Na Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano que vem, o governo inseriu a proposta do salário mínimo a viger no período em R$147,00; uma correção de 4,27% em relação ao valor ora vigente.
O acréscimo é ínfimo, insignificante e fictício na medida em que joga deliberadamente lá para baixo do tacão do Guedes o cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor(INPC).
Não é apenas a falta de um ganho real, mas o cálculo rebaixado do índice que corrige a inflação, hoje acima dos 6%, o que proporciona a tunga de mais uma parte do poder aquisitivo da massa assalariada.
Nunca é demais lembrar que a política do salário mínimo nos tempos petistas levava em conta dois fatores: a inflação e o percentual do crescimento do PIB anual, sendo a soma desses dois índices o percentual do reajuste.
Foi isto que ensejou o salário mínimo auferir um ganho real acima dos 70% no período, chegando a valer US$300, e nunca ficando abaixo dos US$250, valendo sempre pelo menos três vezes mais que o valor de uma cesta básica.
Se você calcular o valor do SM, para o ano que vem, pela cotação atual do dólar comercial, por exemplo, hoje a R$5,62, teremos um salário de US$237, ainda assim, pouco provável porque a moeda americana tem fechado sempre acima desse valor.
Em termos mais práticos à serventia do reajuste, o dito cujo programado para o ano que vem mal compra um quilo de carne de primeira, precisará de muita vaquinha pra comprar um botijão de gás, assim como continuará valendo apenas o dobro do valor de uma cesta básica.
Esse foi o sonho das elites, já durante a campanha presidencial de 2014, quando os privatas aecistas já não escondiam o incômodo com o valor do salário mínimo à época, tunga que só puderam acertar após a ascensão do ladravaz temerário, assalto consolidado com a eleição de Boçalnaro e Guedes. De fato, era só tirar o PT.
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