O PT do Ceará caminha para resolver um dos impasses políticos mais bizarros da atual conjuntura, envolvendo o atual governador Camilo Santana e a direção partidária.
É que o governador, já chegando a termo do seu segundo mandato, pretende ser o nome do partido a concorrer ao Senado nas próximas eleições, mas, para isso, terá que resolver sua crise de identidade.
Camilo, apesar de filiado ao PT, é muito próximo dos irmãos Gomes, Cid senador, e Ciro longevo candidato à presidência da República usando, ressalte-se, retórica furiosa contra petistas, inclusive Lula.
Por óbvio, então, dirigentes petistas encostaram o cabra na parede e exigiram: caso Santana queira ser o nome petista na disputa para o Senado terá que atuar em acordo com a campanha presidencial petista, ou seja, apoiar Lula.
A situação no Pará guarda alguma semelhança com esse quadro cearense, pois o atual presidente regional do partido passou pelo menos 580 dias escondendo Lula e fortalecendo-se internamente com a ajuda do golpista Helder Barbalho.
Agora, passou um trator por cima do candidato à reeleição pelo PT para o Senado, Paulo Rocha, impôs seu nome como emanação da vontade do governador voltando, aqui e acolá, a exaltar Lula, por sinal surfando na onda do favoritismo lulista.
Caso consolide-se, de fato, a federação partidária composta por PT, PSB, PCdoB e PV espera-se que Paulo Rocha junte os cacos do golpe babálhico/fárico que o atingiu, saia candidato a deputado federal e conduza o partido às suas origens de esquerda.
Esse estapafúrdio apoio ao MDB, nas eleições majoritárias já é difícil de engolir, todavia, será muito pior a formação de uma chapa petista pra disputar o parlamento sob o jugo da vontade do chefete atual do Poder Executivo estadual. É hora de enxotar essa resignação!
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