Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

No tempo dos privatas

(Justiceira de Esquerda)

Nos tempos da privataria

- Zé do Chapéu era como todos o chamavam e reconheciam em Brasília. Nem dava para ser diferente. Viajando em seu exuberante Lear Jet PT-OCA, no qual carregava políticos por todo o Brasil,  falando alto e grosso, sempre com pressa, José Eduardo de Andrade Vieira vivia à sombra de um imenso chapéu branco do melhor estilo cowboy. Em abril de 1997, numa das operações mais polêmicas do governo Fernando Henrique Cardoso, ele teve seu banco, o Bamerindus, vendido pelo Banco Central ao inglês HSBC, após ter sofrido intervenção. Com mais de R$ 10 bilhões em ativos, 1,2 mil agências, 3,1 milhões de correntistas e uma das mais rentáveis seguradoras do país, saiu pelo preço de R$ 381,6 milhões. A revista Veja, em reportagem publicada cinco meses depois, considerou a operação como "um presente" em título, "uma doação" no corpo do texto. Fernando Henrique era o presidente da República, Pedro Malan seu ministro da Fazenda e Gustavo Franco, o presidente do Banco Central.
Veja registrou o seguinte:
"O Bamerindus foi doado da seguinte maneira: os ingleses darão os 381,6 milhões ao BC, em troca de 1 241 agências, ativos de mais de 10 bilhões de reais e uma das seguradoras mais rentáveis do país. Pagarão em sete anos, o que já é uma facilidade. Na surdina, o HSBC recebeu 431,8 milhões de reais do BC para reestruturar o Bamerindus e saldar reclamações trabalhistas".
Em seguida, o complemento:
"Além de agências, prédios, depósitos e perspectiva futura de lucro, o HSBC ainda recebeu um troco de 50,2 milhões". A reportagem foi assinada por Franco Iacomini e Expedito Filho.
Em 2000, quando já havia perdido o seu banco para o HSBC, Zé do Chapéu resolveu contar um pouco do que sabia da campanha de eleição de Fernando Henrique para a Presidência da República, em 1994, da qual havia sido o maior doador. Os recursos injetados lhe valeram a titularidade do Ministério da Indústria e Comércio.
"Foram arrecadados 30 milhões no caixa oficial e cerca de 100 milhões de reais de contribuições extra-oficiais, ou seja, sem recibo", afirmou o ex-ministro, de acordo com reportagem da mesma revista Veja, de agosto de 2000, a respeito da campanha de 1994. "Andrade Vieira insinuou ainda que o dinheiro foi enviado a um paraíso fiscal: "Provavelmente está no exterior. Debaixo do colchão é que não está". Para completar, disse que Sergio Motta cuidava das "compras e pagamentos do presidente", responsabilidade repassada a Eduardo Jorge após sua morte".
Fernando Henrique respondeu em entrevista, dizendo que a afirmação era mentirosa. A respeito das doações feitas por Zé do Chapéu à sua campanha, a entrega a ele de um ministério e posterior quebra do Bamerindus em operação nebulosa, FHC saiu com essa, em declaração a O Globo: "Eu sei separar as coisas".
Hoje, Andrade Vieira vive do pouco que sobrou de seu patrimônio que, nos tempos áureos, foi estimado em US$ 200 milhões: uma fazenda a 380 quilômetros de Curitiba. Ali, plantava milho quando foi supreendido pelo telefonema de um jornalista do Valor Econômico, com a informação de que o que restou do Bamerindus em poder do Banco Central (a banda pobre não vendida pelo BC de FHC ao HSBC) estava indo parar, outra vez por menos de R$ 500 milhões, nas mãos do esperrrto banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.
"Sabia que esse negócio iria interessar a quem tem muito imposto a pagar", disse o velho Zé do Chapéu. "Mas eu não fiquei sabendo de nada. Minha televisão estragou". Ele pode ter algum recurso a receber nessa última venda, mas iguamente não sabe dizer quanto. O certo é que, na operação completada agora, tudo o que se apurou nas duas vendas do Bamerindus de R$ 10 bilhões em ativos não chegou a R$ 1 bilhão.
(Brasil/247)

A lógica lorótica

Com o governo da lorota é assim: houve adultério? Então, joga a cama fora. O Ministério do Trabalho atestou que o Pará obteve um dos piores resultados do país em empregabilidade, com a perda de 11 mil postos de trabalho, durante o ano passado. Em vez de tomar providências, Simão preferiu xingar o Ministério. Curioso é que, quando os resultados eram positivos, eram citados efusivamente e sem qualquer reclamação.
Pior que iso não constitui novidade. Quando o "Inesquecível" era governador, e Simão seu braço direito, o DIEESE foi contratado para uma parceria com o governo e fazer a medição da empregabilidade, no Pará. Bastou aquele instituto divulgar números impossíveis de maquiar para que fosse espinafrado e mandado embora.
Incapazes de ver que o país mudou, as pessoas mudaram e a sociedade ficou mais exigente, depois que os dez anos de governos petistas derrubaram alguns mitos que faziam a hegemonia da direita, tais como arrocho salarial para controle da inflação, falta de acesso a crédito porque pobre é caloteiro, o mercado consumidor é acessível apenas a 30 ou 40 milhões de brasileiros, o resto tem de viver precariamente, tucanos não percebem que a mídia sozinha já não dá conta de mante-los no poder apenas sob o signo dessas mentiras. Aqui, particularmente, o mundo de fantasia criado pelo papelucho maiorânico, e reforçado pelo do 'coronel' Barbalho, já começam a dar sinais de impotência na manutenção dessa fantasia, dados os inúmeros segmentos da sociedade a viver sob as incômodas sensações de insegurança, abandono, incompetência governamental, entre outras, mas igualmente desagradáveis. Veremos que desdobramentos essa situação calamitosa trará.

Esse, é o 'Cara"!

“Não existe mais nenhuma razão de se manter o bloqueio [de Cuba] a não ser a teimosia de quem não reconhece que perdeu a guerra, e perdeu a guerra para Cuba”, disse hoje, dia 30, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao discursar no encerramento da 3ª Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, patrocinada pela Unesco.

Ele conclamou Obama "ter a mesma ousadia que levou seu povo a votar nele" e mudar os rumos da política externa para Cuba e América Latina.

Lula abriu o seu discurso pedindo um minuto de silêncio para as vítimas do incêndio em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e fez uma homenagem a Hugo Chavez, que se encontra internado em Havana, em tratamento de saúde.

Com relação aos assuntos do continente, Lula disse que o desafio dos presidentes e líderes não é só promover a qualidade de vida e bem-estar, mas a integração latino-americana.

“Vocês não podem voltar para suas casas e simplesmente colocar isso [a participação no evento] nas suas biografias. É necessário que vocês saiam daqui cúmplices e parceiros de uma coisa maior, de uma vontade de fazer alguma coisa juntos mesmo não estando reunidos [fisicamente]”, afirmou Lula, dizendo que a tecnologia atual permite maior integração.

Lula propôs uma "revolução na comunicação" radicalizando o uso das redes sociais para contrapor a velha mídia do contra. O recado foi: nós não podemos depender dos outros para publicar o que nós mesmos devemos publicar.

“Nem reclamo, porque no Brasil a imprensa gosta muito de mim”, ironizou o ex-presidente. E deu a sua opinião sobre a razão pela qual a mídia tradicional tem resistência a ele: “Eu nasci assim, eu cresci assim e vou continuar assim, e isso os deixa [os órgãos de imprensa] muito nervosos”. O mesmo se aplicaria aos outros governos progressistas da América Latina: “Eles não gostam da esquerda, não gostam de [Hugo] Chávez, não gostam de [Rafael] Correa, não gostam de Mujica, não gostam de Cristina [Kirchner],não gostam de Evo Morales, e não gostam não pelos nossos erros, mas pelos nossos acertos”, disse. Para Lula, as elites não gostam que pobre ande de avião, compre um carro novo ou tenha uma conta bancária.

“Quem imaginava que um índio, com cara de índio, jeito de índio, comportamento de índio, governaria um país e, mais do que isso, seu governo daria certo?”, indagou Lula, referindo-se a Evo Morales, presidente da Bolívia. Ele contou que a direita brasileira queria que ele brigasse com Evo, quando ele estatizou a empresa de gás boliviana, que era de propriedade da Petrobras. “Aí eu pensei: eu não consigo entender como um ex-metalúrgico vai brigar com um índio da Bolívia”, contou o ex-presidente, sob os aplausos da plateia.
(Os Amigos do Presidente Lula)

Pega na mentira a demotucanalha!

(Justiceira de Esquerda)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Patranha tucana

Enquanto, em público, Aécio 'Canabrava' Neves encena um pedido de renúncia da candidatura à presidência do Senado ao pemedebista Renan Calheiros, até ameaçando apoiar o falso moralista Pedro Taques, à sorrelfa, tucanos fazem campanha por Renan, inclusive o ex-detento Flexa Ribeiro, que disputa com outro tucano a 1ª Secretaria da Casa, cargo a que que só terá acesso caso o PSDB vote com o PMDB.
Fora toda essa hipocrisia conservada em cachaça mineira, existe um orçamento de R$3,6 bilhões do Senado Federal, que é administrado por aquela secretaria e deve estar deixando Flexa com os olhinhos revirando de ternura, pensando em bolinar toda aquela bolada. Enquanto o PIG carrega no colorido tosco do moralismo degenerado dessa ópera-bufa, na vã tentativa de mostrar que os tucanos são zelosos e sérios no trato da coisa pública. Até hoje fazem de conta que A Privataria Tucana não existiu. Égua!!

