Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Bolsonaro anuncia amanhã prorrogação do auxílio emergencial até dezembro, mas cortado pela metade do valor atual

O presidente Jair Bolsonaro marcou, para esta terça-feira (1), um encontro no Palácio da Alvorada com os líderes do governo no Congresso Nacional. Na reunião, de acordo com o portal UOL, Bolsonaro deverá anunciar a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro com o valor reduzido pela metade: deixará de ser de R$ 600 e passará a ser de R$ 300.

Bolsonaro ainda não falou publicamente sobre o novo valor, mas já deu declarações indicando que ele será reduzido. Em live transmitida pelas redes sociais na última quinta-feira (27), o presidente disse que R$ 600 “é muito para quem paga”.

“Eu falei semana passada que R$ 600 é muito e o pessoal bateu em mim: ‘vá viver com R$ 600’. É muito para quem paga, é muito para o pai. Quem paga não sou eu, quem paga é o país. Tem gente que fala ‘esse dinheiro é nosso’, mas o dinheiro não é teu, é endividamento. Você vai pegar o dinheiro no banco, o dinheiro não é seu, você está se endividando. É R$ 58 bilhões por mês”, disse o capitão da reserva.

 “Quando foi criado era para três meses, passamos para cinco. Alguns querem mais quatro, mas é impossível. Quebra o Brasil, perdemos a confiança e nós temos que voltar ao trabalho”, completou.

Nos bastidores, circula a informação de que a equipe econômica do governo defende um valor entre R$ 200 e R$ 270, já Bolsonaro defenderia o pagamento de parcelas de R$ 300, com o intuito de surfar em sua atual onda de popularidade que vem sendo apontada, inclusive, na Pesquisa Fórum.

O auxílio emergencial acabou turbinando a aprovação de Bolsonaro. O presidente, no entanto, queria no início da pandemia pagar parcelas de apenas R$ 200. O valor de R$ 600 foi conquistado graças à atuação de parlamentares, principalmente da oposição, no Congresso Nacional.

(Revista Forum)

Bolsonaro prepara inauguração de obras, omitindo a autoria petista das mesmas

Segundo matéria do jornal Folha de São Paulo, o governo Bolsonaro acaba de montar um roteiro de inaugurações de obras que chegam a 33 no total. Até aí é bastante louvável por parte do presidente a entrega de obras e serviços essenciais à população brasileira. O Partido dos Trabalhadores é o primeiro a apoiar a medida.

O problema é que 25 dessas obras relacionadas foram planejadas pelos governos do PT. Delas, 2 foram iniciadas no governo de Michel Temer. E apenas 6 saíram do papel no atual governo, mas também já haviam sido discutidas nas gestões anteriores.

Outro detalhe: 18 das obras prometidas correspondem ao setor rodoviário e já faziam parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), criado pelo governo do PT em 2007. Apenas uma delas começou na gestão do atual governo.

O PT sempre foi a favor de que os governos dessem sequência às obras iniciadas pelas gestões passadas e – lógico –  aprova a conclusão de obras inacabadas para beneficiar o país. Isso comprova inclusive a eficiência administrativa e de planejamento dos governos petistas que pensaram, debateram e elaboraram os projetos.

 O problema é que Bolsonaro repete na Presidência da República a prática comprovada em seus 28 anos de mandato parlamentar, em que apresentou apenas 2 projetos. Ou seja, não fez nada até hoje, mas comete apropriação indébita das obras planejadas pelos governos Lula e Dilma e as inaugura como se fossem realizações do seu governo.

Bolsonaro age como o chupim, fazendo de conta que as obras são iniciativa de seu governo. Com vários nomes diferentes, o chupim é um pássaro conhecido por colocar seus ovos nos ninhos de outras espécies de aves. No popular, é aquela pessoa que se beneficia dos feitos dos outros. Falso, esperto.

Sem a mínima preocupação com a pandemia do coronavírus que já provocou quase 120 mortes no país, Bolsonaro tem viajado pelo país e provocado aglomerações entre seus apoiadores para inaugurar essas obras que tem o carimbo do PT.

Exemplos de apropriação indébita de obras por parte do chefe de governo vão desde a entrega de trecho da transposição do Rio São Francisco, onde ele posou para fotos e vídeos como se fosse o dono da ideia te as obra de recuperação da BR 163, Cuiabá-Santarém, que ele “inaugurou” no dia 14 de agosto. Lá, o que ele teria inaugurado realmente foi apenas um trecho de 7%  da rodovia, sendo que os governos Lula e Dilma executaram a maior parte dos serviços de recuperação.

(Agência PT de Notícias)

A vigarice como ardil governamental pra roubar dos pobres e transferir aos ricos o dinheiro público

 

 Lembra dos tempos em que o salário mínimo era o vilão de todos os males da economia brasileira, antes de Lula recuperar seu poder de compra e mostrar na prática que aquilo não passava de estelionato?

Esses tempos estão de volta, após o golpe político/jurídico/midiático que destituiu Dilma Rousseff da presidência, ungiu o ladravaz temerário em seu lugar e permitiu a eleição, em 2018, do malfeitor que aí está.

