Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A política como artimanha da precarização

A sucessão do atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, caso o próprio não consiga se reeleger, tende a ser marcada por uma campanha nos moldes desses programas televisivos de extremo mau gosto que a tevê aberta oferece todas as tardes aos seus telespectadores.

: Depois do lançamento de um apresentador da Record e outro da Band, eis que surge uma terceira candidatura, a do pastor Marco Feliciano(PSC), aquele mesmo que presidiu a Comissão de Direitos Humanos perseguindo minorias, expondo seu ódio homofóbico, além de anunciar que tudo ficaria ainda pior, conforme vivenciamos atualmente após a eleição de outro fundamentalista de direita para presidente da Casa. E ainda se corre o risco de ter mais show man como, caso o também apresentador televisivo João Dória Jr confirme sua candidatura pelo PSDB.

O atual prefeito vive sob constante bombardeio midiático por conta de ser petista e imprimir uma administração revolucionária, desbaratou uma máfia que roubava a arrecadação de ISS da prefeitura, aplicou o Estatuto da Cidade nos dispositivos referentes ao papel social dos imóveis, mexeu no Plano Diretor, com o cartel das empresas que ainda comandam o transporte coletivo, e principalmente construiu centenas de quilômetros de corredores exclusivos pro transporte público, bem como outras centenas de faixas para ciclistas, algo que mexeu profundamente com a arrogância dos donos de carros particulares, estes muito bem representados no discurso facinoroso da mídia que tangencia o debate a respeito da humanização da cidade, optando por pela desqualificação pura e simples do gestor.

E esse deve ser o tom da campanha na maior cidade da América do Sul, marcado por por muitas adjetivações, bravatas em forma de promessas e a total falta de debate sobre os problemas da cidade, inclusive aqueles que estão sendo solucionados residindo aí, desgraçadamente, o risco de um retrocesso na medida em que a falta de visão administrativa torna esses postulantes mais vulneráveis à pressão que virá dos grupos economicamente mais poderosos.

Enfim, graças ao coxinhismo imbecilizado, a megalópole corre o risco de dar um mau exemplo ao restante do país de como a histeria ideológica e o analfabetismo político podem produzir uma péssima escolha e o retrocesso administrativo, pondo em risco todos os avanços e possibilidades até aqui testadas com sucesso de que aquela imensidão pode humanizar-se, desde que seus governantes tenham amor pelos seus trabalhos. Preocupante!

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