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Bolsonaro regozija-se, de forma debochada, com a operação da Polícia Federal no Palácio das Laranjeiras, que admoestou o governador do estado do rio de Janeiro.
Já o governador caracteriza a tal operação como comprovação que o objetivo do presidente foi alcançado: interferir politicamente na PF pra perseguir desafetos e proteger familiares e aliados.
O fato, espetacularizado como se estivéssemos assistindo ao happy end de um filme policial, em que mocinhos entram na casa do vilão e fazem justiça com as próprias mãos.
Atirado entre os escombros dessa farsa falso moralista estão os fatos que motivaram a ação, negligenciados entre a sede de vingança e o diversionismo.
Quem informará ao distinto público se era necessário, ou não, o cerco ao Palácio das Laranjeiras, ou bastaria inicialmente investigar a empresa acusada e depois chegar ao governo?
Se o alvo fosse um governo petista, claro, estariam todos unidos mídia, judiciário e governo federal já condenando, antes da apuração e julgamento. Assim o país enveredou pelo fascismo .
Acontece que o alvo é um governante oriundo de organização que disputa territórios com Bolsonaro, daí a degeneração de um trabalho institucional para a briga entre duas facções.
De tudo isso constata-se, mais uma vez, o quanto a Lava Jato acanalhou o Brasil, ao transformar seu moralismo de fancaria em blindagem de quem usou e usaria as instituições para delinquir.
Pra consolidar o estado/facínora, os principais artífices da vilania farsajatense seguem encenando papéis, certamente de olho em projetos políticos que venham a ser patrocinados por capos de uma dessas quadrilhas. Lamentável!
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