O governo fascista de Jair Messias mandou hoje a sua proposta orçamentária para o ano que vem e lá consta o novo valor do salário mínimo: R$1.067,00; ao contrário dos R$1.079,00 prometidos em abril último.

No entanto, lá consta também o aumento do déficit primário de R$149,61 bilhões, para estratosféricos R$233,6 bilhões, dinheirama toda que será transferida à agiotagem do cassino financeiro do qual o ministro é comparsa.

Então, como lembrado acima, o salário mínimo volta a ser o vilão dos rombos provocados no Tesouro Nacional por sucessivas tenebrosas transações; enquanto a famigerada austeridade continua vendida pela mídia venal como a salvação. Credo!

A infame proposta orçamentária para o ano que vem


 A proposta orçamentária para 2021, enviada hoje ao Congresso Nacional pelo 'capetão/presidente' Jair Messias, é algo trágico e vergonhoso na medida em que expõe a visão jagunça do país, de um governo eleito por mais de 50 milhões de brasileiros.

Retirar R$4,2 bilhões do Ministério da Educação, sendo R$1 bilhão das universidades públicas, vai além da retórica fascista; na verdade é o neoliberalismo vomitando seu obscurantismo contra o ensino, a pesquisa, o debate, vistos como desnecessários enquanto oferta de saber aos do andar de baixo.

Na outra ponta, o 'capetão' aumenta em R$5 bilhões a dotação orçamentária daquele enfeite enfeite administrativo de mau gosto, chamado Ministério da Defesa, sendo mais de R$3 bilhões destinados a pagamento de pessoal, expondo o aumento de sinecuras em favor da inutilidade funcional.

Dinheiro público usado descaradamente para aumentar os salários de quem até aqui teve pouca serventia para o contribuinte do fisco que paga essas benesses, levando-se em conta que as Forças Armadas brasileiras têm histórico de neutralidade e necessidade de menos gastos principalmente durante crises.

Desgraçadamente, as nossas armadas estão sendo instrumentalizadas, de forma enviesada, para o aumento do comércio de armas no país e consequente risco dos números da violência aumentarem significativamente, bem como seja legitimado o papel subterrâneo e delinquente das milícias. Triste! 

A numerologia engana trouxas

 

Depois de constatada a queda do PIB brasileiro em 9,5%, para este ano, a operação 'rabo de cavalo' foi colocada em ação pelo boletim (fora de)Focus, com a fabricação de numerologia xinfrim.

Começa com a prestidigitação fora de lugar, colocando a queda do PIB este ano na faixa dos 5% algo, como é sabido por todos, que será reajustado pra cima nas próximas dezesseis semanas.

Depois, vem a panglossiana previsão do crescimento de nossa economia, para o ano que vem, na faixa dos 3,5%, algo discutível, mesmo tomando como parâmetro o desabamento deste ano.

Espremendo mais essa laranja seca pela exposição ao sol do neoliberalismo, percebe-se que o tal boletim quer mesmo é mostrar que o mercado não está nada satisfeito com a Selic atual.

Por isso, 'prevê' que, para o ano, ela saia dos atuais 2% e alcance os 2,88%; e 4,5%, em 2022, ano da sucessão presidencial, condicionando apoio político em troca da dinheirama ganha no cassino financeiro.

Apesar do otimismo exagerado, verificado aqui, acolá, por governantes que mais torcem do que governam, a realidade vem mostrando que o receituário ultraliberal pós golpe é um fiasco.

Lá adiante, essa realidade virá à tona e o álibi da covid19 como causa de todos os males será desmascarado. Então números fantasiosos e projeções mirabolantes serão expostos à execração. A conferir.


domingo, 30 de agosto de 2020

Os quatro anos do golpe contra as mulheres.


Em qualquer parte do mundo onde houve ou há instabilidade política, nos últimos anos, a capacidade de reação do povo nas ruas sempre foi maior do que a dos brasileiros.

Na Bielorussia, o governo de Aleksandr Lukachenko pode cair pela ação das mulheres. Há inquietação mundial, mesmo em meio à pandemia.

Mas poucos se atrevem a sugerir que as mulheres brasileiras também possam sair às ruas para tentar derrubar Bolsonaro. Porque, mesmo sem o coronavírus, a mobilização talvez não fosse possível.

Por particulares que parecem ser só nossas, há travas que seguram as pessoas em casa e nas redes sociais desde muito antes do surto de Covid-19. Algo, a ser melhor entendido mais adiante, prende os estudantes e a classe média que sempre foi às ruas.

O golpe de 2016 completa quatro anos neste 31 de agosto. A pandemia completou agora cinco meses. São poucos os que se lembram do significado das pedaladas, a alegação que derrubou Dilma Rousseff.

Quem se recorda direito da origem das manifestações do inverno de 2013? E das ocupações das escolas na primavera de 2016? Por que os que estavam lá, em algum ato, mesmo que tenham estado apenas uma vez, não voltaram a participar de mais nada?

Do golpe de 31 de agosto de 2016 até o início da pandemia em março, tivemos três anos e sete meses para fazer alguma coisa. Os que fizeram foram bravos. Mas sempre foram poucos.

