou que o espaço deveria ser utilizado para a construção de casas populares dentro do programa 'Minha Casa, Minha Vida'.
Helder então investiu-se de um academicismo fora de lugar e contrapôs a proposta de fazer ali um campus municipal de alguma universidade pública, contando com o tráfico de influência, prática recorrente do partido de Helder, a fim de viabilizar sua proposição, ou, apenas inviabilizar aquilo que a governadora, enquanto a autoridade responsável legal pela destinação a ser dada ao imóvel, havia anunciado.
Claro que a Região Metropolitana de Belém é razoavelmente dotada de ofertas de vagas de universidades públicas e uma proposta demagógica e graciosa como a feita pelo inoperante prefeito ananin daquele período jamais seria acatada pelo MEC, caracterizando sua atitude politiqueira e eventual em oposição ao atendimento de uma das demandas mais significativas para Ananindeua, um dos que possui um grande déficit habitacional no Pará.
Hoje, quando uma parcela da população que mora em condições precárias às proximidades da granja é uma resposta à irresponsabilidade do pemedebista Helder Barbalho, que laborou contra o interesse público ao impedir que o direito à moradia digna que a população tem fosse atendida. Que o presente e o futuro cobrem de Helder essa sua atitude nefasta aos interesses populares.