Perguntar não ofende

Zenaldo Jr esteve presente, ontem e anteontem, no Encontro Nacional de Prefeitos com a presidenta Dilma Rousseff, quando foram disponibilizados R$66 bilhões para ações na área da saúde, do saneamento, assim como para a implantação da educação em tempo integral no ensino fundamental, bem como financiamento de creches?
Depois, não adianta ir chorar no colo do 'coronel' Barbalho, ou através do papelucho maiorânico, as pseudo atitudes discriminatórias contra a capital paraense.

Aécio 'Canabrava' Neves fica encarregado de fornecer a água p/ o Encontro Nacional dos tucanos e vejam o resultado

PSDB processa Obama, Michelle anda fazendo propaganda para o PT


PSDB quer proibir sigla em aeronaves por apologia ao PT


PSDB e aliados viraram piada nas redes sociais pela representação que fizeram contra o pronunciamento da presidenta Dilma e o uso de um vestido da cor vermelha que lembra a cor do PT.  Na imagem acima, nossa humilde contribuição para que os tucanos possam impedir outras "propagandas petistas" Brasil afora... #PSDBvermelhoDeRaiva
No Palavras Diversas /via Blog do Saraiva

As águas turvas de Barbalho

É inegável que o 'coronel' Barbalho continua raciocinando pelo orgão mais sensível de seu organismo: o bolso. Oportunisticamente, ignorou todos os fatos que levaram o Ministério do Planejamento a retirar do PAC II o derrocamento do Pedral de São Lourenço e desceu de para-quedas como defensor da dita obra, como se não houvesse antecedentes que justificassem tal retirada.
Não por acaso, a direção do DNIT, responsável pelo primeiro estudo que orçou a referida obra em mais de R$500 milhões e foi o passo inicial para sua retirada da programação do governo federal, foi indicação justamente dele, Jader Barbalho. Evidentemente, não se está responsabilizando o senador pemedebista pelo maroto "estudo", porém, é inegável que o mesmo tem griffe bastante conhecida.
Outra coisa que não pode passar despercebida nesse súbito acesso de desenvolvimentismo barbálhico é o fato de, quando foi governador pela segunda vez, Jader foi o campeão em AROs, antecipação de receita orçamentária, recebendo antecipadamente inúmeros créditos tributários da Vale do Rio Doce a ponto de comprometer as finanças do estado, segundo denunciou seu sucessor. Isso tudo acompanhado da indiferença pela agregação de valor ao nosso minério, já aquela altura considerado, em vários estudos feitos à época, fundamental para nos livrar da condição colonial de mero exportador de matéria-prima. Mesmo no caso da instalação da ALPA, em Marabá, desconhece-se qualquer manifestação favorável do deputado federal e (eterno)presidente do PMDB paraense em favor do tal empreendimento.
É nesse sentido que se deve ter um pé atrás, no que toca o empenho em defesa dos interesses de nossa economia. Principalmente porque fica escancaradamente evidente que essa encenada defesa não questiona em momento algum que papel cabe à Vale nesse processo. Dá apenas sinais de que recorrerá ao surrado bairrismo para, na falta de argumentação mais consistente, reduzir tudo à uma vaga e inexata discriminação, cujo resultado não resolverá nossos problemas estruturais, apenas corre o risco de transformar atitudes farsescas como essa em heroismo. Deplorável!  

Brasil e Japão assinam acordo para prevenção de desastres naturais


Troca de experiências com o país oriental ampliará área de conhecimento da defesa civil brasileira
 
Brasília - Agir preventivamente para minimizar desastres naturais. Esse é o objetivo do acordo de cooperação firmado entre o Ministério da Integração Nacional e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), nesta terça-feira (29), em Brasília. A ação, inédita, permitirá que o Brasil aprimore sua atuação na Defesa Civil nacional e aprenda novas técnicas utilizadas pelos japoneses na prevenção de desastres naturais. Os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT); das Cidades (MI); e das Relações Exteriores (MRE) também integram o acordo.
 
Os municípios de Nova Friburgo e Teresópolis, no Rio de Janeiro, e Blumenau, em Santa Catarina, serão beneficiados com o projeto-piloto, previsto no acordo. As cidades escolhidas foram selecionadas com base em critérios técnicos, como impacto socioeconômico do desastre e a capacidade de execução. O projeto também trabalhará em pontos específicos, levando em consideração riscos de enxurradas e deslizamentos. O termo de compromisso terá duração total de quatro anos.
 
De acordo com o secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, a cooperação entre os dois países fortalecerá ainda mais a Defesa Civil do Brasil, que, atualmente, passa por uma reestruturação. "É uma satisfação fazermos parte desse acordo. Nossa expectativa é a de aprendermos mais com a experiência dos nossos colegas japoneses. Isso vai nos ajudar a modernizar o sistema com novos ensinamentos", declara.
 
Um investimento recente do Ministério da Integração Nacional refere-se à modernização do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), coordenado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. No ano passado, o espaço físico passou de 70 metros quadrados para 600 metros quadrados, onde atua uma equipe multidisciplinar que trabalha 24 horas por dia, todos os dias, no gerenciamento de informações sobre riscos de desastres naturais.
 
O líder da missão japonesa, Norihito Yonebayashi, destacou a importância de se agir preventivamente. Segundo ele, uma vez que acontece o desastre, a omissão das ações de prevenção é revelada no momento em que se têm a dimensão dos danos às vítimas. "A prevenção não é apenas a proteção da vida humana, mas de toda a sociedade, de toda a economia", alega.
 
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCT, Carlos Nobre, lembrou ainda que o Japão é um dos países com o melhor sistema de alerta de prevenção de desastres em todo mundo. "Esse projeto vai permitir o estreitamento das relações científicas e tecnológicas com o Brasil", afirma.
(Ministério da Integração)

Governo estimula investimentos

Com um olho na taxa de investimento e outro na inflação, o Banco Central fez um movimento de valorização do real frente ao dólar. Ontem, a moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 1,985 - o menor nível desde julho do ano passado. O real acumula, no ano, uma apreciação de 2,92%.
A tendência é de que a taxa de câmbio, dentro do regime de "flutuação suja", fique mais estável e num patamar menos desvalorizado do que no ano passado. A avaliação de fontes do governo, porém, é de que, com uma taxa sensivelmente abaixo de R$ 2, começaria a "chiadeira" da indústria.
Assuntos relacionados
Há um intervalo no qual o câmbio pode se situar de forma a não penalizar tanto os custos das importações para renovação tecnológica e seja, também, um fator a mais de descompressão da inflação. Esse teria sido um movimento coordenado do governo e a decisão do BC, de fazer a rolagem antecipada de US$ 1,85 bilhão em swaps cambiais na segunda-feira, sacramentou o rompimento do piso psicológico de R$ 2.
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, deu algumas declarações sobre o tema: "Ao ajustar a política monetária, reajustar o câmbio e reduzir o preço da energia elétrica, criamos preços relativos novos que serão testados em 2013 e esperamos que sejam bem-sucedidos", disse, durante entrevista coletiva.
O governo reduziu três preços importantes - juros, câmbio e energia elétrica, um dos insumos mais importantes para a indústria - e espera com isso estimular os investimentos, sem os quais não haverá crescimento sustentado.
No mercado, a avaliação é de que, pelo lado da inflação, o câmbio vem se juntar a outros fatores que devem ajudar a reduzir as pressões sobre o aumento de preços nos próximos meses. São eles: menor reajuste do salário mínimo neste ano e no próximo (por causa da baixa taxa de crescimento do PIB), um certo alívio nos preços dos produtos in natura e redução da tarifa de energia e dos preços das commodities agrícolas. Um câmbio de R$ 2,00 na média do ano representaria algo como 0,25 ponto a menos na inflação, segundo fontes do setor privado.
(Valor Econômico)


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Prefeito tucano e ex-secretário de Geraldo Alckmin flagrado pela PF na Operação Porto Seguro







O ex-secretário estadual de De­senvolvimento Econômico Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), hoje prefeito de Santos (SP), agendou reuniões com autoridades do go­verno paulista a pedido do empre­sário Carlos César Floriano, de­nunciado por corrupção ativa na Operação Porto Seguro. Segundo as investigações da Polícia Fede­ral, uma das empresas de Floriano foi beneficiada por um parecer técnico do governo federal que te­ria sido comprado por R$ 300 mil.


Sete telefonemas gravados pe­la PF com autorização judicial, de março a maio de 2012, revelam que Barbosa tinha relação próxi­ma com Floriano. De acordo com o Ministério Público Federal, o empresário é dono da Tecondi, companhia que opera o terceiro maior terminal de contêineres do Porto de Santos - município em que Barbosa se elegeu prefeito, em outubro.


Em uma ligação, os dois conver­sam por cerca de quatro minutos sobre assuntos de interesse de Floriano e um evento de empresá­rios que teria a participação do go­vernador Geraldo Alckmin (PSDB). O secretário chama Floriano de "professor" e o empresá­rio se refere a Barbosa como "mes­tre".


O telefonema entre Floriano e Barbosa foi interceptado pela PF em 17 de abril, às 11h58. 0 empre­sário pede "ajuda" do secretário para desembaraçar um "negócio" relacionado a uma "área da CPTM", a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.


"O, meu, deixa eu te falar uma coisa, que eu preciso pedir pra vo­cê me dar uma ajuda naquele ne­gócio. Aquele negócio lá daquela área da CPTM, pô... Os caras tão me enrolando, cara...", reclama Floriano.


"Vou marcar pro Jurandir, en­tão", responde Barbosa, em refe­rência a Jurandir Fernandes, se­cretário de Transportes Metropo­litanos - pasta a que a CPTM está vinculada. "Mas tu vai lá comigo, vamos nós dois?", sugere o então secretário.


"Vou, pode marcar", confirma o empresário.


A reunião com Jurandir Fernan­des foi marcada para 3 de maio, mas acabou cancelada, pois o se­cretário de Transportes Metropo­litanos foi convocado para audiên­cia com Alckmin.