 Mais recentemente, alguns saíram às ruas em junho e julho, sempre aos domingos, como resposta às manifestações golpistas que atraíam Bolsonaro e seus generais à Esplanada dos Ministérios.

Mas eram sempre os mesmos atrevidos, porque desafiavam os riscos da pandemia. O blefe do golpe se esgotou, com a pressão do Supremo sobre a família no poder e, logo depois, com a prisão de Queiroz. E as manifestações antifascistas perderam força.

O silêncio de agosto amplifica o barulho das perguntas sobre a capacidade de resistência e de destruição de Bolsonaro, o grau de adesão dos militares, os próximos passos do Supremo e os movimentos do Ministério Público em relação aos crimes cometidos pela família.

Qual é o limite do apoio do mercado, dos empresários e do centrão a Bolsonaro? Quais serão os efeitos do programa de renda mínima na popularidade do sujeito? Por quanto tempo Bolsonaro viverá a ilusão de que poderá ser o Lula da direita?

Mas a pergunta elementar, sobre a capacidade de Bolsonaro de cavar trincheiras, mesmo que provisórias e precárias, precisa de outra tentativa de resposta equivalente em outra direção: qual é o poder de dois terços da população de interromper os planos fascistas de Bolsonaro?

Não o poder das instituições, do Congresso, do Ministério Público, do Supremo. O poder real da população. Como fazem agora na Bielorrússia, onde as mulheres vão às ruas sem medo do déspota que diz ter sido eleito.

Sabe-se que não há como copiar, em meio à pandemia, o que elas fazem lá. Mas não é improvável que também aqui as mulheres possam liderar a desestabilização da extrema direita.

No 31 de agosto de 2016, foi a mobilização do Brasil arcaico, mais do que uma conspiração internacional, que derrubou uma mulher.

As mulheres podem, depois da pandemia, ir à luta contra o sujeito que participou do golpe como figurante medíocre e foi depois inventado pelos próprios líderes do golpe como a nova criatura da direita para chegar ao poder.

As mulheres sabem mais do que os homens o que foi o golpe machista e fascista de 31 de agosto e o que Bolsonaro significa.

(Moisés Mendes/ via Diário do Centro do Mundo)

Entre o festejo ilusório e a dura realidade

  

A retomada do crescimento econômico do estado, com a consequente volta da empregabilidade, não passa de muito barulho por nada do Diário 'oficioso' do Pará.

Na verdade, coincide com a abertura de alguns pontos comerciais de atacado e varejo, como as Casa Bahia p.ex., que geraram algumas dezenas de postos de trabalho amenizando a espantosa queda verificada nos dois últimos meses.

O que se vê, na verdade, é um monte de placas de 'vende-se' em pontos comerciais recentemente fechados e parte da realidade ocultada pelo noticiário panglossiano do jornal da família do governador.

Nada é mais chamativo e ponto de aglomeração do que agências da Caixa Econômica, ou lojas de loterias apinhadas de gente os trinta dias do mês, todo esse povo a espera do auxílio emergencial, sem o qual já vivêssemos situação de saques generalizados em supermercados.


sábado, 29 de agosto de 2020

“Com a nova portaria, aborto legal não é mais procedimento de cuidado, mas sim de investigação”

 Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Ministério da Saúde publicou uma portaria nesta sexta-feira 28 que altera procedimentos interrupção da gravidez nos casos previstos em lei e dificulta a realização do aborto legal nos casos de estupro, inclusive levando ao constrangimento da mulher.

Segundo a Portaria nº 2.282/2020, para fazer o procedimento, os médicos são obrigados a notificar à polícia e deverão preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro a serem entregues imediatamente à autoridade policial, como fragmentos de embrião ou feto. Além disso, antes da aprovação da interrupção da gravidez, a equipe médica deverá informar à gestante sobre a possibilidade de visualizar o feto ou embrião via ultrassonografia.

A portaria foi publicada um dia após a ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves declarar que “o governo Bolsonaro não vai apresentar nenhuma proposta para mudar a legislação atual de aborto. Isso é um assunto do Congresso Nacional”.

Em entrevista à Gênero e Número, a advogada e pesquisadora do Anis (Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero), Gabriela Rondon, diz que essa norma representa um retrocesso e dificulta o acesso da mulher ao aborto legal:

“[Os profissionais de saúde] não foram treinados e nem é seu papel profissional e constitucional se preocupar prioritariamente com uma investigação criminal. A preocupação primordial deve ser cuidar daquela mulher ou menina. Se isso cria essas outras camadas, pode levar à confusão e, no fim das contas, fazer com que não cumpram seu objetivo principal, que é o principal efeito e problema dessa norma”.

As reações contrárias à nova portaria começam a aparecer. A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) e outros deputados protocolaram o Projeto de Decreto Legislativo (PDL ) 381 pedindo que a portaria seja sustada.

