Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Guedes, o facínora que deixou 6 milhões de empresas inadimplentes


“Legado” da política econômica desastrosa do desgoverno Bolsonaro, a inadimplência avança tanto entre pessoas físicas quanto jurídicas. Após o recorde de setembro, o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian cresceu 8,5% em outubro, na comparação anual. São 6.332.952 milhões de negócios com dificuldade para quitar as dívidas, maior quantidade registrada desde o início da série histórica, em 2016.

Conforme o Mapa das Empresas do governo federal, o Brasil tem 20,4 milhões de empresas. Portanto, cerca de 30% dos negócios do país estavam inadimplentes em outubro. O levantamento da Serasa registrou 44,8 milhões de dívidas no mês, somando R$ 106,4 bilhões.

Em 12 meses, 493 mil negócios de variados portes se tornaram inadimplentes. A pesquisa da Serasa Experian considera como inadimplente a empresa que tem pelo menos uma conta vencida e não paga. Em média, cada CNPJ negativado possui 7 contas atrasadas a pagar.

O número de empresas inadimplentes ultrapassou a casa dos 6 milhões em fevereiro deste ano, chegando a 6,2 milhões em junho. O dado se manteve estável durante junho, julho e agosto, voltando a subir em setembro e atingindo o pico em outubro.

No Valor Econômico, o economista da Serasa Experian Luiz Rabi avalia que o cenário não deve mudar no curto prazo. Quando o consumidor final deixa de pagar a conta, alguma empresa deixa de receber o pagamento. Assim, a inadimplência das famílias gera a das empresas. “A inflação puxou a inadimplência das pessoas físicas, que tem crescido desde outubro de 2021, e teve efeito também na inadimplência das companhias”, explicou.

Rabi diz ainda que o aumento da taxa básica de juros (Selic) deixou o crédito mais caro e elevou os custos para rolagem das dívidas das empresas, principalmente as pequenas e médias. As empresas usam empréstimos para adiantar os pagamentos de clientes no crédito. Se a pessoa fez uma compra em dez vezes, a empresa adianta o valor total com o banco, mediante o pagamento de juros. Na prática, a empresa recebe menos.

Para conter a inflação, o Banco Central (BC) promoveu uma série de altas na taxa Selic, que começaram em março de 2021, quando a taxa passou de 2% ao ano para 2,75% ao ano. Em agosto deste ano, ela chegou ao patamar atual (13,75% ao ano).

O indicador de inadimplência das empresas deve ser o último a mostrar um cenário positivo, prevê Rabi, pois depende de uma melhora econômica contínua. “Este índice é um indicativo em cadeia, porque para parar de crescer é necessário que os consumidores consigam limpar seus nomes e quitem as dívidas que contraíram com as empresas que, consequentemente, terão melhora no fluxo de caixa e, por sua vez, conseguirão pagar os compromissos financeiros atrasados que ainda possuem”, conclui.

Setor de Serviços e pequenos negócios são os mais prejudicados

A maior parte das empresas inadimplentes atua no setor de Serviços (53,4%). Em seguida vem as do Comércio (37,6%), Indústria (7,8%), Primário (0,8%) e “Outros” (0,4%). O índice revela ainda os setores em que os empreendimentos mais contraíram as dívidas que os levaram à inadimplência. O destaque ficou para o segmento “Outros”, que engloba na maioria indústrias, além de empresas do terceiro setor e agronegócio.

As micro e pequenas empresas correspondem à maior fatia de inadimplentes: são 5,6 milhões de pequenos negócios com o CNPJ no vermelho em outubro. Do total, 52,3% fazem parte do setor de Serviços, 39,3% do segmento de Comércio, 7,9% são Indústrias e 0,5% estão na categoria “Outros”. As empresas menores tendem a demorar mais tempo para se recuperar, mesmo em cenário de economia estável.

