Tem um jeitinho maneiro de tiro no pé a decisão da juíza Lisa Taubemblatt, da 6ª Vara Federal de Santos, de tornar o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, réu pela invasão do famoso triplex do Guarujá.
Segundo a juíza, Boulos cometeu o crime de "destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção", ou seja, a magistrada acha que aquele aspecto de cortiço foi "obra" do Boulos.
Nem o Sérgio Moro acreditava que o "puxadinho", pra usar a expressão de Paulo Maluf, fosse de propriedade do Lula tanto que a sentença fala em cometimento de "atos indeterminados", sem nunca afirmar a propriedade do imóvel.
Agora, querer afirmar verossimilhança à mentirosa reforma, usada pelo noticiário global para sugerir luxo onde só havia abandono já é demais como postura bandalha fingindo-se de séria, nesse momento em que os farsantes são desmascarados.
Os advogados de Boulos consideram as denúncias absurdas, tanto que o MP tentou diversas vezes entrar em acordo com os integrantes do MTST que invadiram o imóvel em 18/4/2018, certamente pra impedir testemunho de Boulos em favor de Lula.
É nesse sentido que esse processo, na vã e desesperada tentativa de socorro à farsa lavajatense, acaba tendo a perspectiva de efeito inverso na medida em que a versão imposta por Moro será finalmente contrastada com os fatos, esses o crucifixo que apavora o bandidão que se vestia de preto.
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