O relatório do Tribunal de Contas da União é incisivo: o governo federal não reservou qualquer centavo para o enfrentamento da pandemia, no orçamento deste ano, aprovado e não sancionado.
E mais: não repassou qualquer tostão a estados e municípios, no exercício anterior, com a finalidade de combate à pandemia, ainda, segundo o TCU, aliás, conforme a maioria dos governadores já havia denunciado.
O governo central dispõe de cerca de R$20 bilhões, destinados à compra de vacinas, é verdade, todavia, até esses recursos são a sobra dos R$26 disponibilizados pra comprar vacina da Pfizer, transação que acabou não ocorrendo.
Assim, não estranha que o governo esteja à beira de um ataque de nervos com a CPI do Genocídio, pois não precisa aprofundar investigações pra constatar a responsabilidade governamental pelo extermínio de brasileiros, via covid.
Na verdade, a negligência atendia a provável favorecimento a laboratórios fabricantes dos medicamentos constantes do kit para o famigerado "tratamento precoce", tidos os donos desses laboratórios como da íntima relação com Bolsonaro.
Portanto, como diria Fernando Collor de Mello, essa CPI vai dispor de material que é nitroglicerina pura, podendo mandar pelos ares certas ligações perigosas do presidente, após explosão espetacular, sem que seja possível juntar os cacos depois. Credo!
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