Em outro telefonema, intercep­tado em maio, as secretárias de Barbosa e de Floriano marcam reunião entre os dois e o diretor-presidente da Empresa Metropo­litana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes.


"Pessoal de peso". Numa liga­ção, Paulo Barbosa e Floriano fa­lam sobre uma reunião com "pes­soal de peso" do empresariado. "É o pessoal da área de papel, né? (...) Eu não vou, não. Tô um mon­te de coisa aqui", diz Floriano.


"Eu coloquei o teu nome lá", in­siste Barbosa.


O empresário comenta que "não tem nada a ver" e que pes­soas de seu grupo irão ao encon­tro. "O Alípio vai, o diretor nos­so, o superintendente da área, o pessoal da Suzano, vai o pessoal da International Paper. Tá bem representado. Vai um pessoal de peso", afirma Floriano.


Barbosa indaga: "Tu não gosta do Geraldo não, hein, cara?".


O ex-secretário de Alckmin não era alvo da Porto Seguro, mas a investigação da PF tam­bém aponta que o atual prefeito de Santos atuou em favor de um projeto do ex-senador Gilberto Miranda, denunciado pelo Mi­nistério Público por corrupção.


Miranda tentava obter junto ao governo do Estado parecer em favor de um empreendimen­to portuário avaliado em R$ 1,65 bilhão na Ilha de Bagres, no mu­nicípio de Santos.


O ex-senador procurou Barbo­sa e se encontrou com o então secretário estadual para pedir ajuda na obtenção de uma decla­ração de utilidade pública para o projeto, que dependia de assina­tura do próprio governador. A declaração era necessária para au­torizar a derrubada de parte da vegetação da ilha.


O governo de São Paulo pu­blicou uma declaração de rele­vância econômica, que foi come­morada pelo empresário. A Se­cretaria de Desenvolvimento Econômico havia dado encami­nhamento ao projeto e declarou no processo que o plano de Mi­randa era "imprescindível para a expansão portuária paulista".
(Estadão/via Os Amigos do Presidente Lula)

"Verdade" piguenta

(Justiceira de Esquerda)


Procuradoria Geral é acusada de favorecer Apple em licitação de tablets




O blog do jornalista Renato Rovai publicou ontem (28) denúncia segundo a qual a Procuradoria Geral da República teria favorecido a empresa Apple numa licitação para compra de 1.226 tablets.


O edital de licitação, que teve trechos reproduzidos no blog, direcionou vários itens para a empresa, citada nominalmente em alguns trechos – o que é proibido por lei.


O blog diz ainda que o pregão eletrônico para decidir sobre o vencedor foi realizado na tarde do dia 31 de dezembro, quando, segundo Rovai, a Procuradoria Geral já estava em recesso de fim de ano. O valor da compra foi de quase R$ 3 milhões.


A PGR é comandada por Roberto Gurgel, o mesmo que pediu a condenação sem provas de réus na Ação Penal 470, conhecida por processo do mensalão.


Gurgel também é acusado de retardar as investigações contra o bicheiro Carlos Cachoeira e o ex-senador Demóstenes Torres, envolvidos nas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. Ele chegou a ser citado no relatório final da CPI do Cachoeira, com pedido de investigação, mas teve o nome retirado depois das pressões do PSDB e de parte da base aliada presente na CPI.


(Rede Brasil Atual)

No PT, Zé de Abreu migra do palco para a política

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Um dos militantes políticos mais ativos da internet brasileira, o ator José de Abreu decide se filiar ao PT e será âncora dos próximos programas do partido; com o apoio do ex-presidente Lula, ele tentará ser deputado federal, mas uma de suas principais missões é ajudar a eleger Lindbergh Farias governador do Rio em 2014; ao 247, ele falou sobre a decisão: "O PT precisa reconquistar os intelectuais, os artistas e a juventude"; segundo ele, "enquanto a esquerda se distraiu, a direita se organizou"Com mais de 72 mil seguidores no Twitter, o ator José de Abreu é hoje um dos principais militantes políticos brasileiros. Incansável, ele divide o tempo em atuação no teatro e nas novelas, como em Avenida Brasil, com sua tribuna nas redes sociais, que é, inegavelmente, uma das mais influentes do País. Agora, ele está prestes a se reinventar mais uma vez. Quinze dias atrás, numa conversa com o ex-presidente Lula, o ator global decidiu se filiar ao PT e irá concorrer ao cargo de deputado federal, em 2014. "Chegou a hora de uma ação política direta", disse ao 247.
Suas primeiras missões já começam a ser desenhadas. Abreu será o âncora dos programas do PT no Rio de Janeiro e deverá iniciar uma caravana pelo interior do estado, acompanhado do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Inspirado nas caravanas da cidadania de Lula, Lindbergh promete visitar todos os municípios do Rio, para tentar quebrar a hegemonia do PMDB e se eleger governador em 2014.
Zé de Abreu, no entanto, tem uma agenda própria. "Nos últimos anos, o PT se distraiu em relação aos artistas e intelectuais", afirma.  "É preciso reconstruir essa ponte". Ele recorda que, em 1989, praticamente todos os artistas da Globo aderiram ao "Lula-lá". Hoje, diante do massacre midiático decorrente do mensalão, mesmo os que ainda se identificam com o PT, se escondem.
Nas redes sociais, o ator percebe um movimento em gestação. "Há espaço para uma nova agenda, muitos estão descontentes com o discurso único". Nos grandes jornais, por exemplo, José de Abreu nota que todos os colunistas, de uma forma ou de outra, são ligados ao Instituto Millenium, que abraça nomes  como Merval Pereira, Marco Antonio Villa, Guilherme Fiúza e Carlos Alberto Sardenberg, entre tantos outros. "Enquanto a esquerda se distraiu, a direita se organizou", afirma Zé de Abreu. "E o resultado foi uma guinada conservadora no pensamento do País".
Em relação à Globo, Abreu já fez uma consulta para manter seu contrato, mas numa espécie de licença não remunerada, podendo voltar ao Projac depois de exercer um eventual mandato ou de, simplesmente, concorrer. "Difícil vai ser me acostumar com o terno", afirma. "Mas eu gosto muito da agitação de Brasília".
(Brasil/247)

Mudança de discurso. Permanência do (mau)hábito

Quando era prefeito o filho do desafeto dos donos da TV Liberal, invariavelmente as reportagens davam ênfase na responsabilização da prefeitura de Ananindeua pela sujeira da cidade. A partir de 1º de janeiro, entrou outro "vilão" na jogada: o povo, que não colabora com a administração e atira entulho nas ruas. Até interpelar uma senhora, flagrada pela câmera da reportagem atirando lixo em um monturo em formação, o repórter fez e nem deu ouvidos aos reclamos da cidadã, que denunciou o fato do carro do lixo só "levar o lixo da cozinha".
Enfim, a tal 'reporcagem' parece ter sido feita para isentar o tucano Pioneiro de possível futura cobrança pela precariedade na coleta do lixo ananin, optando pela responsabilização da população. Campanha educativa, esclarecimento sobre como proceder no caso dos chamados entulhos e atitudes dessa natureza, fundamentais para a credibilidade de uma administração que se pretende séria, tanto o jornalixo liberal quanto a gestão tucana parecem ignorar. Lamentável!

A estulta confissão pública de conluio

No programa 'Digishow', da Tv Gazeta, em matéria paga, dirigente de associação empresarial de Ananindeua revela, sem o menor pudor, que os empresários daquele município uniram-se e arrancaram do prefeito a Secretaria de Desenvolvimento.
Depois dessa, fica claro que dias piores virão para aquele povo, pois nada de bom se pode esperar de um prefeito que "joga no pisão" seu secretariado, negligenciando critérios mais pertinentes e sucumbindo a espúrios lobbies tomada de decisão tão importante. A propósito, quando Manoel Pioneiro efetivamente toma posse?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Sujou na entrada, na saida e ainda não quer que limpem!

Deve ser tomado como elogio a acusação feita pelo cagão que deixou a inflação em 80% ao mês, de que o governo petista desfez tudo que ele fez. Obviamente, motivo de ofensa seria se o nefasto defecador econômico elogiasse o PT.
Pior é a cínica confissão do comando do FMI em cima de todo o cipoal legislativo que ele "obrou" na nossa economia, inclusive a Lei de Responsabilidade Fiscal, um diploma legal positivo, mas fruto de mais uma exigência do Fundo após a enésima quebra das finanças do país. Vai te limpar, Mailson!

Novos prefeitos têm a oportunidade de adequar planos e melhorar ensino

No Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas, promovido pelo governo federal nesta segunda-feira, 28, e na terça, 29, em Brasília, o Ministério da Educação apresentará a situação do ensino nos municípios e os programas capazes de melhorar a qualidade da educação. Aos gestores será mostrado um levantamento informatizado dos programas em andamento nos municípios, baseado na repactuação de acesso a programas do MEC por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR).

A presidenta da República, Dilma Rousseff, abre o evento nesta segunda-feira, 28, às 17 horas. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, faz palestra na terça-feira, 29, às 10h30, sobre as políticas de educação.

No encontro, prefeitos e secretários municipais de educação obterão detalhes sobre planejamento entre os municípios e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os prefeitos poderão também aderir aos programas de construção de creches e pré-escolas e de construção e cobertura de quadras poliesportivas, que terão o período de adesões reaberto. Na construção de creches, a prefeitura participa com a cessão do terreno. Há ainda a possibilidade de antecipação de recursos para custeio das novas unidades de educação infantil e de pagamento de 50% a mais do repasse por criança integrante do programa Bolsa-Família que estiver matriculada na rede pública ou conveniada de educação infantil.

