Troca de experiências com o país oriental ampliará área de conhecimento da defesa civil brasileira
Brasília - Agir
preventivamente para minimizar desastres naturais. Esse é o objetivo do
acordo de cooperação firmado entre o Ministério da Integração Nacional e
a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), nesta
terça-feira (29), em Brasília. A ação, inédita, permitirá que o Brasil
aprimore sua atuação na Defesa Civil nacional e aprenda novas técnicas
utilizadas pelos japoneses na prevenção de desastres naturais. Os
ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT); das Cidades (MI); e
das Relações Exteriores (MRE) também integram o acordo.
Os municípios de Nova Friburgo e Teresópolis, no Rio de Janeiro, e
Blumenau, em Santa Catarina, serão beneficiados com o projeto-piloto,
previsto no acordo. As cidades escolhidas foram selecionadas com base em
critérios técnicos, como impacto socioeconômico do desastre e a
capacidade de execução. O projeto também trabalhará em pontos
específicos, levando em consideração riscos de enxurradas e
deslizamentos. O termo de compromisso terá duração total de quatro anos.
De acordo com o secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, a
cooperação entre os dois países fortalecerá ainda mais a Defesa Civil do
Brasil, que, atualmente, passa por uma reestruturação. "É uma
satisfação fazermos parte desse acordo. Nossa expectativa é a de
aprendermos mais com a experiência dos nossos colegas japoneses. Isso
vai nos ajudar a modernizar o sistema com novos ensinamentos", declara.
Um investimento recente do Ministério da Integração Nacional refere-se à
modernização do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres
(Cenad), coordenado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. No ano
passado, o espaço físico passou de 70 metros quadrados para 600 metros
quadrados, onde atua uma equipe multidisciplinar que trabalha 24 horas
por dia, todos os dias, no gerenciamento de informações sobre riscos de
desastres naturais.
O líder da missão japonesa, Norihito Yonebayashi, destacou a
importância de se agir preventivamente. Segundo ele, uma vez que
acontece o desastre, a omissão das ações de prevenção é revelada no
momento em que se têm a dimensão dos danos às vítimas. "A prevenção não é
apenas a proteção da vida humana, mas de toda a sociedade, de toda a
economia", alega.
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do
MCT, Carlos Nobre, lembrou ainda que o Japão é um dos países com o
melhor sistema de alerta de prevenção de desastres em todo mundo. "Esse
projeto vai permitir o estreitamento das relações científicas e
tecnológicas com o Brasil", afirma.
(Ministério da Integração)
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