Em 2006, tentaram induzir o então governador paraense Simão Jatene a inaugurar o Hangar Centro de Convenções, mas o mesmo recusou-se porque era acintoso que a obra estava inacabada.
Sua atitude chegou a ser elogiada até por seus adversários políticos, que viram nela a seriedade exemplar que deve nortear o procedimento de um governante.
Hoje, sabe-se que aquela altivez não passava de mise-en-scène e estava mais para vendetta contra quem lhe barrou as pretensões de disputar a reeleição, do que alto espírito público.
É o que conclui ao vê-lo passar o vexame de ser barrado na justiça em suas pretensões de inaugurar hospitais públicos inacabados, deixando para o sucessor uma casca de banana que o obrigaria a contratações de emergência.
Sinistramente, mais uma vez fica comprovada a linha tênue que separa a velhacaria da ação em favor do interesse público, bem como a formação da opinião pública na hora da separação de uma da outra.
Como a grande massa popular não é dada a sutilezas, por isso temos recorrentemente julgamentos precipitados e queima prematura de reputações, temos resultados desastrosos para o próprio bem comum. Com a contribuição decisiva dos prejudicados, ratifique-se.
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