Pacto — Uma prioridade do MEC é o Pacto pela Alfabetização na Idade Certa, que tem como objetivo alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade. Trata-se de uma política destinada a melhorar a qualidade do ensino ao longo do tempo — a criança que não aprende a ler e a escrever, nem fazer as primeiras contas na idade adequada tem maiores chances de ser reprovada ou de abandonar a escola.

O pacto prevê avaliações com crianças de 7 e 8 anos para aferir a capacidade de escrever, ler, interpretar textos e fazer as primeiras contas. Estarão mobilizados mais de 360 mil professores alfabetizadores, que receberão bolsa de R$ 200. Também estarão envolvidos 18 mil monitores e 38 universidades.

Integral — Outro programa destinado a melhorar a qualidade do ensino básico é o Mais Educação, que estimula a educação integral nas escolas da rede pública. Mais de 30 mil instituições participam do programa, que amplia a jornada escolar para sete horas e oferece reforço escolar, esporte, cultura e lazer aos estudantes. A meta é atingir 60 mil escolas até 2014.

No encontro, os prefeitos poderão participar de oficinas sobre diversos temas e programa oferecidos pelo MEC, como os de transporte escolar, mobiliário escolar, educação digital, merenda escolar, livro didático; educação no campo; acesso ao ensino técnico e emprego; planos nacional e municipais de educação; prestação de contas e piso salarial do professor.

As especificações completas e os valores de todos os produtos disponíveis estão na página do FNDE na internet. Estados e municípios terão acesso ao Sistema de Gerenciamento de Adesão de Registro de Preço (Sigarp) para aderir aos pregões de interesse de cada gestor municipal. De acordo com o produto escolhido, a compra pode ser feita com recursos próprios, de outras fontes ou, ainda, por meio de linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
(MEC)

Portugal Telecom reafirma não ter plano de compra da Oi

A Portugal Telecom reafirmou hoje que não existem planos que contemplem a compra de controle ou a realização de uma oferta pela empresa de telefonia Oi, na qual já possui participação. A informação está em fato relevante divulgado nesta segunda-feira pela Oi, informando o recebimento de correspondência da PT.
A Portugal Telecom informou que a empresa, a Oi e seus acionistas controladores analisam regularmente propostas que possam contribuir para uma melhoria operacional e do modelo de gestão da Oi, de forma a extrair sinergias adicionais, particularmente nas áreas de engenharia, rede, tecnologia, inovação e serviços.
“As companhias divulgarão, em estrita observância da lei e das normas em vigor, qualquer fato que possa ser considerado como relevante para conhecimento do mercado”, disse a Oi no comunicado.
(Valor Econômico)

Gilmar Mendes é citado em escândalo de caixa dois com Marcos Valério


Miraglia entregou à PF cerca de 12 quilos de documentos que, segundo ele, mudarão a política do país

Intimado pela Polícia Federal (PF) como testemunha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes – que teria sido um dos beneficiados em um esquema de repasse de recursos federais –, o empresário Marcos Valério causou rebuliço, na última quinta-feira (24), na superintendência da instituição, em Belo Horizonte. Seria a primeira vez que o empresário, condenado a 40 anos de prisão, no escândalo do mensalão, voltaria a prestar depoimento à polícia. As informações são do jornal Hoje em dia

Porém, contrariando as expectativas de todos, inclusive às da PF, o empresário não apareceu. Sua defesa alegou que ele marcará data conveniente para prestar explicações à polícia, já que figura apenas como testemunha do ministro. Ele não é visto em público desde a condenação pelo mensalão.

Além de Valério, foram intimados o lobista Nilton Monteiro e seu advogado, Dino Miraglia. Apenas o advogado esteve na PF, na região Centro-Sul da capital. A delegada Vânia Gazzinelli foi a responsável por colher o depoimento e receber os documentos. Miraglia, que defende o lobista, falou por cerca de quatro horas com a delegada. O advogado classificou o depoimento como “intenso e positivo”. Ele questionou a ligação entre Valério e o ministro. “É uma relação, no mínimo, incoerente”.

Os depoimentos fazem parte das investigações do caso que envolve a suposta ligação de Gilmar Mendes e de outras autoridades com Valério. Além do depoimento, Miraglia entregou à delegada documentos que comprovariam o esquema com verba federal. “São mais de 12 quilos de papel, envolvendo várias pessoas. Vão desde favorecimento até tentativa de homicídio. Se a polícia levar a fundo a investigação, poderá vir uma grande mudança no cenário político do país”, afirmou.

O advogado do lobista Nilton Monteiro alega que seu cliente teria sido vítima de um atentado. “Colocaram fogo na casa dele. Um sobrinho chegou a ficar internado. Se isso acontecesse no Estado do Texas, nos Estados Unidos, os responsáveis seriam condenados à morte”, compara.

Caixa dois

O ministro Gilmar Mendes trava uma disputa com  Nilton Monteiro e o advogado criminalista Dino Miraglia desde a divulgação do esquema, que teria beneficiado diversas autoridades durante a campanha para o governo de Minas, em 1998. O suposto caixa dois teria sido articulado por Marcos Valério, que assina a lista de beneficiados, registrada em cartório. O nome do ministro Gilmar Mendes aparece no documento como tendo recebido R$ 185 mil. Nilton Monteiro teria elaborado a lista. O ministro nega o recebimento.

A documentação foi entregue à PF por Miraglia que, além de Monteiro, defende a família da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada em 2000. Segundo o advogado, a morte foi uma “queima de arquivo”, pois a modelo seria a responsável por transportar malas de dinheiro do esquema. Na lista, Cristiana teria recebido R$ 1,8 milhão.
(Os Amigos do Presidente Lula)

domingo, 27 de janeiro de 2013

Pará lidera ranking da escravidão em 2012


: O Ministério do Trabalho e Emprego retirou no ano passado 2.560 trabalhadores de condições análogas à de escravo em todo País; ao todo foram realizadas 135 operações que resultaram em mais de R$ 8,6 milhões em indenizações; o Pará registrou o maior número de resgates; as 22 operações no Estado resultaram no resgate de mais de 500 trabalhadores
O Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego retirou no ano passado 2.560 trabalhadores de condições análogas à de escravo em todo país. Os dados são do último relatório apresentado pela Secretaria de Inspeção do MTE no dia 15 de janeiro. Ao todo foram 135 operações já computadas pela Secretaria  em 2012 e que resultaram em mais de R$ 8,6 milhões em pagamentos de indenizações aos trabalhadores resgatados.
No estado do Pará foi onde houve maior numero de resgates em 22 operações, que resultaram na retirada de mais de 500 trabalhadores expostos a condição análoga a de escravo. A pecuária foi o setor onde mais houve resgates, seguida por atividades ligadas ao plantio.
As condições em que os trabalhadores são resgatados envolvem restrições à liberdade, a falta de pagamento ou descontos indevidos do seu salário mensal e demais direitos garantidos pela legislação trabalhista. O Grupo Móvel vem atuando nos últimos 15 anos, em conjunto com a Polícia Federal (PF) e Ministério Público do Trabalho (MPT), para combater esse tipo de relação trabalhista ilegal. As equipes têm a missão de apurar denúncias, resgatando trabalhadores e punindo os empregadores flagrados pelos auditores-fiscais do Trabalho explorando trabalhadores.
(MTE/via 247)

