Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O fim melancólico de uma administração que nem começou

Quando assumiu, Simão Lorota anunciou logo que veio para fazer pirotecnia politiqueira, ao suspender escandalosamente dezenas de obras em andamento suspendendo os investimentos que o estado já havia feito, resultando essa irresponsabilidade na mais baixa taxa de investimento governamental nos últimos dezoito anos, conforme mostrou em artigo o deputado Claudio Puty, no ano passado.
O atestado inequívoco de que a austeridade anunciada não passava de encenação barata e demagógica de quem pouco se importava com o andamento de obras fundamentais ao nosso desenvolvimento veio quase simultaneamente à dita encenação, quando Simão fez aumentar seus vencimentos, de seu vice e de seus secretários em mais de 60% dos vencimentos até então vigentes, assim como criou mais um nível no quadro de Assessores Especiais, sem qualquer justificativa plausível para tal, principalmente em uma conjuntura que se reivindicava de austeridade.
Depois de dois anos de paralisia geral, quando índices socio-econômicos explodiram e resultaram na colocação do Pará como destaque negativo no quadro nacional, campeão em violência urbana, em desmatamento, em IDH negativo, trabalho escravo, malária, a pior escola pública do país, pior PIB per capita do Brasil; no penúltimo ano desse desgoverno perambulante entre a propaganda caríssima, baixos investimentos e fisiologismo desenfreado, resolveu-se retomar tudo aquilo que havia sido criminosamente paralisado em janeiro de 2011, no entanto, a desgraça já havia sido causada e tudo indica que o usufruto eleitoreiro não ocorrerá porque não haverá tempo para inaugurar tudo aquilo que já deveria ter sido concluído caso não houvesse a nefasta interrupção do seu fluxo.
Hoje, quando Simão pega sua "família real" e foge para os EUA com medo do Napoleão Bonaparte do desgaste que o bombardeia por conta desses três anos de incúria e irresponsabilidade anunciando prematuramente o fim melancólico de um governo que sequer havia começado, assiste-se cair sobre a cabeça da população todos os efeitos deletérios dessa inércia, a ponto dos servidores estaduais de todos os orgãos, vilipendiados em seus direitos, elaborarem até um calendário de paralisações de suas atividades, em protesto contra essa deplorável e inédita situação. O mínimo que se espera de Simão Lorota é sua fixação definitiva lá pelas terras do Tio Sam, pelo menos até que se consiga equacionar soluções para todos os problemas que seu maldito (des)governo legou aos paraenses, bem como esteja o povo paraense livre dos efeitos perversos de sua presença governamental. Triste!  

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