Domingo próximo caduca a alcunhada PEC do Flamengo, aquela que bagunçou o coreto global e fez a emissora da famiglia Marinho repensar seu monopólio no futebol brasileiro.
Para quem não lembra, a dita emenda é fruto de um conchavo palaciano entre Jair Bolsonaro, até então um radical defensor dos interesses midiáticos do dono da Record Edir Macedo, com o presidente do Flamengo Rodolfo Landim, este um fascista que vivia à sombra dos golpes contra a Petrobrás, mas que migrou definitivamente para o mercado financeiro.
Landim também estava às turras com a Rede Globo, em razão do desacerto entre essas partes quanto ao pagamento dos direitos pela transmissão do campeonato carioca porque o rubro-negro achava que devia receber uma cota superior a que recebiam seus concorrentes pois, alegava, o Fla atraía mais audiência que os demais somados.
A forma como os presidentes, da República e do Flamengo, conceberam a referida medida é digna de repúdio pelo recurso ao tráfico de influência para aplicar um golpe em eventuais desafetos, todavia, o resultado poderia significar a superação do atual estágio anacrônico dessa relação entre Globo/ CBF/ clubes, onde o monopólio midiático contribui para seja instrumento do poder conservador.
Tudo foi em vão. No domingo próximo, a tal MP caduca e não há milagre que faça com que seja votada até lá a fim de virar norma constitucional, sendo mais certo que seja atirada ao lixo e tudo continue como está até que a Globo abra mão em definitivo do monopólio das transmissões muito mais, ressalte-se, porque o custo desse monopólio ficou impagável, daí começar uma divisão tão tímida quanto nebulosa, enquanto a Vênus Platinada adentra serelepe no mercado streaming.
É preciso ressaltar o papel do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, pra impedir a derrota global. Conhecido nas altas rodas da delinquência como 'Botafogo', alcunha que diz muito a respeito do papel dessa agremiação na defesa dos interesses globais, não por acaso atualmente dirigida pelo presidente do IBOPE, arapuca estatística que funciona como puxadinho dos interesses daquele complexo mafio/midiático, sendo desconhecidas do grande público tais ligações, apenas sabendo-se que elas existem.
Segue a nau do futebol brasileiro à deriva, segue Bolsonaro obcecado por sua reeleição fazendo as mais sórdidas tratativas para remover obstáculos, segue Landim dirigindo o Flamengo de forma desprezível, segue 'Botafogo' empoderado no parlamento e segue o homônimo futebolístico deste navegando nas mesmas águas turvas em que o Brasil sob um governo abjeto. Triste!
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