Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Escândalo: Senador Álvaro Dias lucrou R$ 37 milhões com propina da CPI da Petrobras

O falecido, ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra e o Senador Londrinense (PR), Álvaro Dias
O falecido, ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra e o Senador Londrinense (PR), Álvaro Dias
Segundo informações vazadas por fontes próximas a procuradores que conduzem a Operação Lava Jato, o senador Álvaro Dias está sendo investigado, pela compra de uma área no Rio de Janeiro por R$ 3 milhões e, meses depois, vendeu à Petrobrás pelo incrível valor de R$ 40 milhões. O Fato está sendo investigado em segredo de justiça, pelo fato do parlamentar ter foro especial por prerrogativa de função - conhecido coloquialmente como foro privilegiado.

Segundo o que foi repassado o falecido senador Sérgio Guerra (PE), ex-presidente do PSDB, e "um tucano de Londrina" enterraram a CPI do Senado sobre a estatal em 2009, em troca da propina de R$ 10 milhões de reais. Ambos deixaram a CPI de forma surpreendente, em protesto contra o que seria um "jogo de cartas marcadas". Sem a presença deles, a CPI não foi adiante.

Dinheiro da Propina
Com os R$ 10 milhões a dupla "racharam" a propina, e segundo informações, dos R$ 5 milhões repassados ao Senador Álvaro Dias, R$ 3 milhões foram aplicados em uma área no Rio de Janeiro que esta sendo investigado pelo MPF. Segundo que foi levantado o preço foi superfaturado em 13 vezes, e vendido a Petrobrás na época que o diretor de abastecimento da estatal era Paulo Roberto Costa, pivô da Operação Lava Jato.

Espólio do ex-presidente do PSDBO
 espólio de Sérgio Guerra deve entrar no alvo de investigação do a atuação do Ministério Público e da Polícia Federal. A confirmação do recebimento de propina já leva a direção da Petrobras a estudar um pedido de bloqueio de bens como forma de ser ressarcida.

Um dos mais ricos haras do país, o haras Pedra Verde, em Limoeiro (PE), é um dos bens deixados pelo tucano, com mais de 200 cavalos de raça, inclusive campeões nacionais da racha Manga-Larga Marchador. Veterinários, geneticistas e 40 outros funcionários trabalham no Haras Pedra Verde. Para os investigadores da Lava Jato, o Pedra Verde também seria uma sofisticada lavanderia de comissões, inclusive por meio de vultosas transações de exportação e importação de cavalos.

Palco de refinadas apresentações de produtos premiados e de leilões milionários, o Haras Pedra Verde valeria perto de R$ 200 milhões (cavalos, laboratório, instalações e fazenda), mas foi omitido da declaração de Imposto de Renda de Sérgio Guerra ao eleger-se senador, em 2002, atribuindo à Pedra Verde um valor irrisório de R$ 22 mil, além de declará-la como "terra nua", ou seja, sem qualquer tipo de benfeitorias ou construções.

A coleção de arte contemporânea do falecido presidente do PSDB também chamou atenção do MPF e da PF. Alí estão obras de Cícero Dias, Cândido Portinari, Vicente do Rêgo Monteiro, Di Cavalcanti, Gilvan Samico, Carybé, Manabu Mabe, Djanira e Tarsila do Amaral, em valores que chegariam à casa dos R$ 20 milhões e que teriam sido, na maioria das vezes, compradas em galerias do Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Haveria pelo menos um caso, em que uma tela de Ismael Nery, orçada em quase R$ 2 milhões, teria sido adquirida por uma empreiteira baiana para adornar as paredes do apartamento de cobertura da família Guerra na orla do Recife.

Há, também, dezenas de imóveis, uma frota de automóveis de luxo, entre eles vários modelos BMW, além de jóias, aplicações financeiras em bancos e prováveis contas já sendo rastreadas em paraísos fiscais, como Liechtenstein e Suíça. Com a morte de Guerra, seus herdeiros deverão enfrentar a ação indenizatória da União movida pelo Ministério Público Federal.

Falecido em 6 de março deste ano, o ex-presidente do PSDB foi um dos mais radicais opositores dos governos Lula e Dilma. Nos anos 1980, Guerra, porém, foi apontado como um dos integrantes da quadrilha que desviava recursos públicos e beneficiava empreiteiras, na Comissão do Orçamento do Congresso Nacional. Relator do Orçamento da União também no final dos anos 80, Sérgio Guerra chegou a viajar num jato Dassault Falcon da Construtora Camargo Correia para Londres, onde teria se hospedado em uma luxuosa propriedade do falecido empreiteiro Sebastião Camargo. Ele estava acompanhado de toda família e por duas semanas teria frequentado restaurantes e lojas de grifes de luxo na capital inglesa. Guerra foi o único parlamentar a escapar da guilhotina que vitimou parlamentares influentes como Genebaldo Correia, Manoel Moreira, Cid Carvalho e Pinheiro Landim, além do líder do grupo, João Alves.O tucano Álvaro Dias do Paraná foi escolhido por José Serra (PSDB) em 2010 para ser o vice na chapa para presidência. Detalhe: Álvaro Dias está sendo processado por usar cavalaria da PM contra professores e ainda é acusado de crime contra a administração pública. Conheça um pouco a ficha do senador:
O senador Álvaro Dias é acusado de crime contra a administração pública, movidas pelo Supremo Tribunal Federal. (Veja a petição: Pet/4316 - Veja no STF. Situação atual: 09/02/2009 - Baixa dos autos em diligência, Guia nº 276/2009, Ofício nº 215/SEJ, à Superintendência Regional do Departamento de Policia Federal no Distrito Federal.

A operação Castelo de Areia tem documento em que mostra que, as construtoras Camargo Corrêa e a Norberto Odebrecht doou R$50 mil para o tucano Álvaro Dias (PSDB-PR).

Álvaro Dias (PSDB-PR) não declarou R$ 6 milhões à Justiça Eleitoral... Já prestou contas?
A revista Época mostrou que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) omitiu de sua declaração de bens à Justiça Eleitoral R$ 6 milhões em aplicações financeiras.

Em 2006, Dias informou que tinha um patrimônio de R$ 1,9 milhão dividido em 15 imóveis: apartamentos, fazendas e lotes em Brasília e no Paraná. O patrimônio dele, porém, era pelo menos quatro vezes maior.

A omissão desses dados à Justiça Eleitoral é questionável, mas não é ilegal. A lei determina apenas que o candidato declare "bens". Na interpretação conveniente, a lei não exige que o candidato declare "direitos", como contas bancárias e aplicações em fundos de investimento.
Álvaro Dias diz que o dinheiro não consta em sua declaração porque queria se preservar. "Não houve má intenção", afirma.

O dinheiro não declarado seria fruto da venda de uma fazenda de 36 hectares em Maringá (PR) por R$ 5,3 milhões. As terras, presente de seu pai, foram vendidas em 2002. O dinheiro rendeu em aplicações, até que, em 2007, Álvaro Dias comprou um terreno no Setor de Mansões Dom Bosco, em Brasília, uma das áreas mais valorizadas da capital. No local, estão sendo construídas cinco casas, cada uma avaliada em cerca de R$ 3 milhões.

Quem se lembra do assessor de Álvaro Dias, André Eduardo da Silva Fernandes?

Foi o receptador de informações furtadas da Casa Civil da Presidência da República, entregue à revista Veja, para forjar um falso dossiê de despesas de FHC, com o objetivo de derrubar a ministra Dilma Rousseff.

Pois André Fernandes, além de assessorar Álvaro Dias, também servia ao Governo de José Roberto Arruda (ex-DEM/DF). Em 2007, foi nomeado pelo Governo do Distrito Federal, membro do conselho fiscal da CEB (Companhia Energética de Brasília), estatal do Governo do Distrito Federal. Álvaro Dias, igual a José Serra: Mandam bater em professores.
(Contraponto PIG)

O ano em que as redes sociais derrubaram o muro da velha mídia


A vitória histórica da presidenta Dilma, em 2014, consolidando quatro mandatos das forças progressistas à frente do governo federal, deixou perplexa parte da mídia e das forças políticas situadas no campo conservador, do espectro político brasileiro.
Derrotados os arautos do caos, vislumbra-se para os brasileiros a continuidade de um arcabouço político-administrativo que vem tirando da miséria e do abandono secular milhões de brasileiras e brasileiros.
Fonte de intrigas midiáticas, a composição do novo ministério vem trazer solidez à base de sustentação no Congresso Nacional e garantir harmonia entre Executivo e Legislativo, afastando os fantasmas do golpismo, que vez por outra vem assombrar a democracia no País.
Agindo como agentes desestabilizadores, setores da oposição teimam em não reconhecer a derrota, aludindo a diferença de 3,5 milhões de votos como irrisória, quando a legislação fala em 50% mais 1(um) voto. Quão democratas eles são.
Neste artigo de final de ano, um exaustivo ano de disputas renhidas, não poderia deixar de louvar o papel preponderante da militância do Partido dos Trabalhadores e das demais forças políticas que sustentaram de forma decidida a candidatura vitoriosa da nossa presidenta.
Nas ruas, com suas bandeiras, sua garra e dedicação, esses militantes enfrentaram de peito aberto a peleja, principalmente no segundo turno, quando a candidatura adversária aglutinou a imensa maioria dos disputantes do primeiro.
Nas redes sociais, onde a consciência de estar do lado certo levou dezenas de milhares de ativistas virtuais a atuarem no combate sistemático às mentiras e invencionices propaladas em escala industrial pela mídia monopolizada e pelos adversários.
Essa campanha demonstrou o quanto era necessário que o Partido dos Trabalhadores mudasse o histórico paradigma de sua visão de comunicação, para ampliar o alcance e a dimensão de seus canais de interação.
Educados politicamente sob a égide do “jornalzinho” e do panfleto, todos fomos sendo surpreendidos pela velocidade e abrangência da comunicação via redes sociais.
Aprendemos!
Hoje, nossos canais de comunicação digital: os Facebooks da Dilma e do PT; Twitters do PT e da Agência PT; e a Agência PT de Notícias estão entre os canais de maior audiência, no que tange ao noticiário político e partidário.
Ainda assim, precisamos inovar mais.
Por isso, neste ano que se inicia, envidaremos máximos esforços para a instalação da TV WEB do PT.
Sabemos que nada do que fizemos teria o efeito que teve na campanha, e ainda tem no pós eleição, não fosse a valorosa e imprescindível participação dos militantes, simpatizantes e amigos do Partido dos Trabalhadores e das demais forças do campo progressista e de esquerda.
Foi a compreensão e a dedicação dessas brasileiras e brasileiros que garantiram a vitória eleitoral, e é com elas e eles que queremos continuar a caminhar.
Viva o Brasil!
(Alberto Cantalices\Agência PT\Conversa Afiada)

ProUni bate recorde, em 2014. Concedeu mais de 300 mil bolsas de estudo

O Programa Universidade para Todos (Prouni) ofertou, somente em 2014, 306.726 bolsas, das quais 205,2 mil foram integrais. Após quase 10 anos em vigor, esta é a maior oferta de bolsas por ano contabilizada pelo programa. Criado em janeiro de 2005, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Prouni colocou, naquele ano, 112,2 mil estudantes na graduação.

