Tenho feito alguns posts a respeito da viabilidade de uma terceira via eleitoral que apresente competitividade, porém, não vejo qualquer perspectiva de surgimento de um nome capaz de dividir a preferência do eleitorado por três.
Hoje, a pesquisa CNT/MDA praticamente consolidou o rumo dessa prosa mostrando que a tal terceira via só será viável caso vire segunda, desbancando um dos dois outros nomes que até aqui pareciam ter fechado as portas da sucessão ao surgimento de outro(s) nome(s).
Ao revelar que a rejeição ao nome do atual presidente chegou a 63%, a tal pesquisa parece ter empurrado o candidato da extrema direita para a beira do abismo da terceira via, viabilizando a esperança do surgimento de um nome, no campo conservador, capaz de ir ao 2º turno contra Lula.
Favas contadas? Não. Bolsonaro ainda possui quase trinta por cento de intenções de voto. Fora Lula, não há até aqui um candidato dentre os nomes até aqui apresentados que chegue perto do seu percentual, daí o surgimento de novas estratégias na fabricação de um nome, capaz de despolitizar o debate sucessório.
A tarefa está facilitada, depois que foi descoberto ser Bolsonaro um rebento vil da velha política que ele dizia combater? Jamais. 34% dos brasileiros ainda declaram apoio ao presidente da República, o que mostra à centro direita que seu trabalho está apenas começando e demanda coragem na tomada de certas decisões.
Enquanto a mídia conservadora e partidarizada achar eficiente seu discursinho que deleta Bolsonaro, mas incensa Paulo Guedes, como se isto fosse capaz de enfrentar Lula e ao mesmo tempo ser descolado da figura do atual presidente, qualquer nome apresentado naufragará mal comecem os debates em torno do futuro do país.
Enquanto a mídia considerar a fome uma fatalidade, distribuição de renda comunismo, agricultura familiar ameaça ao agronegócio, entrega do patrimônio do povo a preço de banana pra enriquecer sacripantas como modernidade nada que envolva 'a terceira via' enganará facilmente, a farsa de 2016 ainda é trauma muito presente na vida das pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário