Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O caso da bomba atômica que era um aspirador de pó

:
Nosso Homem em Havana” é um livro de ficção do genial Graham Greene. Mais que uma novela de espionagem, a obra é uma sátira política coalhada de ironias e sarcasmos.
Nela, Greene conta a história de James Wormold, um vendedor britânico de aspiradores de pó, que reside em Havana. Abandonado pela mulher e com problemas financeiros, ele acaba recrutado pelo serviço secreto do Reino Unido.
Precisando do dinheiro extra, mas sem ter nada de relevante para reportar a Londres, Wormold cria uma rede fictícia de informantes, misturando personagens reais, muito dos quais ele sequer conhece, com nomes inventados. Gera relatórios com base em notícias requentadas de jornais e em muita imaginação para preencher as lacunas de tramas escabrosas.
Ao sentir a necessidade de apimentar suas informações e obter mais dinheiro, Wormold passa a remeter a Londres diagramas de peças de aspiradores de pó, apresentando-os como plantas de uma “base comunista secreta escondida nas montanhas”.
Num dos momentos mais hilariantes do livro, o chefe de Wormold em Londres, ao discutir os desenhos de aspiradores de pó, afirma: “Diabólico, não é? Acredito que podemos estar diante de algo tão grande que fará a Bomba H se tornar uma arma convencional”.
Não sei se os repórteres da revista Época que colocaram o título da obra de Greene em sua mais recente “reportagem” sobre Lula leram o livro. Provavelmente, não. Se tivessem lido, teriam percebido que o sarcasmo de Greene veste como luva de pelica em sua, assim digamos, “obra jornalística”.
A nova “reportagem” insiste em reapresentar as ações internacionais do ex-presidente Lula, que usa do seu enorme prestígio mundial para promover o Brasil, seus produtos e suas empresas no exterior, como algo escabroso e escuso.
Da mesma forma que o personagem de Greene, tentam vender desenhos de aspiradores de pó como se fossem uma nova superbomba, a qual, como de hábito, “implodirá a República”.
Como Wormold, a brava revista de “jornalismo investigativo” mistura verdades, meias verdades e uma alta dose de imaginação para criar uma precária peça de ficção policial, travestida de reportagem objetiva e imparcial.
Emulando Worlmold, a revista aposta na paranoia anticomunista para que suas informações prosaicas e anódinas se convertam numa trama diabólica. Com efeito, essa revista, assim como várias outras no Brasil, navega hoje nas revoltas e obscuras águas do anticomunismo, do “antibolivarianismo” e do antipetismo. Recriaram, em pleno início do século XXI, o mesmo clima da Guerra Fria que vigorava nos anos 50 e 60 do século passado.
Isso tudo no momento em que o próprio governo norte-americano aposta na aproximação à Cuba, no fim do embargo e, é claro, na realização de grandes negócios na ilha, com o providencial auxílio de poderosos lobbies políticos-empresariais.
A revista Época está definitivamente fora de época.
Aparentemente, está também um pouco fora de si. Só isso explica a ignorância abissal sobre o estratégico tema da exportações de serviços.
O setor de serviços representa, hoje, cerca de 80% do PIB dos países mais desenvolvidos e ao redor de 25% do comércio mundial, movimentando US$ 6 trilhões/ano. Somente o mercado mundial de serviços de engenharia movimenta cerca de US$ 400 bilhões anuais e as exportações correspondem a 30% desse mercado. É um segmento gigantesco, que cresce mais que o mercado de bens.
Infelizmente, apesar dos esforços recentes, o Brasil investe pouco nessas exportações.
Assim, enquanto que, no período de 2008 a 2012, o apoio financeiro do Brasil às suas empresas exportadoras de serviços foi, em média, de US$ 2,2 bilhões por ano, o apoio oficial da China às suas empresas exportadoras alcançou, nesse mesmo período, a média anual de US$ 45,2 bilhões; o dos Estados Unidos US$ 18,6 bilhões; o da Alemanha, US$ 15,6 bilhões; o da Índia, US$ 9,9 bilhões.
Na realidade, apenas cerca de 2% da carteira do BNDES vão para obras brasileiras no exterior. E, ao contrário do que dizem Época e outras revistas fora de época, não se trata aqui de “empréstimos camaradas” para Cuba e outros países “comunistas e bolivarianos”, protegidos por sigilo indevido com a finalidade de encobrir atos ilegais.
Em primeiro lugar, o país que mais recebeu empréstimos do BNDES para obras de empresas brasileiras no exterior foram os EUA.
Em segundo, nenhum centavo desses empréstimos foi para países ou governos estrangeiros. Os empréstimos são concedidos, por lei, às empresas brasileiras que fazem as obras, e o dinheiro só pode ser gasto com bens e serviços brasileiros. Como a construção civil possui uma longa cadeia, tais empréstimos têm um impacto muito positivo na economia nacional. Estima-se que, apenas em 2010, as exportações de serviços de engenharia tenham gerado cerca de 150 mil empregos diretos e indiretos no País. Além disso, os gastos com a importação de bens brasileiros em função de algumas dessas exportações financiadas pelo BNDES ascenderam a US$ 1,6 bilhão, no período 1998-2011. Entre tais bens, estão os aços, os cimentos, vidros, material elétrico, material plástico, metais, tintas e vários outros.
Em terceiro, os empréstimos não são “camaradas”. No caso dos empréstimos às empresas brasileiras para a construção do Porto de Mariel, o BNDES usou a Libor e mais um spread de 3,81%, juros superiores ao praticados pela OCDE, que usa, no mesmo caso, a CIRR mais um spread de 3,01%.
Em quarto, o sigilo parcial das operações financeiras visa proteger as informações privadas do tomador do empréstimo, conforme determina uma norma tucana, a Lei Complementar Nº 105, de 2001. Mesmo assim, o BNDES é considerado, pela insuspeita Open Society Foundations, como o banco de investimentos mais transparente do mundo. Ademais, qualquer juiz de primeira instância pode abrir totalmente as operações, se considerar que há algo suspeito nelas.
Em quarto, como o mercado mundial de obras é muito concorrido, os países fazem poderosos lobbies para obter contratos. Presidentes, primeiros-ministros, monarcas e ex-presidentes com prestígio se empenham para que as empresas de seus países consigam obras no exterior. Assim como se empenham também para que comprem os produtos de seus países.
Quanto à participação de Lula, só mesmo o mais completo mentecapto ou o mais irracional dos anticomunistas pode imaginar que o ex-presidente poderia ter feito algo de ilegal ou mesmo antiético em reuniões que contaram com a participação de diplomatas e que foram devidamente registradas em documentos oficiais do Itamaraty. Aliás, mesmo que quisesse, Lula jamais poderia ter influenciado tais empréstimos, os quais têm de passar por uma longa série de instância técnicas para serem aprovados e liberados.
Saliente-se que Época só teve acesso aos documentos sigilosos graças à Lei de Acesso à Informação, promulgada em 2012 por Dilma Rousseff.
Fosse nos áureos tempos do paleoliberalismo, tais empréstimos não teriam despertado a suspeita de Época. Como de fato não despertaram, quando FHC aprovou os primeiros empréstimos para o metrô de Caracas, já com a Venezuela presidida pelo “perigosíssimo” Hugo Chávez.
Na improvável eventualidade de que tivessem despertado suspeitas, Época não teria tido acesso a informações sigilosas. Caso tivesse tido acesso a informações sigilosas, por aquáticas vias de obscuras cachoeiras, duvidamos que Época tivesse publicado uma linha sequer. Caso tivesse publicado alguma coisa, duvidamos ainda mais que alguém tivesse levado a sério. Caso algum paranoico tivesse levado a sério, duvidamos que procuradores tivessem ensejado qualquer ação, para não cair no ridículo. Caso algum procurador tivesse caído na fácil tentação de se expor a holofotes desavergonhados, o providencial engavetador-geral teria feito o que sempre se fazia na época, com o apoio da Época.
Na época, nem mesmo os lobbies em prol de empresas estrangeiras nas alegres privatizações despertavam suspeitas. Mesmo hoje, quem se bate pela Chevron, pela Alstom, pela entrega do pré-sal e pela abertura do mercado brasileiro às construtoras estrangeiras curiosamente está acima de qualquer suspeita. Esses são “estadistas”. Só não se sabe bem de que país.
Mas vivemos em outra época. Na época do vale-tudo contra o “comunismo”, o “bolivarianismo” e o “lulopetismo”. Na época do vale–tudo contra o mandato popular. Na triste época do vale-tudo contra Lula, o melhor presidente da história recente do país. O ex-presidente que hoje é o rosto do Brasil no mundo. Na horrorosa época em que quem defende o Brasil e suas empresas, como Lula, é apresentado como criminoso.
Nesses tempos bicudos de Guerra Fria zumbi, vale até mesmo apresentar diagramas de aspiradores de pó como perigosíssimas instalações comunistas secretas.
Greene nunca imaginou que suas ironias e sarcasmos sobre a Guerra Fria seriam revividas na forma de “reportagens” que se levam a sério.
Diabólico, não é
(Marcelo Zero/ 247)