De acordo com o Ministério da Educação, entre 2005 e 2013, foram 1,2 milhão de estudantes beneficiados. O Prouni é um programa de concessão de bolsas de estudo integrais e parciais para cursos de graduação e formação em instituições de ensino superior privadas. O benefício é concedido pelas faculdades e universidades em troca de incentivos fiscais.

As bolsas são oferecidas a estudantes do ensino médio da rede pública ou da rede particular, desde que também tenham estudado com bolsas. Para participar do programa é preciso ter renda familiar per capita máxima de três salários mínimos mensais.

Dados do Sistema do Prouni (SisProuni) apontam que, entre 2005 e 2013, 69% das bolsas concedidas foram integrais, o correspondente a 873.648 estudantes. Além disso, foram oferecidas mais de 400 mil bolsas parciais neste mesmo período.

Ainda segundo o SisProuni, 52% das vagas no programa foram ocupadas por mulheres. Os brancos representam 46,6% dos bolsistas, seguidos pelos pardos, com 37,3%, e pretos, com 12,5%, de acordo com classificação do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

Além disso, no mesmo período, 10,6 mil professores das redes públicas da educação básica foram beneficiados pelo Prouni.

A modalidade de ensino presencial foi a preferida pelos estudantes e escolhida por 86% deles. O turno noturno é predominante entre os cursos presenciais e representa 74% dos bolsistas. Em seguida, fica o turno matutino, com 19%, o integral, com 4%, e o vespertino, com 3%.

Entre as regiões, os estudantes do Sudeste ocuparam 51% das bolsas e os do Sul, 19%. O Nordeste representa 15% dos beneficiários, o Centro-Oeste, 10%, e o Norte, 6%.

(Agência PT)

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Na contramão

Nesses tempos de clamor por desmilitarização da segurança pública, Simão foi na contramão e nomeou um general do Exército pra Secretaria de Segurança Pública. Tomara que a motivação não sejam os protestos de coxinhas inconformados com o resultado das últimas eleições presidenciais, seguidos do clamor por intervenção militar.

Com todas as cautelas que se deva ter, resta a esperança que isto signifique a abertura de uma porta pra parceria com a Força Nacional de Segurança que, quando andou por aqui, ajudou a reduzir os crimes de pistolagem. Ainda assim, é nítido que Simão tangencia os grandes temas sociais e continua cultivando a gestão que brota das vontades surgidas em gabinetes refrigerados. Uma pena!

RETROCESSO

E lá se foi o único secretário de Simão que se podia afirmar ter sensibilidade social. Hélio Franco será substituído, curiosamente após matéria devastadora contra si n'A Perereca da Vizinha. Não que sua gestão tivesse sido um primor, porém, durante ela, assistimos ele peitar a corporação alvo\mafiosa; saudar a chegada dos médicos cubanos e mostrar-se acessível. Sucumbiu ao poder feudal do 'Turista Acidental". Uma pena!

Índice regulador de aluguel e energia tem menor taxa em 5 anos

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) fechou o ano com inflação de 3,69%. A taxa é a menor desde 2009, quando foram registrados queda de 1,72%. O percentual, de 0,62% em dezembro, ficou abaixo das expectativas. Estimava-se, com base em informações do mercado, um avanço de 0,98%.

O índice é uma referência para correção de valores de aluguel de imóveis e para reajuste da energia elétrica. Isso só foi possível por causa da desaceleração dos preços do atacado e dos produtos agropecuários e industriais.

Para se ter uma ideia, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi para 1,26%, em novembro, e 0,63%, em dezembro. O IPA de produtos agropecuários saiu de 2,98% e fechará o ano com 1,23%. O de produtos industriais baixou de 0,62% para 0,40%.

Contribuíram para a queda do índice o minério de ferro, o leite, a carne de porco e de aves. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também caiu de 0,30% para 0,25%, entre novembro e dezembro.

(Agência PT)

Dilma, Haddad e a coragem de enfrentar desafios

A grande notícia da semana passada foi, sem dúvida, a medida anunciada pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, de criação do passe livre para estudantes de escolas públicas, cotistas, bolsistas do FIES e do ProUni. Apesar de ser um benefício  restrito à cidade de São Paulo, é emblemático porque foi lá que começou um movimento em junho do ano passado, a partir dessa reivindicação, e que espraiou-se por todo o país gerando manifestações de rua das quais todos lembram.

Além disso, é importante ressaltar os movimentos do prefeito paulistano pra chegar a essa concessão. Conseguiu aprovar na câmara paulistana um sistema progressivo de cobrança de IPTU, taxando grandes imóveis e imóveis ociosos ao mesmo tempo que isentava ou congelava o tributo para os de baixa renda. Enfrentou a resistência de partidos da direita, como PSDB, DEM e PPS, bem como a toda poderosa FIESP, que entraram com pedido de liminar na justiça visando impedir a cobrança. Derrotados por decisão judicial superior, foi a vez do prefeito dar exemplo à sociedade de como um governante honesto pode beneficiar aos que mais necessitam, caso tivéssemos um modelo progressivo de cobrança de todos os tributos no país, onde quem mais ganha mais paga.

Depois desse exemplo histórico do prefeito paulistano, nesta semana foi a vez da presidenta Dilma dar outra boa notícia à população. "A diretoria da Petrobras determinou que empresas dos grupos citados nas denúncias de corrupção envolvendo a empresa sejam temporariamente impedidas de participar de licitações.A adoção dessa medida cautelar, em caráter preventivo, tem por finalidade resguardar a petroleira e suas parceiras de danos de “difícil reparação financeira” e de prejuízos à sua imagem, de acordo com o comunicado ao mercado, divulgado na noite de ontem, segunda-feira(29)".

Chama a atenção o fato da direção da estatal incluir nessa vedação o nome de todas as grandes empreiteiras do país, inclusive a Odebrecht, acusada de pagar uma propina de U$23 milhões a Paulo Roberto Costa, mesmo assim estranhamente poupada das investigações do juiz paranaense Sérgio Moro; e a Andrade Gutierrez, outra acusada do mesmo crime de corrupção, mas também poupada pelo juiz.

Diante desse medida, estamos por um triz de evitar que vazamentos seletivos, nas barbas de Moro, produzam um processo seletivo com julgamentos que cheguem a resultados idem. A própria Petrobras toma, assim, a iniciativa de colocar todas todos os corruptores na mesma investigação abrindo a possibilidade de se apurar todos os malfeitos e assim chegar-se a raiz do crime impedindo que essa justiça seletiva vire injustiça manifesta. Em boa hora e de forma desassombrada, confirmando tudo aquilo que a presidenta Dilma falava em campanha. Vamos ver em quem vai doer.


sábado, 27 de dezembro de 2014

Haddad garante passe livre para estudantes de baixa renda e declara que reajuste de R$0,50 na tarifa atinge apenas 8% dos usuários

A Prefeitura de São Paulo, comandada por Fernando Haddad (PT), garantiu o passe livre estudantil a todos os alunos da rede pública de ensino e universitários de baixa renda. Na noite desta sexta-feira (26), o prefeito informou, por meio de nota, que irá garantir a tarifa zero para estudantes do ensino fundamental e médio, de nível superior com Prouni, Fies ou quotas raciais ou sociais.

Por meio de sua conta no twitter, Haddad afirmou ter enviado comunicado à Câmara Municipal sobre a decisão, no mesmo dia, conforme determina a legislação municipal. “Acabo de comunicar à Câmara Municipal instituição do Passe Livre para estudante de escola pública e universitários do Prouni, Fies e cotas”, publicou.

O passe livre estudantil era reivindicado há mais de dez anos por movimentos sociais e começa a valer a partir do dia 6 de janeiro.

Segundo a prefeitura, serão beneficiados pelo menos 505 mil estudantes que utilizam os ônibus da rede municipal. Destes, cerca de 360 mil pertencem à rede pública e 145 mil à rede particular de ensino, mas são de baixa renda.

Outra medida anunciada garantiu o congelamento das tarifas do Bilhete Único mensal, semanal e diário, com validade de 24 horas, em R$ 3,00.

Ao mesmo tempo, alunos de instituições de ensino particulares, tanto de nível fundamental, médio e superior, que não são atendidos por programas sociais, permanecem com o desconto de 50% na tarifa. Idosos com mais de 60 anos permanecem isentos.

Após quatro anos congelada, a tarifa de ônibus será reajustava em 0,50 centavos e passará a custar R$ 3,50, para os apenas 8% de usuários que pagam 100% da passagem.

A Secretaria Municipal de Transportes informou ainda que o governo estadual se comprometeu a reajustar o valor do bilhete único integrado com o Metrô e os trens da CPTM para R$ 5,45.

“O Governo do Estado se compromete a aplicar os mesmos reajustes nos trens do Metrô e da CPTM, além de manter a mesma tarifa nos bilhetes únicos temporais de integração”, afirma a nota.

(Agência PT)

Claudio Puty(PT\PA) tem o sétimo melhor desempenho dentre todos os 513 deputados federais do Brasil

VEJA publica pelo quarto ano o seu Ranking do Progresso, uma avaliação objetiva do desempenho dos senadores e deputados — que, sim, no conjunto, tratam o país com seriedade

Ranking do Progresso 2014 - Deputados

ANTONIO IMBASSAHY
10
PSDB - BA

MARCUS PESTANA
10
PSDB - MG

GABRIEL GUIMARÃES
9,98
PT - MG

ANGELO VANHONI
9,36
PT - PR

RAUL HENRY
8,69
PMDB - PE

ALESSANDRO MOLON
8,66
PT - RJ

HÉLIO SANTOS
8,64
PSDB - MA

CLÁUDIO PUTY
8,62
PT - PA

JORGE CÔRTE REAL
8,61
PTB - PE

LIRA MAIA
8,6
DEM - PA
10
AMAURY TEIXEIRA
PT-BA

Nem a Veja\Bandida consegue esconder. AÉCIO É O PIOR SENADOR DE 2014

George Gianni/PSDB:
Tucano Aécio Neves (PSDB-MG) foi o único a receber pontuação zero entre os senadores no ranking em que, segundo a revista, "são levadas em conta propostas de ajuste na legislação capazes de contribuir para um país mais moderno e competitivo, segundo a perspectiva de VEJA e da Editora Abril"; no 'Ranking do Progresso', divulgado pela quarta vez consecutiva, dos 20 mais bem colocados, sete parlamentares pertencem aos quadros da dupla PSDB/DEM, mesmo número dos governistas PT/PMDB

247 – Aécio Neves foi o pior senador de 2014, segundo a revista Veja. O tucano foi o único a receber pontuação zero no chamado 'Ranking do Progresso', divulgado pela revista pelo quarto ano consecutivo. Para a formação da lista, de acordo com a publicação, "são levadas em conta propostas de ajuste na legislação capazes de contribuir para um país mais moderno e competitivo, segundo a perspectiva de VEJA e da Editora Abril". A Veja publica um quadro com os "nove eixos considerados fundamentais para isso". Confira abaixo:





A lista de senadores é liderada por Eduardo Amorim, do PSC-CE. Já na de deputados, quem está no topo são dois tucanos: o líder do PSDB na Casa, Antonio Imbassahy (BA), e Marcus Pestana, presidente do PSDB de Minas Gerais. A revista aponta que, no ranking deste ano, há "maior equilíbrio entre parlamentares do governo e da oposição na Câmara Federal". Dos 20 mais bem colocados, sete pertencem aos quadros da dupla PSDB/DEM, mesmo número dos filiados aos partidos aliados ao governo PT/PMDB.

