Definitivamente, o reconhecimento quase instantâneo da OEA(Organização dos Estados Americanos) do resultado das eleições presidenciais na Bolívia, ontem, não faz dessa instituição de aparência multilateral mais simpática.
Antes, o contrário. Só mostra que o posicionamento adotado a quando da reeleição de Evo Morales em pleito limpo, que a entidade colocou sob suspeita e ajudou a inflar o golpe, não passou de submissão aos desígnios imperialistas.
Com efeito, essa farsa da alternância no poder não passa de trunfo intervencionista nas mãos das nações capitalistas, que só toleram até certo ponto a soberania popular em nações mais pobres; assim que seus interesses econômicos sentem-se ameaçados, eles intervém 'em nome da democracia'.
Não é outra a retórica falsária utilizada por Luís Almagro, secretário geral da OEA, ao regozijar-se com a possibilidade de "um futuro brilhante" para o povo boliviano sob a democracia, como se a liderança de Evo Morales fosse uma imposição, e não uma conquista do povo.
Lula, Kirchner, Pepe Mujica, Rafael Correa, Chavez( agora Nicolás Maduro) são notáveis lideranças populares que o império anglo saxão não engole, e tudo fez em um passado recente para tirá-los de cena e assim manter a famigerada alternância no poder, óbvio, com o povo à margem.
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