A avaliação por Unidade Federativa (UF), mostrou que São Paulo, o estado mais rico do país, teve um acréscimo de mais de 180 milhões de empresas inadimplentes entre outubro de 2021 e de o mesmo mês 2022. Além disso, o estado lidera o ranking, com mais de 2 milhões de negócios negativados.

Ainda na análise anual, seguem Minas Gerais, que foi de 600.469 para 616.065, Rio de Janeiro, que teve aumento de 519.205 para 563.201, Paraná, indo de 366.718 para 401.971, e o Rio Grande do Sul, único a marcar diminuição, caindo de 353.525 para 353.360. Além disso, o Sudeste é a região com maior participação, de 52,9%. Em sequência estão Nordeste (16,6%), Sul (16,3%), Centro-Oeste (8,9%) e Norte (5,3%).

(Agência PT de Notícias)

Mesmo nos estertores, áulicos do fascismo seguem fazendo apologia da morte


O deputado e filho do presidente Eduardo Boçalnaro é a mais perfeita tradução da indigência mental.

Segundo as queixas de seu irmão, vereador Carlos, o deputado poderia ser resumido em um título de filme: Traiu a Família e Foi ao Futebol.

Depois de flagrado no Qatar e inventar a desculpa cretina dos pen drives, que nem o neto do ditador Figueiredo e aliado do clã acreditou, agora Eduardo pariu um decreto legislativo trágico.

Na companhias de outros vassalos do boçalnarismo, tenta anular a recomendação da Anvisa do uso obrigatório de máscaras em aeroportos e aeronaves, dado o recrudescimento dos riscos de contaminação pela covid.

Ontem, por exemplo, foram registradas 116 novas mortes pela covid19, aproximando o número de óbitos de vítimas da pandemia dos 700 mil, mais precisamente pouco mais de dez mil óbitos para que alcance o macabro número.

A trinta e um dias do seu término, esse trágico governo segue seu mantra similar ao do famigerado franquismo na Espanha e bradando seu 'viva la muerte!', com atitudes como a desse beócio parlamentar, totalmente alheio à realidade sinistra que seu pai semeou. Triste! 

MDB tenta apagar da memória do país o caos golpista e conquistar 3 ministérios no futuro governo


O MDB, sempre ele, já chegou causando, isto é, tentando ser o dono do pedaço na transição, apesar de seu passado recente vilmente golpista, nas tratativas que resultarão no futuro ministério lulista. 

A legenda ora dirigida por Baleia Rossi quer ocupar três ministérios a partir de 2023, como sempre, super dimensionando seu verdadeiro tamanho dentro da amplíssima frente que elegeu Lula presidente.

Pode ser até jogo de cena e a conta feche com duas pastas: a que deverá ser ocupada por Simone Tebet, tratada como escolha pessoal do presidente Lula; e a outra por indicação de Helder Barbalho, tido como muito influente entre os parlamentares da sigla.

Certo é que o senador alagoano Renan Calheiros aproveitou a declaração do PT em apoio à reeleição de Arthur Lira, desafeto regional do senador,  e assinou uma PEC paralela apresentada pelo senador tucano Tasso Jereissatti, que retira R$100 bilhões do PEC da Transição. 

Com efeito, dependendo do resultado das votações dessas duas PECs, caso a do governo seja derrotada, é possível que Calheiros migre para aquele grupo emedebista que reúne a nata do anti petismo na legenda, comandada pelos rapaces Temer, Padilha, Moreira Franco e Geddel Vieira Lima.

Mesmo sendo remota essa possibilidade, dado o distanciamento que Renan sempre guardou desse grupo internamente no MDB, podemos ter um afastamento político entre petistas e o grupo político dos Calheiros por conta de desavenças regionais, apesar da hegemonia desse grupo em Alagoas não estar ameaçado pela reeleição de Arthur Lira à presidência da Câmara.


terça-feira, 29 de novembro de 2022

Boçalnaro contingencia R$1,6 bilhão da educação


A pouco mais de um mês de encerrar sua catastrófica gestão na Presidência, Jair Bolsonaro comete mais um atentado criminoso contra a educação brasileira. Nesta segunda-feira (28), o inimigo número um do ensino no Brasil voltou a investir contra as universidades, impondo um novo bloqueio de R$ 244 milhões ao Ministério da Educação. 