"O que explicaria tal mudança?", pergunta a reportagem de Veja. "É impossível não considerar como determinante do ranking de 2014 o fator 'calendário eleitoral'. Tivemos um longo e árduo ano de campanhas para os pleitos presidencial e legislativo — contaminadas, mais uma vez, por uma sucessão de escândalos que envolveram a classe política e alguns candidatos-protagonistas. Senadores e deputados passaram boa parte de 2014 empenhados em levar aos seus eleitores o resultado do trabalho desenvolvido a partir de 2011. Além disso, muitos congressistas se lançaram na disputa para os executivos federal e estaduais. Isso trouxe pelo menos duas consequências: a) um número pequeno de deliberações no Congresso, se considerarmos como base o período 2011-2013; b) pouco trabalho feito por parlamentares que, em outro momento, teriam maior atuação nos processos decisórios do Legislativo", explica a revista.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A precisão cirúrgica de Dilma

Há razões concretas para acreditar no sucesso do segundo governo Dilma. E elas se tornam cada vez mais evidentes a partir das escolhas feitas por ela para compor seu gabinete ministerial.

Durante a campanha presidencial, uma das mais radicalizadas da história do País, era possível enxergar duas nuvens escuras formadas no horizonte. Uma pairava sobre a atividade empresarial, contaminada pelo excesso de pessimismo dos agentes econômicos, e outra sobre a política, fragilizada pelo escândalo da Operação Lava Jato, que expôs as vísceras do sistema de financiamento eleitoral no País.

Ao compor seu ministério, sem ceder à pressa dos que exigiam decisões de afogadilho, a presidente Dilma demonstrou ter tido a compreensão precisa dos desafios que rondavam – e ainda rondam – seu segundo mandato.

Na economia, era preciso recuperar a confiança de empresários e investidores. E as escolhas de Joaquim Levy, um especialista em contas públicas reconhecido pelo mercado, ao lado de Nelson Barbosa, que terá a missão de elaborar novas reformas estruturais, não poderiam ter sido mais adequadas. Os dois se somam a um Alexandre Tombini que, no segundo mandato à frente do Banco Central, terá maior autonomia para gerir a política monetária, como, aliás, já demonstra a última ata do Comitê de Política Monetária, que sinaliza a busca do centro da meta de inflação já em 2016.

A crise política

Se havia riscos na economia, o temporal anunciado na política parecia ser bem mais assustador. Havia o risco concreto de que a presidente Dilma assumisse um segundo mandato sem as contas aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, tendo de lidar com um Congresso em ebulição, diante das denúncias da Lava Jato.

Hoje, 24 de dezembro, um dia depois do anúncio de 13 novos ministros, essa crise parece ser bem menor. Ao compor seu gabinete, a presidente Dilma demonstrou critério e coerência. Entre os fatores que explicam suas decisões, destacam-se fatores como lealdade, densidade política e capacidade administrativa. No pelotão de elite da nova equipe, destacam-se três ex-governadores e um ex-prefeito da maior cidade do País: Jaques Wagner, da Bahia, Eduardo Braga, do Amazonas, Cid Gomes, do Ceará, e Gilberto Kassab, de São Paulo.

Com esses quatro nomes no time, que são também conhecidos pela capacidade de articulação política, a tempestade que se anunciava hoje parece mais uma chuva de verão. O fato concreto é um só: Dilma, hoje, tem uma retaguarda gigantesca no Congresso para enfrentar eventuais turbulências. E a palavra impeachment desaparecerá do vocabulário político.

Mais mudanças?

A montagem da nova equipe demonstra, ainda, uma mudança clara de atitude da presidente Dilma. Neste segundo mandato, ela será mais presidente – e menos ministra de todas as áreas. É ilógico imaginar que nomes como Levy, Barbosa, Wagner, Braga, Cid e Kassab não terão autonomia para tocar suas áreas e executar seus projetos.

No primeiro mandato, a presidente hiperdetalhista, que se envolvia praticamente em todas as áreas, seguia uma lógica distinta. Dilma ainda enfrentava uma transição, com um gabinete herdado do antecessor, e tinha grandes desafios pela frente, como a organização de uma Copa do Mundo.

Hoje, reeleita, ela parece mais segura para trabalhar em equipe, delegar missões e preparar transformações que poderão ter profundo impacto na realidade brasileira. A mais importante, mãe de todas as reformas, é a mudança do sistema político, anunciada em seu discurso da vitória. Só ela será capaz de estancar os escândalos de corrupção que, há meses, ocupam todas as páginas do noticiário político.

Por último, mas não menos importante, será preciso profissionalizar a gestão das empresas estatais, tornando-as imunes ao loteamento político, mas sem perder de vista os interesses nacionais e estratégicos que norteiam a atuação de cada uma delas.

(Leonardo Attuch\247)

Veja como Aécio enriquecia com a 'Arco Íris' e silenciava a imprensa mineira













Com muito atraso, o governo de Minas Gerais, aliado de Aécio Neves (PSDB) divulgou nesta terça (23) na internet os gastos realizados pelo Estado com publicidade desde 2003, quando o senador Aécio Neves (PSDB) assumiu seu primeiro mandato como governador do Estado.

Nos 12 anos em que foi comandado pelos tucanos, o Estado gastou mais de R$ 547 milhões com publicidade, em valores corrigidos pela inflação

As empresas de comunicação controladas pela família de Aécio que veicularam publicidade oficial durante seu governo receberam menos do que seus concorrentes.

Aécio e sua família controlam a rádio Arco Íris, retransmissora da Jovem Pan em Belo Horizonte, e as rádios São João e Colonial, de São João del Rei, além do semanário "Gazeta de São João del Rei".




Da posse de Aécio, em 2003, até este mês, quando termina o governo tucano em Minas, os gastos do Estado com publicidade oficial aumentaram mais de 900%, já descontada a inflação do período.

Emissoras de TV ficaram com a maior fatia (R$ 290 milhões), com a Rede Globo em primeiro lugar. Entre os jornais (R$ 138 milhões), o maior beneficiado foi o "Estado de Minas", que apoiou editorialmente o governo de Aécio e sua candidatura presidencial.

O jornal é o maior do Estado e teve um aumento expressivo (1.428%) no valor recebido nos últimos 12 anos. Para o governo, no entanto, houve acréscimo na publicidade para "todos os veículos".

Só foram divulgados gastos efetuados pela administração direta, sem incluir despesas feitas por empresas estatais.

Em outubro, durante a campanha eleitoral, reportagem da Folha mostrou que o governo de Minas se recusava a divulgar informações sobre despesas que realizou para veicular publicidade em três rádios e um jornal controlados pela família de Aécio, que governou o Estado de 2003 a 2010 e disputou a eleição presidencial deste ano.

Na época, a Folha não conseguiu obter essas informações. O jornal apresentou requerimentos baseados na Lei de Acesso à Informação. O governo alegava que o levantamento concluído agora estava incompleto.

Os gastos foram divulgados em documentos no formato PDF, que podem dificultar sua análise. Os valores nas tabelas só podem ser processados após a conversão dos documentos em planilhas de cálculo, com o uso de ferramentas especiais.
(FSP\ Os Amigos do Presidente Lula)

VENINA 'PESCOÇO DE GIRAFA' CAUSOU PREJUÍZOS DE R$ 25 MILHÕES À PETROBRAS

:
Comissão interna de sindicância responsabiliza Venina Velosa, que foi tratada como heroína pela Globo, por quatro 'não conformidades' na execução da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que elevaram os custos em R$ 4 bilhões; o ponto que a implica diretamente é a contratação da empresa Alusa, para a construção da casa de máquinas do empreendimento; segundo a empresa, a equipe liderada por Venina desconsiderou descontos de R$ 25 milhões; sem ter conseguido atingir seu objetivo, que era a demissão da presidente Graça Foster, Venina também decidiu processar a empresa, alegando assédio moral

247 - Tratada como heroína pela Globo, Venina Velosa foi responsabilizada por uma comissão interna de sindicância da Petrobras por prejuízos de R$ 25 milhões nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

A revelação foi feita pelos jornalistas Ricardo Brandt e Fausto Macedo, em reportagem publicada no jornal Estado de S. Paulo.

De acordo com a comissão, quatro 'não conformidades' elevaram o custo da obra em R$ 4 bilhões. As 'não confirmidades' são indícios de irregulariades, como formação de cartel na contratação dos fornecedores.

Além de Venina, a comissão também responsabiliza Paulo Roberto Costa, a quem ela era subordinada, e outros dois personagens já investigados na Lava Jato: Renato Duque e Pedro Barusco.

A comissão aponta ainda um ponto que atinge Venina diretamente: a contratação da empresa Alusa para fornecimento da casa de máquinas da refinaria. De acordo com a equipe interna da Petrobras, Venina desconsiderou descontos de R$ 25 milhões que haviam sido negociados com a própria Alusa.

Ação trabalhista

Em outra frente, Venina decidiu processar a Petrobras na Justiça trabalhista, alegando assédio moral e questionando sua redução de salário, desde que retornou de Cingapura.

É o que informa Mario Cesar Carvalho na Folha de S. Paulo. Advogados de Venina questionam a redução de seus vencimentos de R$ 69,1 mil para R$ 24,2 mil.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Notícia boa da Petrobras não vale.






A Petrobras, depois de uma pesada queda, está recuperando fortemente nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos.

Aqui, do ponto pior de R$ 8,52 no dia 15, chegou hoje à tarde (14;40h) a RS 10,34, uma alta de 21,36%.

Em Nova York, subiu, nos últimos três dias, muito acima das outras petroleiras, como se vê no gráfico lá em cima.

Muita gente, como o megainvestidor George Soros, está rindo a toa com os lucros que embolsou esta semana.

E vai embolsar mais, porque a ação ainda está valendo pouco mais da metade do que deveria estar, mesmo com a queda no preço do petróleo.

Porque a Petrobras tem, como se diz no jargão empresarial, “resultado para entregar”.

Hoje a empresa anunciou um novo recorde na produção de poços exclusivos ou operados por ela com parceiros: 2,47 milhões de barris de petróleo por dia, no dia 21. Há um ano, eram 1,96 milhão/dia.

Com uma média mensal proxima disso, serão 25% a mais do que há um ano.

