Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 7 de dezembro de 2024

O "mundo maravilhoso" de Milei que a Globo esconde


A presidência de Javier Milei na Argentina tem gerado reações contraditórias, com elogios internacionais ao controle da inflação, mas também críticas internas devido ao impacto de suas políticas sobre a população mais vulnerável. Em comunidades como Villa Azul, uma das principais favelas da região metropolitana de Buenos Aires, as promessas de recuperação econômica ainda não chegaram.

José Maria, ferreiro de 47 anos, é um exemplo de apoiador de Milei que enfrenta os desafios diários de um sistema econômico em ajuste. Ele acredita na necessidade de mudança, mas questiona quando os benefícios prometidos serão sentidos por famílias como a dele. Em sua casa simples, compartilha mate com a família e relata as dificuldades crescentes.

Villa Azul, conhecida durante a pandemia por ser foco de um surto de Covid-19, é marcada pela falta de saneamento, ruas de terra e condições de vida precárias. O bairro está separado por uma estreita rua de Avellaneda, uma área urbanizada e arborizada, em um contraste que lembra as divisões sociais de grandes cidades brasileiras.

Marcelina Yedro, 68, sogra de José Maria, vive há mais de 40 anos em Villa Azul. Ela descreve um cotidiano de privação agravado pela inflação e pela falta de oportunidades para os jovens. “Antes, com mil pesos, comprávamos gás. Agora, subiu para 10 mil. Chegar ao fim do mês é uma luta diária”, conta.

A redução drástica de investimentos públicos é sentida diretamente na região. As obras foram interrompidas e o setor de construção registrou queda de quase 30% em 2023, comparado ao ano anterior. Segundo Milei, os cortes de despesas públicas, que chegaram a 30%, são essenciais para atrair investimentos e estabilizar salários no longo prazo.

Contudo, especialistas alertam para as consequências sociais. Bárbara Couto, diretora do Instituto do Conurbano da Universidade Nacional de General Sarmiento, afirma que a ausência de um “colchão social” agravou a crise. “O ajuste fiscal afetou uma população já vulnerável, que depende de políticas sociais para sobreviver”, explica.

Enquanto o poder de compra despenca, o consumo segue a mesma tendência. Em outubro de 2023, houve uma retração de 20,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior, a maior em uma década.

Apesar disso, Milei mantém um discurso otimista. “Estamos organizando a macroeconomia e isso atrairá investimentos, porque o dinheiro busca ambientes favoráveis para se desenvolver”, declarou recentemente.

Entretanto, figuras como Margarita Barrientos, ativista social e fundadora do refeitório comunitário Los Piletones, sentem o impacto das mudanças. O espaço, que oferece de 2.500 a 3.000 refeições diárias, enfrenta dificuldades financeiras e falta de apoio governamental. “Este é o pior momento em 28 anos de trabalho. Não há comunicação nem ajuda”, lamenta Margarita.

Enquanto o governo aposta na austeridade para alcançar estabilidade econômica, milhões de argentinos aguardam que essas medidas tragam resultados palpáveis para suas vidas. A desigualdade, intensificada pela crise, continua sendo o maior desafio para o país.

(Diário do Centro do Mundo)



Lula: “Todo mundo tem que saber: nós queremos governar um país para todos”


No encerramento do seminário “A realidade brasileira e os desafios do Partido dos Trabalhadores”, nesta sexta-feira (6), o presidente Lula entrou ao vivo, por meio de videoconferência, para passar uma mensagem positiva à militância petista. Ele chegou a ler trechos do Manifesto do PT durante sua fala e pediu que fossem revisitadas as razões que levaram à criação da legenda, na década de 1980.

“Todo mundo tem que saber: nós queremos governar um país para todos. Mas a gente precisa dizer em alto e bom som: ‘nós precisamos dar prioridade para as pessoas mais necessitadas, mais frágeis, que ganham menos’. É isso que nós vamos fazer, foi para isso que nós fomos eleitos, é o país que nós teremos”, enfatizou o presidente.

Lula esbanjou orgulho pelo legado de inclusão social do PT. “Se você pegar a história do Brasil, há dois momentos em que a classe trabalhadora obteve conquistas: foi no governo Getúlio Vargas, com a criação da CLT, da jornada de trabalho e do salário mínimo; e no nosso governo, com as políticas de inclusão social. Pesquisem outro momento da história em que os trabalhadores conquistaram tanto quanto agora”, apontou.

“Nascemos para ser diferente”

O petista reconheceu que a esquerda precisa se reaproximar da população mais vulnerável, o que sempre a diferenciou das demais correntes políticas. Para Lula, o ódio contra o PT se deve, precisamente, às bandeiras que encampa.

“Se a gente não discutir política dentro da fábrica, do comércio, no bairro, se a gente aparecer nos bairros apenas de quatro em quatro anos para pedir voto, nós estaremos sendo igual a qualquer partido nesse país. Nós não nascemos para ser igual, nascemos para ser diferente”, defendeu.

