Apesar das tendências internas do PT já não produzirem mais textos(chamados de "documentos") com que orientavam seus militantes para o debate, pelo menos não na quantidade de outrora, quando as discussões internas pulsavam, percebe-se que há um consenso partidário local a respeito da necessidade de se ter candidato próprio à sucessão de Helder Barbalho.
Porém, se há esse consenso, paira igualmente sobre nossas cabeças essa total falta de debate a respeito de qual será o perfil dessa candidatura.
Sabe-se que a atual direção regional do partido possui vínculos estreitíssimos com o atual governador, o que pode levar à ligação do desconfiômetro interno a respeito da avaliação que fazem esses dirigentes do perfil que deve ter a candidatura, bem como o peso político do indicado.
O atual presidente da Sudam, por exemplo, o ex senador Paulo Rocha, surge muito bem citado em pesquisas encomendadas por outros partidos, o que poderia levar o PT a tentar construir uma posição consensual no debate do assunto, não como 'prato feito' do nome, mas, na construção do perfil da candidatura petista, até em homenagem à trajetória de Paulo.
Paulo certamente é credenciado a defender o PT , sem amarras, liderado nacionalmente por Lula, em defesa das políticas sociais ora vigentes, assim como a necessidade de se manter essa linha política, que certamente terá divergências profundas com as outras candidaturas até aqui anunciadas, o que só reforça a necessidade dessa candidatura ter a cara do PT.
Por isso o debate interno segue necessário, urgente e fundamental para balizar a militância a posicionar-se, tanto interna quanto externamente, por sinal; a fim de que se consolide uma candidatura independente de eventuais conchavos, evitando que se comporte como linha auxiliar de outra candidatura de orientação neoliberal, enfim, tudo que não queremos é um laranja frustrando os sonhos da militância.
Caso contrário, seguiremos nessa linha 'rabo de cavalo', em que crescemos para baixo, no rumo do buraco da história, enquanto o coronelismo derrama migalhas de sua farta mesa para alguns de nós chamarmos isto de "aliança". Não dá!
2 comentários:
Até onde sei há um consenso dentro da principais tendências petistas de que o deputado Dirceu Ten Caten será o candidato a um cargo majoritário pelo partido podendo ser para o Senado ou possivelmente para voce-governador na aliança política com o MDB.
Bom, não estava sabendo disso, mas acho estranho porque personaliza a disputa, isto é, há um candidato. Ao governo, caso outros não queiram; ao Senado, idem ou a vice, preferencialmente de alguma chapa onde mais uma vez abriremos mão do nosso protagonismo.
Nada contra o nome do deputado, porém, nessas circunstâncias continuaremos reféns da conjuntura conveniente a outros partidos e seguiremos no rumo da figuração, após assumirmos o papel de coadjuvantes. Vale dizer: perdemos nossa importância nessa fita.
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