CPMF: Por que parlamentares e empresários rejeitam um imposto que não pode ser sonegado?

cpmf
Euforia conservadora com o fim da CPMF(2007)
Bastou o governo anunciar a intenção de retomar a proposta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CMPF) para que chovesse uma quantidade de afirmações da disposição de rejeitar a retomada do imposto sobre o cheque. Desde dirigentes do parlamento, que geram novos e exorbitantes gastos do governo, mas querem aparecer demagogicamente, como os que defendem a população contra novos impostos. Passando por grandes empresários, conhecidos pela sonegação de impostos, que querem fazer passar a ideia de que iniciativas como essa dificultariam a retomada dos investimentos. Chegando ao useiros ventríloquos na mídia, com seu discurso pronto contra qualquer iniciativa de democratização tributária.

Por que eles têm medo de um imposto direto, que recai sobre quem gasta mais? Por que rejeitam um imposto que não pode ser sonegado? Por que não aceitam um imposto que retira recursos de quem ganha mais para financiar o mais democrático sistema de saúde pública do mundo?

Porque eles se atendem nos planos privados de saúde. Porque eles sonegam impostos. Porque eles preferem impostos indiretos, em que os pobres e os ricos pagam a mesma quantia.

Se sabia que a reação desses setores seria dura. Sempre foi. O anúncio não foi o mais hábil, porque foi invertida a lógica: primeiro se deveria fazer o que faz o ministro da Saúde: mostrar as necessidades de financiamento do sistema público de saúde. E aí apontar como a CPMF é a forma mais democrática de financiá-lo.

A direita e seus porta-vozes economicistas sempre se valem do isolamento das cifras econômicas do seu sentido social. Mais imposto? Não? Sem mencionar a que necessidade responderia o novo tributo.

Temos que inverter o procedimento: enunciar as necessidades que precisam ser cobertas, explicar como é falso o raciocínio de que se paga excessiva quantidade de impostos no Brasil, explicar o caráter democrático e redistributivo de um imposto como a CPMF, pelo qual quem tem mais transfere recursos para financiar o sistema publico de saúde, o SUS, que atende a toda a população.

Não será possível restaurar a CPMF – que foi eliminada pela aliança espúria da direita, do centro e da ultra-esquerda (recordar a cena imoral de Heloísa Helena, então presidente do Psol, comemorando com a direita, a derrota a tentativa do governo de dar continuidade ao imposto que financia o sistema publico de saúde) – sem um grande trabalho de convencimento prévio de amplos setores da população e do próprio parlamento.

Mas, ao mesmo tempo, o Sistema Único de Saúde (SUS) será duramente afetado se não conseguirmos essa ou outra via de conseguir os financiamentos que o sistema necessita. Democratizar é desmercantilizar, é colocar na esfera pública o que hoje está na esfera mercantil. Transformar em direito o que hoje é mercadoria.
(Emir Sader/ RBA/ Viomundo)

Petróleo repõe perdas de agosto em dois dias e deixa “sabidos” pendurados no pincel

crude
O preço internacional do petróleo, que havia subido 10% na sexta-feira, subiu outros 10% hoje, em relação á cotação em que fechou a semana passada.

As perdas, imensas, do mês de agosto foram “zeradas” em 48 horas.
Uma semana atrás, Celso Ming, colunista de economia do Estadão, reproduzia a opinião de mais um “sabido” do mundo dos negócios, o especialista norte-­americano em Petróleo David Kotok, presidente da Cumberland Advisers, dizendo que o petróleo ia baixar até 15 dólares o barril, quando estava a 40 dólares ( e chegou a US$ 38).

Em dois dias, as previsões do sabichão viraram pó, com o petróleo tipo Brent passando de  US$ 52 dólares e o WTI (de forma simplificada, o americano) a US$48.

A história da energia – e, com ela a do poder mundial – está há mais de 50 anos fundada no petróleo.

A energia nuclear, única aposta energética que tendeu a se estabelecer como  ameaça energética à hegemonia do petróleo, mostrou-se apenas capaz de suprir parcela pequena das necessidades de energia, seja pelas complicações técnicas, segurança, problemas acidentais e oposição política, seja porque os EUA e seus aliados nunca permitiram que se estabelecesse, de forma global, o conhecimento e o uso de uma tecnologia que tem como um de seus produtos o poder militar representado pelo “subproduto bomba atômica”.

Não é possível tratar a política do petróleo, portanto, com base em movimentos de “espasmo” de um mercado em que suas torneiras são controladas pela política e, ainda mais, sujeito a todo tipo de turbulência: guerras, acidentes, tensões….

Este é o erro dos “sabichões” – muito mais apropriado seria chamá-los de espertalhões – que vivem apregoando que o petróleo “não valerá nada” e que usam aqui este argumento, tão ingênuos, para tentar desvalorizar nosso pré-sal e viabilizar politicamente sua entrega às multinacionais.

É o “quem desdenha quer comprar”, que vale desde os tempos dos avós de nossos avós.

Ou, por acaso, você viu a Shell, a Chevron, a Total e outras saírem por aí dizendo: olhem, eu não estou valendo nada, vocês não querem me comprar?

Petróleo continua sendo o maior negócio do mundo e só um tolo abre mão dele.
(Fernando Brito)

A polícia de Alckmin está a escoltar uma mercadoria sem nota? um cabrito?