 A verba seria usada para custear despesas básicas como o pagamento das contas de água e luz e de funcionários. Com o ataque, as universidades e institutos técnicos federais ficarão completamente paralisados. A denúncia foi feita pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

“Enquanto o país inteiro assistia ao jogo da seleção brasileira, o orçamento para as nossas mais diversas despesas (luz, pagamentos de empregados terceirizados, contratos e serviços, bolsas, entre outros) era raspado das contas das universidades federais, com todos os compromissos em pleno andamento”, afirmou a Andifes, em nota publicada no site da associação.

Segundo o presidente da entidade, Ricardo Fonseca, o corte faz parte de um bloqueio total de R$ 1,6 bilhão no Ministério da Educação. “Como é de conhecimento público, em vista dos sucessivos cortes ocorridos nos últimos tempos, todo o sistema de universidades federais já vinha passando por imensas dificuldades para honrar os compromissos com as suas despesas mais básicas”, destaca a entidade, na nota.

Esperamos que essa inusitada medida de retirada de recursos, neste momento do ano, seja o mais brevemente revista, sob pena de se instalar o caos nas contas das universidades”, clama a Andifes.

Esse governo Bolsonaro é podre e safado”, reagiu o deputado federal Bohn Gass PT-RS). “No apagar das luzes, o MEC (aquele em que pastores liberavam verbas em troca de propinas em ouro) bloqueou R$ 244 milhões do orçamento das universidades federais que, na prática, não terão dinheiro para pagar nem luz, nem água. Canalhas!”, atacou Gass.

“Não vamos aceitar essa perseguição e tomaremos as medidas para recuperar o que é necessário para garantir o funcionamento dos institutos e universidades”, prometeu o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG).

“Bolsonaro sempre foi um governo inimigo da educação e não seria diferente no apagar das luzes do pesadelo”, criticou a deputada federal Erika Kokay (PT-DF).

Bloqueio, na prática, é corte de recursos

De acordo com o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), as universidades têm somente até o dia 9 de dezembro para empenhar as verbas.

Por isso, o conselho considera que, devido ao prazo apertado, o bloqueio operado pelo governo terá o efeito prático de um corte nos recursos para as universidades.

A Andifes vinha há tempos denunciando os ataques do governo à educação, em especial às universidades. Em outubro, a entidade publicou nota alertando para um bloqueio feito às vésperas do primeiro turno.

“Dessa vez, no percentual de 5,8%, resultando em uma redução na possibilidade de empenhar despesas das universidades no importe de R$ 328,5 milhões de reais”, alertou a Andifes. “Este valor, se somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo do ano, perfaz um total de R$ 763 milhões em valores que foram retirados das universidades federais do orçamento que havia sido aprovado para este ano”, advertiu.

Leia abaixo a íntegra da nota da Andifes:

Com surpresa e consternação, e praticamente no apagar das luzes do exercício orçamentário de 2022, as Universidades Federais brasileiras foram, mais uma vez, vitimadas com uma retirada de seus recursos, na tarde dessa segunda-feira (28). Enquanto o país inteiro assistia ao jogo da seleção brasileira, o orçamento para as nossas mais diversas despesas (luz, pagamentos de empregados terceirizados, contratos e serviços, bolsas, entre outros) era raspado das contas das universidades federais, com todos os compromissos em pleno andamento. 

