Desde quando foram enxotados do Vietnam, em meados dos anos 1970, que os EUA não sofriam derrota tão acachapante como essa saída via pé na bunda acontecida na Síria, na segunda quinzena de dezembro último.
A Síria, relembre-se, é um dos poucos países daquela região que ainda preserva suas reservas petrolíferas como riqueza privativamente nacional, daí a incursão flibusteira do governo estadunidense para desestabilizar aquele governo nacionalista.
Deu com os burros nágua. Arregimentou uma malta de celerados, formou o infame Estado Islâmico pra espalhar terror, mas não contava com a ação das tropas russas, aliadas do governo sírio, que destruiu o aliado secreto do Tio Sam e ajudou na manutenção do governo local.
Assim, ruiu definitivamente aquele mundo unipolar surgido em 1991, quando foi decretado o fim da União Soviética, embora o boquirroto boçal pareça ainda ignorar este acontecimento, assim como ignora que o arsenal armamentista russo é muito mais sofisticado do que o disponível nos EUA, que ainda não possuem mísseis hipersônicos.
É nesse quadro que a CIA volta suas atenções para a Venezuela, afinal, de navio você gasta cinco dias pra transportar o petróleo que querem tomar daquele povo até a terra do Tio Sam; enquanto da Arábia Saudita, atualmente seu maior fornecedor, a viagem dura 45 dias.
Alheios a essa nova conjuntura mundial, os estúpidos da anti diplomacia viralata do atual governo comportam-se como cão de guarda dos interesses do bufão Donald Trump, ao que parece supondo que ainda vivemos no reino político do neoliberalismo perverso dos anos 1990.
Talvez nem o mico pago ontem na Bolívia, quando o presidente boçal e seu mafioso ministro da Justiça pensavam em recambiar para o Brasil Cesare Batistti, mas foram ignorados pelo governo boliviano que enviou Cesare diretamente pra Itália, abra os olhos dessa trupe de mentecaptos, que parece seguir resoluta no rumo do abismo diplomático.
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