A polícia de Alckmin está a escoltar uma mercadoria sem nota? um cabrito?

domingo à noite… blum.

vovó me convida para um bate papo com câmera ligada.

lá está ela com seu cigarrim no canto da boca.

diga lá, vó.

meu neto, não sei como você não usou essa figura de linguagem ainda: Pixuleco é um cabrito inflável.

disse isso e gargalhou, com a boca cheia de dentes.

como é? não, vó, tá maluca. Pixuleco é o nome do boneco inflável que fizeram de Lula, com roupa de prisioneiro. a senhora não viu isso?

sim. cof, cof. tossiu, pigarreou e cuspiu pro lado, como cocô de pato.

e por que você veio com essa conversa mole de cabrito, vó?

lembra daquele avião que matou Eduardo Campos, meu neto? uma nave cheia de mistérios, foi um sufoco para achar o dono daquilo. até hoje não se sabe quem realmente é o dono, acho que não tem, porque ele teria que indenizar as vítimas que tiveram suas casas destruídas… tinha uns papeis esquisitos em nome de um dono de bodega ou oficina mecânica… gente pobre, laranja… aquilo era um cabrito voando, meu neto.

vó, que conversa sem pé nem cabeça é essa? são onze e meia da noite, vó. tá sozinha aí? por que esse troço de Avião de Campos e Pixuleco, a senhora tá gagando, vó? parou de tomar o seu canabidiol?

ela dá uma sonora gargalhada.

tô tomando, não, meu neto, hoje resolvi fumar.

tá vó, de boa. mas que papo é esse de cabrito voando? a senhora tá confundindo as coisas, em Recife teve um lance de um boi voador, mas isso foi no tempo do império, vó.

ah, meu neto, isso foi coisa de holandês. coisa do Nassau. aquilo foi a primeira propaganda feita no Brasil com um boneco inflável. porque aquele boi tava recheado de capim e mato seco pra flutuar.

era um boi invertebrado, foi o primeiro boi invertebrado da história, meu neto. depois vieram os bois-bumbás, que além de invertebrados eram bípedes. mas porque você falou deste boi mesmo?

vó, onde a senhora quer chegar? a senhora falou que o avião lá de Pernambuco era um cabrito e eu disse que a senhora estava a confundir com o boi do Nassau.

cabrito é uma gíria, meu neto. cabrito, essa gíria criada por aquele outro pernambucano, o Bezerra da Silva, significa coisa de origem duvidosa.

hahahahahahah, entendi, agora é que caiu a ficha vó. mas, oh, ninguém roubou Pixuleco, não. furaram ele.

rapaz, tá difícil conversar com você hoje, hein. escuta aqui, depois que a quela mocinha furou o boneco, levaram ela pra delegacia, iam acusá-la de danificar o patrimônio privado, mas aí o delegado pediu a nota fiscal, para saber que era o dono a ser ressarcido, e não tinha nota fiscal, meu neto. onde já se viu uma coisa dessas?

e ninguém sabe ao certo quanto custou o brinquedão, vó.

olha, meu neto. se são pessoas honestas que estão nas ruas protestando contra a corrupção – esse troço tá correto, tem que protestar mesmo – o que deveriam fazer?, serem transparentes.

arrecadam dinheiro de vaquinhas, meu neto? tudo bem. mas declarem, mostrem a nota no site deles, digam: olha, moçada, arrecadamos tanto, o boneco custou tanto, sobrou tanto e vamos usar nas próximas ações. coisa simples.

tem razão, vó.

e por que não tem nota? por que diabos não tiraram a nota fiscal com a origem, valor e tal? o Lula, coitado, nem pode processar o autor daquela difamação, porque aquilo é uma difamação, ele tá vestido de prisioneiro, só que até agora não é réu em coisa nenhuma. uma difamação pública, abjeta, onde já se viu?

remendaram o boneco, vó, cê viu? inflaram ele de novo e foram para a avenida com escolta policial.

como é, meu neto? a polícia de Alckmin está a escoltar uma mercadoria sem nota? um cabrito?

poxa, caiu a conexão.

cara, a velha tá certa, se o delegado viu que a mercadoria – de 12 mil lascas – não tinha dono, como poderia autorizar sua saída da delegacia? quem a levou, com quê direito? como pode a polícia estar a escoltá-la?

ora, faz todo o sentido a conversa da velha. esse Pixuleco não passa de um cabrito inflável.

palavra da salvação.
(Por: Lelê Teles/ Maria Frô/ Portal Forum)

A danosa omissão do ministro Cardozo

Vendo, agora há pouco no facebook, a filmagem que registrou a hostilidade ao ministro Cardozo na entrada do Conjunto Nacional e juntando com o que presenciei a distância, ontem na av. Paulista, só posso concluir que o titular do pomposo cargo de Ministro da Justiça apequenou-se diante de suas responsabilidades. Não que devesse dar uma eventual 'carteirada', mas fazer valer o respeito que está sendo perdido, por conta do ódio fomentado pela mídia irresponsável e lideranças políticas idem, contra um outro segmento da população que pensa diferente desses furiosos a ponto de não respeitarem sequer um ministro de estado.

Na filmagem, com áudio, percebe-se que o ministro tenta ignorar os apupos e dirige-se no rumo da Livraria Cultura, quando um sujeito de calça jeans e camisa em xadrez nas cores verde e preta, que liderava a boçalidade, grita bem alto 'atenção, quem está na livraria, cuidado com suas carteiras, tem um ladrão na livraria'. E o ministro ainda acenou como se estivesse despedindo-se de um contato qualquer.

Estávamos minhas duas filhas, o namorado de uma delas, uma amiga e eu do outro lado da rua bem na parada do ônibus em frente ao Conjunto e percebemos o início, que durou mais ou menos uns cinco minutos, se tanto. Depois, o sujeito do megafone e mais umas três ou quatro pessoas foram impedidos de entrar no recinto e ainda tentaram atrair outras pessoas ao famigerado protesto.

Foi, então, que apareceu um igual número de pessoas e começou a manifestar-se na direção dos que estavam com o patife do megafone. Este, parece não ter conseguido intimidar os opositores, muito menos manter o confronto resolveu dar as costas e retirar-se, certamente ouvindo calado um monte de xingamentos, sem que conseguíssemos daquela distância saber o que estava sendo dito.

Chamou, também, nossa atenção a indiferença dispensada ao fato por quem estava ao redor passeando a pé ou de bicicleta, o que talvez tenha diminuído a possibilidade de confronto, o sujeito do megafone parecia inicialmente muito raivoso e posteriormente bastante covarde. E aí vem a responsabilidade do ministro. Se tivesse chamado a guarda que se encontrava perto e tomado as providências cabíveis contra quem o acusou de ladrão tudo daí pra diante não teria acontecido. Não houve confronto, é verdade, mas poderia haver, caso o coxinha tivesse conseguido mais gente pra ajudá-lo na agressão. Infelizmente, mais uma vez, o ministro comporta-se muito mal no cargo e presta mais um desserviço à cidadania.




A política como artimanha da precarização

A sucessão do atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, caso o próprio não consiga se reeleger, tende a ser marcada por uma campanha nos moldes desses programas televisivos de extremo mau gosto que a tevê aberta oferece todas as tardes aos seus telespectadores.

: Depois do lançamento de um apresentador da Record e outro da Band, eis que surge uma terceira candidatura, a do pastor Marco Feliciano(PSC), aquele mesmo que presidiu a Comissão de Direitos Humanos perseguindo minorias, expondo seu ódio homofóbico, além de anunciar que tudo ficaria ainda pior, conforme vivenciamos atualmente após a eleição de outro fundamentalista de direita para presidente da Casa. E ainda se corre o risco de ter mais show man como, caso o também apresentador televisivo João Dória Jr confirme sua candidatura pelo PSDB.

O atual prefeito vive sob constante bombardeio midiático por conta de ser petista e imprimir uma administração revolucionária, desbaratou uma máfia que roubava a arrecadação de ISS da prefeitura, aplicou o Estatuto da Cidade nos dispositivos referentes ao papel social dos imóveis, mexeu no Plano Diretor, com o cartel das empresas que ainda comandam o transporte coletivo, e principalmente construiu centenas de quilômetros de corredores exclusivos pro transporte público, bem como outras centenas de faixas para ciclistas, algo que mexeu profundamente com a arrogância dos donos de carros particulares, estes muito bem representados no discurso facinoroso da mídia que tangencia o debate a respeito da humanização da cidade, optando por pela desqualificação pura e simples do gestor.