Após o bloqueio orçamentário de R$ 438 milhões ocorrido na metade do ano, essa nova retirada de recursos, estimada em R$ 244 milhões, praticamente inviabiliza as finanças de todas as instituições. Isso tudo se torna ainda mais grave em vista do fato de que um Decreto do próprio governo federal (Dec. 10.961, de 11/02/2022, art. 14) prevê que o último dia para empenhar as despesas seja 9 de dezembro. O governo parece “puxar o tapete” das suas próprias unidades com essa retirada de recursos, ofendendo suas próprias normas e inviabilizando planejamentos de despesas em andamento, seja com os integrantes de sua comunidade interna, seus terceirizados, fornecedores ou contratantes. 

Como é de conhecimento público, em vista dos sucessivos cortes ocorridos nos últimos tempos, todo o sistema de universidades federais já vinha passando por imensas dificuldades para honrar os compromissos com as suas despesas mais básicas. Esperamos que essa inusitada medida de retirada de recursos, neste momento do ano, seja o mais brevemente revista, sob pena de se instalar o caos nas contas das universidades. É um enorme prejuízo à nação que as Universidades, Institutos Federais e a Educação, essenciais para o futuro do nosso país, mais uma vez, sejam tratados como a última prioridade. 

A Andifes continuará sua incansável luta pela recomposição do orçamento das Universidades Federais, articulando com todos os atores necessários, Congresso Nacional, governo, sociedade civil e com a equipe de transição do governo eleito para a construção de orçamento e políticas necessárias para a manutenção e o justo financiamento do ensino superior público.  

Brasília, 28 de novembro de 2022 

(Agência PT)

Globosta está saudosa do 'eixo do mal'


Rede Globosta de tevê parece querer ressuscitar o 'eixo do mal', parido pelo carniceiro George Walker Bush, quando este virou presidente dos EUA ganhando(roubado?) de Al Gore.

Baniram a Rússia dos esportes, tramam contra o desenvolvimento chinês, em vez de investirem em algo mais útil à humanidade que a indústria bélica, e agora investem furibundos contra o Irã.

Enquanto isso, moderam críticas ao Qatar, silenciam sobre a Arábia Saudita ser governada por um assassino, induzindo seus telespectadores a ver o mundo dividido entre os bons e os maus.

Quanto mais a situação política fica adversa para o modelo de dominação imperialista pós II Guerra Mundial, mais a máquina de propaganda, inclusive a periférica como a Globosta, insiste na velha fórmula.

Com a Europa sob racionamentos diversos, mas já insatisfeita pelos efeitos adversos que sofre com a guerra na Ucrânia onde só os EUA lucram, essa corporação midiática nefasta pinta em cor de rosa forte o quadro da decadência desse modelo moribundo, quase morto.

MDB deve mudar de comando e reaproximar-se de Lula


Segundo o Correio Braziliense, Lula reuniu-se, ontem(28), com a cúpula emedebista, quando foi batido o martelo da participação da legenda no ministério do futuro governo.

O nome certo, já sacramentado, faltando apenas definir qual pasta ocupará, é da senadora Simone Tebet, cujo mandato parlamentar expira em 1º de janeiro próximo; tida como peça fundamental na eleição de Lula.

Todavia, a presença do governador paraense Helder Barbalho(PA) e do senador Marcelo Castro, este como representante do amazonense Eduardo Braga, indica que a legenda emedebista será mais contemplada no ministério lulista.

Assim, o deslocamento do eixo de poder interno na legenda fundada por Ulisses Guimarães pinta em cores vivas, com o Norte, Nordeste e Centro Oeste candidatos a dirigir a legenda sucedendo o paulista Baleia Rossi. Aguardemos, pois, novos acontecimentos que confirmem ou desmintam essa tendência.

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Cínico. Boçalnaro quer aumentar a tarifa de energia elétrica no ano que vem


O povo brasileiro não tem descanso. Driblar o curto orçamento para conseguir pagar as contas é tarefa árdua na vida das famílias brasileiras, que irão pagar mais caro pela conta de luz em 2023. Sequela da má gestão econômica de Bolsonaro e da privatização da Eletrobrás, o novo aumento previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve elevar a tarifa de energia a média de 5,6%.