(Entrevista e o texto acima publicados na revista Carta Capital)

Ambiente colonialmente pútrido

 "As grandes instituições financeiras tupiniquins parecem atuar em um universo paralelo. Durante o primeiro semestre do pior ano da história de nossa economia, os 4 maiores bancos apresentaram o vergonhoso resultado de R$ 26 bilhões a título de lucros".

https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia-Politica/O-insaciavel-apetite-dos-bancos/7/48548 

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Pra desespero do 'cachorro de crina' e seu preposto brazuca. Vacina chinesa produziu imunidade em 97% dos testados no Brasil

 

As primeiras informações com os resultados dos testes da vacina CoronaVac realizados no Brasil são bastante animadores. O produto desenvolvido pelo laboratório chinês SinoVac foi aplicado em cerca de 9 mil voluntários selecionados pelo Instituto Butantan, e desenvolveu imunidade contra o coronavírus em 97% dos casos.

Além disso, as poucas pessoas que alegaram ter sofrido efeitos colaterais da vacina reclamaram apenas de dor no local da picada, o que mostra que a vacina é segura.

Os testes também comprovaram que a vacina precisará ser aplicada em duas doses diferentes, com uma diferença de 14 dias entre uma e outra.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, comentou os resultados dizendo que “a vacina provou que é segura, ainda faltam mais alguns dados a serem publicados, mas os que temos até agora mostram que ela tem grandes resultados”.

Covas também disse que o Brasil poderia ser o primeiro país a ter aplicação dessa vacina em grande escala, mas essa possibilidade também depende da colaboração do Ministério da Saúde nesse sentido.

(Revista Forum)

Assalto bilionário.

Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Economia, Paulo Guedes 20/02/2020


 Malandragem pouca é bobagem. O Conselho Monetário Nacional autorizou, ontem, o Banco Central a transferir R$325 bilhões ao Tesouro Nacional.

Todavia, essa fábula só pode ser usada para custeio da dívida pública, ou seja, é dinheiro para engordar ainda mais as burras da agiotagem do cassino financeiro tupiniquim.

Em maio do ano passado, foi aprovada uma lei que desobrigou o BC a repassar seus lucros em operações cambiais ao Tesouro, devendo as mesmas ficar em uma tal de "reserva de resultados".

Eis aí o resultado da trambicagem: fritado e prestes a levar um pé na bunda dado pelo Bozo, o agiota e ladravaz Paulo Guedes apressa-se pra transferir mais dinheiro público à agiotagem.

Lembrando que o CMN é formado pelo ministro da Economia, pelo presidente do Banco Central, indicado pelo ministro Economia e pelo secretário especial da Fazenda, também indicado por Guedes.

Portanto, trata-se já de quadrilha formada, conforme tipifica o Código Penal, formada por Guedes e dois comparsas a surrupiar dinheiro público impunemente e na cara dura. E aí?

A população do Círio é maior que a de Belém

 

Se Bozo cumprir sua maligna, mais uma, intenção de adiar novamente o Censo/2021, os habitantes da capital paraense verão também adiada a constatação que Belém ultrapassou o milhão e meio de habitantes.

Pelas estimativas, divulgadas ontem pelo IBGE, Belém possui 1.499.641 habitantes vivendo em seu território estando, portanto, a pouco mais de trezentos habitantes pra chegar ao 1,5 milhão.

Há muito que a especulação imobiliária vem expulsando moradores de Belém para cidades do entorno metropolitano, Ananindeua, por exemplo, já possui 535.547 habitantes, há pouco tempo tinha menos população que Santarém.

Claro que esse êxodo discreto está intimamente ligado ao quadro econômico da capital, processo que se arrasta desde o fim do fim do ciclo da borracha, passando pelo isolamento imposto pelo fim da estrada de ferro e do porto.

Isolada e vivendo basicamente de serviços e comércio importador de quase tudo que vende, Belém perdeu a perspectiva da produção, Phebo e Facepa são casos exemplares, arrastando-se economicamente enquanto outras regiões do estado progridem. 

Do estelionato ao risco de extermínio

 

 Durante sua campanha para o governo do estado, Helder Barbalho prometeu aos professores da rede pública pagar o Piso Salarial Nacional, como vencimento base, caso vencesse as eleições.

Venceu e não cumpriu a promessa, fez pouco caso da palavra empenhada, cometeu um autêntico estelionato eleitoral e fez beicinho para dizer que foi surpreendido com as contas deterioradas que recebeu do antecessor.

Não teve o cuidado de consultar os resultados financeiros do Tesouro estadual, ou fez e falou mais alto a tentação eleitoreira em momento de disputa tensionada, acabou por prometer irresponsavelmente o que não poderia cumprir.

Sob a pandemia, comportou-se inicialmente como um gestor sério rejeitando orientações que indicavam preservar a economia, então, corretamente, seguiu as orientações da OMS e foi bastante elogiado por essa postura.

Tudo indica que a avaliação positiva de sua atitude subiu-lhe à cabeça, a ponto de achar que estava consolidado como estadista. Aí começou a fazer tenebrosas transações, via Sespa, e ceder politiqueiramente a apelos gananciosos.

Baseou-se em estudos de eficácia duvidosa, produziu uma abertura de alto risco e hoje, quando o Pará chega aos 200 mil infectados e ultrapassa os  seis mil óbitos retomando a curva ascendente da contaminação, Helder resolve anunciar a retomada das aulas nas redes pública e privada.

