Se Bolsonaro fosse apenas um inútil seria um mal menor, levando-se em conta que não seria a primeira vez que o eleitor teria sido induzido ao erro, minimizado pelo conforto da correção daqui a quatro anos.
O problema é que trata-se de um governante nefasto, que faz o mal consciente do que está fazendo, julgando ser necessário faze-lo porque assim supõe eliminar inimigos que atrapalham seu projeto de poder.
Assim, quando faz campanha contra a vacinação obrigatória acha que essa conquista da humanidade está associada a uma guinada do mundo à esquerda, cabendo a ele a tarefa de corrigir esse rumo cá no Brasil.
Agora, quando maquina pra eliminar o ganho real no reajuste do piso salarial dos professores, imagina estar atingindo mortalmente pelo bolso uma categoria que atormenta historicamente o projeto de poder reacionário.
Não por acaso, seu principal conselheiro é Paulo Guedes, economista que trabalhou no Chile no auge da ditadura Pinochet, quando a previdência social foi destroçada e o narcotráfico tornou-se atividade econômica tolerada.
Bolsonaro tem óbvias ligações com milícias, grupamentos de justiceiros formados por policiais ou ex policiais, que se acham acima da lei além da notória ligação com o crime organizado, inclusive o narcotráfico.
Aparentemente, o modelo de governante pra Bolsonaro é o réptil estadunidense Donald Trump, todavia, consciente de suas limitações, e dados os elogios já manifestados publicamente, pode muito bem contentar-se em ser um Pinochet ou um Stroessner. Credo!
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