A informação foi repassada ao governo de transição nesta quinta-feira, 23, em uma reunião entre diretores da Aneel e a equipe do governo Lula.

“A Aneel apresentou durante o encontro um panorama das principais questões em discussão no setor elétrico, relativas aos segmentos de geração, transmissão, distribuição e comercialização, além dos temas que estão atualmente em debate que merecem maior atenção da equipe de transição”, informou a agência.

Após golpe, conta de luz subiu mais que o dobro da inflação

As famílias brasileiras pagam mais caro pelas más decisões dos governos do golpe na gerência do sistema de geração e distribuição de energia elétrica do país.

Nos últimos sete anos, a tarifa residencial das contas de luz subiu 114%, ou mais que o dobro (137%) da inflação acumulada de 48% no período. Os dados são da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

Projeção dos reajustes

Os reajustes variam conforme cada distribuidora de energia. Os valores dependem dos custos de compra, da transmissão e da distribuição de energia elétrica.

Conforme a Aneel, as projeções de aumento são:

– 7 distribuidoras devem ter reajuste superior a 10%

– 15 distribuidoras com reajuste entre 5% e 10%

– 17 distribuidoras devem ter reajuste entre 0% e 5%

– 13 distribuidoras devem ter reajuste inferior a 0%

Em 2022, o reajuste na conta de luz para os consumidores residenciais está, em média, em 10,83%, segundo os dados mais recentes da Aneel.

De acordo com a agência, os percentuais entre as regiões têm sido desiguais, pesando mais para os consumidores do Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Alta explicada, principalmente, pelos custos de distribuição.

Bolsonaro entregou a Eletrobrás de graça

Eletrobras, presente em todos os estados da federação, é a maior empresa de energia elétrica da América Latina. A estatal lucrou quase R$ 40 bi nos últimos quatro anos, tem hoje R$ 15 bi em caixa e endividamento muito reduzido. Está pronta investir no Brasil e gerar empregos, desenvolvimento. Soaria estranho em qualquer lugar do mundo que alguém dissesse que uma empresa deste porte está sendo liquidada por menos que R$ 30 bi. Mas no fim de feira do Brasil de Bolsonaro o absurdo perdeu a modéstia.

privatização da Eletrobras coloca o Brasil na contramão do mundo. Até nos EUA, berço do capitalismo, as hidrelétricas são geridas pelo Estado, pelo corpo de engenheiros do Exército. Alemanha, Estados Unidos, Austrália e União Europeia já anunciaram medidas para barrar a venda de parte ou o total de empresas estratégicas. O Brasil pode se tornar refém no cenário internacional com a sua soberania alugada. 

(Agência PT)

Caos na saúde impõe recomposição no orçamento para 2023


O quadro de caos absoluto na área da saúde, resultado de quatro anos de desgoverno Bolsonaro é grave, com efeitos nefastos em várias áreas e serviços, da cobertura vacinal, ao desabastecimento de medicamentos, passando pelas filas para cirurgias acumuladas no Sistema Único de Saúde (SUS). O diagnóstico foi apresentado em coletiva nesta sexta-feira (25) pelo grupo de trabalho da Equipe de Transição para a área da saúde, integrada pelos ex-ministros Humberto Costa, Arthur Chioro, José Gomes Temporão e Alexandre Padilha, este último ausente no encontro.

O grupo de trabalho salientou que é fundamental a recomposição de pelo menos R$ 22,7 bilhões ao SUS, recursos que representam o “mínimo do mínimo” para o sistema funcionar ano que vem, de acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE).

Humberto Costa apresentou um diagnóstico dos cortes operados pelo governo no orçamento da saúde para o próximo ano. Houve reduções nas verbas de programas fundamentais como o Farmácia Popular (59%), Médicos pelo Brasil (51%), saúde indígena (59%), entre outros.