E esse deve ser o tom da campanha na maior cidade da América do Sul, marcado por por muitas adjetivações, bravatas em forma de promessas e a total falta de debate sobre os problemas da cidade, inclusive aqueles que estão sendo solucionados residindo aí, desgraçadamente, o risco de um retrocesso na medida em que a falta de visão administrativa torna esses postulantes mais vulneráveis à pressão que virá dos grupos economicamente mais poderosos.

Enfim, graças ao coxinhismo imbecilizado, a megalópole corre o risco de dar um mau exemplo ao restante do país de como a histeria ideológica e o analfabetismo político podem produzir uma péssima escolha e o retrocesso administrativo, pondo em risco todos os avanços e possibilidades até aqui testadas com sucesso de que aquela imensidão pode humanizar-se, desde que seus governantes tenham amor pelos seus trabalhos. Preocupante!

Perigoso assaltante pretende convocar Lula a depor em uma das CPIs edcunhistas.

Gangster, mas tem lições de moral a dar. RISOS!!















O deputado federal Alexandre Baldy (PSDB-GO) informou a imprensa que irá protocolar nesta segunda-feira (31) requerimento na CPI do BNDES para convocar o ex-presidente Lula e o ex-presidente da Odebrecht Alexandrino Alencar, para explicar a reportagem da Revista Época deste fim de semana que acusa Lula de empréstimos do banco público brasileiro para investir no Porto de Mariel, em Cuba.


Mas, você queridos leitores, sabem quem é o tucano que quer se passar de paladino da moral? O jornal Diário da Manhã de Goiás, dá uma pequena ideia de quem é ele


No dia 16 de junho desse ano, a Justiça bloqueou R$622,9 milhões do deputado tucano Baldy, e até uma Usina de açúcar e álcool e o deputado federal teve bens indisponíveis


A juíza Suelenita Soares Correia, da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual, decretou a indisponibilidade dos bens do deputado federal Alexandre Baldy (PSDB-GO), da Usina Panorama S/A e de outros citados em ação civil pública por ato de improbidade administrativa. A ação foi proposta pela promotora de Justiça Vilis Marra, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.
(Os Amigos do Presidente Lula)

Documentos secretos revelam indecência, ignorância e má-fé da revista Época

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A Globo quer dar o pré-sal para a Chevron como queria dar Mariel para os chineses

Mais uma vez a revista Época divulga reportagem ofensiva ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com afirmações falsas e manipulação criminosa de documentos oficiais.

Avançando em ilações maliciosas e irresponsáveis, pelas quais seus jornalistas já foram citados em ação judicial por danos morais movida pelo ex-presidente Lula, a revista insiste em atribuir ao ex-presidente condutas supostamente ilícitas que ele jamais adotou ou adotaria.

A matéria deste final de semana (29/08) é uma combinação de má-fé jornalística com ignorância técnica (ou ambas) e o único crime que fica patente, após a leitura do texto, é o vazamento ilegal de documentos do Ministério das Relações Exteriores que, de acordo com a versão da revista, tiveram o sigilo funcional transferido ao Ministério Público.

Ao contrário do que sustenta a matéria, a leitura isenta e correta dos telegramas diplomáticos reproduzidos (apenas parcialmente, como tem sido hábito de Época) atesta a conduta rigorosamente correta do ex-presidente Lula em seus contatos com as autoridades cubanas e com dirigentes empresariais brasileiros.

A presença de um representante diplomático do Brasil numa reunião do ex-presidente com dirigentes de empresa brasileira demonstra que nada de ilícito foi ou poderia ter sido tratado naquele encontro. O mesmo se aplica ao relato, para o citado diplomata, da conversa de Lula com Raul Castro sobre o financiamento de exportações brasileiras para Cuba. Só a imaginação doentia que preenche os vácuos de apuração dos jornalistas de Época pode conceber um suposto exercício de lobby clandestino com registro em telegramas do Itamaraty.

Os procedimentos comerciais e financeiros citados nos telegramas diplomáticos são absolutamente corriqueiros na exportação de serviços, como os jornalistas de Época deveriam saber, se não por dever de ofício, pelo simples fato de que trabalham nas Organizações Globo. A TV Globo exporta novelas para Cuba desde 1982, exporta para a China e exportou para os países de economia fechada do antigo bloco soviético.

Deveriam saber que, em consequência do odioso bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos, empresas que fazem transações com Cuba estão sujeitas a penalidades e restrições pela legislação dos EUA. Por isso, evitam instituições financeiras sujeitas ao Office of Foreign Assets Control, que é uma agência do governo dos EUA e não um “organismo internacional de fiscalização”, como erra a revista.

Ao contrário do que o texto insinua, maliciosamente, não há, nos trechos reproduzidos, qualquer menção a interferência do ex-presidente em decisões do BNDES, pelo simples fato de que tal interferência jamais existiu nem seria possível, devido aos procedimentos internos de decisão e aos mecanismos prudenciais adotados pela instituição.

Os jornalistas da revista Época deveriam conhecer o rigor de tais procedimentos e mecanismos, pois as Organizações Globo tiveram um relacionamento societário com o BNDESPar, subsidiária do BNDES. Em 2002, no governo anterior ao do ex-presidente Lula, ou seja, no governo do PSDB, este relacionamento se estreitou por meio de um aporte de capital e outras operações do BNDESPar na empresa Net Serviços, totalizando R$ 361 milhões (valores de 2001).

Deveriam saber que em maio de 2011, por ocasião da mencionada visita do ex-presidente a Havana, o financiamento do BNDES às obras do Porto de Mariel estava aprovado, havia dois anos, e os desembolsos seguiam o cronograma definido nos contratos, como é a regra da instituição, que nenhum suposto lobista poderia alterar.

Em nota emitida neste sábado (29) para desmentir a revista, o BNDES esclarece, mais uma vez, que “os financiamentos a exportações de bens e serviços brasileiros para as obras do Porto de Mariel foram feitos com taxas de juros e garantias adequadas”, e que os demais contratos mencionados não se realizaram. Acrescenta que “o relacionamento do BNDES com Cuba foi iniciado ainda no final da década de 1990, sem qualquer episódio de inadimplemento ou atraso nos pagamentos.”

Os jornalistas da Época deveriam saber também que não há nenhum ilícito relacionado às palestras do ex-presidente Lula contratadas por dezenas de empresas brasileiras e estrangeiras, entre elas a Infoglobo, que edita o jornal O Globo. Deveriam, portanto, se abster de insinuar suspeição sobre esta atividade legal e legítima do ex-presidente.

Tanto em Cuba quanto em todos os países que visitou desde que deixou a presidência da República, Lula trabalhou sim, com muito orgulho, no sentido de ampliar mercados para o Brasil e para as empresas brasileiras, sem receber por isso qualquer espécie de remuneração ou favor. Lula considera que é obrigação de qualquer liderança política contribuir para o desenvolvimento de seu País.

Os jornalistas da Época deveriam saber que todos os grandes países disputam mercados internacionais para suas exportações. E que não fosse o firme empenho do governo brasileiro, para o qual o ex-presidente Lula contribuiu, talvez o estratégico porto de Mariel fosse construído por uma empresa chinesa, ou os cubanos estivessem assistindo novelas mexicanas. Neste momento histórico, em que EUA e Cuba reatam relações e o embargo econômico americano está prestes a acabar, a revista Época volta no tempo a evocar velhos fantasmas da Guerra Fria e títulos de livros de espionagem.