E 700 mil barris no pré-sal, contra 371 mil/dia em dezembro passado.

Ou 88,6% de aumento na produção destas áreas de enorme profundidade, onde a média por poço supera os 20 mil barris diários.

Isso com a companhia trabalhando em que só Deus sabe que está, com todo o tipo de insegurança que a campanha de mídia está provocando internamente.

A roubalheira de Paulo Roberto Costa e de todos os que tenham entrado neste esquema é séria e merece ser duplamente punida: porque é roubo e porque é roubo contra a empresa mais importante para o futuro do Brasil.

Mas ela não justifica – nem sequer explica – a paralisação e a desvalorização de um empresa de petróleo que tira óleo do chão marinho como nenhuma outra faz.

Mas isso não sai na mídia, ou sai sem nenhum destaque.

Querem fazer crer ao povo brasileiro que, como lhe roubaram alguns, a galinha dos ovos de ouro é um bicho inútil e sem valor.

Quem desdenha, já dizia a minha avó, quer comprar.

E baratinho, baratinho, na bacia das almas, como conseguiram com Fernando Henrique que vendeu quase 30% do capital da empresa, a maior parte para investidores estrangeiros.

(Tijolaço)

Mas eis que após o 'Roda-Viva' levaram a pescaria pra lá.

Conforme anunciado por Rui Baiano, há cerca de um mês, em furo dado no seu blog, Ananindeua em Debates, Helder Barbalho será o ministro da Pesca no próximo mandato da presidenta Dila Rousseff. Pelo menos, seu nome está entre os futuros novos ministros anunciados hoje pelo Palácio do Planalto e divulgado por Paulo Henrique Amorim, no seu 'Conversa Afiada'.

Os mais sarcásticos poderiam interpretar essa indicação como uma provocação ao governador reeleito, Simão Jatene, conhecido por preferir mil vezes um caniço e samburá a despachos burocráticos, enquanto Helder descende de um político\pecuarista. No entanto, dada a vocação econômica de nossa região, especificamente o Pará, o maior produtor de pescado do país, está aberta ao filho da deputada Elcione Barbalho a oportunidade de transformar esse potencial em divisas que gerem riquezas ao estado e nos tirem da triste condição atual, de mera colônia de pescadores, em que esse pescado toma o rumo de outras regiões do país deixando aqui apenas as sobras.

Como se trata de uma nomeação que guarda claramente um componente político em si, sem que isto seja considerado demérito, do desempenho de Helder nesse cargo dependerá também seu futuro político, se é que ele está pensando em concorrer em 2018 ao mesmo cargo que concorreu em 2014. Ele sabe que parte considerável de sua derrota em outubro último foi consequência da sua sofrível avaliação como prefeito de Ananindeua, tanto que foi goleado lá onde governou por oito anos ininterruptos.

Ao seu partido e simpatizantes deve sinalizar o duro aprendizado da lição; ao povo paraense deve o empenho de fazer com que essa riqueza natural do nosso território seja também pelo nosso povo usufruída, sem precisar recorrer aos repetitivos decretos de época da semana santa e somente isto.

A título de sugestão, seria bom que Helder começasse a pensar em usar aquele terminal hidroviário, construído na gestão Ana Júlia, e abandonado criminosamente pelo atual e futuro governador, estudando a possibilidade de transformá-lo em entreposto compartilhadamente administrado, incentivando o cooperativismo do setor. Seria uma forma de aproveitar a vocação de centenas de ilhas que estão em frente daquele terminal, bem como fazer voltar ao distrito de Icoaraci os bons tempos de distrito industrial pesqueiro, obviamente sem o famigerado boo da pesca de arrasto. Como diria o outro: fé no que virá!

Comissão aprova Orçamento para 2015 com mínimo de R$790

Um acordo na Comissão Mista de Orçamento (CMO) garantiu na noite desta segunda-feira (22) a aprovação do relatório final da proposta orçamentária para 2015. O parecer ainda será apreciado pelo Congresso Nacional, em fevereiro. O texto aprovado inclui, entre outros itens, salário mínimo de R$ 790 a partir de 1º de janeiro. Hoje é de R$ 724. O aumento nominal (sem descontar a inflação) é de 9,1%.

O deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), presidente da CMO, elogiou a aprovação do Orçamento da União para 2015 e agradeceu o apoio de todos os parlamentares. “Agradecemos ao relator geral, senador Romero Jucá (PMDB-RR) pelo empenho, agradecemos também aos relatores setoriais pelo trabalho e empenho para chegarmos ao objetivo de aprovar o Orçamento do País para o próximo ano. Quem ganha com isso é o Brasil e fico contente porque conseguimos votar aquilo que é o interesse do Brasil”, afirmou Devanir Ribeiro.

Setoriais - Mais cedo, a CMO aprovou os dez relatórios setoriais que integram a proposta orçamentária de 2015, o que permitiu a aprovação do relatório final. Os dez relatores (seis deputados e quatro senadores) auxiliam o relator-geral do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a definir as despesas do próximo ano. Além de atender as emendas dos parlamentares, cada relator setorial negocia seu parecer com os órgãos relacionados à sua área.

O deputado Waldenor Pereira (PT-BA), relator setorial da infraestrutura, que abrange os orçamentos dos ministérios de Transportes, Minas e Energia, e Comunicações, falou da importância do setor. “A maior parte das demandas do setor de infraestrutura é vinculada a área de transportes. São construções e adequações de estradas federais, viadutos, manutenção da malha rodoviária federal. A maior parte dos recursos, cerca de 90%, são oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, explicou o petista.

(Agência PT)

A Terceira Guerra Mundial?

É uma guerra provocada unilateralmente pelos EUA com a cumplicidade da Europa. O alvo principal é a Rússia e, indiretamente, a China. O pretexto é a Ucrânia.

Tudo leva a crer que está em preparação a terceira guerra mundial, se entendermos por “mundial” uma guerra que tem o seu teatro principal de operações na Europa e se repercute em diferentes partes do mundo. É uma guerra provocada unilateralmente pelos EUA com a cumplicidade ativa da Europa. O seu alvo principal é a Rússia e, indiretamente, a China. O pretexto é a Ucrânia. Num raro momento de consenso entre os dois partidos, o Congresso dos EUA aprovou no passado dia 4 de dezembro a Resolução 758 que autoriza o Presidente a adotar medidas mais agressivas de sanções e de isolamento da Rússia, a fornecer armas e outras ajudas ao governo da Ucrânia e a fortalecer a presença militar dos EUA nos países vizinhos da Rússia. A escalada da provocação à Rússia tem vários componentes que, no conjunto, constituem a segunda guerra fria. Nesta, ao contrário da primeira, a Europa é um participante ativo, ainda que subordinado aos EUA, e assume-se agora a possibilidade de guerra total e, portanto, de guerra nuclear. Várias agências de segurança fazem planos já para o Day After de um confronto nuclear.

Os componentes da provocação ocidental são três: sanções para debilitar a Rússia; instalação de um governo satélite em Kiev; guerra de propaganda. As sanções são conhecidas, sendo a mais insidiosa a redução do preço do petróleo, que afeta de modo decisivo as exportações de petróleo da Rússia, uma das mais importantes fontes de financiamento do país. O orçamento da Rússia para o próximo ano foi elaborado com base no preço do petróleo à razão de 100 dólares por barril. A redução do preço combinada com as outras sanções e a desvalorização do rublo agravarão perigosamente o déficit orçamental. Esta redução trará o benefício adicional de criar sérias dificuldades a outros países considerados hostis (Venezuela, Irã e Equador). A redução é possível graças ao pacto celebrado entre os EUA e a Arábia Saudita, nos termos do qual os EUA protegem a família real (odiada na região) em troca da manutenção da economia dos petrodólares (transações mundiais de petróleo denominadas em dólares), sem os quais o dólar colapsa enquanto reserva internacional e, com ele, a economia dos EUA, o país com a maior e mais obviamente impagável dívida do mundo.

O segundo componente é o controle total do governo da Ucrânia de modo a transformar este país num estado satélite. O respeitado jornalista Robert Parry (que denunciou o escândalo do Irã-contra) informa que a nova ministra das finanças da Ucrânia, Natalie Jaresko, é uma ex-funcionária do Departamento de Estado, cidadã dos EUA, que obteve cidadania ucraniana dias antes de assumir o cargo. Foi até agora presidente de várias empresas financiadas pelo governo norte-americano e criadas para atuar na Ucrânia. Agora compreende-se melhor a explosão, em fevereiro passado, da secretária de estado norte-americana para os assuntos europeus, Victoria Nulland: “Fuck the EU”. O que ela quis dizer foi: “Raios! A Ucrânia é nossa. Pagamos para isso”.

O terceiro componente é a guerra de propaganda. Os grandes media e seus jornalistas estão a ser pressionados para difundirem tudo o que legitime a provocação ocidental e ocultarem tudo o que a questione. Os mesmos jornalistas que, depois dos briefings nas embaixadas dos EUA e em Washington, encheram as páginas dos seus jornais com a mentira das armas de destruição massiva de Saddam Hussein, estão agora a enchê-las com a mentira da agressão da Rússia contra a Ucrânia. Peço aos leitores que imaginem o escândalo mediático que ocorreria se se soubesse que o Presidente da Síria acabara de nomear um ministro iraniano a quem dias antes concedera a nacionalidade síria. Ou que comparem o modo como foram noticiados e analisados os protestos em Kiev em fevereiro passado e os protestos em Hong Kong das últimas semanas. Ou ainda que avaliem o relevo dado à declaração de Henri Kissinger de que é uma temeridade estar a provocar a Rússia. Outro grande jornalista, John Pilger, dizia recentemente que, se os jornalistas tivessem resistido à guerra de propaganda, talvez se tivesse evitado a guerra do Iraque em que morreram até ao fim da semana passada 1.455.590 iraquianos e 4801 soldados norte-americanos. Quantos ucranianos morrerão na guerra que está a ser preparada? E quantos não-ucranianos?

Estamos em democracia quando 67% dos norte-americanos são contra a entrega de armas à Ucrânia e 98% dos seus representantes votam a favor? Estamos em democracia na Europa quando países da UE membros da NATO podem estar a ser conduzidos, à revelia dos cidadãos, a travar uma guerra contra a Rússia em benefício dos EUA, ou quando o parlamento europeu segue nas suas rotinas de conforto enquanto a Europa está a ser preparada para ser o próximo teatro de guerra, e a Ucrânia, a próxima Líbia?