Ele também falou sobre as perdas impostas pelo teto de gastos no orçamento da saúde, que hoje já somam R$ 66 bilhões em recursos retirados do SUS. “Não temos a opção de não aprovar essa folga orçamentária”, explicou.

Destruição do Programa Nacional de Imunizações

Uma dos quadros mais preocupantes identificados pelo grupo diz respeito ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), cuja tradição de mais de quatro décadas foi praticamente aniquilada por Bolsonaro em apenas quatro anos. Na entrevista, Chioro destacou a situação de “descalabro” em que se encontra o PNI.

“Até o ano de 2015, o Brasil mantinha cobertura para todas as vacinas do calendário nacional superior a 95%, com exceção da vacina contra a febre amarela”, apontou.

“O atual governo conseguiu praticamente destruir um esforço de quatro décadas e meia de um programa que se transformou em um modelo internacional”, afirmou Arthur Chioro. “Há risco concreto de reemergências de doenças que estavam erradicadas, como é o caso da pólio, e não há planejamento”, apontou o ex-ministro.

Doses de vacinas perto de vencer

Chioro informou a imprensa que o Instituto Butantan, que responde pela produção e distribuição de oito vacinas do calendário do PNI, não obteve orientações da pasta da Saúde sobre o planejamento do programa em 2023.

“O Ministério distribui as doses e não sabe aonde essas doses estão e seu prazo de validade. O que temos de informação, e queremos comprovar com o pedido de documentação que estamos fazendo, é que milhões de doses de vacina para covid estão com prazo para vencer agora no fim do ano, e principalmente nas primeiras semanas de janeiro e fevereiro de 2023”, comentou Chioro.

“Temos uma preocupação com a vacinação, que está muito aquém do desejado para todas as faixas etárias”, informou o senador Humberto Costa.

“Temos seis milhões de crianças entre seis meses e dois anos. No entanto, foram distribuídas apenas um milhão de doses para vacinar crianças com comorbidades. O DataSus não tem registros desses dados. Estamos às cegas, temos um milhão de doses distribuídas e não sabemos nem se foram aplicadas”, advertiu o senador. “A vacinação entre crianças preocupa porque está muito atrasada”.

Mortes por Covid

“O argumento do governo de que não estão morrendo crianças por Covid-19 não é verdadeiro”, disse. “Em média, uma criança com menos de cinco anos de idade morre de Covid a cada dois dias. Essas crianças poderiam estar vacinadas. Essa faixa etária representa 9% das internações, segundo a Fundação Oswaldo Cruz”.

Costa salientou que, de modo geral, a vacinação está muito baixa, principalmente no que diz respeito à terceira dose, de reforço. “É fundamental garantir vacinas a todas as crianças e as doses de reforço.

Apagão digital

Chioro também alertou para um apagão digital no que diz respeito aos sistemas de informação de saúde nos âmbitos federal, estadual e municipal.

“Hoje vivemos uma crise no sistema de informação, há uma insegurança cibernética, há um alto grau de imprecisão”, alertou.

Tribunal de Contas da União

O ex-ministro José Gomes Temporão falou sobre a reunião do grupo de trabalho com o presidente do TCU, Bruno Dantas.

Entre os temas tratados, o relatório da CPI da Covid. “Existem evidências e documentos que apontam para crimes, omissões, situações muito graves”, sustentou Temporão.

Ele também levantou a grave situação de sucateamento dos hospitais federais do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. “Durante a pandemia, essa rede federal teria sido fundamental como retaguarda, com leitos de terapia intensiva para internações e isso não ocorreu”.

Temporão também chamou atenção o papel da comunicação negacionista do governo na pandemia, colocando em risco a vida da população, outro alvo de análise do TCU. O impacto da pandemia sobre indígenas, quilombolas, crianças, adolescentes e gestantes também foi analisado pelo tribunal, segundo Temporão.

