O MDB, sempre ele, já chegou causando, isto é, tentando ser o dono do pedaço na transição, apesar de seu passado recente vilmente golpista, nas tratativas que resultarão no futuro ministério lulista.
A legenda ora dirigida por Baleia Rossi quer ocupar três ministérios a partir de 2023, como sempre, super dimensionando seu verdadeiro tamanho dentro da amplíssima frente que elegeu Lula presidente.
Pode ser até jogo de cena e a conta feche com duas pastas: a que deverá ser ocupada por Simone Tebet, tratada como escolha pessoal do presidente Lula; e a outra por indicação de Helder Barbalho, tido como muito influente entre os parlamentares da sigla.
Certo é que o senador alagoano Renan Calheiros aproveitou a declaração do PT em apoio à reeleição de Arthur Lira, desafeto regional do senador, e assinou uma PEC paralela apresentada pelo senador tucano Tasso Jereissatti, que retira R$100 bilhões do PEC da Transição.
Com efeito, dependendo do resultado das votações dessas duas PECs, caso a do governo seja derrotada, é possível que Calheiros migre para aquele grupo emedebista que reúne a nata do anti petismo na legenda, comandada pelos rapaces Temer, Padilha, Moreira Franco e Geddel Vieira Lima.
Mesmo sendo remota essa possibilidade, dado o distanciamento que Renan sempre guardou desse grupo internamente no MDB, podemos ter um afastamento político entre petistas e o grupo político dos Calheiros por conta de desavenças regionais, apesar da hegemonia desse grupo em Alagoas não estar ameaçado pela reeleição de Arthur Lira à presidência da Câmara.
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