Edição da revista Veja, que foi às bancas hoje(16/4), diz em sua capa que Lula "foi favorecido" pela decisão do Supremo Tribunal Federal, ontem, anulando as sentenças sórdidas do ex juiz Moro contra o petista.
Onde está o "favor? Em uma decisão tomada com mais de três anos de atraso, que custou a um inocente passar 580 dias encarcerado por um juiz inescrupuloso e mancomunado com procuradores venais? Será esse reparo um favor?
Pelo visto, a mídia brazuca pouco ou nada aprendeu. Ao contrário, parece ter piorado à medida que seus operários ficaram mais próximos e subservientes aos interesses patronais, condicionando ainda mais o dever de informar aos negócios da empresa.
Vejam o caso exemplar do vassalo Pedro Bial, biógrafo do patrão. Em que momento ele incomodou o chefão da organização a que pertence? Por que não citou Hélio Fernandes, Gondim da Fonseca, aqueles que combatiam a viralatice de Marinho, em respeito aos fatos?
Millôr Fernandes, outro crítico da imprensa de negócios que se solidificou no país, sempre dizia que ela, a imprensa, sempre foi canalha porque, entre outros motivos, subjugava sua tarefa de informar à necessidade de preservar o patrimônio pessoal de seus proprietários.
Biografias são retratos de momentos históricos personalizados em seus mais importantes protagonistas, como era Roberto Marinho, que ascendeu depois da queda de Carlos Lacerda e Assis Chateaubriand, valendo-se da bajulação de sua empresa aos generais golpistas da época, verdade incontestável.
Bial e seus assemelhados certamente ignorarão fatos dessa natureza, e seguirão na linha desse jornalixo que abordará a conjuntura política sob o velhaco ensinamento do dr. Roberto, "A Globo tornou-se essa potência não pelo que noticia, mas pelo que oculta". É isso.
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