Elogiável, sob qualquer ponto de vista, a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal(STF), Rosa Weber, de tirar das mãos despóticas e sujas de Arthur Lira o comando da Câmara Federal.
É preciso com urgência devolver ao povo o poder de legislar, depois que um meliante investido no cargo de presidente da Casa, em razão de conchavo palaciano, resolveu usurpar prerrogativas colegiadas.
Lira, ressalte-se, foi eleito com cerca de apenas 0,1% dos votos do eleitorado brasileiro, portanto, não tem a representatividade formal auto atribuída de ditar monocraticamente os rumos de um Poder com 513 representantes.
Agir como se a presidência da Câmara Federal fosse um curral eleitoral do tamanho da cidade de Campo Alegre, é típico de coronel de barranco acostumado a resolver tudo na brutalidade intimidando quem não se submete.
A investidura temporária em cargo eletivo não dá, certamente, ao eleito o direito de achar que o voto recebido é igual à procuração transferindo todo e qualquer poder de decisão, sem qualquer preocupação com prestação de contas.
Foi tudo isso que Rosa Weber desconstruiu, ao desmontar delinquência subterrânea visando ignorar a vontade soberana do plenário, que ao votar o orçamento da União elegeu as prioridades contidas naquela peça administrativa.
Nesse sentido, o famigerado "orçamento secreto", de Lira e Boçalnaro, não passa de crime contra as finanças públicas, perpetrado em favor daqueles que a estupidez e delinquência elegeram como mais legítimos que os demais parlamentares.
Como isso ofende a Constituição Federal, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Nº 4320 e todo o cipoal legislativo vigente, constituindo-se a sórdida manobra dos dois velhacos citados em ação malfeitora; que o STF ratifique em plenário a exemplar medida da ministra.
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