Ao falsear a verdade sobre a atuação do ex-presidente Lula no exterior, os jornalistas da revista Época tentam criminalizar um serviço prestado por ele ao Brasil. O facciosismo desse tipo noticiário é patente e desmerece o jornalismo e a inteligência dos brasileiros.

PS do Viomundo: A Globo faz a velha jogada de sempre. Publica na Época e “repercute” porcamente no Jornal Nacional.
(Instituto Lula/ Viomundo)

domingo, 30 de agosto de 2015

Ministra do bota o dedo na ferida podre da campanha tucana. E Gilmar?



















A ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora do processo que examina a prestação de contas da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) candidato derrotado à Presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicitou ao tucano informações sobre 15 irregularidades detectadas nos documentos entregues à corte.

Entre elas estão doações feitas pelas empreiteiras Odebrecht e Construbase que somam R$ 3,75 milhões.

De acordo com a assessoria técnica do tribunal, Aécio repassou para o PSDB uma doação de R$ 2 milhões da Odebrecht, mas não registrou a transferência na prestação de contas. A empresa é investigada na Operação Lava Jato e doou R$ 8 milhões à campanha de Aécio Neves

"O comitê financeiro nacional para presidente da República do PSDB registrou em sua prestação de contas o recebimento de doação de R$ 2 milhões, efetuada pelo candidato, no entanto, não há o registro da transferência na prestação de contas", afirma o relatório técnico da Justiça Eleitoral.

O TSE aponta também uma diferença entre o valor declarado pela campanha e o montante efetivamente doado pela construtora Construbase. O candidato tucano recebeu R$ 1,75 milhão, mas só declarou R$ 500 mil.

Infrações.


Além disso, de acordo com o tribunal, a campanha de Aécio Neves deixou de declarar R$ 3,9 milhões em doações estimáveis (na formade serviços prestados) que só foram contabilizadas na prestação de contas retificadora.

Das 15 irregularidades detectadas pelo tribunal, pelo menos três foram consideradas infrações graves. Elas dizem respeito a doações recebidas antes das prestações de contas parciais e que só foram registradas nas prestações finais, somando mais de R$ 6 milhões.

Tanto no caso dos R$ 3,9 milhões declarados apenas na prestação retificadora quanto no das três infrações graves, o tribunal quer saber por que a campanha de Aécio não contabilizou a entrada das receitas nos prazos estipulados pela legislação eleitoral. O senador tucano, presidente nacional do PSDB, foi derrotado pela presidente Dilma Rousseff no 2.° turno da disputa presidencial em 2014.
(Estadão/ Os Amigos do Presidente Lula)

A 'maldição de Garrincha'

O site 247 estranha o tom "perto de propor o golpe", adotado pelo PMDB na TV. Esse estranhamento me parece muito próximo da ingenuidade, arte de quem imagina a existência de duas correntes internas na legenda: uma governista e outra oposicionista.

Nada mais inexato. Nesse momento, o que une o PMDB é sugar o governo ao máximo a fim de fortalecer-se para 2018 e assim possa lançar uma candidatura mais competitiva que a candidatura tucana, arriscando palpites, nesse momento o nome de José Serra pintando como o mais forte, daí a adoção, por parte dos pemedebistas, do projeto serrista que acaba com o regime de partilha e desconstrói o atual status quo do pré-sal.

Quanto as correntes, elas são tantas que não cabem em duas mãos, porém, assim como elas têm convivido há décadas sabendo superar essas diferenças, saberão unificar-se em torno do objetivo de voltar a ocupar a presidência da República, só que dessa vez não por obra de uma tragédia..

Além da força regional até aqui amealhada e mantida, há agora um Congresso extremamente conservador e fisiológico, logo, facilmente cooptável, conforme mostram os movimentos de Eduardo Cunha, cuja queda seria bom negócio, mais a inda a herança desse espólio.

Assim, com lideranças em bom número para tocar a campanha política mantendo-a unificada, teria também a ajuda de Marina e um tucano(Alckmin ou Aécio) para garantir que a decisão ficaria para um 2º turno, provavelmente contra Lula e em um ambiente conflagrado, sempre na crença de que a popularidade de Lula desabou definitivamente, conforme a crença da mídia delinquente e suas pesquisas de opinião pública.

O roteiro parece interessante e tem tudo pra dar certo, dar certo é ao menos ir para a disputa do segundo turno isolando a candidatura petista; e garantir a maior bancada no Congresso e ao menos a manutenção da atual condição. Resta saber como serão os comportamentos individuais diante da tentação de defecções ao primeiro sintoma de possibilidade de derrota para alguns desses caciques. Enfim, esse é mais um plano perfeito que, lamentavelmente padece da 'maldição de Garrincha'. Aquela em que tudo está sempre na dependência da combinação com os russos. Paciência!

A tentação do personalismo

Se o Diário do Pará combate tanto a dependência do governo do estado da mídia que vende dele uma imagem edulcorada, não deveria fazer o mesmo com seus proprietários a fim de não não nivelar-se por baixo como acaba ocorrendo.

O título da matéria "Helder entrega casas", publicado hoje(30) no jornal, não passa de promoção pessoal do ministro da Pesca, inclusive invadindo a seara de outro ministério, o das Cidades, responsável por tocar as obras do programa 'Minha casa, Minha Vida", o qual Helder representava como integrante do governo, portanto, uma presença que substituía a da titular do Executivo, Dilma Rousseff.

Por mais que se pretenda contrapor a presença de Helder em cerimônia de um evento concreto, ao contrário do que ocorre com o governo do estado, cuja mídia financiada geralmente anuncia para um futuro incerto e distante, ainda assim, salta aos olhos a personificação de um programa governamental, algo que ofende o princípio da Impessoalidade no serviço público.

Além disso, ao apropriar-se de iniciativa de outro ministério, Helder corre o risco de ser acusado por seus opositores de inoperante e ver as iniciativas inerentes a pasta que ocupa debitadas nas folclóricas 'histórias de pescadores', muito divertidas, como é sabido, mas nunca levadas a sério.

'A Globo nasceu de uma ilegalidade'

reprodução


O jornalista Paulo Henrique Amorim está lançando o livro O Quarto Poder - uma outra história. Nele, o apresentador e blogueiro mescla sua trajetória profissional com a história de poder da imprensa brasileira em momentos históricos.

"No Brasil, em muitas circunstâncias, a imprensa é o primeiro poder. A força dela aqui é superior à força que a gente encontra em outras democracias no mundo", afirmou Amorim que chama a reunião dos grandes grupos midiáticos brasileiros de Partido da Imprensa Golpista (PIG).

O nome do criador da Rede Globo Roberto Marinho é bastante presente no livro. Amorim conta que, diferentemente das publicações antigas sobre Marinho “de bajulação rasteira e vulgar” seu livro mostra bastidores e trata o empresário “com as armas que ele deveria ser tratado”.

Em uma das passagens, Amorim conta qual foi a ordem de Marinho para a equipe de redação da emissora no episódio do debate entre os então presidenciáveis Collor e Lula, no segundo turno em 1989: “o que for de melhor do Collor com o que for de pior do Lula”.

O livro também conta detalhes do surgimento da Rede Globo e de como o governo do ditador Artur da Costa e Silva (1967-1969) salvou a emissora, fazendo as estatais comprarem maciças cotas de publicidade. “A Rede Globo nasceu de uma ilegalidade, financiada por um grupo americano, o Time-Life, o que era proibido pela Constituição. O Roberto Marinho deu uma garantia das posses pessoais dele, sabendo que a Globo receberia uma publicidade a preço de tabela. A Globo vendeu esses espaços para as estatais e pôde comprar a parte do Time-Life e saiu no lucro”, denuncia.