Antropóloga disseca caso de racismo na BMW

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Segundo Débora Diniz, o mal-entendido na concessionária da Barra reflete uma realidade brasileira: crianças negras são invisíveis ao universo do consumo; charge do artista Máximo compara concessionária a um navio negreiro
- Foi um mal-entendido ou uma criança negra é invisível ao universo do consumo de luxo no Brasil? Confira, abaixo, a análise da antropóloga Debora Diniz, sobre o caso de racismo numa concessionária da BMW na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro:
Qual mal-entendido?
O casal, branco, queria comprar uma BMW no Rio; o gerente da loja, expulsar um menino negro de 7 anos. Era o filho deles
Debora Diniz*
Em nenhum momento, ele olhou para o nosso filho." Priscilla Celeste Munk é mãe de uma criança negra de sete anos. No catálogo racial brasileiro, ela é uma mulher branca. Sua branquidade se anuncia pela cor da pele, mas também pela classe social. Foi como uma mulher branca, acompanhada de seu marido também branco, Ronald Munk, que vivenciou o racismo contra seu filho adotivo em um dos templos do consumo de luxo no país - uma concessionária de carros BMW no Rio de Janeiro. A cena foi prosaica: a família foi à concessionária e o filho se entreteve com uma televisão. O gerente os atendeu como um casal desacompanhado. Quando a criança se aproximou, a cor de sua pele resumiu a impertinência de sua presença em um lugar onde somente brancos e ricos seriam bem-vindos. Sem se dirigir ao casal, o gerente ordenou que a criança saísse da loja: "Você não pode ficar aqui dentro. Aqui não é lugar para você. Saia da loja. Eles pedem dinheiro e incomodam os clientes".
Imagino que o monólogo do gerente com a criança sem nome nem rosto, mas rejeitada pela cor, tenha sido adequadamente reproduzido pela mãe. A combinação entre um "você" que olha, mas ignora a criança, e um abstrato "eles", que não olha, mas registra a desigualdade, é poderosa para resumir a racialização de classe da sociedade brasileira. Em poucas palavras, o gerente oscilou entre dois universos, ambos movidos pela mesma inquietação moral: como proteger os ricos dos pobres, os brancos dos negros. O gerente não cogitou estar diante de uma família multirracial, mas de clientes brancos e de um menino negro pedinte que perturbaria a tranquilidade do consumo.
Até aqui, não haveria nada de novo para a realidade da desigualdade social que organiza o espaço do consumo - engana-se quem pensa que os shoppings centers são locais de livre trânsito: as regras sobre como se vestir e se portar não permitem que todos igualmente ali transitem. A impertinência do caso é, exatamente, estremecer essa ordem silenciosa da desigualdade racial e de classe da sociedade brasileira. Por isso, com a devida sensibilidade do capitalismo global, a concessionária da BMW optou por descrever o caso como um "mal-entendido".
"Preconceito racial não é mal-entendido", disse a família em uma campanha aberta sobre o caso, porém com cautela sobre a identidade do filho que se vê resumido à cor. Não tenho dúvidas de que esse é um caso de discriminação racial - a cor da pele importa para o reconhecimento do outro como um semelhante. É isso que chamamos racismo: descrição do outro como um dessemelhante e abjeto pela cor de seu corpo. A criança de 7 anos, antes mesmo de entender o sentido político do racismo na cena vivida, foi alvo de uma rejeição que resume sua existência. Assim será sua vida. O consolo familiar é que o garoto redescreveu para si que "crianças não eram bem-vindas à loja" e não se personalizou na rejeição pelo corpo. A ingenuidade infantil em breve será vencida pela observação cotidiana de práticas racistas. Com a perda da ingenuidade, a criança sem nome e com somente cor encontrará outro grupo para traduzir sua experiência de sentir-se abjeta - não será mais porque é uma criança em um ambiente de adultos, mas um adolescente, um homem ou um velho negro em um mundo cuja ordem do consumo e da lei é, ainda, branca.
Por isso, desejo explorar o argumento do "mal-entendido" para além de uma estratégia infeliz de marketing. De fato, há um mal-entendido ético que costurou o roteiro desse desencontro racial. Para ser reconhecido como um futuro adulto rico e potencial amigo da concessionária para a compra de carros de luxo, o garoto de 7 anos precisaria habitar um corpo inteligível para a casta dos ricos. Sua cor o torna um sujeito inimaginável. Para ser reconhecido, é preciso antes ser inteligível à ordem dominante.
Crianças negras são ainda invisíveis ao universo do consumo, o que pode parecer óbvio dada a sobreposição da desigualdade de classe à desigualdade racial no País: negros são mais pobres que brancos, um fato que alimenta intermináveis controvérsias sobre as causas da desigualdade, se seriam elas de renda ou raciais. A verdade é que as crianças negras não são invisíveis apenas na concessionária da BMW, mas em escolas, hospitais ou espaços de lazer, isto é, como futuros cidadãos à espera da proteção de uma sociedade que se define como livre do racismo.
Como em um experimento sociológico, o caso da família multirracial mostrou que a renda não é capaz de silenciar a rejeição racial: a criança se converteu em um ser abstrato, parte de uma massa de pedintes que incomodam os clientes ricos. Ao contrário do que imagina a loja da BMW, o mal-entendido não se resumiu ao diálogo entre o gerente e a família, mas entre quem imaginamos que somos como uma democracia racial e o que efetivamente fazemos com nossa diversidade racial.
* Debora Diniz é antropóloga, professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da ANIS - Instituto de Bioética, Direitos humanos e Gênero- via Brasil247

Os aparelhos do PIG

Esta foto, publicada pelo jornal espanhol 'El País', no meio da semana passada, supostamente mostrava um Hugo Cavez em situação terminal e "só esperando a hora".
Depois, o próprio jornal reconheceu a falsidade da referida foto, pediu desculpas públicas e retirou de circulação a edição que a estampava. Como bem disse o titular do 007BONDblog, de onde a foto foi extraída, nesse ritmo, quem caminha para respirar apenas com a ajuda de aparelhos é a própria imprensa. Égua!!

Intimoratos

Preso às conveniências

A entrevista do 'coronel' Barbalho ao seu próprio jornal tem toda a pinta que faz parte do roteiro traçado pela Vale, cujos interesses o dono do PMDB local adotou como paradigma principal para o exercício de seu mandato. Por sinal, semanna pasada, até um prêmio, no campo da sustentabilidade ambiental, o Repórter Futrica(Diário) arranjou para a ex-estatal que nos coloniza, muito embora seja do conhecimento até do reino mineral que a Vale é tida e havida por organismos internacionais como uma das empresas mais nefastas a um meio ambiente saudável.
Barbalho caminha para o fim, porém, sem abdicar do comportamento político que permeou toda sua trajetória, a da oferta de espelhos em troca de ouro. Para ele, se os interesse do "Diário" vão bem é porque o Pará também vai. Como esse bem estar é bancado pela mineradora, então, não importa por em risco um investimento de R$5,2 bilhões, previsão de produção de 700 mil toneladas de aço, a instalação de uma siderúrgica capaz de proporcionar a geração de 16 mil empregos na fase de implantação e mais 5300 diretos e 16 mil indiretos, durante sua operação, não importa a verticalização da cadeia minerária do ferro no estado. nada disso tem qualquer importância para nossos coronéis se ameaça o atual o statuos quo de nossa política. Lamentável! 

Não paga, Lúcio!

O cleptoalcaide D. Costa foi condenado inúmeras vezes e nunca deu bola pra justiça local; Simão Lorota foi sentenciado a pagar a diferença do Piso Nacional dos Professores aos aposentados e ignorou solenemente a decisão. Então, por que só o Lúcio Flávio Pinto é obrigado a pagar as indenizações previstas nas condenações contra ele? Primeiro, para o mega bandido Cecílio Rego de Almeida, este hoje 'vivendo' na feliz companhia do diabo; e agora para Rominho Jr., cujo jornal vive espinafrando Christina Kirchner e Hugo Chavez por supostas atitudes contra a liberdade de expressão, mas que não tolerou uma eventual crítica contra o seu(dele) genitor.
Diante disso, ao Lúcio só resta o calote nessa insólita dívida que a nossa desacreditada justiça arranjou para ele. E, caso, a tal desobediência seja punida, resta ainda colocar a boca no trombone e denunciar ao Brasil e ao mundo essa antipática seletividade. Pinto já foi alvo da imensa solidariedade dos chamados 'blogs sujos', que hoje tem inegável força na opinião pública, sendo homenageado por seu desassombro e competência, principalmente em temas referentes à Amazônia.
Basta Lúcio deixar um pouco de lado esse seu comportamento dissimuladamente arrogante e entender que sozinho será presa fácil dos poderosos que costuma incomodar, bem como que a solidariedade, a mobilização e a luta em defesa de sua integridade como cidadão e o direito à opinião não implicam o surgimento de uma outra dívida, a de gratidão, esta, por sinal, parecer incomodar mais Lúcio Flávio do que qualquer prejuízo financeiro. Decididamente, os grandes temas objeto do que o titular do Jornal Pessoal escreve não são apenas do seu interesse, mas, trata-se de algo precioso para os mais altos interesses do país, logo, defende-los, não significa apenas fazer o gosto do jornalista, e sim pode significar uma motivação de uma grande mobilização da sociedade contra a grilagem de terras, desmatamento criminoso e a derrota desse odioso colonialismo que nos assombra há séculos. Que tal?

Colunista da Folha pede volta do Mobral para seus colegas

Os juros em alturas imorais eram acusados de impedir a retomada efetiva do crescimento e a capacidade da indústria de competir com a produção estrangeira. Os juros foram baixados. E as correntes que os culpavam entregaram-se a intensas e extensas críticas à sua redução. A energia cara era há muito acusada de obstruir o crescimento econômico e a capacidade de competição da indústria brasileira. Foi reduzida em 32%, um terço, para a produção industrial. E as correntes que a culpavam se entregam a criticá-la e desacreditá-la.
Esse jogo de incoerências proporciona noções importantes para os cidadãos, mas de percepção dificultada pela próprio jogo.
Está evidente na contradição das atitudes o quanto há de política no que é servido ao público a respeito de assuntos econômicos. Na maioria dos assuntos dessa área, o direcionamento é predominantemente determinado por política, e não pela objetividade econômica.
É assim por parte dos dois lados. Mas não de maneira equitativa. Os economistas mais identificados com o capital privado do que abertos a problemas sociais, ou a projeções do interesse nacional, fazem a ampla maioria dos ouvidos e seguidos pelos meios de comunicação.
É esse o desdobramento natural da identificação ideológica e política e das conveniências mútuas, entre empresas capitalistas e "técnicos" do capitalismo. Mas não necessariamente, como supõem certas interpretações ditas de esquerda, um desdobramento forçado aos jornalistas. Também entre os comentaristas e editores há, é provável que em maioria, identificação com os economistas do capital. E, em certos casos, com o capital mesmo. O que vai implicar tratamento político -de apoio ou de oposição- a decisões econômicas e respectivos autores.
Foi a essas críticas políticas que, a meu ver, Dilma Rousseff respondeu junto com a comunicação do corte maior no preço da energia. Nada a ver com o lançamento de campanha reeleitoral que lhe foi atribuído pelo presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra, logo seguido pelos porta-vozes, assumidos ou não, do PSDB e dos remanescentes do neoliberalismo.
Do alto de sua aprovação pessoal e da aprovação ao seu governo, o que de menos Dilma Rousseff precisa é precipitar a disputa eleitoral. Essa necessidade não é dela, é dos oposicionistas -como se viu, há pouco, Fernando Henrique propondo o início imediato de um périplo eleitoreiro de Aécio Neves pelo país afora.
Dilma Rousseff fez a promoção de seu governo como Fernando Henrique fazia do seu, e todos os presidentes fizeram e fazem. A afirmação de que falou como candidata leva a uma pergunta: se não a favor do seu governo e da novidade que lança, nem há algo grave, como é que um/uma presidente deve falar?
A redução do preço da energia e a queda dos juros agravam o aturdimento da oposição representada pelo PSDB. Se nela não brota nem uma ideiazinha nova, para contrapor à queda de juros, desoneração da folha de pagamento, redução do IPI, ampliação do crédito para casa própria, só lhe resta dizer que isso não passa de um amontoado de medidas de um governo sem rumo. Mas não ver nesse amontoado, ainda que para criticar, uma coerência e um sentido de política a um só tempo industrial e social, aí já é problema para quem organiza o Enem.
(Janio de Freitas/via Blog Sujo)