A categoria docente ameaça reagir, discentes entram em pânico diante do risco, mas o governador parece só ter ouvidos para as lamúrias dos mercadores do ensino, alheio ao fato da falta de condições sanitárias minimamente decentes na esmagadora maioria das escolas. Preocupante! 

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Fascista, genocida e escravocrata

Um dia após o Congresso Nacional promulgar o Fundeb, sem participação do governo federalBolsonaro retomou a defesa do trabalho infantil no país. “Bons tempos, né? Onde o menor podia trabalhar”, afirmou ele durante o Congresso Nacional da Abrasel, na terça-feira, 25. “Hoje ele (a criança) pode fazer tudo, menos trabalhar, inclusive cheirar um paralelepípedo de crack, sem problema nenhum”, continuou. Exercitando o contumaz descaso para com o povo, desta vez atacou as indefesas crianças brasileiras.

A agressão de Bolsonaro, para fazer média com os empresários do setor de bares e restaurantes, é expressão do descompromisso do atual governo com a infância. “Qual a concepção de infância dessa gente? Um dia, uma bolsonarista [Sara Geromini] divulga nas redes sociais o endereço de uma menina de 10 anos para obrigar que ela tenha uma outra criança. No outro, o presidente do país defende o trabalho infantil. Protejam nossas crianças desse governo”, cobrou o senador e líder da bancada do PT no Senado FederalRogério Carvalho (SE).

O discurso escravocrata de Bolsonaro ignora dados coletados pelo seu próprio governo. De 159 mil denúncias de violações feitas ao Disque Direitos Humanos, 86,8 mil tinham como vítimas crianças e adolescentes. As informações são de relatório divulgado em maio pelo Ministério da Mulher, da Família e do Direitos Humanos (MMFDH). Desse total, 4.245 são referentes a trabalho infantil. O número é 14% maior do que o registrado no ano anterior e, com a pandemia, tende a crescer.

A falta de políticas públicas para garantir renda às famílias mais pobres está agravando as condições de vida dos mais pobres. Levantamento do Ipea, que divulgamos nesta semana no site, aponta que cerca de 4 milhões de adultos e 1 milhão de crianças e adolescentes podem entrar na zona da pobreza com a perda de renda de idosos vítimas da Covid-19. “A doença afetou os idosos em duas vertentes: primeiro que eles morrem mais, segundo porque são os primeiros a perder o emprego por pertencerem ao maior grupo de risco de contrair a Covid-19”, diz Ana Amélia Camarano, autora do estudo.

“Lugar de criança é na escola e não trabalhando, como defendeu o presidente”, advertiu o senador Jaques Vagner (PT-BA). “Temos no Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente, que acaba de completar 30 anos e protege meninos e meninas. E aprovamos o Fundeb para aumentar os investimentos e termos mais crianças na escola”, destacou o senador. “Lamentável que o governo defenda o trabalho infantil. O trabalho precoce viola os direitos das crianças e dos adolescentes, compromete o desenvolvimento físico, intelectual e psicológico”, completou o senador Paulo Paim (PT-RS).

A “licença” para a exploração do trabalho infantil sinalizada por Bolsonaro, cujos filhos, até onde sabe, nunca trabalharam, menos ainda na infância, contraria o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em vigor desde 1990, o ECA veda o trabalho de menores de 16 anos, só autorizado a partir dos 14 anos na condição de aprendiz. Além do estímulo oficial ao trabalho infantil, o  governo Bolsonaro também tem cerceado a atuação dos auditores e fiscais no enfrentamento a violações como trabalho infantil, exploração sexual e trabalho escravo. “É como se houvesse uma “licença” para a exploração de trabalho escravo e infantil”, diz o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em direitos da infância e juventude e conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe) de São Paulo.

 O trabalho infantil é ilegal e priva crianças e adolescentes de uma infância normal, impedindo-os não só de frequentar a escola e estudar normalmente, mas também de desenvolver de maneira saudável todas as suas capacidades e habilidades, define a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Para o organismo internacional, “antes de tudo, o trabalho infantil é uma grave violação dos direitos humanos e dos direitos e princípios fundamentais no trabalho, representando uma das principais antíteses do trabalho decente”.

Ao contrário do argumento falacioso de Bolsonaro, o trabalho infantil é causa e efeito da pobreza e da ausência de oportunidades para desenvolver capacidades, segundo a OIT. “Ele impacta o nível de desenvolvimento das nações e, muitas vezes, leva ao trabalho forçado na vida adulta. Por todas essas razões, a eliminação do trabalho infantil é uma das prioridades da OIT”, afirma a instituição.

(Agência PT/ PT Senado/ Brasil de Fato)

Imagina aqui.


 Mais de 1 milhão de norte-americanos pediram seguro-desemprego apenas na semana passada, informa a AP. Desemprego nos EUA é de 10,2% e cresce o alerta para a dificuldade em recuperar a economia. Pandemia expôs fraturas já existentes do país considerado “exemplo” de democracia.