Dependência externa de tecnologia

O ex-ministro também apontou para a dependência tecnológica que o país tem hoje na área de saúde, sendo obrigado a importar de 90% a 95% dos princípios ativos utilizados na produção de medicamentos. “Houve uma política, no governo Bolsonaro, de desindustrialização que afetou o setor de saúde”, observou.

A retomada de uma politica industrial para o setor como uma estratégia de soberania sanitária e segurança nacional estará no centro das políticas do próximo governo, bem como o debate sobre um marco legal para a saúde, explicou Temporão.

O desmantelamento da Anvisa, que hoje sofre deficiências técnicas e de pessoal, também foi discutido pelo grupo, assim como a crise de oferta de medicamentos no país e as filas no SUS.

Responsabilidade pública

Coordenador do governo na transição, Aloizio Mercadante, afirmou que é papel do Estado cuidar para que a população brasileira receba atendimento digno no Sistema Único de Saúde (SUS). “O Estado brasileiro tem que ter responsabilidade pública”, disse o petista.

“Minha primeira esposa morreu de câncer. Eu acordava todos os dias 5h da manhã e ia para o SUS pegar uma guia. Esse tempo passou, O Estado brasileiro tem que prover um tratamento”, disse. “As pessoas estão na fila do câncer porque não conseguem remédio na Farmácia Popular”, bradou, emocionado. “Que país queremos construir? Não vamos aceitar essa situação”.

“Vamos tomar todas as medidas necessárias para não entrarmos em 2023 com esse nível de insegurança e de desmonte para coisas vitais para a população”, enfatizou. “É fundamental que o Senado e a Câmara estejam em posse das informações para que a folha de pagamento rode para janeiro. Tem uma pandemia ressurgindo, crianças sem vacinação”.

Dinâmica de trabalho

Chioro fez uma apresentação na qual detalhou a dinâmica do trabalho do grupo na transição, apontando os esforços da equipe trabalha para identificar as vulnerabilidades da área da saúde. Ele destacou que o grupo cumpre uma extensa agenda de interlocução com diversas entidades e representantes do setor da saúde.

“Foram 12 audiências com partidos políticos, povos indígenas, com complexo econômico e industrial da saúde, reunindo laboratórios públicos e universidades, lideranças médicas, Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério da Saúde, Anvisa, secretários municipais e estaduais, pesquisadores envolvidos no enfrentamento à Covid-19 e comunicadores da área científica”, elencou.

Os integrantes ainda irão se reunir com representantes do setor de enfermagem, saúde mental, saúde suplementar, além do Conselho Nacional de Saúde, entidades de trabalhadores, saúde bucal.

(Agência PT)

Chefes militares dizem 'não' ao Capitólio Tabajara


Deu ruim. Messias Boçalnaro marcou para ontem(24), na hora da estreia do Brasil na Copa do Mundo, reunião com os chefes das três armas que compõe as Forças Armadas brasileira.

Certamente que Boçalnaro queria inviabilizar um diálogo de transição na área da segurança institucional forçando seus ministros a evitar tratativas com o futuro governo e reforçar o clima golpista.

Tiro no pé. Não só ficou acertada a participação das FFAAs como também os chefes militares cobraram do ainda presidente que faça algo contra os atos golpistas concentrados em frente a quartéis, motivo de desgastes para os militares.

Claro que Bozo não disse que sim, nem não, muito menos talvez, apenas silenciou porque ainda sonha com uma aventura golpista, mesmo diante de manifestação tão explícita dos militares mostrando o avançado estado de putrefação e decomposição do 'Capitólio Tabajara'. Triste!

Haddad diz a banqueiros que a prioridade é taxar os mais ricos


O provável futuro ministro da Fazenda de Lula, Fernando Haddad, deu o recado preciso aos banqueiros da Febraban, ressaltando os dois pontos fundamentais para o novo governo: reforma tributária e transparência.