As razões da insanidade
Para entender o que se está a passar é preciso ter em conta dois fatos: o declínio dos EUA enquanto país hegemônico; o negócio altamente lucrativo da guerra. O declínio do poder econômico-financeiro é cada vez mais evidente. Depois do 11 de Setembro de 2001, a CIA financiou um projeto chamado “projeto profecia” destinado a prever possíveis novos ataques aos EUA a partir de movimentos financeiros estranhos e de grande envergadura. Sob diferentes formas, esse projeto tem continuado, e um dos seus participantes prevê o próximo crash do sistema financeiro com base nos seguintes sinais: a Rússia e a China, os maiores credores dos EUA, têm vindo a vender os títulos do tesouro e em troca têm vindo a adquirir enormes quantidades de ouro; estranhamente, este títulos têm vindo a ser comprados em grandes quantidades por misteriosos investidores belgas e muito acima da capacidade deste pequeno país (especula-se se o próprio banco de reserva federal não estará envolvido nesta operação); aqueles dois países estão cada vez mais a usar as suas moedas e não os petrodólares nas transações de petróleo (todos se recordam que Saddam e Kadafi procuraram usar o euro e o preço que pagaram pela ousadia); finalmente, o FMI (o cavalo de Troia) prepara-se para que o dólar deixe de ser nos próximos anos a moeda de reserva e seja substituída por uma moeda global, os SDR (special drawing rights).

Para os autores do projeto profecia, tudo isto indica que um ataque aos EUA está próximo e que para este se defender tem de manter os petrodólares a todo o custo, assegurando o acesso privilegiado ao petróleo e ao gás, tem de conter a China e tem de debilitar a Rússia, idealmente provocando a sua desintegração, tipo Jugoslávia. Curiosamente, os “especialistas” que veêm na venda da dívida uma atitude hostil por parte de potências agressoras são os mesmos que aconselham os investidores norte-americanos a procederem da mesma maneira, isto é, a desfazerem-se dos títulos, a comprar moedas de ouro e a investirem em bens sem os quais os humanos não podem viver: terra, água, alimentos, recursos naturais, energia.

Transformar os sinais óbvios de declínio em previsões de agressão visa justificar a guerra como defesa. Ora a guerra é altamente lucrativa devido à superioridade dos EUA na condução da guerra, no fornecimento de equipamentos e nos trabalhos de reconstrução. E a verdade é que, como escreveu Howard Zinn, os EUA têm estado permanentemente em guerra desde a sua fundação. Acresce que, ao contrário da Europa, a guerra nunca será travada em solo norte-americano, salvo, claro, o caso de guerra nuclear. Em 14 de Outubro de 2014, o New York Times divulgava o relatório da CIA sobre o fornecimento clandestino e ilegal de armas e financiamento de guerras nos últimos 67 anos em muitos países, entre eles, Cuba, Angola e Nicarágua. Esta notícia serviu para que Noam Chomsky dissesse em “The Laura Flanders Show” que aquele documento só podia ter o seguinte título: “Yes, we declare ourselves to be the world´s leading terrorist state. We are proud of it” (“Sim, declaramos que somos o maior estado terrorista do mundo e temos orgulho nisso”).

Um país em declínio tende a tornar-se caótico e errático na sua política internacional. Immanuel Wallerstein refere que os EUA se transformaram num canhão descontrolado (a loose canon), um poder cujas ações são imprevisíveis, incontroláveis e perigosas para ele próprio e para os outros. A consequência mais dramática é que esta irracionalidade se repercute e intensifica na política dos seus aliados. Ao deixar-se envolver na nova guerra fria, a Europa, não só atua contra os seus interesses económicos, como perde a relativa autonomia que tinha construído no plano internacional depois de 1945. A Europa tem todo o interesse em continuar a intensificar as suas relações comerciais com a Rússia e em contar com esta como fornecedora de petróleo e gás. As sanções contra a Rússia podem a vir a afetar mais a Europa que a Rússia. Ao alinhar-se com o militarismo da OTAN onde os EUA têm total preponderância, a Europa põe a economia europeia ao serviço da política geoestratégica dos EUA, torna-se energeticamente mais dependente dos EUA e dos seus estados satélites, perde a oportunidade de se expandir com a entrada da Turquia na União Europeia. E o mais grave é que esta irracionalidade não é o mero resultado de um erro da avaliação dos interesses dos europeus. É muito provavelmente um ato de sabotagem por parte das elites neoconservadoras europeias no sentido de tornar a Europa mais dependente dos EUA, tanto no plano energético e económico, como no plano militar.

Por isso, o aprofundamento do envolvimento na OTAN e o tratado de livre comércio entre a UE e os EUA (parceria transatlântica de investimento e comércio) são os dois lados da mesma moeda.

Pode argumentar-se que a nova guerra fria, tal como a anterior, não conduzirá a um enfrentamento total. Mas não esqueçamos que a primeira guerra mundial foi considerada, quando começou, uma escaramuça que não duraria mais de uns meses. Durou quatro anos e custou entre 9 e 15 milhões de mortos.

(Boaventura de Sousa Santos\Carta Maior)

O PIG e seus detritos


O sonho de consumo da quinhentona direita viralata tupiniquim é golpear o Lula. Agora, período natalino, então, aflora ainda mais essaa cobiça desmedida por um presente de papai noel. Vira mexe, aparece um salafrário  dando depoimento bombástico pras quadrilhas piguentas revelando o maior escândalo de todos os tempos da última semana, com total cobertura desse jornalixo que ainda morrerá por causa dessa avidez.

Agora surgiu essa tal Venina 'Pescoço de Girafa' e sua cantilena embusteira e recorrente. Isto é, como comportou-se satisfatoriamente, de acordo com a expectativa dessas gangues midiáticas, óbvio, ganhará mais um uns dias de notoriedade até a revelação que envolve evidentemente o Lula. Impressionante que os donos dessa encenação nem percebem o quão ordinária é a produção dessa farsa, nos moldes daquelas que passam aos montes na programação, não menos infame, das tevês abertas diariamente, onde não falta heroísmo chinfrin, encenação canastrona e o infalível medo de morrer pelas mãos dos fictícios algozes.

Após a perda da validade, certamente será despejada no lixão junto com outros resíduos semelhantes quando então virá à tona em detalhes a vasilha ordinaríssima que é mais essa "estrela". Mas aí ninguém dará mais importância à imundície que um dia tentou se passar por heroína.Triste!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Brasil tem maior sistema público de transplantes do mundo

SUS é responsável por 95% dos procedimentos realizados no Brasil. Lista para transplante de córnea foi zerada em seis estados

O País se tornou detentor do maior sistema público de transplantes de órgãos do planeta. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2001 e 2013, a quantidade deste tipo de procedimento mais que dobrou na rede pública, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo dados da pasta, foram realizados 10,9 mil transplantes no Brasil, em 2001. Em 2013, foram 23,4 mil cirurgias. Os transplantes mais realizados no País são os de rim, córnea, medula óssea e fígado.

Somente em 2013, foram 5,2 mil transplantes de rim, 13,7 mil de córnea, 2,1 mil de medula óssea e 1,7 mil de fígado.

Oia aumento dos transplantes é reflexo, também, do crescimento de doadores efetivos no Brasil. O total de doadores de órgãos passou de 1,8 mil, em 2010, para 2,5 mil, em 2013.

Além disso, a lista de espera para o transplante de córnea foi zerada em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. No Distrito Federal e no Mato Grosso, a lista de espera está com poucos nomes e, em breve, deverá ser zerada.

Para o transplantado José Amora da Silva, de 68 anos, ainda é preciso conscientizar a população brasileira sobre a importância da doação de órgãos. Ele fez o transplante de rim, em novembro de 2011, após seis meses de espera.

Apesar de estar feliz por ter recebido um novo órgão rapidamente, José diz ter uma queixa após o transplante. “Eu queria muito agradecer à família do meu doador, mas eu não sei quem é”, lamenta Silva.

Com o intuito de realizar a conscientização dos brasileiros, o Ministério da Saúde tem feito campanhas constantes sobre a importância de avisar a família sobre o desejo de ser doador.

Para ser doador, não é necessário deixar nada por escrito, apenas alertar a família. Para reforçar a campanha, o Ministério da Saúde lançou, em setembro, um aplicativo no Facebook, onde é possível ao cidadão se declarar doador.

Com as declarações na rede social, o Sistema Nacional de Transplantes criará um banco informal de doadores. Em 2012, o Facebook apoiou a campanha do Ministério da Saúde e, com isso, mais de 530 mil pessoas se declararam doadoras de órgãos.

(Agência PT)

A Justiça malufou

A lista de políticos divulgada como sendo produto da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa carece de grandes novidades. De uma forma ou de outra, a maioria dos nomes já havia sido liberada em ritmo variável, de acordo com o calendário eleitoral.

O comitê tucano instalado na Polícia Federal imprimiu ritmo acelerado até o fechamento das urnas, na tentativa vã de emplacar o candidato da oposição. O esforço culminou com aquela capa de uma revista que entrou para a história como uma das maiores vergonhas da imprensa nacional.

Ainda assim a lista de Costa tem seus atrativos. Apesar de ter dito publicamente no Congresso que a bandalheira na Petrobras vem de longe, o ex-diretor acusou sobretudo gente que pertence à base do atual governo. Houve duas exceções: Eduardo Campos (PSB) e Sérgio Guerra (PSDB), unidos por uma circunstância trágica, a morte, normalmente nestas horas sinônimo de anistia ampla e preventiva.

Chama a atenção também que a operação Vaza Jato, paralela à investigação oficial, esteja sendo tão parcimoniosa quanto às supostas delações da outra testemunha-chave, o doleiro Alberto Youssef.

Ele pareceu útil para construir aquela capa já referida, desmoralizada no mesmo dia por seu próprio advogado. Fala-se que ele tem sua própria lista de políticos, mas estranhamente os nomes não pingam com tanta sofreguidão quanto os apontados por Costa.

Por que será? Um palpite: o doleiro atua com o ilícito faz muito tempo. Foi personagem destacado na finada CPI do Banestado, criada para investigar esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que teve seu auge entre 1996 e 2002. Youssef estreou ali no papel de delator premiado. Jurou se afastar do crime, mas a carne é fraca. A CPI acabou em pizza, como de costume.

Salvos casos isolados — entre eles o de doleiros como Youssef —, nenhum dos políticos e milionários citados na época conheceu o xadrez. Presume-se, no entanto, que a agenda de Youssef seja bem mais ecumênica e explosiva que a do ex-diretor da estatal.

Presume-se, repita-se, uma vez que a Lava Jato tem sido marcada por procedimentos nada ortodoxos. Todos têm o direito de desconfiar quando o suposto fato de se apontar um retrato na parede já vira indício de incriminação de um ex-presidente!

A espetacularização e o viés partidário, infelizmente, conspiram contra a reputação de um trabalho investigativo que poderia, e ainda pode, espera-se, contribuir para a depuração do habitat político e empresarial brasileiro.

Motivos para descrença na imparcialidade judicial, aliás, só têm crescido nos últimos tempos. Nem se fale dos momentos vexatórios oferecidos por magistrados que desrespeitam normas em blitz e aeroportos e ainda contam com a retaguarda de seus pares. O buraco está acima. Um dos exemplos mais frescos envolve o deputado Paulo Maluf, de currículo sobejamente conhecido.

O parlamentar é perseguido no mundo inteiro, menos no país onde cometeu crimes. Pode viajar ao exterior apenas na imaginação, lendo as placas das ruas do bairro chique onde mora em São Paulo.