Descobrindo a pólvora

A Folha de hoje dá a entender que Aécio 'Canabrava' Neves recebeu uma mensagem, via além, do avô que o ajudou a descobrir um modo de desidratar o até aqui favoritismo de Dilma. Vai distribuir cargos entre membros dos partidos da base do governo federal em estados governados pro tucanos a fim de rachar a base dilmista.
Quando o porre passar e o Engov começar a fazer efeito, 'Canabrava' lembrará que a dita "Nova República", que levou Tancredo a ganhar de Paulo Maluf no colégio eleitoral, não passou disso e, desde então, as articulações políticas que sustentam partidos e coalizões em disputas eleitorais seguem religiosamente esse modelo.
A citação do caso do Pará, entre os estados em que pemedebistas estão sendo cooptados por tucanos, é emblemático da tática tropega do cambaleante presidenciável tucano. Quando Aécio vinha com o tira-gosto Jader já estava no décimo chopp. Domina metade do secretariado de Simão, tem a bancada potencialmente mais barulhenta a qualquer movimento governista em falso e um aparato midiático do qual Lorota demonstra um pavor indisfarçável.
Isto quer dizer que, bem antes do porre do neto chegar ao estágio das visões inclusive do avô, tucanos e pemedebistas já se entendiam e formavam uma aliança que (des)governa o Pará entrando pelo terceiro ano, sem que qualquer membro do staff do vice-presidente da República, ou dirigente nacional do PMDB, tenha aparecido por aqui e determinado que o partido era oposição aos tucanos. Nem aqui, nem alhures, pois sabem que essa composição é tão sólida quanto gelatina atirada ao ventilador, pra não dizer outra coisa.
Pelo tropicar do papudinho, é bem provável que, daqui a um tempo, surja alguma tese acadêmica tentando explicar a trajetória política do senador mineiro. Evidentemente, com capítulo especial a respeito do efeito da 'manguaça' nessa trajetória. Credo!!

O jogo, o lamaçal e o caos

Já está virando rotina ter que parar o jogo no Mangueirão até que a chuva dê uma trégua. Ontem, não foi diferente. A partida teve seu início retardado em 30 minutos porque o gramado não tinha e não têm condições de jogo, diante de qualquer chuva mais torrencial.
As explicações pululam na mídia dócil, mas todas trazem embutida a lábia diabólica para adocicar a amarga pílula dos maus tratos e falta de manutenção a que está submeido o nosso estádio estadual, causas evidentes do seu lastimável estado do gramado. Até tridente do capeta arrumaram para jogar a água para debaixo do outrora "tapete verde", mas de nada adiantou e hoje o torcedor paraense já não pode mais ter orgulho do nosso Mangueirão, em tempos que já vão longe um dos melhores gramados do país.
Ao final do jogo, o caos instalado na Augusto Montenegro pela mistura dos diversos públicos ali colocados por um governo que se confessou incompetente para manter o lazer em seu dia apropriado e o transferiu para um dia útil, por alegado motivo de segurança, mas que só fez piorar as coisas. Resultado: um engarrafamento monstruoso; um supermercado 24 horas que fechou sob a ameaça da transferência do tumulto da rua para dentro de suas dependências; um shopping sitiado por aquela balbúrdia e a estratégia governamental provando-se mera idiotice.
Assim como há explicações mirabolantes para justicar o inexplicável estado de abandono do Mangueirão, certamente surgirão explicações que dirão não restar outra alternativa ao governo que não aquela. Claro, basta ver ou ouvir o jogo pela tv rádio para constatar-se que a "vontade" do patrocinador tem até o poder de desmentir fatos. E seguramente até transformar aquelas horas infernais vividas naquela região em alegria contagiante, característica do RexPa.
Ah...Quanto ao jogo, foi a vitória de um operariado estoicamente obediente à tática traçada pelo seu comandante, contra um grupo embriagado pela soberba e por um super heroismo que só existia naquelas cabecinhas alienadas. Deu no que deu!  

sábado, 26 de janeiro de 2013

Nota de Falecimento.


A reação formal do PSDB ao pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff sobre a redução nos preços das tarifas de energia elétrica, em todo o país, é o momento mais lamentável do processo de ruptura histórica dos tucanos desde a fundação do partido, em junho de 1988.
O presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra. Foto: Agência Brasil
O presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra. Foto: Agência Brasil
A nota, assinada pelo presidente da sigla, deputado Sérgio Guerra, de Pernambuco, não vale sequer ser considerada pelo que contém, mas pelo que significa. Trata-se de um amontoado de ilações primárias baseadas quase que exclusivamente no ressentimento político e no desespero antecipado pelos danos eleitorais inevitáveis por conta da inacreditável opção por combater uma medida que vai aliviar o orçamento da população e estimular o setor produtivo nacional.
Neste aspecto, o deputado Guerra, despachante contumaz dessas virulentas notas oficiais do PSDB, apenas personaliza o ambiente de decadência instalado na oposição, para o qual contribuem lideranças do quilate do senador Agripino Maia, presidente do DEM, e o deputado Roberto Freire, do PPS. Sobre Maia, expoente de uma das mais tristes oligarquias políticas nordestinas, não é preciso dizer muito. É uma dessas tristes figuras gestadas na ditadura militar que sobreviveram às mudanças de ventos pulando de conchavo em conchavo, no melhor estilo sarneysista. Freire, ex-PCB, tansformou a si mesmo e ao PPS num simulacro cuja fachada política serve apenas de linha auxiliar ao pior da direita brasileira.
O PSDB surgiu como dissidência do PMDB que já na Assembleia Constituinte de 1986 caminhava para se tornar nisto que aí está, um conglomerado de políticos paroquiais vinculados a interesses difusos cujo protagonismo reside no volume, a despeito da qualidade de muitos que lá estão. A revoada dos tucanos parecia ser uma lufada de ar puro na prematuramente intoxicada Nova República de José Sarney. À frente do processo, um grande político brasileiro, Mário Covas, que não deixou herdeiros no partido. De certa forma, aquele PSDB nascido sob o signo da social democracia europeia, morreu junto com Covas, em 2001. Restaram espectros do nível de José Serra, Geraldo Alckmin e Álvaro Dias.
Aliás, o sonho tucano só não morreu próximo ao nascedouro, em 1992, porque Covas impediu, sabiamente, que o PSDB se agregasse ao moribundo governo de Fernando Collor de Mello, às vésperas do processo de impeachment. A mídia, em geral, nunca toca nesse assunto, mas foi o bom senso de Covas que barrou o movimento desastrado liderado por Fernando Henrique Cardoso, que pretendia jogar o PSDB na fossa sanitária do governo Collor em troca de assumir o cargo de ministro das Relações Exteriores. FHC, mais tarde chanceler e ministro da Fazenda de Itamar Franco, e presidente da República por dois mandatos, nunca teria chegado a subprefeito de Higienópolis se Covas não o tivesse impedido de aderir a Collor.
Fala-se muito da extinção do DEM, apesar do suspiro do carlismo em Salvador, mas essa agremiação dita “democrata” é um cadáver insepulto há muito tempo, sobre o qual se debruçam uns poucos reacionários leais. É no PSDB que as forças de direita e os conservadores em geral apostam suas fichas: há quadros melhores e, apesar de ser uma força política decadente, ainda se mantém firme em dois dos mais importantes estados da federação, São Paulo e Minas Gerais.
E é justamente por isso que a nota de Sérgio Guerra, um texto que parece ter sido escrito por um adolescente do ensino médio em pleno ataque hormonal de rebeldia, é, antes de tudo, um documento emblemático sobre o desespero político do PSDB e, por extensão, das forças de oposição.
Essas mesmas forças que acreditam na fantasia pura e simples do antipetismo, do antilulismo e em outros venenos que a mídia lhes dá como antídoto ao obsoletismo em que vivem, sem perceber que o mundo se estende muito além das vontades dos jornalões e da opinião de penas de aluguel que, na ânsia de reproduzir os humores do patrão, revelam apenas o inacreditável grau de descolamento da realidade em que vivem.
(Leandro Fortes- Carta Capital)

Restaurante popular da Dilma informa...


Assado de PIG, eletrocutado em 220 Volts.


Acompanha guisado de Tucano refogado em Corrente Alternada.


 
Como diria a Tieta do Agreste, este prato, deve dar “uma dor de barriga da molesta” (Extraído do Blog do Saraiva)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Repórteres sem Fronteiras: “Brasil, o país dos trinta Berlusconi”


A ONG Repórteres Sem Fronteiras publicou nesta quinta-feira (24) um relatório sobre o cenário da imprensa brasileira, em que diz que o país é a terra dos “30 Berlusconis”, em referência ao magnata italiano que domina a mídia e boa parte da política no seu país. “A topografia da mídia do país que vai hospedar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 quase não mudou nas três décadas desde o fim da ditadura militar de 1964-85″, diz o texto.
Segundo a ONG, cerca de dez companhias dominam a mídia nacional, quase todas com base em São Paulo e no Rio de Janeiro. O relatório denuncia ainda a violência contra jornalistas no Brasil, mencionando que dois repórteres especializados em notícias de polícia tiveram que deixar o país no ano passado por conta de ameaças
. A agência de notícias France Presse distribuiu em todo o Brasil um pequeno resumo do relatório. ”O Brasil apresenta um nível de concentração de mídia que contrasta totalmente com o potencial de seu território e a extrema diversidade de sua sociedade civil”, explica a ONG de defesa da liberdade de imprensa. “O colosso parece ter permanecido impávido no que diz respeito ao pluralismo, um quarto de século depois da volta da democracia”, assinala a RSF, recordando que em 2012 houve 11 jornalistas assassinados no país.