“É por isso que há um ódio estabelecido contra o PT, que há uma perseguição contra o PT, que teve mensalão, Lava Jato. E a gente não pode aceitar essas coisas como algo normal”, concluiu.

Banqueiros e especuladores

Ao se referir à recente pesquisa Quaest, Lula se disse satisfeito com o fato de que 90% dos especuladores do mercado financeiro lhe são contrários.

É muito importante que banqueiros digam que são contra mim para a gente poder dizer de que lado eles estão. Quem é o candidato deles? Qual é a política pública, social e econômica que eles querem? Se a gente não fizer essa diferença, parece que tudo é igual. E nem tudo é igual. A gente continua vendo os pobres morrendo, e nós nascemos para mudar isso”, ponderou o presidente.

Integração sul-americana

Lula está no Uruguai, onde participa da Cúpula do Mercosul. Durante a videoconferência com a militância do PT, o presidente fez questão de mencionar o pacto comercial firmado com a União Europeia (UE): “Depois de 25 anos esperando um acordo entre a União Europeia e o Mercosul, finalmente saiu. Um acordo dessa natureza nunca é tudo o que a gente quer, mas, muitas vezes, é tudo o que é possível fazer e, às vezes, é mais do que aquilo que a gente esperava”.

“Eu acho que o acordo vai ser frutífero para a América do Sul e vai ser frutífero para, eu diria, o comércio do mundo inteiro. Esse acordo, ele envolve uma população de 720 milhões de pessoas e um PIB de US$ 22 trilhões. Portanto, não é uma coisa pequena, é uma coisa extraordinária”, avaliou Lula.

O presidente também visitou o companheiro Pepe Mujica, ícone da esquerda latino-americana, a quem condecorou com a maior honraria brasileira, a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.

Enfrentamento ideológico

Antes da mensagem de Lula, a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e o presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA), Paulo Okamotto, explicaram o objetivo do seminário e a tarefa de elaborá-lo. Na avaliação de Gleisi, o evento “foi um sucesso”.

“Esse seminário foi concebido para que a gente pudesse fazer uma reflexão sobre o momento que nós vivemos no país, e quais são os desafios que nós temos em relação a essa conjuntura e realidade”, definiu.

“Esse foi o objetivo, que a gente reunisse esse time, um time que expressa publicamente a cara do PT, que está sempre nos embates e debates e na condução do partido”, elogiou a deputada.

Já Okamotto agradeceu ao PT pela confiança na FPA para confeccionar o seminário. Assim, argumentou, o partido vai ter “mais condições de fazer o enfrentamento ideológico que nós precisamos fazer na sociedade”.

“Vamos continuar seguindo a determinação da direção nacional e vamos continuar, no ano que vem, fazendo mais paineis como esse, discutindo a realidade brasileira, a questão do clima, da transição energética, a questão dos novos empregos, vamos dar um banho no nosso partido para continuarmos defendendo a classe trabalhadora, o povo brasileiro e o governo Lula.”

(Agência PT)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Flávio Dino quer por fim ao criminoso Torra! Torra! Torra!


O ministro do STF, Flávio Dino, deu prazo de 72 horas ao Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Justiça e governo do Pará para que expliquem o aumento das queimadas no estado, desde julho último.

Segundo consta das justificativas, seguidas do pedido de explicações, o Pará é campeão absoluto dessas queimadas, a pouco mais de um ano da realização da COP-30 em seu território, até aqui sem a perspectiva de redução desse flagelo.

São 53 mil focos de incêndio, que acabaram causando a formação de uma nuvem de fumaça na região Oeste do estado, por exemplo, com uma extensão de 2 milhões de quilômetros quadrados, segundo acusa o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(INPE).

O pedido de explicações do ministro Dino é motivado por reclamação do Rede Sustentabilidade, que questiona as ações(ou ausência delas) de combate e prevenção das queimadas, em um momento em que a retórica estadual vai na direção da mineração sustentável, união entre agro e preservação ambiental e outras bizarrices do gênero. 

A ministra sai na frente


As declarações da ministra do Planejamento, Simone Tebet, acusando os discretos, mas de temperamento sórdido, integrantes do hermético mercado de trabalhar contra o Brasil, repercutiram positivamente.

Dada, por integrantes do governo e de sites progressistas, como alguém afinadíssima com as diretrizes oficiais, Simone entrou no rol de opções das possíveis candidaturas a vice de Lula, em uma provável chapa para 2026.

Claro que Geraldo Alckmin, o atual vice presidente da República, segue sendo o nome preferido, todavia, se o fascista Tarcísio de Freitas seguir usando o estado de São Paulo como laboratório de experiências de ações da extrema direita tão nefastas quanto desgastantes, é provável que Alckmin veja a perspectiva de soterrar definitivamente esse laboratório de horrores.