Pois bem, aqui no Brasil Maluf recuperou o status de ficha-limpa. Para isso, o Tribunal Superior Eleitoral, à sua moda, mandou os escrúpulos às favas. Manobrou, aguardou a viagem de um dos ministros a favor da condenação do deputado para refazer a votação original e inverter o placar. Chocante. Assim é duro achar saída neste beco.
(Ricardo Melo\Contexto Livre)

Jornal norte-americano revela a identidade do terrorista oculto libertado por Cuba

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Sarraff com 32 anos, antes de ser preso, e à direita imagem do terrorista cedida pela família sem data determinada.

O cubano Rolando Sarraff Trujillo, de 51 anos, teria sido fundamental no desmantelamento da Rede Vespa, que culminou na detenção dos Cinco Cubanos.


O terrorista norte-americano Alan Gross foi libertado na quarta-feira, dia 17/12, juntamente com três dos Cinco Cubanos que permaneciam detidos nos Estados Unidos. Mas, juntamente com Gross, outro espião foi posto em liberdade, mas com menos alarme. Definido pela Casa Branca como “alguém dos serviços cubanos que passou para o lado de Washington”, o nome dele permaneceu em sigilo até sexta-feira, dia 19/12, quando foi revelado por jornais norte-americanos.

Trata-se, segundo os periódicos, de Rolando Sarraff Trujillo, de 51 anos, formado em jornalismo na Universidade de Havana. Detido há 20 anos em Cuba, onde cumpria uma pena de 25 anos, ele desempenhou um papel fundamental para o governo norte-americano na Ilha. Infiltrado na Direção de Inteligência de Cuba, o ex-criptógrafo exerceu “um papel decisivo” na identificação de vários espiões cubanos em território norte-americano.

A informação foi confirmada por Chris Simmons, que atuou como chefe da unidade de contra-inteligência da Agência de Inteligência de Defesa dos Estados Unidos entre 1996 e 2004, à Associated Press. Inclusive, de acordo com os jornais norte-americanos, as informações reveladas por Trujillo teriam sido chaves para a detenção dos Cinco Cubanos, que atuavam na chamada Rede Vespa, em 1998. Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antônio Guerrero, René González e Fernando González trabalhavam em um plano para desestabilizar as redes de cubanos em Miami que patrocinava terrorismo contra a Ilha.

De acordo com informações revelas pelo jornal The Washington Post, a libertação de Sarraff Trujillo era uma prioridade para a inteligência norte-americana dentro do acordo com Cuba.

“Decidimos libertar e enviar aos Estados Unidos o espião de origem cubana que esteve a serviço desta nação”, afirmou o presidente Raul Castro durante pronunciamento à nação ao anunciar não só a libertação dos detidos no país, como a retomada das relações diplomáticas com os Estados Unidos. O paradeiro atual de Sarraff, no entanto, não foi confirmado nem por autoridades cubanas, nem norte-americanas.

Anunciada na quarta-feira, dia 17/12, o reatamento histórico entre EUA e Cuba por Obama e Raul Castro traz mudanças importantes no setor diplomático entre ambas as nações. Para além dos efeitos simbólicos do anúncio, a nova política trará consequências práticas para a economia e a diplomacia entre os dois países: desde a abertura de uma embaixada em Havana até a permissão para que cidadãos norte-americanos comprem rum e charutos cubanos em maior quantidade.

(Opera Mundi\bloglimpinhoecheiroso)

Sente o drama, Aécio. Irmã do Rei da Espanha vai a julgamento por cumplicidade em crimes fiscais

A irmã do rei de Espanha, a infanta Cristina, vai ser julgada por um tribunal de Palma de Maiorca por cumplicidade nos crimes fiscais cometidos pelo seu marido, Iñaki Urdangarin, decidiu hoje (22) o juiz responsável pelo caso.

O juiz José Castro decidiu incluir a infanta Cristina entre os acusados de fraude fiscal no auto de abertura do julgamento, que foi ditado hoje.

Contra os argumentos da defesa da irmã do rei, da autoridade tributária espanhola e do procurador público, o juiz José Castro considerou que a acusação que dirige está legitimada para julgar isoladamente a infanta Cristina, que pode ser condenada a até oito anos de prisão.

O juiz de instrução do processo, que fixou para a infanta uma caução de $ 2,6 milhões de euros, deixou fora da lista dos 20 acusados o vice-presidente da Câmara de Valência Alfonso Grau e os ex-dirigentes da iniciativa Madrid 2016, Miguel de la Villa e Gerardo Corral.

O procurador anticorrupção espanhol, Pedro Horrach, pediu 19 anos e seis meses de prisão para Iñaki Urdangarin, cunhado do rei de Espanha Felipe VI, no âmbito do processo.

Horrach exigiu ainda pagamento de $ 3,5 milhões de euros pelo desvio de fundos públicos em vários delitos de corrupção, fraude fiscal e lavagem de dinheiro.

No documento oficial, de 576 páginas, que entregou ao juiz José Castro, o procurador solicitou que sejam julgadas, no caso, 14 pessoas.

(Agências Lusa\Brasil)

sábado, 20 de dezembro de 2014

Publicidade de bebidas é limitada na tevê e no rádio

A veiculação de publicidade ou propaganda de bebida alcoólica está restrita a apenas nove horas diárias na televisão e rádio, depois das 21h e até as 6h. Das 21h às 23h, só poderá ser feita em intervalos de programas não recomendados para maiores de 18 anos.

Fica vetada, assim, a veiculação de anúncios de, por exemplo, cerveja e vinho, nos outros 62,5% do dia, nas 15 horas em que crianças e adolescentes mais têm acesso às transmissões de tevê e rádio.

A restrição foi imposta por decisão da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e vale para aquelas com teor alcoólico igual ou superior a 0,5 graus GL, que é a medida do teor da bebida representada pela quantidade em mililitros (ML) de álcool absoluto contida em 100 MLs do líquido. Até agora, a restrição só valia para bebidas com teor alcoólico superior a 13º GL.

O desembargador federal Luís Alberto d’Azevedo Aurvalle, relator do processo, justificou a mudança como forma de adequação às novas regras foram formuladas sobre o tema.

A Lei Seca (11.705/2008), por exemplo, passou a considerar alcoólicas todas as bebidas que contenham concentração de álcool igual ou superior a 0,5º GL. A mesma definição é usada na Política Nacional sobre o Álcool (Decreto 6.117/2007) e pelo Decreto 6.871/2009, que trata da produção e fiscalização de bebidas.

A decisão foi tomada após análise de três ações civis públicas ajuizadas pelo Ministério Público Federal (MPF), nas quais argumenta que a regulamentação da publicidade objetiva garantir o direito à saúde e à vida dos brasileiros, especialmente de crianças e adolescentes.

A adaptação do teor alcoólico para regulamentar a publicidade ao que está previsto em outras leis incomodou a indústria de comunicação. A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) acredita que a medida poderá impor “impacto gigantesco” ao setor.

A Abert pretende recorrer da decisão nos tribunais superiores. As empresas têm prazo de 180 dias para adequarem-se à regra, sob risco de multa diária R$ 50 mil em caso de descumprimento.

(Agência PT)

Virou notícia nacional. MPE pede cassação do governador do Pará Simão Jatene (PSDB)

Na eleição desse ano, Marina Silva apoiou e pediu votos para o tucano Simão Jatene
Procuradores do Ministério Público Eleitoral (MPE) do Pará pediram ontem ao Tribunal Regional Eleitoral a cassação de 48 candidatos, que disputaram as últimas eleições. Foram, no total, 17 ações por prática de ilegalidades durante as eleições deste ano. Entre elas estão 15 candidatos, incluindo o candidato reeleito ao governo do Estado, Simão Jatene (PSDB), contra quem há três pedidos de cassação de mandato: irregularidades no Cheque Moradia, um programa social do governo, gastos excessivos com a Secretaria de Comunicação do governo estadual, e demissões no hospital Ophir Loyola dentro do período vedado por lei.

O candidato que rivalizou com Jatene na eleição, Helder Barbalho (PMDB), também teve pedida a sua inelegibilidade por oito anos. A acusação contra Helder, filho do senador Jader Barbalho é a de utilização indevida de veículos e meios de comunicação social. As empresas das quais o candidato é sócio teriam sido utilizadas para enaltecer a sua candidatura e atacar seus adversários políticos.

No caso de Jatene, o vice dele, Zequinha Marinho e de outros agentes públicos, a acusação é de abuso de poder político. Segundo o MPE, o abuso ocorreu por meio do uso do programa Cheque Moradia, com a finalidade de obter votos para a candidatura à reeleição, prejudicando a normalidade das eleições. A ação da Procuradoria Regional Eleitoral denuncia que os candidatos eleitos se utilizaram do cargo público eletivo já ocupado e exerceram influência nas eleições por meio do programa.

Até o período da campanha eleitoral, o mês com maior investimento do Cheque Moradia havia sido janeiro, com um gasto total de R$ 9,2 milhões. Em agosto, esse gasto foi de R$ 15,1 milhões e, em setembro, pulou para R$ 31 milhões. Além disso, a ação judicial aponta que durante a campanha aumentou o número de eventos promovidos e o número de processos abertos pelo programa, além da entrega de cheque moradia a eleitores que prometeram voto nos candidatos Simão Jatene e Zequinha Marinho.

Na maioria das ações foi pedida a cassação do registro ou diploma dos candidatos e a declaração de inelegibilidade por oito anos de todos os acusados. Também foram apontados nas ações como responsáveis por ilegalidades os prefeitos de Barcarena, Benevides, Capitão Poço, Marabá, Mocajuba e Parauapebas, a Secretária de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças e o Secretário de Estado de Comunicação.

Segundo as ações, assinadas pelo Procurador Regional Eleitoral Alan Rogério Mansur Silva, e pelos procuradores eleitorais auxiliares Bruno Araújo Soares Valente, Maria Clara Barros Noleto e Nayana Fadul da Silva, as ilegalidades mais recorrentes foram o abuso de poder político e econômico, a compra de votos e a prática de condutas proibidas a agentes públicos durante o período eleitoral.

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), órgão do Ministério Público Federal que atua nas questões eleitorais, apontou que programas de governo, como o Cheque Moradia, do governo estadual, e o Minha Casa Minha Vida, do governo federal, foram utilizados para obtenção de votos nas campanhas. Também houve utilização indevida de meios de comunicação.

