Segundo dados do IBGE, divulgados pelo Sindfisco, três milhões de paraenses dependem do auxílio emergencial para sobreviver; 1 milhão depende(dependia) do Bolsa Família e 1 milhão passa fome.
Quase metade da população paraense vive abaixo da linha da pobreza, mais precisamente 40% de nossa população, esta estimada em oito milhões e setecentos mil habitantes, segundo os últimos dados disponíveis, de 2018.
Enquanto isso o lucro da mineradora Vale, somente no primeiro semestre deste ano, chegou a R$75,1 bilhões; enquanto a renda per capita dos paraenses está em média na casa dos R$806,76, dados de 2020, a terceira menor do Brasil.
Por isso, quando o jornal da família do governador ufanisticamente ressalta a "solidez da economia paraense", escudado em números aparentemente grandiosos, na prática pífios, em razão de renúncias fiscais de eficácia duvidosa, nosso quadro social encarrega-se de desmentir esse ufanismo.
Seguramente deve ser esse o maior pecado do atual governante paraense, de deslumbrar-se com números reais decepcionantes, quando comparamos com aquilo que temos potencial de arrecadar e distribuir entre uma população miserável que vive em um solo e possui um subsolo gerador de imensa riqueza.
Diante dos impactos ambientais causados na Amazônia, particularmente cá no Pará, por um modelo de desenvolvimento predatório, do ponto de vista ambiental; e excludente sob a ótica sócio/econômica, já está bastante atrasado o debate público que modifique essa realidade e encare de forma corajosa e inovadora esse problemão que nos envergonha, que o atual governador acha ser aceitável. Não dá!
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