Pelas últimas revelações nem tão bombásticas assim, posto que já de sobejo conhecimento geral, as 'rachadinhas' na famiglia Bolsonaro eram mais que um modus operandi: era um brasão, com todos os seus ornamentos, sinais e insígnias.
Havia até uma legião de voluntários, a revezar-se nos gabinetes do chefe do clã e seus rebentos, não necessariamente em períodos distintos, na maioria das vezes até simultaneamente, recebendo salários que depois viravam patrimônio familiar.
Essas revelações de hoje, feitas pelo UOL, que acessou dados bancários e fiscais dos Bolsonaros parlamentares, de 2007 a 2018, revelam a facilidade com que policiais e ex policiais militares eram disponíveis a esse esquema de enriquecimento ilícito.
Não é possível saber quando Bolsonaro e seus filhotes serão desmascarados perante a justiça, a maior preocupação de Jair Messias presidente foi dotar os ministérios da área da justiça e seus aparelhos de blindagens a si e seus filhos, daí os obstáculos a investigações mais minuciosas.
Porém, é certo que mais dia menos dia serão confrontados com a legislação pátria, que recorrentemente desobedeceram e debocharam ao posar como indignados com malfeitos atribuídos a terceiros quando, na verdade, não passam de cópias pirateadas do mega bandido chileno Augusto Pinochet.
O sociólogo Marcos Coimbra escreveu oportuno artigo, onde fala da enorme possibilidade de Bolsonaro ser derrotado nas eleições de 2022, em razão das suas atitudes como presidente apenas da facção que lhe devota fidelidade, desprezando a imensa maioria da população e suas angústias.
É bem possível que o 'capetão' tenha essa noção, daí falar em fraudes no processo eleitoral e necessidade de armar o povo, especificamente seus apoiadores milicianos para que não permitam quem vencer levar, Capitólio à brasileira tão improvável de vingar quanto foi exitoso o reino das 'rachadinhas'.
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