Com um olho na taxa de
investimento e outro na inflação, o Banco Central fez um movimento de
valorização do real frente ao dólar. Ontem, a moeda americana encerrou o
dia cotada a R$ 1,985 - o menor nível desde julho do ano passado. O
real acumula, no ano, uma apreciação de 2,92%.
A tendência é de que a taxa de câmbio, dentro do regime de "flutuação suja", fique mais estável e num patamar menos desvalorizado do que no ano passado. A avaliação de fontes do governo, porém, é de que, com uma taxa sensivelmente abaixo de R$ 2, começaria a "chiadeira" da indústria.
Há um intervalo no qual o câmbio pode se situar de forma a não
penalizar tanto os custos das importações para renovação tecnológica e
seja, também, um fator a mais de descompressão da inflação. Esse teria
sido um movimento coordenado do governo e a decisão do BC, de fazer a
rolagem antecipada de US$ 1,85 bilhão em swaps cambiais na
segunda-feira, sacramentou o rompimento do piso psicológico de R$ 2.
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, deu algumas declarações sobre o tema: "Ao ajustar a política monetária, reajustar o câmbio e reduzir o preço da energia elétrica, criamos preços relativos novos que serão testados em 2013 e esperamos que sejam bem-sucedidos", disse, durante entrevista coletiva.
O governo reduziu três preços importantes - juros, câmbio e energia elétrica, um dos insumos mais importantes para a indústria - e espera com isso estimular os investimentos, sem os quais não haverá crescimento sustentado.
No mercado, a avaliação é de que, pelo lado da inflação, o câmbio vem se juntar a outros fatores que devem ajudar a reduzir as pressões sobre o aumento de preços nos próximos meses. São eles: menor reajuste do salário mínimo neste ano e no próximo (por causa da baixa taxa de crescimento do PIB), um certo alívio nos preços dos produtos in natura e redução da tarifa de energia e dos preços das commodities agrícolas. Um câmbio de R$ 2,00 na média do ano representaria algo como 0,25 ponto a menos na inflação, segundo fontes do setor privado.
(Valor Econômico)
A tendência é de que a taxa de câmbio, dentro do regime de "flutuação suja", fique mais estável e num patamar menos desvalorizado do que no ano passado. A avaliação de fontes do governo, porém, é de que, com uma taxa sensivelmente abaixo de R$ 2, começaria a "chiadeira" da indústria.
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O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, deu algumas declarações sobre o tema: "Ao ajustar a política monetária, reajustar o câmbio e reduzir o preço da energia elétrica, criamos preços relativos novos que serão testados em 2013 e esperamos que sejam bem-sucedidos", disse, durante entrevista coletiva.
O governo reduziu três preços importantes - juros, câmbio e energia elétrica, um dos insumos mais importantes para a indústria - e espera com isso estimular os investimentos, sem os quais não haverá crescimento sustentado.
No mercado, a avaliação é de que, pelo lado da inflação, o câmbio vem se juntar a outros fatores que devem ajudar a reduzir as pressões sobre o aumento de preços nos próximos meses. São eles: menor reajuste do salário mínimo neste ano e no próximo (por causa da baixa taxa de crescimento do PIB), um certo alívio nos preços dos produtos in natura e redução da tarifa de energia e dos preços das commodities agrícolas. Um câmbio de R$ 2,00 na média do ano representaria algo como 0,25 ponto a menos na inflação, segundo fontes do setor privado.
(Valor Econômico)
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