Segundo a ONG, um dos problemas endêmicos do setor da informação no Brasil é a figura do magnata da imprensa, que “está na origem da grande dependência da mídia em relação aos centros de poder”. “Dez principais grupos econômicos, de origem familiar, continuam repartindo o mercado da comunicação de massas”, lamenta a RSF.(Enviado por Stanley/via 'Os Amigos do Presidente Lula)

Como o Diabo gosta e a Polícia permite

Como este blog previu, já começaram as movimentações oficialistas em torno do desfile da Imperatriz Leopoldinense, no Rio de Janeiro. Segundo o Repórter da Ditadura(70) estão confeccionando até camisas de torcida organizada para fazer barulho na Marques de Sapucaí, provavelmente Assessores Especiais III; Assessores Especiais II; DAS I, II, III, IV, V; secretários e todo o séquito fantasiado de Simão Lorota, mais parecendo representação da farsa de 1808.
Enquanto isso, os simples mortais vão continuar tendo como única alternativa divertir-se lá no 'Porradal do Portal', que bem poderia adotar um novo slogan: 'agora 24 horas despoliciado'. Égua!!

Turista nada acidental

O 'coronel' Jader Barbalho, como bem diz a Futrica Barbálhica(Diário do Pará), é tão ardoroso defensor do turismo que não fez e não faz outra coisa a não ser turismo, no Congresso Nacional. Tanto no último mandato de deputado federal que exerceu, de 2007 a 2010, quanto agora, no Senado Federal, quando caminha para abiscoitar o bi-campeonato em ausências do plenário, comissões e do prédio em geral. Égua!!

Banco Central vai atualizar projeções de queda das tarifas de energia

O Banco Central (BC) divulgou nota para informar que atualizará as projeções para a variação das tarifas de energia elétrica. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem (24), o BC informou que a projeção apontava recuo de aproximadamente 11% na tarifa residencial de eletricidade.
Um dia antes, entretanto, em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, a presidenta Dilma Rousseff anunciou que a redução das tarifas será de 18% para os consumidores residenciais e até 32% para os industriais. Os índices superam os anunciados pela própria presidenta em setembro - o corte médio estimado era 16% para residências e até 28% para a indústria.
Leia, na íntegra, a nota do BC: “Em razão das informações divulgadas pelo Ministério de Minas e Energia, após a última reunião do Copom, que apontam recuo nas tarifas de energia elétrica superior às estimativas preliminares, o Banco Central esclarece que procederá, como de praxe, a atualização de suas projeções para a variação dessas tarifas em 2013. Os novos números serão apresentados na Ata da próxima reunião do Copom”.
(Agência Brasil)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Patética confissão! Depois de assaltada sua Ouvidoria, Secretaria de Segurança cogita contratar segurança privada

Na semana em que foi registrado um assalto no interior de um laboratório de pesquisa que fica dentro do Campus da UFPa; outro em um orgão da própria Secretaria de Segurança; e o Comando da Polícia Militar confessou que não conseguiria dar conta de policiar simultaneamente o Mangueirão, durante o RexPa, e o carnaval no Portal, chegou-se ao ponto máximo do descrédito das constantes declarações do titular da Segup a respeito da boa condução da segurança pública em nosso estado.
Segundo o caderno de polícia do Diário do Pará, hoje, está sendo cogitada a contratação de uma empresa de segurança particular para tomar conta da Ouvidoria de Polícia. Ou seja, aqueles que deveriam garantir a segurança da população vão gastar recursos públicos para contratar segurança privada para si. Diante de tão surreal situação só resta lembrar da reação de um certo comendador em situações dessa natureza: Valha-nos quem? Égua!!!

Contra o nazi-sionismo



Os palestinos ameaçaram acionar Israel no Tribunal Penal Internacional caso o país construa novos assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental - parte da cidade reivindicada pelos dois lados do conflito.

Ao falar no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o chanceler palestino Riad Malki informou que a decisão depende do novo governo israelense (o país elegeu novo Parlamento nessa terça-feira - 22).

Os palestinos ganharam a chance de fazer parte do Tribunal Internacional após a elevação de status na ONU, em novembro passado, para Estado observador não membro.

Ao mesmo tempo, Israel tem planos de construir mais 1,5 mil casas em Jerusalém Oriental.

(Agência Brasil)

DILMA EM CADEIA NACIONAL: "ELES ERRARAM FEIO"






Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento, quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram. O Brasil não deixou de produzir um único kilowatt que precisava(...). Cometeram o mesmo erro de previsão os que diziam, primeiro, que o governo não conseguiria baixar a conta de luz. Depois, passaram a dizer que a redução iria tardar. Por último, que ela seria menor do que o índice que hváimos anuciado. Hoje, além de garantir a redução, estamos ampliando seu alcance --e antecipando sua vigência. Isso significa menos despesas para cada um de vocês e para toda a economia do país (...)Todos, sem exceção, vão sair ganhando(...) Espero que, em breve, até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa venham a concordar com o que eu estou dizendo.Aliás, neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades.Hoje, podemos ver como erraram feio, no passado, os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda. Os que pensavam ser impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria. Os que não acreditavam que o Brasil virasse um país de classe média. Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros".
(Presidenta Dilma; 23-01-2013- extraido do site Carta Maior)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Chávez faz fisioterapia em Cuba, diz presidente da Bolívia



O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse ontem (22) que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, recupera-se e faz fisioterapia em Havana, capital cubana. Morales acrescentou que teve a informação ao conversar com pessoas que estão na cidade. “Temos boas informações: o irmão comandante presidente Hugo Chávez já está fazendo fisioterapia para poder voltar ao seu país", disse Morales em La Paz, capital boliviana.

Chávez está em Havana desde o começo do mês passado para o tratamento de combate ao câncer. Desde então, ele não foi mais visto em público. Durante cirurgia para a retirada de um tumor na região pélvica, o presidente teve hemorragia e sofreu infecção respiratória. Há informes constantes sobre seu estado de saúde que, segundo autoridades venezuelanas, é mantido estável.

"Logo estaremos juntos em eventos internacionais. Hugo Chávez é extremamente necessário em eventos internacionais e tenho certeza de que em breve estará nas cúpulas de chefes de Estado", ressaltou Morales.

Anteontem (21), o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elias Jaua, disse esteve com Chávez, que sorriu e brincou. Mas, ontem (22), autoridades da Venezuela informaram que não há previsão de data para o retorno de Chávez a Caracas.

O ministro da informação, Ernesto Villegas, disse que apesar de Chávez ter mostrado "sinais encorajadores de recuperação", não há data de retorno. O presidente venezuelano está em Cuba há seis semanas recebendo tratamento médico para combater o câncer.

(Agência Brasil)

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Portal da Transparência registra mais de 8,1 milhões de acessos em 2012


O Portal da Transparência do Governo Federal, mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU), recebeu mais de 8,1 milhões de visitas no ano passado. O crescimento do número de acessos foi de aproximadamente 142%, ante 2011 (de 3.369.275 para 8.170.046 de acessos). Essa evolução foi incrementada principalmente após a divulgação da remuneração dos servidores do Poder Executivo Federal, a partir de 27 de junho de 2012.


A média mensal de acessos aumentou de cerca de 280 mil para 680 mil. O maior salto ocorreu de maio a junho, com a divulgação das remunerações (de 536.802 para 937.299). O mês com maior número de visitas foi julho, com 1.291.436 de acessos.


Em 2012, além da divulgação da remuneração dos servidores, houve ainda a ampliação de serviços de consultas oferecidos à população. Tornaram-se disponíveis, por exemplo, dados referentes aos imóveis funcionais, ao Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim) e ao Cadastro de Expulsões de servidores do Executivo Federal.


O Portal da Transparência do Governo Federal é uma iniciativa da Controladoria-Geral da União (CGU), lançada em novembro de 2004, para assegurar a boa e correta aplicação dos recursos públicos. O objetivo é aumentar a transparência da gestão pública, permitindo que o cidadão acompanhe como o dinheiro público está sendo utilizado e ajude a fiscalizar.


Serviços oferecidos pelo Portal


O Portal da Transparência publica as despesas do Poder Executivo Federal, com atualização diária. As informações sobre a execução orçamentária e financeira é pormenorizada por meio da consulta “Detalhamento Diário das Despesas” e os dados apresentados correspondem aos documentos emitidos no dia útil anterior.


Além disso, estão disponíveis no Portal outros tipos de consultas, tais como: gastos diretos do Governo Federal; transferências de recursos a Estados e Municípios; previsão e arrecadação de receitas; convênios com pessoas físicas, jurídicas ou entes governamentais; servidores (remuneração e Cadastro de Expulsões); imóveis funcionais; Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim) e Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis).

(Controladoria Geral da União)

O avesso do avesso. Governadores pedem prorrogação das regras do Fundo de Participação dos Estados



Governadores dos Estados da BA, MA, MG e PE pedem no STF a manutenção dos critérios de distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), fixados pela LC 62/89. Em 2010, as disposições da lei que tratavam da distribuição dos recursos foram declaradas inconstitucionais pelo STF, que determinou que a norma teria efeitos apenas até 31/12/12, quando novas regras deveriam entrar em vigor.

Contudo o prazo estipulado pela Corte expirou sem que Congresso tenha suprido a lacuna e o governo Federal, contrariando decisão do STF, manteve os critérios do repasse.

Os governadores, então, alegam ser necessária a fixação de um novo prazo. De acordo com eles, “isso origina um estado de insegurança jurídica ainda mais grave do que aquele constatado no julgamento de 2010”. O pedido alega ser necessária a fixação de um novo prazo para a atuação dos órgãos legislativos competentes, prorrogando-se, durante esse período, a vigência das normas declaradas inconstitucionais.

