Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Depois que o moralismo de fancaria foi desmoralizado, a política pode voltar à cena


Depois das conversas da presidenta petista Gleisi Hoffmann e do presidenciável Fernando Haddad  com o prefeito de Belo horizonte Alexandre Kalil(PSD), surge um novo ator do centro no radar do PT.

Trata-se de Rodrigo Maia(DEM/RJ), que hoje desceu o malho na operação Lava Jato e defendeu um novo e decente julgamento para Lula, bem diferente do que foi feito pelo inominável "juiz ladrão".

Maia anda brigado com mundo e meio do seu campo político, a centro direita, depois que foi apeado da presidência da Câmara Federal, que sonhava presidir por mais um biênio, mas tropeçou em diversas pernas estendidas em seu caminho.

Já foi dada como certa sua saída do atual partido, todavia, houve apelo público do correligionário e prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e Maia vai ficando e agora entrando em ação para enfrentar seus adversários internos.

Queiramos ou não, esse é um dado novo no quadro eleitoral que se desenha para 2022: muita gente já aceita conversar com o PT, depois da campanha furibunda de 2018, quando o isolamento era a palavra de ordem contra a chaga lulista.

Afinal, 47. 040. 906 votos conquistados naquelas circunstâncias indicam muito mais do que uma surpresa. Indica uma vitória da política contra um sistema eleitoral viciado, e contra uma mídia que comportou-se de forma delinquente e partidarizada.

Não podemos esquecer que aquela onda fascista que deu a vitória a Bolsonaro por dez milhões de votos de vantagem sobre Haddad, também trouxe o número de 31 milhões de brasileiros que se abstiveram de votar, inclusive no candidato da moda.

Passada a onda do falso moralismo, imposta à população a dura descoberta que tirar o PT foi um mau negócio para os mais pobres, o jogo volta a ter a perspectiva de ser disputado no terreno do embate político, sem mistificações e sem os famigerados salvadores da pátria.

Essa manifestação de Rodrigo Maia, a probabilidade da candidatura da empresária Luíza Trajano e a conversa de petistas com atores políticos fora do campo da esquerda indicam que há mais outsiders no centro político do que pode imaginar a vã crônica política da mídia conservadora. 

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