Nessa perspectiva, provavelmente o MDB encetaria ofensiva pra herdar o posto de vice, aliás, coisa que o governador do Pará já costura independentemente do que possa vir acontecer.

A revista semanal Carta Capital publicou matéria a respeito do assunto, até traçando um perfil bem mais ácido do governador, ao contrário do acintoso chapabranquismo da Folha de São Paulo, ao discorrer a respeito do mesmo personagem.

Na hipótese, ainda remota no momento, da substituição de Alckmin por um emedebista, percebe-se que a ministra larga na frente do governador paraense, ainda mais porque, em 2022, como candidata emedebista à presidência, Tebet surpreendeu e conseguiu suplantar o eterno candidato Ciro Gomes, além do que, seu desempenho na CPI da Covid foi bastante elogiado e a fez referência política no cenário nacional. A anotar pra avaliar mais adiante.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Urgência do pacote fiscal é aprovada na Câmara


Com o voto favorável da Bancada do PT, o plenário da Câmara aprovou na noite desta quarta-feira (4/12) a urgência para dois projetos – PLP 210/2024 e PL 4614/24 – do líder do governo, José Guimarães (PT-CE), que tratam do ajuste fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. As propostas visam equilibrar as contas públicas, reduzir desigualdades e garantir que o crescimento econômico beneficie todos os brasileiros.

O PLP 210/24 autoriza o governo a limitar a utilização de créditos tributários em caso de déficit nas contas públicas, para aperfeiçoar o arcabouço fiscal (LC 200/23); e o PL 4614/24 busca ajustar as despesas ligadas ao salário mínimo aos limites do chamado arcabouço fiscal (LC 200/23). Ou seja, o salário mínimo continuaria a ter um ganho acima da inflação, mas limitado a um intervalo entre 0,6% e 2,5%.

Responsabilidade com o País

“O governo Lula tem enorme responsabilidade para permitir que o País possa olhar para o futuro. Nós precisamos desse equilíbrio para fazer com que se consolide o crescimento robusto que todos os dados estão indicando que nós teremos, com mais de 3% do PIB. É por isso que nós precisamos debater e aprovar essas matérias”, argumentou Guimarães.

O líder Guimarães enfatizou que hoje ia ser aprovado apenas a urgência para a tramitação dos projetos. “E é importante dizer nós não estamos discutindo o mérito delas. É um processo natural, legítimo, que sempre esse Parlamento fez, que é abrir espaço para o debate democrático. O nosso governo não tem posição fechada de chegar aqui. Nunca mandou alguma matéria para o Parlamento que não esteja aberto para o debate, para discussão daquilo que é fundamental para o País”, enfatizou.

José Guimarães destacou ainda a importância da urgência para que nas próximas semanas os parlamentares discutam o mérito das medidas e possam aprová-las ainda nesse mês.

“Votamos a favor porque com estes projetos o governo busca dar a sustentabilidade nas contas públicas, tão importantes para o País, e garantir que qualquer tipo de desvio nas políticas públicas seja corrigido”, afirmou o líder do PT, deputado Odair Cunha (MG), ao encaminhar o voto favorável da Bancada do PT.

(Agência PT)

Governo enfrenta o nebuloso mercado


O governo Lula parece não recuar e dá sinais que está disposto a bater de frente com o mercado, essa entidade nebulosa que manda nas finanças do país desde priscas eras.

Segundo uma pesquisa Quaest com integrantes dessa seita argentária, noventa por cento deles condenam o governo Lula. Deve ser exatamente por essa petulância em enfrentá-los, hoje a ministra Simone Tebet acusou esse bando de "jogar contra o Brasil".

Já terá feito muito em favor da sociedade brasileira o governo, caso consiga tirar a mortalha que envolve essa entidade exotérica, colocando-a sob a luz do dia, seus propósitos e efeitos produzidos pelo papel que desempenha ao longo de sua história, inclusive no que diz respeito à desigualdade econômica que caracteriza nosso país.

Extinção das PMs e por uma segurança pública civil e civilizada


Diante da selvageria ora perpetrada pela polícia de orientação fascista de São Paulo contra moradores de periferia, a Comissão Arns de Direitos Humanos pede o afastamento do secretário da pasta, assim como a PF fiscalizando a barbárie.

Trata-se de providência urgente urgentíssima, afinal, quando oficiais da PM declaram publicamente ser normal abordar de forma diferente moradores de bairros pobres dos de bairros classe média pra cima, é porque a mentalidade assassina dessas corporações faz da intimidação e desrespeito as leis o norte do seu comportamento.

Ah, que bom se nem existisse esse anacronismo chamado 'polícia militar', subproduto da guarda nacional criada pelo facínora D. João VI para massacrar quem se rebelasse contra aquele parasita; hoje, quase 150 anos após o parto, segue matando, arrebentando, infelicitando famílias das regiões mais carentes de nossas cidades, sem ter qualquer nexo causal com segurança pública. Não dá!