Além das irregularidades denunciadas à Justiça Eleitoral, a Procuradoria encaminhou duas ações em que aponta a ocorrência de inelegibilidade de dois candidatos provocada por desaprovações de contas pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Tribunal de Contas da União anunciadas após o registro das candidaturas.
(Os Amigos do Presidente Lula\Agência Estado)

PRIVATARIA NÃO ENGANA. VOX POPULI: FHC FOI QUEM MENOS COMBATEU CORRUPÇÃO

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Pesquisa realizada entre 5 e 8 de dezembro com 2,5 mil entrevistas em 178 municípios aponta que 31% dos brasileiros acreditam que, dos três últimos presidentes, Lula foi quem mais combateu a corrupção, contra 29% de Dilma Rousseff e 11% de Fernando Henrique; ao comentar o levantamento, o presidente do instituto, Marcos Coimbra, questiona: "por que a mídia prefere não fazer pesquisas sobre o tema?"; ele cita Datafolha que "ficou famosa pela extravagante manchete gerada", de que "brasileiro responsabiliza Dilma por caso Petrobras"; depois disso, não houve mais mostras, como se o resultado dessa "bastasse", critica

247 – Um levantamento realizado pelo Vox Populi revela que boa parte da população atesta o discurso do governo petista de que as denúncias sobre corrupção são reveladas em maior número recentemente porque os governantes deram autonomia para que os esquemas fossem descobertos e os responsáveis, presos.

Segundo a mostra do instituto, que contém 2,5 mil entrevistas feitas em 178 municípios brasileiros entre os dias 5 e 8 de dezembro, 31% acreditam que o ex-presidente Lula foi quem "mais combateu a corrupção" entre os três últimos chefes do Executivo federal. Em segundo lugar, vem a presidente Dilma Rousseff, com pequena diferença: 29%. E em último, o tucano Fernando Henrique Cardoso.

"Feitas as contas, 60% escolheram um governante do PT, enquanto FHC nem sequer atinge um quarto do eleitorado que votou no PSDB em outubro", constata o presidente do Vox Populi, Marcos Coimbra, que divulgou os dados na revista CartaCapital desta semana. Ele criticou o fato de a "grande mídia" não ter feito pesquisas sobre a crise na Petrobras.

"Exagero. Houve uma, realizada pelo Datafolha no início de dezembro. Ficou famosa pela extravagante manchete gerada a partir da leitura das informações pela Folha de São Paulo, dona do instituto: "Brasileiro responsabiliza Dilma por caso Petrobras". Nenhum outro levantamento foi encomendado. Como se aquele resolvesse a questão e o resultado bastasse. Como se não fosse tão questionável que até a ombudsman do jornal criticaria a despropositada matemática usada pelos editores ao noticiá-la", critica.

Ainda segundo Coimbra, "apenas 13% dos entrevistados não tinham ouvido falar das denúncias de irregularidades na empresa. Em outras palavras, 86% da população as conhecia, sem variações significativas segundo os níveis de escolaridade".

Entre quem tinha ouvido falar no assunto, 69% acreditavam que "as irregularidades na Petrobras vêm de antes do PT (chegar ao governo federal)". Dos restantes, 23% disseram achar que "começaram com o PT" e 8% "não sabiam". Sobre quais partidos estariam "envolvidos nas irregularidades", 7% dos entrevistados responderam "só o PT" e 18% cravaram "o PT e os partidos da base aliada, como PMDB, PP etc". Os dois terços restantes disseram que "todos os partidos, incluindo o PSDB, o PSB e o DEM".

Paraenses são os primeiros a chegar para a posse de Dilma



Primeiros a chegar: Carlos e Robson percorreram 2,5 mil km para ver segunda posse de Dilma

A 13 dias da posse da presidenta Dilma Rousseff, a Praça dos Três Poderes, em Brasília, recebeu dois militantes pioneiros do Pará para o evento. Carlos Magno Arruda e Robson Messias, chegaram nesta sexta-feira (19) à capital federal e dizem comemoraram terem sido os primeiros a estacionar na praça para a posse presidencial.

Os paraenses vieram em um Fusca 1975. Eles saíram de Bom Jesus do Tocantins (PA), no último dia 11, e enfrentaram 2,5 mil quilômetros de estrada. Arruda faz aniversário em 1º de janeiro e quer como presente ser recebido por Dilma.

Durante a viagem, os dois militantes petistas passaram por cidades do Pará, Maranhão, Tocantins e Goiás. Arruda e Messias pararam em diretórios municipais do Partido dos Trabalhadores, sindicatos, rádios comunitárias e colheram assinaturas para uma carta com sugestões a ser entregue à presidenta Dilma, no dia da posse.

Aliás, acompanhar uma posse presidencial de perto, em Brasília, não é novidade para Messias. Ele esteve na capital federal com o mesmo intuito em 2003 e 2007, nas posses do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e também em 2010, na primeira posse da presidenta Dilma.

De acordo com Messias, para chegar à Brasília para a primeira posse de Lula foi preciso pegar carona em um caminhão. Na segunda vez, eleito vereador e com mais facilidades, ele aproveitou a oportunidade para entregar uma carta pessoalmente à Lula. Na ocasião, ele solicitou a construção de uma escola rural na região onde mora.

Segundo Messias, quatro anos após a entrega da carta ao ex-presidente petista, foi concluída a construção do campus da Universidade Federal Rural (UFRA), em Marabá,

Além da caravana do Fusca de 1975, Arruda e Messias contam que sete ônibus com militantes paraenses seguirão à Brasília para a posse da presidenta Dilma.

(Agência PT)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Projeto de Fernando Haddad de tarifa zero em ônibus municipais para estudantes é aprovado na Câmara

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, na madrugada de sexta-feira, dia 19/12, o projeto de lei que autoriza a isenção da tarifa para estudantes carentes nos ônibus municipais.

O projeto da tarifa zero, de autoria do prefeito Fernando Haddad (PT), ainda não tem data para entrar em vigor. E as regras serão definidas pelo Executivo na regulamentação da lei.

A tarifa zero entrou na pauta das reivindicações dos protestos de junho do ano passado, assim que foi anunciado o aumento das passagens para R$3,20. Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas. Os atos pararam avenidas e registraram vandalismo e prisões.

O texto foi aprovado por 36 votos favoráveis, 1 contrário e três abstenções. O projeto também autoriza outras medidas para o transporte público, como que as empresas de ônibus dispensem os cobradores. O único parlamentar a votar contra o projeto foi o vereador Abou Anni (PV).

Segundo o líder do governo, Arselino Tatto (PT), os cobradores não serão demitidos, serão realocados e requalificados para outros cargos.

“Não haverá desemprego com relação aos cobradores, porque este projeto permite que as empresas requalifiquem estes trabalhadores e que eles sejam reaproveitados em outras funções. Outro objetivo do prefeito é rever a questão da tarifa no transporte para estudantes de baixa renda. É uma injustiça que estes estudantes tenham que pagar para ir à escola ou à faculdade”, disse Arselino Tatto.

Os itens foram incluídos, no final de noite de quinta-feira, dia 18/12, no projeto que já havia sido aprovado em primeira votação e propunha apenas o parcelamento da dívida de IPTU e ISS (Imposto Sobre Serviços) em até 120 vezes. O texto aprovado também prevê a isenção dos cartórios da cidade de pagar ISS.

Também foi aprovado o projeto que determina a redução do reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) na cidade para o próximo ano.

(Bloglimpinhoecheiroso)

PEC da grilagem de terras indígenas será arquivada

A última sessão do ano legislativo na Câmara dos Deputados foi realizada nessa quarta-feira (17) sem a votação do relatório da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 215, que tirava do Executivo a prerrogativa de demarcar terras indígenas, Unidades de Conservação e Territórios Quilombolas passando-a para o Legislativo.

Em uma sessão movimentada, os parlamentares da comissão especial que avaliava a PEC, presidida pelo deputado Afonso Florence (PT-BA), não conseguiram analisar as questões de ordem apresentadas contra o projeto e a sessão foi encerrada. Em casos como esse, o Regimento prevê que o projeto deve ser arquivado pela Casa.

Mobilização

Do lado de fora, mais de 50 índios que passaram o dia protestando comemoraram o seu arquivamento. Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação de Povos Indígenas do Brasil (APIB), reforçou a importância da vitória e das mobilizações dos movimentos, organizações e parlamentares contrários a PEC. “Essa foi realmente a vitória de 2014, num momento em que não víamos a possibilidade de vencermos, diante dos votos e das manobras ruralistas”, comemorou.

Apesar de explicar que o regimento da Câmara “determina que os projetos que não passarem por todas as comissões devem ser arquivados no final da legislatura”, Maurício Guetta, advogado do Instituto Sócio Ambiental (ISA), analisa com cautela o ocorrido. Para ele, os ruralistas ainda tentarão aprovar propostas contrárias aos direitos indígenas.

(CIMI\Brasil de Fato)

Investimento bilionário incrementa agricultura familiar

Mais de R$ 6,8 bilhões em investimentos embalam a safra 2014/15 para os agricultores familiares brasileiros vinculados ao Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Esse é o valor das contratações feitas ao programa Mais Alimentos nos cinco primeiros meses da atual safra pelos produtores, segundo nota divulgada pelo MDA.

O dinheiro representa 54% do total de R$ 12,7 bilhões contratados na safra anterior e se destina à modernização tecnológica das propriedades. Com esses recursos, será possível capacitar os agricultores com equipamentos de última geração para aprimorar e aumentar a produção de alimentos.

O financiamento do Mais Alimentos se baseia numa linha de crédito do Pronaf. Com juros e prazos especiais, essa linha possibilita a aquisição de maquinário agrícola com custos abaixo dos praticados pelo mercado.

“O nosso programa possibilitou a mudança no perfil da dívida do agricultor familiar, que era uma dívida de curto prazo, de custeio, e passou a ser uma dívida de médio e longo prazo, para investimento”, afirma o coordenador do programa no MDA, Marco Antônio Viana Leite. “Estamos levando tecnologia para a agricultura familiar no campo”, garante.

Segundo Leite, a cada safra, o volume de financiamento para essa finalidade cresce 50%. O Mais Alimentos possui também um viés internacional. A primeira exportação ocorreu este ano, com a venda de equipamentos e implementos agrícolas para o Zimbábue, na África.

O desenvolvimento rural daquele país ganhou apoio brasileiro com o fornecimento de 80 arados, 30 distribuidores de calcários, 1,1 mil motobombas e 320 tratores. “Nós estamos exportando tecnologia agrícola produzida no Brasil para África”, comemorou Leite.

Além do Zimbábue, Moçambique, Senegal, Gana, Quênia e Cuba podem recorrer ao programa brasileiro. Mais de 30 indústrias nacionais estão habilitadas e em procedimento de exportação de tratores, máquinas e equipamentos. A previsão de exportações de máquinas e equipamentos agrícolas fabricados no Brasil para os países eu integram o programa é de 63,8 mil unidades.

Faturamento da safra – Estudos divulgados esta semana pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) indicam que a safra brasileira 2013/14, que se encerrou em meados deste ano, rendeu R$ 232,5 bilhões para o segmento agrícola.

Esse volume de dinheiro representa crescimento de 14% em relação ao período anterior. Neste ano, foram vendidas 188,1 milhões de toneladas de alimentos, ou 16,1% a mais que 2012/13.

(Agência PT)

O problema da Petrobras não é a propina, é o petróleo




O petróleo Brent, na Europa, caiu hoje abaixo do mínimo de 60 dólares o barril de três dias atrás.

O West Texas, mercado americano, a pouco acima de 54 dólares, também o mínimo.