O lançamento do livro é na próxima quinta-feira (3), às 19:30, na Livraria Saraiva do Shopping Higienópolis, em São Paulo (SP).

(Brasil de Fato/ Carta Maior)

sábado, 29 de agosto de 2015

Lula diz que ‘voltou a voar outra vez’ e promete ‘incomodar’

Lula diz que ‘voltou a voar outra vez’ e promete ‘incomodar’
29/08/15- São Bernardo do Campo- SP- Brasil. Na manhã desse sábado (29), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e José Mujica, ex-presidente do Uruguai e senador pelo país, participaram de uma mesa no seminário Seminário Internacional Participação Cidadã, Gestão Democrática e as Cidades no Século 21, realizado pela Prefeitura de São Bernardo, em São Paulo.

Incomodado com a constante perseguição da imprensa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que voltará a “voar outra vez”. Com a promessa de dar “um pouco de sossego” à presidenta Dilma Rousseff, o petista prometeu viajar e dar mais entrevistas.

“Eu, agora, vou incomodar”, brincou.

“Vou ver se eles dão um pouco de sossego para a nossa querida Dilma e se incomodam comigo. Estou naquela fase de quem está esperando o dia da aposentadoria. Mas as pessoas não me deixam em paz. Os adversários, todo santo dia, falam meu nome”, declarou.

Na manhã deste sábado (29), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente do Uruguai e senador pelo país, José Pepe Mujica, participaram de seminário organizado pela prefeitura de São Bernardo, em São Paulo.

Ao falar diretamente a Mujica, Lula disse: “Você só consegue matar um pássaro se ele ficar parado no galho. Se ele voar, fica difícil”. “Eu voltei a voar outra vez”, declarou, sendo aplaudido de pé pelo público presente que gritava seu nome.

Os dois ex-presidentes participaram do debate no Seminário Internacional Participação Cidadã, Gestão Democrática e as Cidades no Século XXI, organizado pela prefeitura local.

Legado - Na ocasião, Lula relembrou as experiências de participação popular criadas pelo PT ao longo de seus 35 anos e dá oportunidade que seu governo deu ao ouvir os trabalhadores e movimentos sociais dentro do Palácio do Planalto. E por isso, segundo ele, durante seus oito anos de mandato, as políticas não eram do governo, eram do povo.

“Se perguntarem qual foi o maior legado que deixei, foi a relação que o governo estabeleceu com a sociedade e com os movimentos sociais. Se juntar todos os presidentes do país, antes de mim, eles não fizeram 10% das reuniões que fizemos”, afirmou, lembrando que foram feitas 74 conferências nacionais, que começavam no municípios.

O ex-presidente Lula comentou também a situação política atual, especialmente a grande polarização na qual se encontra o Brasil. “De onde vem esse ódio? Será que uma parte desse ódio demonstrado contra o PT é porque as empregadas domésticas conquistaram mais direitos?”, questionou.

Uma das conquistas de seu trabalho em defesa dos trabalhadores citadas por Lula foi a criação do Partido dos Trabalhadores, que nasceu da necessidade de ter um trabalhador na política e, assim, garantir direitos básicos hoje como reivindicar melhores para a classe por meio de greves.

Mujica - O ex-presidente uruguaio, Pepe Mujica, foi o primeiro a falar e defendeu a importância dos partidos políticos para a manutenção das conquistas sociais dos cidadãos. Ele afirmou que a democracia requer partidos e que sem eles não há democracia.

“Os partidos são a vontade coletiva de grupos humanos. Os grandes meios nunca vão estar do lado do povo. São empresas, que atendem a outra forma de entender o mundo.

Para o uruguaio, “não há homens imprescindíveis, há causas imprescindíveis”.

Ao fim de sua fala, Mujica foi aplaudido em pé pelo público presente no auditório do Centro de Formação dos Profissionais de Educação (Cenforp).
(Agência PT de Notícias)

Ladroagem pefelista segue o mesmo caminho da ladroagem tucana, rumo à prescrição e impunidade secular da direita brasileira



O ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), remeteu à primeira instância a ação penal do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal Domingos Lamoglia, considerado o braço direito do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e denunciado no caso do mensalão do DEM. Esse era o último processo sobre o caso que estava no Tribunal. Como todos os réus perderam prerrogativa de foro, o caso agora corre integralmente na primeira instância. É grande a possibilidade de os crimes prescreverem sem que ninguém vá a julgamento, tal qual está ocorrendo no mensalão tucano, escândalo em Minas Gerais que repousa nos corredores dos tribunais de primeira instância.
(Os Amigos do Presidente Lula)

Merval viu “buraquinho” e Noblat sugeriu “armação” no ataque a bomba contra Instituto Lula; no caso de boneco de plástico, O Globo fala em “atentado” e “emboscada”

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Um novo capítulo do surrealismo jornalístico brasileiro foi escrito hoje pelo jornal O Globo.

O Globo é aquele jornal em que o colunista Ricardo Noblat escreveu que a bomba atirada contra o Instituto Lula foi mesmo um atentado político, mas — e um MAS gigantesco, introduzido no título — “se não foi armação“.

O Globo é aquele jornal em que o colunista Merval Pereira fez pouco caso da bomba atirada contra o Instituto Lula com as seguintes frases:

PROVOCAÇÃO

Por mais que os petistas e seus apaniguados nas redes sociais queiram transformar em grave ato terrorista a bomba caseira que atingiu a sede do Instituto Lula em São Paulo, é preciso ter cautela para caracterizá-lo dessa maneira. O filme da explosão, feito por uma câmera de segurança, é impactante. Mas quando se vê o resultado do “atentado”, a sensação é de que o teor explosivo do artefato era mínimo.

O buraquinho na porta de metal da garagem do prédio é tão ridículo que, se não soubéssemos que foi provocado por uma bomba, poderíamos achar que um motorista desastrado causou a mossa ao realizar uma manobra de marcha à ré.

Já no caso de um boneco de plástico inflável:



(Viomundo)

7 dados para você não falar bobagens sobre a redução dos ministérios

Esse assunto, volta e meia, reaparece no debate nacional. Geralmente, de forma torta, como tentarei demonstrar a seguir.

A primeira pergunta, que quase ninguém se faz é: qual o número adequado de ministérios, empresas, autarquias, cargos, funções e funcionários públicos?


A resposta a essa pergunta é óbvia: depende!

Se o projeto vencedor nas eleições fosse o do Aécio ou o da Marina, a ideologia do “estado mínimo”, que eles defendem, teria como consequência o enxugamento da máquina pública.

Entretanto, o projeto vencedor, em 2014, foi o liderado por Dilma. Este projeto é o que dá resposta à sociedade sobre mais educação, mais saúde, mais saneamento, mais infraestrutura, mais direitos humanos. O mesmo projeto vencedor das eleições de 2002, 2006 e 2010. Exige um estado muito maior que o mínimo de triste lembrança (FHC).

Não houve aumento de ministérios – ou de Secretarias com status de ministério – em relação aos governos exitosos de Lula e Dilma. O que nos permite dizer que houve eficiência e eficácia na condução dos programas e nas políticas de governo. Deste governo!

Leio gente escrevendo que é preciso dar mais “racionalidade” à gestão, constituindo superministérios, num total de 20, no máximo. O que pode ser mais racional do que uma estrutura vencedora, com uma infinidade de programas que mudaram a cara do país?

Leio também que o motivo dessa redução de ministérios, cargos e funções é para reduzir gastos, uma sinalização de que o governo está “cortando na própria carne”!

