Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 13 de janeiro de 2019

O início do governo Helder



Helder reciclado. É o que se percebe nesse início de gestão à frente do governo do Pará, muito diferente dos tempos em que foi prefeito de Ananindeua e marcou sua gestão pela inoperância e imobilismo.

Chegou ao cúmulo de largar a prefeitura da segunda mais populosa cidade paraense, indo refugiar-se em uma entidade que congrega prefeitos a fim de tocar o carreirismo que o inspirava e o levava crer que mídia, lábia e máquina partidária garantiriam seu futuro.

Parece ter aprendido muito com a peia que levou de Simão em 2014, quando esteve a menos de dez mil votos de liquidar a eleição no primeiro turno, mas no segundo turno foi derrotado, inclusive com uma votação adversa no município que governou por oito anos, o que deve ter servido de lição.

Agora, faz questão de estar em todas as agendas que julga imprescindíveis para a auto exaltação. Vai ao estádio que teve o forro desabado, visita secretarias, tomou posse nas três regiões mais populosas do estado, roubou a festa do aniversário da capital, diante de um prefeito que só dá bolo.

Hoje, o jornal de sua família traz números espetaculares a respeito da reedução da criminalidade no estado, uma de suas bandeiras de campanha, embora esses números lembrem o início de Simão, em 2011, e ali o resultado final foi a tragédia que se viu.

Na verdade, Helder parece apenas ter tirado o bode da sala, isto é, morriam cinco pessoas/dia em solo paraense. Nesses dez primeiros dias de governo, morreram três pessoas ao dia, números que atestam outra coisa que não uma política pública miraculosa que apresenta resultados em dez dias.

Resta saber como será a fatalmente duradoura relação que terá com o governo federal, este declaradamente avesso aos interesses do Norte e do Nordeste, agravado pela incompetência até aqui demonstrada, que o faz motivo de chacota nas suas idas e torrenciais recuos.

Pelo visto, projetos importantes, como a plena navegabilidade do rio Tocantins o ano inteiro, terão que esperar tempo melhor do que o  que se anuncia na medida em que teremos apenas nesses primeiros anos o atendimento das prioridades das corporações que financiaram o presidente.

Com isso, a perspectiva é que continuemos apenas na expectativa de receber compensações decorrentes das gigantescas perdas de receitas com a vigência da famigerada Lei Kandir, algo que não permite planejamentos mais a longo prazo.

Assim, mesmo com o os olhos fixos em 2022, Helder terá que ralar bastante nesse seu primeiro mandato para superar esses dois desafios gigantescos: a incerta ajuda do governo federal aos projetos de interesse do Pará, somada ao gigantesco rombo deixado por Jatene nas contas do estado, conforme matéria publicada domingo passado(6) em O Liberal. A conferir.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lembrando, Helder só venceu essa por conta do racha dos tucanos. Seu grande cabo eleitoral foi o médico vereador e agora deputado estadual Daniel, além de Pioneiro, Luth e tantos outros tucanos que traíram Simão e seu candidato. Fosse outro candidato... a história poderia repetir 2014.
O pior é que o jornal do governador conta que a violência caiu, mas quem aqui na periferia acredita? Em 14 dias do novo governo, sete agentes de segurança tombaram, terrível pras famílias, e outros foram feridos. Rogo pra que essa violência seja varrida de nossa terra.