Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 5 de julho de 2021

O homem que roubava salários


Ex é pra sempre, agora se sabe. Não se trata de relacionamentos que foram assim como vieram, mas aqueles que deixam rastros por fazerem parte de enredos criminosos.

Muita gente casou, separou, manteve amizades, ou as desfez; relações atravessaram o tempo ou caíram no esquecimento, ou simplesmente o acaso conservou uma tênue lembrança.

Porém, isso ocorre no mundo dos normais. Em relações onde a vida privada não imiscui-se na vida pública e os sentimentos não existem para mascarar a sordidez de propósitos escusos.

Quando a vida privada de quem tem vínculo com a vida pública fabrica relações afetivas a fim de orquestrar situações, mobilizar pessoas com intuitos delinquentes, aí tudo muda de figura.

Quanto mais distantes, mais essas pessoas estão próximas acorrentadas ao enredo que urdiram, perenes tornam-se os elos que as unem, mesmo que não subsista o menor vínculo de afetividade entre elas.

Do ressentimento emerge o ódio, do engodo resulta o desejo de desforra perenizando as relações até o saciar dos acertos de contas, muitas vezes dessas relações bandida aflorando a justiça abafada pelo tapete imundo.

Vinte e sete anos de torpezas, furtos, ardis, formação de bandos para assaltos aos cofres públicos, maquiados por relações cuja afetividade não ultrapassava a aparência e a circunstância histórica travestiu de singularidade heroica, pela qual a ambição alçou o seu mais audacioso salto.

E TUDO RUIU EM UMA GRAVAÇÃO 

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