39% e 41% abaixo dos preços de 1° de outubro, um mês e meio atrás.

Ou quase a metade do que valiam em junho, há apenas seis meses.

Há muitas complicações nesta história, que não é explicada apenas pelo crescimento da produção de petróleo shale nos Estados Unidos, nem o desejo americano de desestabilizar, de uma só tacada, Rússia, Irã e Venezuela, seus desafetos.

Há dois interesses da Arábia Saudita (e dos seus aliados petroleiros, Qatar, Bahreim e Kuwait) em jogo.

Um deles, geopolítico, o de enfraquecer o Irã, que vinha assumindo ares de potência regional há anos.

Ou outro, do qual cada vez mais se suspeita, é o de estar forçando uma crise na produção de shale oil e shale gas americana, cujos custos de produção, que anda pouco abaixo de US$ 70 por barril, ficaram maiores que o preço de venda de seu produto,.

Isso não é problema para grandes empresas maduras, o que não é o caso das que extraem óleo e gás do xisto.

São investimentos recentes, cujos custos de amortização são altos (compra de terras, licenças, instalação de poços e complexos de processamento) e a estabilidade da produção de seus poços ainda está por ser conhecida, além de todos os questionamentos ambientais que sofre.

Sua produção saltou de praticamente zero, em 2007, para perto de dois milhões de barris diários este ano e por aí você calcula o nível de endividamento destas empresas.

A Bakken e a Eagle Ford, duas das maiores do segmento, experimentaram perdas de quase 50% no valor de suas ações, nos últimos dias.

As grandes petroleiras convencionais, que também têm bilhões investidos no setor, ficam de bico calado para não reduzirem a pó suas inversões nesta área do xisto.

Desde Rockfeller, a indústria do petróleo é marcada por um banditismo econômico com pouco ou nenhum limite. A dinastia da Casa de Saud na Arábia Saudita não tem métodos muito suaves, todos sabem.

Nesta história, podem crer, bandidecos como Paulo Roberto Costa não vão nem para nota de rodapé.

Por mais que tenha roubado, isso é uma migalha perto do que está em jogo para o país e que, usando este “ladrão de carreira” querem nos roubar dizendo que o pré-sal “já não é tão bom assim”.

É uma rematada tolice tratar, portanto, o desabamento dos preços do petróleo como algo que, desde já, esteja para ficar aí por um longo tempo. Um estalo na indústria do shale americano – o que não é nada impossível – reverte, ao menos em boa parte, o quadro de baixos preços.

Como diz aquele anúncio chato: “sabe de nada, inocente!”

(Fernando Brito)

O ungido

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Filhinho de papai, Aécio sempre conseguiu sem fazer esforços aquilo que um país marcado por seculares desigualdades sociais nega à maioria dos seus filhos e filhas. Emprego público aos 25 anos de idade, sem precisar fazer concurso, ir ao local onde trabalha, ou, sequer morar na mesma unidade da federação em que fica o tal emprego; mandatos parlamentares obtidos graças ao prestígio do nome; mandato de governador do estado idem; e até aeroportos próximos aos negócios familiares, talvez este o emblema maior do comodismo que caracteriza essa fração social privilegiada.

Por isso, não espanta que a atitude que tomou ontem de querer que a justiça o diplomasse na presidência da República, quando até o reino mineral sabe que foi derrotado nas eleições. Por obra e graça de sua origem, certamente julga que o resultado das eleições foi decorrente da vontade de 54 milhões de brasileiros, sendo a grande maioria composta por pessoas de origem modesta, ganhos idem e quase todos desprovidos dos privilégios que cercaram o tucano desde que nasceu, daí julgar que está sendo usurpado por essa patuleia.

Entrará para a história como caso raro de 'bobo da corte' republicana que reivindica direito divino e que considera usurpação a vontade soberana de uma nação, expressa através das urnas. Talvez, fosse o caso de deixar um pouco a boa vida da capital do estado do Rio de Janeiro e fosse até Petrópolis queixar-se ao que resta da linhagem D'Orleans e Bragança, tentando convence-los de que devem  urgentemente baixar um ucasse que satisfaça seu estapafúrdio desejo. Credo!

Porto de Mariel: o que tucanos e aliados têm a dizer sobre isso?


Arquivo













A cada dia que passa, fica mais claro o que representavam as candidaturas presidenciais em 2014. De um lado, Dilma com visão de estadista, com protagonismo internacional, com independência em relação aos EUA e com um programa progressista.

Do outro lado, candidaturas de Aécio e Marina navegando ao sabor de ventos e correntes conservadoras, pensando no imediato, sem visão estratégica, com projeto de dependência aos EUA e com programa conservador e, em alguns casos, reacionário.

Um dos pontos que marcou esse confronto foi o financiamento de empresa brasileira, pelo BNDES, para construção do Porto de Mariel, em Cuba.

Num vídeo de campanha, que foi ao ar no dia 25/9/2014, Aécio comete duas barbaridades: mentir sobre o financiamento da obra do Porto de Mariel, em Cuba, dizendo que se destinava ao governo cubano, quando o destino era a empresa brasileira Odebrecht; mostrar uma situação de caos portuário brasileiro inexistente, para “justificar” que o governo brasileiro priorize investir aqui e não lá.

O ataque ao financiamento da Odebrecht, na construção do porto, mostrou a pequenez daquele que se apresentava como projeto de estadista. O que estava em jogo, nesse ataque à Dilma, era consolidar sua posição com a direita conservadora que consegue ser mais realista do que o rei.

Sim, nos EUA, o empresariado quer as relações comerciais com Cuba e elas já ocorrem há tempos. Com o impedimento – para Cuba – de fazer suas trocas comerciais com crédito para pagamento a prazo. Tem que ser tudo à vista, por causa do embargo que, acredito, será suspenso em breve.

Se o empresariado dos EUA é a favor de relações comerciais com Cuba, o que impede então a suspensão do embargo? Pelo que pude apurar, quem não aceita a suspensão é a colônia de cubanos que mora nos EUA, que tem muito voto.

Na banalização ideológica desse tema, Aécio mostrou que não seguiu, sequer, a avaliação da FIESP, que congrega uma boa parte do empresariado brasileiro. Thomaz Zanotto, diretor de infraestrutura da Fiesp, em entrevista concedida à Record News, explicou em detalhes por que o financiamento do BNDES à Odebrecht, para construção do Porto de Mariel, foi um golaço estratégico do Brasil.

Segundo o site da EBC, as obras no Porto de Mariel, tocadas pela Odebrecht, exigiram investimento de US$ 957 milhões, financiado pelo BNDES. Do montante, US$ 682 milhões foram aportados pelo Brasil. Como contrapartida, houve exigência de que pelo menos US$ 802 milhões do total fossem gastos na compra de bens e serviços comprovadamente brasileiros. Isso foi insuficiente para comover o candidato tucano.

A retomada das relações de Cuba com os EUA, estabelecida ontem (17/12/14) pelo presidente Obama, mostra o quanto Lula e Dilma são verdadeiramente estadistas e líderes mundiais e o quanto Aécio não é, nem nunca chegará a ser.

O que se espera, a partir de hoje (18/12), é uma declaração de autocrítica de Aécio e seus aliados, em relação às duras críticas feitas ao apoio do governo brasileiro ao porto cubano de Mariel. Terão grandeza para isso?

(José Augusto Valente – especialista em infraestrutura de transportes\via Carta Maior)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A crônica da mediocridade anunciada

Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul. Em todos os cantos do país há faculdades de medicina reprovadas pelo Ministério da Educação, em razão do pífio ensino que ministram, mais grave nessa área por formar profissionais que vão tratar da vida humana, embora a mentalidade que preside a formação desses profissionais esteja intimamente ligada ao status social.

O episódio da hostilidade de parte considerável dessa corporação contra médicos cubanos que aqui vieram trabalhar nos locais distantes que os aqui nascidos recusavam ir dá bem uma noção do nível dessa formação profissional.

No caso específico do Pará, quando tanto o curso da UFPA quanto o do CESUPA obtiveram a nota 3, chama a atenção a reprovação da tal 'chic university', que cobra uma fortuna de seu alunado e oferece uma formação medíocre. É a mesma que teve sua entidade mantenedora feliz receptora de um hospital público, vilmente ofertado pelo governador Jatene, por sinal, em detrimento dos alunos da Universidade Estadual do Pará, sendo a tal parceria obrigada a ser desfeita posteriormente porque a tal entidade meteu os pés pelas mãos e deixou o referido hospital em um estado de fazer dó. Pelo visto, a nota baixa faz todo o sentido. Lamentável!

A república dos sandeus


O Brasil vive uma situação surreal. O governo reduziu drasticamente o índice dos que passam fome no país, nos últimos dez anos, a percentuais inferiores ao de muitos países ditos do primeiro mundo; nos libertou do jugo colonial que nos impunham os organismos financeiros internacionais, ao mesmo tempo que reduziu nossa dívida pública à metade do que era quando Lula\Dilma iniciaram este ciclo virtuoso; hoje o número de alunos em universidades oriundos dos estratos econômicos mais modestos da sociedade já é maior que o dos oriundos das classes mais abastadas; estamos por um triz de nossa total independência em relação ao petróleo e um dos países que gera mais empregos formais no planeta.

No entanto, a oposição concentrada em uma minoria privilegiada e pertente as classes A e B não aceita essa realidade e conspira à luz do dia contra o governo, sonhando pateticamente com um improvável golpe militar e a consequente derrubada do atual governo. Ou seja, enquanto o país desenha um futuro alvissareiro para seus filhos, uma minoria reacionária e mal acostumada com privilégios mantidos às custas da miséria da grande maioria projeta uma volta a um dos momentos mais vergonhosos de nossa história.

Ignoram solenemente os fatos históricos e fazem da alienação desejo de que tudo se repita como tragicomédia. Inútil. O Brasil de hoje é muito melhor que aquele de 1964, bem como a conjuntura internacional é infinitamente desfavorável a aventuras daquela natureza. Jango, o presidente daquele momento, era hostilizado interna e externamente desde priscas eras. Piorou, no ano de 1962, quando o presidente estadunidense pediu, e viu negado, apoio pra invadir Cuba, foi quando fechou-se o cerco econômico que culminou no golpe e naquela longa noite de trevas que todos conhecemos e só uma meia dúzia de pascácios gostaria que voltasse.

Pra deixar ainda mais sem rumo a direita golpista, vem o presidente dos EUA e resolve aproximar-se de Cuba, seguindo a política externa brasileira e humildemente, embora não possamos descartar a histórica velhacaria da diplomacia do tio Sam, faz gestões no sentido de inserir-se no desenho traçado por Brasil, Cuba e China, principalmente, para a criação do maior entreposto comercial do planeta. Vejamos daqui a um ou dois anos como esse fato, e suas consequências, será assimilado por essa fração social e se, finalmente, estarão para sempre libertos do atavismo causado pela vinda de D. João VI, que os faz reivindicar seu imaginário 'direito divino', causa principal do cometimento de toda essa sorte de sandices.