Já vimos que não se sustentam os motivos políticos e de “racionalização”. Vamos ver como fica o argumento de “redução de gastos”.

A imprensa e a oposição não cansam de repetir a falácia de que Lula e Dilma aparelharam a máquina pública federal, nomeando petistas para os 25 mil cargos comissionados disponíveis. Teve candidato a presidente que afirmou que cortaria mais da metade desses cargos, direcionando mais recursos para o interesse dos usuários.

A vantagem que leva a oposição é que a imprensa não está aí para checar essa informação. Assim, podem repetir qualquer coisa "ad nauseam", sem precisar provar nada e sem ser confrontada.

1. Se a imprensa fosse verificar a informação, de cara descobriria que o ex-presidente Lula, em 2005, através do Decreto no. 5.497/2005, considerou exclusiva dos servidores de carreira a ocupação de 75% dos cargos em comissão DAS níveis 1, 2 e 3 e 50% dos cargos DAS nível 4.

2. Vale dizer que esses 4 primeiros níveis de cargos em comissão representam quase 95% do total dessas vagas. Isso mesmo, 95%! O que significa que a imensa maioria desses cargos é ocupada por servidores públicos de carreira. Quem conhece a Esplanada dos Ministérios sabe que são muito poucos os funcionários públicos de esquerda.

3. É importante destacar ainda que o número de cargos em comissão aumentou proporcionalmente menos que o total de servidores. Em 2002, haviam 19 mil cargos comissionados. Em 2014, haviam 23 mil. Entretanto, a relação cargos comissionados/total de servidores em 2002 era de 3,8% e em 2014 caiu para 3,7%. Caiu pouco mas, ao contrário do que diz a oposição, não aumentou.

A imprensa gosta de insinuar que esses cargos comissionados são remunerados com salários muito altos. Falso ou verdadeiro? Falso!

4. Diferentemente do salário da grande maioria do funcionalismo federal, fortemente valorizado durante os governos de Lula e Dilma, os salários médios dos cargos em comissão ocupados por pessoas sem vínculo com o governo caíram em termos reais, passando de um salário médio real (em valores de 2013) de R$ 6.155,00, em 2002, para R$ 4.296,00, em 2014. Esse é o salário médio das pessoas que dirigem políticas como o Bolsa Família, o Luz para Todos, a Saúde, políticas que envolvem a aplicação de bilhões de reais e que impactam positivamente a vida de todos os brasileiros.

A oposição finge não saber que os cargos comissionados requerem elevado nível de responsabilidade e conhecimento técnico, e por isso, a maioria dos que os ocupam é altamente capacitada, mesmo com esse salário médio.

Fala-se também do "inchaço" da máquina por Lula e Dilma, insinuando que haveria uma contratação desenfreada de servidores públicos. Cabe então a pergunta: E os gastos com pessoal, estão descontrolados?

5. No período 2002-2014, a população aumentou quase 20%, o PIB cresceu uns 40% e as despesas com funcionalismo reduziram, como percentual do PIB. Era 4,8% em 2002 e chegou, em 2014, a 4,3%. Apesar do total de servidores ativos ter passado de 486 mil para 607 mil, nesse mesmo período.

Bom lembrar, como já disse antes, que servidores públicos é que garantem o funcionamento das principais políticas públicas pelas quais a população demanda e que tiveram grande aumento nos últimos 12 anos.

6. Por exemplo, na educação o número de servidores aumentou de 165 mil, em 2002, para 260 mil, em 2014. A grande maioria deles como técnicos e professores, porque foram criadas mais de 400 novas escolas de educação profissional, científica e tecnológica, mais que triplicando o número de unidades existente em 2002.

7. Além disso, foram criadas 18 novas universidades em 152 novos campi, mais que dobrando o número de matrículas e de municípios com instituições federais.

Penso que fica razoavelmente demonstrado que a presidenta Dilma pode e deve fazer alguns ajustes em relação a Ministérios, Autarquias, Empresas, etc. Mas tendo como objetivo o aumento da eficácia das políticas públicas e não a conversa fiada de redução de gastos ou “maior racionalidade na gestão”.

Cortar ou fundir ministérios, para reduzir o número total, é tudo o que a oposição quer que Dilma faça: dar um tiro no pé!
(José Augusto Valente/ Carta Maior)

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Gaiatices. Claudia Leitte leva cinegrafista que derrubou Bolt para filmar show de Ivete Sangalo


A cantora Claudia Leitte viu ontem o vídeo em que um cinegrafista perde o controle de seu segway e derruba o atleta Usain Bolt. Logo que terminou de assistir ao vídeo, Claudia procurou o cinegrafista e o contratou para filmar o próximo show de Ivete Sangalo, sua rival.

O objetivo é colocar o cinegrafista no palco do show de Ivete e, depois que ele derrubar a cantora com seu segway, Claudia Leitte subiria ao palco para ficar no lugar de Ivete Sangalo, que sempre foi o maior objetivo de sua carreira.

O cinegrafista disse que vai pensar sobre a proposta de Claudia Leitte e afirma que recebeu ligações de líderes da oposição do Brasil. O cinegrafista contou que elogiaram o belo golpe que ele deu em Usain Bolt e o convidaram para colaborar no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
(Sensacionalista)

Deputado apresenta projeto para revogar Lei de Segurança Nacional

O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) apresentou nesta quarta-feira (26) o Projeto de Lei 2.769/2015, com a proposta de revogar a Lei de Segurança Nacional, nº 7.170, de 14 de setembro de 1983. “Passados 27 anos da promulgação da Constituição da República de 1988 e 36 anos da Lei de Anistia, não se realizou uma reforma legislativa para suprimir leis e dispositivos que compõem o chamado entulho autoritário”, diz o parlamentar na justificativa da proposta.

À RBA, Damous afirmou que vai convidar outros deputados que têm o mesmo pensamento em relação ao tema, para subscreverem o projeto. “Vamos tentar convencer os colegas para que esse entulho autoritário seja revogado. É remanescente da ditadura e não tem por que continuar em vigor.”

Ele disse também que o atual ambiente de intolerância no país, com manifestações de setores da sociedade que, embora minoritários, pedem o golpe e a volta da ditadura, inspirou a iniciativa. “Não tenha dúvida. E este projeto também é apresentado num contexto de reacionarismo aqui da Câmara, de atentado ao processo civilizatório, da pauta conservadora. É um contraponto progressista à pauta conservadora no Congresso.”

Na justificativa do projeto, Damous faz uma analogia com a Alemanha do pós-guerra, que implementou uma “ampla reforma legal para retirar dispositivos punitivos que serviram de base para a sustentação política do regime nazista”. Já o Brasil ainda convive com instrumentos legais que serviram ao regime de exceção, politicamente extinto em 1985.

“Baseados na concepção da teoria da defesa social (...) os dispositivos que ora se pretende revogar possibilitaram a repressão, tortura e morte de inimigos políticos”, justifica ainda. “Ações penais instauradas em desfavor de integrantes de movimentos sociais tiveram por base a Lei de Segurança Nacional, mesmo os tribunais superiores tendo consolidado farta jurisprudência no sentido de que a atuação desses movimentos é um exercício de cidadania, própria do Estado democrático de direito”, acrescenta.

Um outro projeto, o PL 7951/2014, apresentado pelos deputados Renato Simões (PT-SP), Erika Kokay (PT-DF) e outros foi apresentado em 2014, arquivado e desarquivado em março deste ano, mas sua tramitação está parada. A proposta do ano passado é mais complexa juridicamente por pretender a anulação de condenações, ações penais e inquéritos policiais contra lideranças dos movimentos sociais e sindicais por participação em atos como greves e ocupações de fábricas.

