Mão de obra gratuita

Esse caso, oportunamente revelado hoje pelo Diário do Pará, do coronel que tirou cabos e soldados do policiamento nas ruas para pintar sua residência, demonstra que ainda há muito por fazer para consolidar o princípio repubicano de que a segurança pública não pode, sob qualquer hipótese, virar uma benesse particular.
Nesse sentido, apesar de todo o esforço feito pela governadora Ana Júlia, que disparou ofícios para diversas repartições públicas solicitando o retorno às ruas de mais de 500 PMs que se encontravam à disposição dessas repartições, ainda há muito por fazer e as perspectivas não são boas na medida em que estamos sob o risco da volta do regime de compadrio, com o retorno de Lorota ao comando do Estado, quando, entre tantos casos conhecidos, destacam-se os do senador Mário Couto, que tinha 5 policiais militares fazendo sua guarda pessoal, até ameaça de morte o senador inventou para continuar usufruindo dessa guarda bancada com o dinheiro do contribuinte; assim como no episódio da agressão ao jornalista Lúcio Flávio Pinto, feita pelo advogado Ronaldo Maiorana, muito bem "assessorado" por dois policiais militares, conforme o depoimento de testemunhas oculares da aludida cafajestada.
De qualquer modo, ponto para o jornal que trás à tona fato importante para que a população faça valer seu direito e pressione o poder público a não apropriar-se indevidamente daquilo que pertence a todos.