(Carta Maior)

Depois do "juiz ladrão", Bozo ensaia livrar-se de mais um dono desse governo que veste verde/oliva

Paulo Guedes, Luiz Eduardo Ramos, Walter Braga Netto e Jair Bolsonaro

 O agiota e ladravaz Paulo Guedes parece não ter falado de outro assunto, hoje, que não fosse fritura, tudo indica, sentindo o cheiro do óleo queimando seu próprio traseiro.

Depois então que Bozo parece ter achado o substituto ideal, o atual presidente do Banco Central, Robert Fields Grandchild, neto do famigerado Bob Fields, entreguista de linhagem, por isso capaz de manter o cassino financeiro em quietude.

Fields Grandchild parece não ter a voracidade guedista, fazendo o estilo mineirinho come quieto, somando-se aos que sabem o caminho nada pedregoso de movimentar o dinheiro público aos acordes da flauta da corrupção no rumo do esgoto da mamatocracia.

A saída de Guedes, com efeito, significará a morte de Rasputin e a consequente democratização do butim, sem ter que receber o "autorizo" para consolidar-se, não de outro que não seja Bozo, este sob o comando de Praga Neto e E. Ramos, exímios fabricantes de mamatas. É isso. 

Racismo: taxa de assassinatos cresce para negros e cai para o resto da população

O Brasil aprofundou o racismo no índice de assassinatos em seu território, conforme dados do Atlas da Violência 2020, apresentados nesta quinta-feira (27). O levantamento mostra que a taxa de homicídios de negros cresceu 11,5%, de 2008 a 2018, enquanto a de não negros caiu 12%.

O conceito de negro é o mesmo adotado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera a soma de pretos e pardos. Os não negros, segundo o IBGE, são brancos, amarelos e indígenas.

O estudo é elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e tem como base de dados os números apresentados pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde (SIM/MS).

Ao todo, os negros somam 75,9% dos brasileiros assassinados na década analisada, ainda conforme os números mostrados. Na comparação entre as taxas de homicídio de 2018, o Atlas aponta que para cada indivíduo não negro morto, 2,7 negros foram assassinados.

“Os dados reafirmam uma tragédia brasileira, que é algo que a gente vem reiterando e vem ganhando contornos cada vez mais acentuados, que é uma sobrerrepresentação de jovens e negros vítimas de violência letal”, afirma a coordenadora do Atlas, Samira Bueno.

Os estados que concentraram as maiores taxas de homicídios contra pessoas negras estão nas regiões Norte e Nordeste, com destaque para Roraima (87,5 mortos para cada 100 mil habitantes), seguido por Rio Grande do Norte (71,6), Ceará (69,5), Sergipe (59,4) e Amapá (58,3).

“O que me chama mais a atenção é perceber que essa política que tem sido implementada, seja ECA, Estatuto do Desarmamento, ou nos territórios, por prefeitos e governadores, tem sido capazes de prevenir a morte de pessoas não negras, mas, quando a gente olha para a taxa na população negra, no mesmo período, parece que estamos falando de países diferentes, tamanha a disparidade”, comenta Samira.

Segundo o pesquisador Dennis Pacheco, a violência policial é um dos fatores para a disparidade entre os mortos negros ou não. “A ideia do negro perigoso é uma ideia que muitas vezes existe em várias polícias no Brasil. O uso da força diferenciada entre negros e não negros ainda existe muito”, ressalta.

Ele destaca que não há como separar, nos dados do governo, os assassinatos cometidos por policiais e os por outros criminosos. No entanto, ele aponta que o índice de negros mortos é semelhante nos dois casos.

“A gente sabe que existe uma convergência entre os mortos pela polícia e os outros, em geral. Os negros estão entre 70% em ambos. Tem uma relação forte de como a política pública de segurança é ineficaz, ineficiente. Quando há investimento em soluções ostensivas e não preventivas, é esse é o resultado que temos em um país racista”, comenta Dennis.

 Em 2018, os homicídios foram a principal causa das mortes da juventude masculina brasileira, representando 55,6% das mortes de jovens entre 15 e 19 anos, 52,3% daqueles entre 20 e 24 anos e 43,7% dos que estão entre 25 e 29 anos.

“É uma geração inteira que estamos matando e que não nos sensibiliza mais, infelizmente. São sujeitos descartáveis que não nos mobilizam como deveria”, avalia a coordenadora do estudo.

No mesmo ano, 4.519 mulheres foram mortas no Brasil, o que significa que uma mulher morreu assassinada a cada duas horas no país - 68% delas são negras. A taxa é praticamente o dobro na comparação com não negras.

A disparidade racial entre as mulheres assassinadas é a soma de vulnerabilidades ainda mais evidentes do que quando se trata de homens, aponta a pesquisadora Amanda Pimentel.

“No caso dos homens, são muito mais relacionadas à falta de acesso que os homens têm a serviços e políticas públicas. Mas entre as mulheres negras há uma tripla vulnerabilização: racial, de gênero e de classe”, afirma.

Para Isabel Figueiredo, conselheira do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a única saída para a disparidade racial é a implementação de políticas voltadas especificamente para a população negra.