Desacato

O projeto prevê também o fim do crime de desacato, previsto no Código Penal e no Código Penal Militar. Damous usa como exemplo de abuso do poder policial, justificado pelo desacato, o episódio ocorrido com o artista Leônides Quadra, em Cascavel (PR). Interpretando um palhaço, ele foi preso brutalmente pela Polícia Militar do governo Beto Richa (PSDB) ao se apresentar em praça pública e criticar o governo. A detenção do palhaço provocou revolta na população que testemunhou a cena.

“Usamos isso como exemplo porque é um fato recente. Mas ao longo dos anos, das décadas, isso tem se sucedido. Qualquer advogado em audiência, quando enfrenta um juiz, pode ser preso por desacato. Um advogado que é maltratado pelo serventuário e resolve enfrentar o funcionário, muitas vezes é processado. O desacato é um dispositivo autoritário”, diz.

Segundo Damous, a Declaração de Princípios sobre a Liberdade de Expressão, aprovada no âmbito da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, prevê que “as leis que punem a expressão ofensiva contra funcionários públicos, geralmente conhecidas como ‘leis de desacato‘, atentam contra a liberdade de expressão e o direito à informação”.
(RBA/ Brasil de Fato)

Incrível! Prefeitos farão paralisação contra governador Simão Jatene(PSDB/PA)

Segundo o site de notícias Diário On-line, prefeituras municipais devem fazer um dia de paralisação no próximo dia 16 de setembro, conforme deliberação da Associação dos municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás (AMATCarajás); bem como da Federação das Associações dos Municípios do Estado do Pará (Famep) e representantes de associações e consórcios do Estado. A dita paralisação tem como objetivo mostrar à sociedade que os municípios não têm mais dinheiro para arcar com recursos que o governador Simão Jatene não tem repassado, como os repasses atrasados referentes ao Programa Estadual de Atenção Básica à Saúde (Pabinho), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), as Unidades de Pronto de Atendimento (Upas), além de vigilância em saúde e assistência farmacêutica, uma dívida de quase R$ 100 milhões, entre tantos outros calotes.

Nenhuma novidade. Só que esses resolveram fazer aquilo que muitos outros já deveriam ter feito, em vez de calar e arcar com o desgaste sozinhos.

O que Simão fez com a Região Metropolitana de Belém, tão logo assumiu o governo em 2011, a pretexto de encenar uma postura austera diante da gastança que o antecedeu, foi um crime contra as populações desses municípios, cujos efeitos até hoje são sentidos e para os quais nem sabe mais se greve remediaria a situação.

Obras como a 'Ampliação do Sistema de Abastecimento da ilha de Cotijuba'; 'Ampliação do Sistema de Abastecimento de água no distrito de Icoaraci- bairros Agulha, Campina e Cruzeiro; 'Ampliação do Sistema de Abastecimento de água no distrito de Icoaraci- bairros Paracuri I, II, III e Ponta Grossa'; 'Sistema de Abastecimento de água no distrito do Outeiro- bairro Fidélis; 'Ampliação do sistema de abastecimento de água de Belém, Ananindeua e Marituba compreendendo a recuperação e modernização da 1ª estação de tratamento de água do reservatório do Lago Bolonha, que importavam aporte de R$270 milhões, oriundos do PAC, às obras na RMB seriam motivos suficientes à deflagração de paralisação por parte desses alcaides. Quem sabe em um futuro próximo?

Tráfico de roteiros na Globo

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A corrupção não é uma prerrogativa de políticos e nem viceja apenas nos campos do erário.
A sonegação de impostos, cujos valores anuais fazem dos desvios da Petrobras mero troco e as diversas faces do jeitinho brasileiro, que vai desde furar filas, passando por subornar o guarda e sustentar a indústria pirata de todo gênero, somados, ultrapassam o PIB da Argentina.
Ontem, a Folha de S. Paulo, em matéria de Chico Felitti, reportou mais uma das muitas que corroboram a máxima de que ninguém vira corrupto porque se elege: já era antes e foi eleito.
Diz a matéria que dentro da Globo há um mercado negro que há muito é praticado no seu maior estúdio de gravação de novelas, o famoso Projac, que é o furto e a venda de roteiros de novelas, por funcionários que trabalham na emissora.
Como onde há corruptos há corruptores e para todo furto ou roubo há receptadores, quem recepta os roteiros furtados são revistas e sites afins, que pagam de R$ 1 mil a R$ 3 mil pelos papéis e os usam para confeccionar matérias de como será o desenrolar da trama.
Conta Felitti, que foi ao Rio de Janeiro fazer a matéria, que um técnico da emissora confessou, com um certo ar de vantagem, pedindo anonimato, é claro, que “que repassa os roteiros há cinco anos” a um receptador externo que cuida da negociação do material com os receptadores".
A reportagem também declarou os nomes dos principais receptadores: a revista "Tititi", da editora Caras e o site "Notícias da TV", hospedado no portal UOL, que pertence ao Grupo Folha.
A Globo esclareceu à reportagem que "os funcionários sabem que não podem divulgar ou comercializar informações internas da emissora, a prática fere o contrato empregatício e é passível de demissão por justa causa".
(Parsifal 5.4)

Custo de energia para os consumidores de bandeira vermelha cai 18%

A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou hoje (28) a redução de 18% no valor da tarifa da bandeira vermelha, o indicador que engloba os usuários que pagam o custo mais alto de energia. Com a decisão, o valor adicional para cada 100 kWh consumidos cai de R$ 5,50 para R$ 4,50. Para os consumidores, o novo valor corresponderá a uma redução de dois pontos percentuais no custo da conta de luz. A mudança entra em vigor a partir de 1 de setembro até 31 de dezembro.

A decisão foi adotada em razão da redução no custo de produção de energia decorrente do desligamento de 21 termoelétricas com custo variável unitário maior que R$ 600MWh, aprovada no início deste mês.

Apesar de o pedido das distribuidoras para que o valor seja mantido, devido ao aumento dos custos da geração, a diretoria da Aneel entendeu que o uso das bandeiras deve refletir, o cenário de disponibilidade da geração de energia e não os problemas de caixa das distribuidoras.

“Não podemos confundir o conceito do fundamento das bandeiras, com os alívio de caixa das distribuidoras. O valor arrecadado com as bandeiras deve cobrir o valor da geração termoelétrica. Para utras razoes de [alta] custo existem outros mecanismos para compensação”, sustentou o diretor da Aneel Reive Barros dos Santos, relator do caso.

Para o diretor Tiago Correia, os consumidores responderam ao instrumento das bandeiras, reduzindo o consumo e fazendo investimentos, como a substituição de lampândas incandescentes pelas de led, o que justifica a redução do valor da bandeira.

Contudo, o diretor-geral a Aneel, Romeu Rufino, ressaltou que a redução não representa uma melhoria no quadro de geração de energia do país. “O cenário não é favorável a mudança da bandeira. Não é um cenário provável. Não estamos dando nenhuma sinalização de que o consumidor possa relaxar na sua prátrica de uso da energia. A sinalização ainda é de cuidado com o consumo e de uma situação adversa”, frisou Rufino.

O parque gerador de energia elétrica no Brasil é composto predominantemente por usinas hidrelétricas. Para funcionar, essas usinas dependem das chuvas e do nível de água nos reservatórios. Quando há pouca água armazenada, usinas termelétricas precisam ser ligadas para não interromper o fornecimento de energia. Com isso, o custo de geração aumenta, pois essas usinas são movidas a combustíveis como gás natural, carvão, óleo combustível e diesel.
(Agência Brasil)