Como era esperado, o governador Helder Barbalho tentou sair em defesa da rede hoteleira da sede da COP30, acusando o governo federal de interferir na iniciativa privada.
Retórica falaciosa, evidentemente. O Ministério da Justiça, invocando o Código de Defesa do Consumidor, questionou a rede hoteleira de Belém pelo porquê dos aumentos das diárias muito acima dos 50%, durante o evento climático.
Não só: a própria ONU protestou contra os preços abusivos de até oito vezes acima do que ora é praticado, inviabilizando a presença de dezenas de delegações de diversos países interessadas no debate, daí a intervenção do governo federal em defesa do consumidor.
Até aqui, o governador paraense tem recorrido a remendos que estão longe de atacar o problema criado pela ganância inescrupulosa de alguns empresários, ao dispor 500 leitos a preços entre US$100 e US$300 a diária de hotéis populares em Belém e Castanhal(70 km de distância de Belém).
Trata-se do atendimento a 1% dos 50 mil participantes esperados na conferência climática; na prática, é o governador inviabilizando a presença de intelectuais, professores, estudantes etc que já são partícipes da discussão sobre aquecimento global, ameaçados de participar vitimados pela ganância citada, reduzindo à participação de empresários e uma minoria reduzida pra pensar soluções que afetarão o planeta futuramente.
Para tudo continuar como está, como pretende o neoliberalismo corrosivo, no qual está inserida a orientação político/ideológica do governador, isto sem falar na sua vice atual e candidata à sucessora, uma negacionista de carteirinha.
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