“Há a necessidade de os estados começarem a desenvolver políticas específicas. Não dá mais para a gente falar só em homicídios, quando a gente tem perfis tão claros de segmentos que são vitimados. Não basta um projeto geral, é preciso que sejam medidas específicas”, analisa.

(Brasil de Fato)

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Com pandemia sob controle, Cuba inicia testes de vacina contra Covid-19

Sem novos casos e mortes por Covid-19Cuba anunciou, na segunda-feira (25), a primeira fase de testes de uma vacina contra o coronavírus, a Soberana 01. Cerca de 700 pessoas devem participar dos testes, que irão prosseguir até fevereiro de 2021, quando o governo cubano deve apresentar os resultados. A primeira fase irá prosseguir até outubro. Desde o início da pandemia, Cuba registrou 3.744 casos e 91 mortes em decorrência da doença, um dos mais baixos da América Latina. Os testes, autorizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), poderão gerar a primeira vacina produzida na Região.

O diretor do Instituto Finlay de Vacinas, com sede em Havana, Vicente Vérez Bencomo, se disse otimista com a perspectiva da produção da vacina cubana.

“Diante de um vírus desconhecido como o Sars-CoV-2, era impossível prever que uma vacina que leva anos para se desenvolver pudesse ser feita em um ano”, disse Vérez Bencomo, em entrevista ao programa Mesa Redonda, apresentado pela tv cubana, na semana passada.

Bencomo lembrou que apesar das dificuldades impostas por restrições tecnológicas e o bloqueio econômico, foi o conhecimento público e de acesso gratuito dos cubanos que permitiu avanços fundamentais no campo da pesquisa. “No final de março, a pandemia estava ganhando força em Cuba, havia uma grande incerteza, havia muita tecnologia fora do alcance de nosso país e pensávamos que era impossível conseguir uma vacina antes do final do ano”, disse o cientista à TV cubana. “Não há ocasião anterior em que a humanidade tenha gerado tanto conhecimento científico em tão curto período”, observou.

De acordo com as autoridades e dirigentes do projeto científico, a vacina candidata está sendo elaborada com base em plataformas tecnológicas e de produção já existentes no país. A plataforma inclui modelo de produção de vacinas desenvolvidas em Cuba e com anos de uso e eficácia comprovada.

O diretor celebrou a atual fase dos testes. “A autorização [da OMS] é uma etapa muito importante, a primeira das quatro etapas”, explicou o cientista. “No momento, temos que superar uma primeira fase de testes clínicos com um pequeno número de pessoas. Em seguida, passaremos para a fase 2 com um número maior de participantes”, enumerou.

“Nessas etapas verifica-se que a vacina tem capacidade de produzir a resposta imune necessária ”, explicou o diretor-geral do instituto, comemorando o fato de que a primeira etapa foi ultrapassada em três meses. Ele ressaltou que existem mais de 200 vacinas candidatas contra o coronavírus no mundo, mas apenas 30 obtiveram autorização para iniciar os ensaios, incluindo a cubana.

Segundo Belinda Sánchez Ramírez, diretora de Imunologia e Imunoterapia do Centro de Imunologia Molecular (CIM), graças à experiência do instituto na área de imunologia, foi possível avançar nos estudos. O CIM possui um sistema de qualidade certificado não só pela agência reguladora cubana, Cecmed, mas por outras agências reguladoras ao redor do mundo.

“Isso oferece a tranquilidade para que nossos processos tenham a capacidade de gerar produtos seguros”, afirmou a pesquisadora. “Estamos muito felizes com isso, porque nos sentimos úteis, e isso é a melhor coisa que pode acontecer a um cientista”, concluiu Ramírez.

“A vacina candidata cubana, Soberana, é a primeira da América Latina e a primeira de um país pobre em recursos econômicos, mas grande em espírito, razão pela qual tivemos sucesso”, destacou Vérez Bencomo. A segunda etapa da vacina, deverá ocorrer entre novembro e janeiro de 2021.

(Mesa Redonda/ Agência PT de Notícias) 

Bozo percebe a manobra global e frita Guedes

 Bolsonaro foi eleito graças aos desdobramentos do golpe político/jurídico/midiático, que pretendia eleger Geraldo Alckmin, mas teve que contentar-se com o fascista como alternativa ao PT, este o golpeado.

Bozo não entendia porra nenhuma do funcionamento da máquina governamental, era teleguiado pelo agiota e ladravaz Paulo Guedes, até que pediu socorro a generais de pijama quando sua popularidade rumava para o fundo do poço.

Foi nesse clima que nasceu o tal 'Renda Brasil', ou 'Pró Brasil', quando o general Braga Neto e o ministro da Integração Regional Rogério Marinho, dissidente do agiota e ladravaz da Fazenda, resolveram unir-se em torno da palavra mágica: reeleição.

Hoje, Bozo apareceu espinafrando publicamente a proposta formulada por Guedes, para lançar o programa com que o governo pretende sair da crise, em razão de ser baseada na estratégia de tirar recursos dos pobres para dar aos paupérrimos, palavras do próprio presidente.

Em desespero, os mercenários midiáticos da Globo News, em nome dos patrões, reduziram o imbroglio à mera fritura presidencial ao ministro da Economia, nem se dando conta que Bolsonaro começa a entender Guedes e concluir que seus poderes ilimitados afundarão o governo.