Portanto, não enganou ninguém a respeito do esforço que será feito para taxar a renda, a riqueza e os altos salários com uma nova tabela do IR, ao mesmo tempo que falou da necessidade de "reconfiguração do orçamento", ou seja, mais transparência  na sua execução.

Ao colocar como prioridade gerar receita taxando consistentemente os donos da riqueza em um país desigual, Lula mostra-se disposto a enfrentar lobbies, acabar com isenções esdrúxulas e principalmente com o modelo regressivo vigente, onde parte dos de menor poder aquisitivo pagam a conta.

Haddad também lembrou que nos oito anos anteriores de governo Lula, não foi possível aprovar as propostas feitas por parlamentares do PT e duas vezes por proposta do Executivo nesse sentido, porém, agora há a perspectiva do governo com uma base mais plural ter força política suficiente para superar essa desigualdade.  

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Desde a eleição, preço da gasolina sobe pela sexta semana consecutiva


O preço da gasolina subiu pela sexta semana consecutiva nos postos brasileiros, voltando a ultrapassar a barreira dos R$ 5,00 por litro. Entre 13 e 19 de novembro, o preço médio do litro do combustível subiu 0,6%, para R$ 5,05, contra R$ 5,02 na semana anterior. Desde o início da sequência de altas, pouco antes do segundo turno das eleições, o produto acumula nas bombas alta de 5,4%, ou R$ 0,26 por litro.

O levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revela que os aumentos mais recentes se devem, sobretudo, à alta de preços do etanol anidro, puxado pela valorização do açúcar, matéria-prima do insumo. O produto compõe 27% da mistura da gasolina.

O litro do etanol anidro passou de R$ 2,83, em 11 de setembro, para R$ 3,29 em 11 de novembro, com alta acumulada de 16,1%. Nos postos, o etanol hidratado também tem sentido a pressão e subiu 12,5%, passando de R$ 3,37 em setembro para R$ 3,79 na semana passada. Aos poucos, esses aumentos vão sendo repassados ao preço final da gasolina, e Jair Bolsonaro já não mais se importa.

Desde o início de setembro, a Petrobrás, pressionada pelo futuro ex-presidente, não mexe nos preços de venda das refinarias. Para ajudar o então candidato à reeleição, a estatal “congelou” sua política de Preço de Paridade de Importação (PPI), chegando a operar com defasagens em relação às cotações internacionais.

Nas semanas anteriores, “aumentos pontuais no preço da gasolina realizados por refinarias privadas, importadores e varejistas também contribuíram para a alta recente do preço médio da gasolina”, aponta Antonio van Moorsel, diretor do Advisory e sócio da Acqua Vero Investimentos, no ‘Money Times’.

Mas os sinais foram invertidos na abertura do mercado global desta segunda-feira (21). As cotações do petróleo caíam para o nível mais baixo desde o início do ano (US$ 88 o barril “brent”). Agora, conforme a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras está 3% acima da paridade internacional, ou R$ 0,08 por litro.

Já o preço do gás de cozinha não refletiu o corte de 5,3% promovido pela Petrobrás em suas refinarias na semana passada. Segundo a ANP, o botijão de 13 quilos foi vendido no país, em média, a R$ 110,19 na semana passada, valor apenas 0,2% inferior ao verificado na semana anterior.

Para van Moorsel, as altas consecutivas da gasolina tentem a pressionar ainda mais a inflação, que voltou a subir entre o primeiro e o segundo turno das eleições. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro interrompeu um período de queda, puxado pelas manobras eleitoreiras de Bolsonaro, avançando 0,59%.

“Em contraste às desonerações fiscais, cujo efeito deflacionário foi observado de julho a setembro, a sexta alta semanal consecutiva no preço da gasolina tende a contratar mais pressão inflacionária”, afirma o analista em relatório. “Portanto, representa um vetor altista no balanço de risco da inflação, em função da transmissão ao longo da cadeia.”

(Agência PT)