Os governadores pedem a concessão de medida cautelar por decisão monocrática do ministro-presidente do STF, a ser referendada do plenário da Corte, determinando a solução provisória para a omissão, com a manutenção da vigência dos trechos da LC 62 declarados inconstitucionais.

A urgência da liminar se justificaria porque a omissão legislativa, se não sanada, poderia inviabilizar a transferência de recursos do FPE, causando grave desequilíbrio à economia dos entes federados. No mérito, a ação pede que seja declarada a inconstitucionalidade da omissão legislativa do Congresso.

(Migalhas)

A Vale une os Maiorana e o barbalhismo

Com alguns meses de atraso, o papelucho maiorânico adere à retórica do coronel Jader Barbalho passando a centralizar no governo federal a responsabilidade pela obra do derrocamento do pedral do Lourenço, que permitirá a navegabilidade do rio Tocantins o ano todo e assim colocar o modal hidroviário como opção de uso para escoamento de produtos comerciais, bem como para a viabilização da construção da ALPA,  que o governo Ana Júlia sonhou trazer para cá a fim de verticalizar nossa produção mineral e nos tirar da condição de mera 'província mineral' e Simão Lorota simplesmente ignorou.
Mas, é sempre bom lembrar que o governo federal, a bancada federal paraense e a Vale sentaram e pactuaram uma parceria que deixaria a licitação sob responsabilidade da Vale, maior beneficiária daquela obra, daí sua participação como co-responsável pelos custos.
Na verdade, a companhia agora nas mãos da iniciativa privada nunca deu muita bola para os interesses do Pará, sempre os colocando a reboque dos seus, da companhia. E para isso conta sempre com a dócil e resignada colaboração da mídia local e de boa parte dos parlamentares que adoram fazer jogo duplo, frequentemente dissimulado através da crítica ao endereço errado. Infelizmente, daqui pra frente, vamos ter que aturar aquela velha lenga lenga da discriminação contra o Pará, do desprezo pelos nossos interesses e tudo mais que esse bairrismo cínico despista, mesmo sabendo que o bairrismo é rebento do patriotismo e este é o último refúgio dos canalhas.

Lixão

Na calçada que fica em frente a entrada da Câmara Municipal de Belém, pela travessa do Chaco, há um enorme lixão que atravessou da administração D. Costa para a atual. Apesar do atual presidente da CMB ter contado como apoio de Zenaldo para elerge-se, até aqui não houve qualquer iniciativa da PMB para recolher aquela inconveniente lixarada.
Claro que não se pretende qua o atual alcaide faça tudo ao mesmo tempo e em todos os cantos da cidade. No entanto, por tratar-se da sede do Poder Legislativo, esperava-se um tratamento mais respeitoso. Ainda mais quando ambos-Legislativo e Executivo- são comandados por aliados.

Belém do Pará. Campeã da carestia e de favelização de sua população.



Cerca de 27 milhões de moradias terão que ser construídas no Brasil até 2023.

O déficit atual, sozinho, requer a produção de 7,5 milhões de habitações.

Quase 6% dos brasileiros, mais de 11,5 milhões de pessoas, vivem em favelas - 88% em regiões metropolitanas.

São Paulo, Rio e Belém, juntas, reúnem 44% dos favelados brasileiros.

São escalas que podem mudar o futuro urbano de uma nação.

Como já ocorreu no passado, pelo avesso.

Durante 23 anos, desde a extinção do BNH, em 1986, o Estado brasileiro ignorou o destino habitacioal de famílias com até três salários.

Essa renda é incompatível com o financiamento privado de um imóvel.

Para ser claro: 80% do déficit habitacional ficou fora da agenda econômica por duas décadas e três anos.

A omissão vai além.

O descompromisso coincidiu com o auge de uma diáspora rural de proporções bíblicas.

Com o golpe militar de 1964, a política de modernização conservadora do campo expulsou mais 30 milhões de moradores da área rural para as cidades.

Sem contrapartida públicas, esse deslocamento inédito no mundo ocidental em tão curto espaço de tempo semeou periferias conflagradas nas grandes metrópoles do país.

Não por acaso, os anos 80 marcaram a ascensão dos movimentos de luta por moradia em várias capitais, sobretudo do Sudeste.

Mobilizações de rua e projetos de auto-construção comunitária reagiriam à omissão clamorosa do Estado brasileiro.

Experiências avançadas de auto-gestão em projetos habitacionais estavam em ebulição nesse mesmo momento no Uruguai.

O conjunto influenciaria o surgimento de mutirões semelhantes em São Paulo, com desdobramentos políticos importantes.

A eleição da então petista Luiza Erundina, em 1989, que transformaria os mutirões em política pública, teve forte apoio dessa iniciativa popular nas periferias pobres de São Paulo.

Mais de 10.500 unidades habitacionais foram erguidas na cidade em regime de auto-gestão.

Em 2009, o governo Lula lançou o Minha Casa, Minha Vida.

Com dupla intenção.

Sanar uma omissão inaceitável do Estado; e contrastar o impacto da crise mundial, impulsionando uma atividade intensiva em mão de obra e servida por ampla cadeia industrial.

Em três anos, o programa contratou 1,96 milhão de unidades.

Não é pouco: o BNH, em 23 anos de existência, financiou 4 milhões de habitações.

No ano passado foram entregues 48% das unidades do Minha Casa; e a Presidenta Dilma lançou a segunda etapa do programa.

Agora mais focado.

São 2,4 milhões moradias a serem entregues até 2014 – 60% destinadas à população com renda mensal até três salários, que terá subsídio integral, com valores simbólicos na prestação.

A marcha dos números mostra que a fila andou no mercado habitacional.
O crédito imobiliário representava cerca de 2% do PIB ao final do governo FHC.

Hoje passa de 5%.

E ainda é irrisório: ele supera 70% do PIB em países ricos e é várias vezes maior que fatia brasileira mesmo em economias menores, caso do Chile, por exemplo (20% do PIB).

Ao ritmo de 35% ao ano, o financiamento aqui avança para se transformar na principal modalidade de financiamento do mercado.Maior que a do próprio crédito pessoal.

Com um detalhe estratégico: são os bancos estatais, sobretudo a Caixa Econômica Federal, mas também o Banco do Brasil, que lideram essa arrancada.

Os financiamentos da Caixa cresceram 34% em 2012. Somaram R$ 200 bi.

Os do BB atingiram R$ 11,3 bi. Salto de 75%.

A banca privada detém fatia modesta das operações. Que recuaram ainda mais no ano passado, num erro de cálculo clamoroso, ou no deliberado propósito de sonegar oxigênio ao governo que afrontou, e perdeu, no braço de ferro dos juros.

O fato é que os bancos estatais hoje são donos do mercado.

Portanto, há dinheiro; o setor público tem o controle da engrenagem; as prefeituras municipais formam a contraparte logística do sistema; e a política de investir pesado no déficit de moradia popular é uma decisão consagrada no governo.

O que falta?

Materializar a dimensão histórica e a contrapartida política desse avanço.

Uma casa não termina na fechadura da porta.

Um programa habitacional ambicioso como o atual tem fôlego para ser também um programa de reordenação da cidade, de regeneração do espaço público e redenção da cidadania.

Entregue exclusivamente às forças de mercado o déficit habitacional será sanado sem essa contraparte, criando alojamentos perifpericos, disssociados de cidadania.

Não se trata de negar o gigantesco passo em curso. Tampouco se pretende substituir escalas profissionais pelo voluntariado artesanal.

Os mutirões têm o seu espaço; sua relevância se reafirma em situações específicas.

A lacuna é de ordem mais geral.

A escolha é entre coletivizar o poder sobre uma cidade em mutação ou terceirizar a travessia à lógica imobiliária.

Não é preciso esperar que isso seja arguido e superado na esfera federal.

Gestões municipais progressistas, como a de São Paulo, dispõem de peso, poder de barganha e ferramentas institucionais para fazer a diferença e dar o exemplo de baixo para cima.

O Estatuto da Cidade e o Plano Diretor – ademais do caixa monopolizado dos bancos públicos - oferecem margem de manobra para ações inovadoras.

Sem prejuízo da eficiência – e até com ganho – as decisões sobre o que construir, a estética a se adotar, onde, como e com que ganhos para o conjunto da cidadania podem e devem ser democratizadas numa metrópole com a capital paulista.

O que impede a gestão Haddad, por exemplo, de organizar conferências populares de moradia e urbanização em cada bairro? E a partir de uma síntese municipal alimentar um banco de projetos e metas para negociar com investidores privados e bancos públicos?

Berço dos movimentos por moradia nos anos 80, o anseio de São Paulo por uma cidade solidária, seu rico patrimônio de experiências técnicas e comunitárias, não se perdeu.

Apenas foi menosprezado por prefeitos de fidelidades antagônicas e pelo niilismo de uma mídia que reduziu a metrópole a uma contabilidade de crimes e caos.

Poucas áreas, insista-se, reúnem massa crítica e legitimidade para imprimir um salto histórico na modulação do desenvolvimento brasileiro quanto o tripé da construção da moradia, da cidade e da cidadania.

Não se trata de substituir uma lacuna ostensiva do atual processo econômico por um fetiche: a 'urbanização redentora'.

Trata-se, ao contrário, de afrontar um déficit político resgatando as dimensões daquilo que Henri Lefevbre denominou o 'direito à cidade'.

Sua referência, com as devidas ressalvas, é a Comuna de Paris, de 1871.

Nela, Lefebvre enxerga o símbolo da reapropriação do espaço urbano, materializado na marcha festiva dos operários em direção à capital.

Alijados nas periferias, eles reconquistaram o centro físico, estético e político da cidade, despindo seu engessamento burguês para reinventarar a equação da cidadania popular: tijolo, cimento e democracia.


Postado por Saul Leblon(Carta Maior)