Provavelmente, o agiota terá o mesmo destino de Sérgio Moro e ambos serão vitimizados em todos os noticiários globais, somando-se a Mandetta, ex da saúde, como os presidenciáveis dos sonhos da Vênus Platinada, felizmente escanteadas porque são piores. 

Governo faz cópial mal feita do 'Minha Casa, Minha Vida' e mistura a programas eleitoreiros em estados e municípios

 

Bozo tá mais perdido que surdo em bingo de paróquia. Assinou a MP criando o 'Casa Verde Amarela', versão fascio do exitoso 'Minha Casa, Minha Vida', que construiu mais de 4 milhões de moradias populares.

O que expõe essa postura desencontrada, e sem a dimensão real do déficit habitacional ainda existente no país, é a dita MP ter mais semelhanças com programas habitacionais criados por estados e municípios.

Bozo falou em terminar as obras que estão paradas, são dezenas, centenas, talvez milhares de conjuntos que o ladravaz temerário mandou parar ao cortar vilmente recursos destinados ao 'Minha Casa...' depois reduzindo a menos da metade o orçamento do programa, em 2017.

O verdeamarelismo fascista fala, ainda, "em regularização de imóveis de famílias de baixa renda", assim como redução da taxa de juros nos financiamentos de casas populares, lembrando o eleitoreiro 'cheque moradia', de Jatene e Helder, cá no Pará; e que as taxas de juros nessas operações voltem aos níveis do que era cobrado durante os governos petistas.

Cadê as explicações


Essa revelação do Sindicato dos Médicos do Pará, dando conta que as UTIs pediátricas para o atendimento de casos da covid19 estão com sua capacidade esgotada, são aterradoras e exigem providências urgentes.

Mais que isso: obrigam as secretarias de saúde a dar explicações a respeito dessa nova possibilidade, aliás, já feita em estudo da universidade de Harvard, da contaminação massiva de crianças, certamente a partir de situações específicas.

Em vez de reabrirem salas de cinema, lanchonetes e outros locais de aglomerações, já deve ser tratada como providência tardia a necessidade dos esclarecimentos a respeito dessa nova situação imposta pela pandemia. Que tal?

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Big bang adiado. O truque ainda não está pronto

 

Os membros do governo de Jair Bolsonaro não conseguem se entender e adiaram o lançamento do Pró-Brasil, que estava previsto para terça-feira (25). O ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou o pacote a Jair Bolsonaro somente nesta segunda-feira (24). Após ver os planos da equipe econômica, Bolsonaro, que tem tido atritos com Guedes, decidiu cancelar o lançamento.

Segundo o Estado de S.Paulo, que antecipou detalhes do pacote, o Pró-Brasil abarcaria o Renda Brasil, programa que substituiria o Bolsa Família. A renda abrangeria mais pessoas e teria o valor de R$ 247, acima da média de R$ 191 pagos atualmente. No entanto, seria à custa de cortes de direitos, como o Farmácia Popular, o abono salarial e o seguro-defeso para pescadores artesanais.

Além disso, a equipe de Guedes aproveitou para encaixar no pacote a Carteira de Trabalho Verde e Amarela, proposta de contratação com menos encargos trabalhistas.

O ministro da Economia já havia tentado implementar o programa por meio da Medida Provisória (MP) 905, em plena pandemia. No entanto, a MP caducou antes de ser votada. Agora, Guedes quer ressuscitar a Carteira Verde e Amarela e transformá-la em “porta de saída” do Renda Brasil, para beneficiários deixarem a rede de proteção por empregos precarizados.

Bolsonaro, que só pensa em reeleição, começa a se incomodar com as restrições a gastos impostas por Guedes. Ao mesmo tempo, sabe que uma eventual demissão causaria turbulência no mercado financeiro e abalaria seu apoio entre empresários que apoiam as políticas de austeridade do ministro.

Também pesou para o adiamento o fato de a relação de Paulo Guedes com o Congresso não estar às mil maravilhas. À jornalista Thais Arbex, da CNN, um aliado do presidente disse que “não dá para anunciar o pacote e só depois correr atrás da articulação com o Congresso”.

Na semana passada, Guedes chamou de “crime contra o país” a decisão do Senado de derrubar veto de Bolsonaro ao reajuste para servidores públicos que atuam na linha de frente do enfrentamento à Covid-19, como trabalhadores da saúde e limpeza. Depois, a Câmara dos Deputados manteve o veto.

Mas os ânimos não foram apaziguados entre os senadores, que agora estudam convocar o ministro para dar explicações. Não é o melhor clima para pedir ao Congresso que aprove medidas impopulares, ainda mais com as eleições municipais se aproximando.

No caso do fim do abono salarial, pago a trabalhadores que recebem até dois salários-mínimos, precisa haver aprovação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o que exige apoio de três quintos da Câmara dos Deputados (308 de 513 deputados) e do Senado (49 de 81 senadores).
(Fernando Brito/ Diário do Centro do Mundo/ via A Justiceira de Esquerda)