Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

A toga espetaculosa


Tem todo jeito de encenação midiática, esse julgamento dos limites do foro privilegiado, ora em curso no STF, com oito ministros já tendo votado e um mais pedindo vistas, indiferente ao resultado consolidado, pedido já como marca registrada do desrespeito com que alguns ministros tratam a Corte.

O resultado, que remotamente pode sofrer alterações, estabelece que as regras vigentes continuarão como estão. Ou seja, dependendo do freguês, os ministros sentenciarão se o indigitado terá ou não duplo grau de jurisdição.

Recorde-se que foi o próprio STF que decidiu julgar Delúbio Soares, José Dirceu, Henrique Pizzolatto, dentre muitos outros, sem que tivessem mandatos eletivos, apenas por vontade dos ministros e desejo reacionário da mídia que cobria o julgamento da AP Nº470, o famigerado 'Mensalão'.

E foi o mesmo STF que decidiu mandar à 1ª Instância o julgamento de Eduardo Azeredo, Walfrido dos Mares Guia e outros tantos ligados à privataria, acusados do cometimento dos mesmos crimes que os petistas, mas beneficiados por argumentos opostos aos usados na decisão referente aos petistas.

No caso de Eduardo Azeredo foi até mais indecente porque este era parlamentar tucano e renunciou o mandato pra não ir às barras do Supremo. Se soubesse como é bom ter amigos na Suprema Corte tupiniquim nem teria renunciado, vide o caso do comparsa/conterrâneo de Azeredo, Aécio Neves.

Assim, tudo continuará como dantes, e a lei interpretada de acordo com a cara e convicções políticas do freguês. Tudo dentro do figurino Gilmariano/Temerário. Triste!

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