Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Venezuela: oposição colhe os frutos da antipolítica


Nas eleições regionais, chavismo perdeu cinco estados, mas conquistou redutos históricos da oposição, como o estado de Miranda, reduto do conservadorismo; a oposição convocou uma nova onda de manifestações, como faz todas as vezes em que não gosta dos resultados.


Os venezuelanos foram mais uma vez às urnas. E, mais uma vez, confirmaram o que já se delineava no voto da Assembleia Constituinte: a escolha pelo processo democrático, em um claro rechaço às táticas que vêm sendo utilizadas pela oposição para aprofundar as crises institucional e econômica no país.

O processo teve participação de 61% do eleitorado, o segundo maior da história para eleições regionais. O chavismo perdeu cinco estados, mas conquistou redutos históricos da oposição, como o estado de Miranda, governado por Henrique Capriles, uma das principais lideranças da oposição, e Lara, que era governado pelo ex-chavista Henry Falcón.

Como era de se esperar, a oposição (que ironicamente havia dito no dia anterior que reconheceria o resultado das eleições) se apressou em deslegitimar o resultado, e convocou uma nova onda de manifestações – como faz todas as vezes em que não gosta dos resultados das eleições. Nicolás Maduro, por sua vez, respondeu com um pedido de auditoria em 100% das urnas.

Os resultados dessas eleições deixam claro que queimar cidades e pessoas e depois sair pedindo votos é a própria definição da antipolítica. O que vimos ontem foi um voto de rechaço às sanções, ao Grupo de Lima, ao intervencionismo da OEA. A oposição colhe agora os frutos que plantou em mais de cem dias de protestos violentos. E o chavismo mostra, mais uma vez, seu compromisso com a alternância de poder.

Já podemos esperar o óbvio: que a MUD volte a pedir ainda mais sanções e siga instigando os ataques internacionais contra Maduro e contra o povo venezuelano. Mas agora ficou mais claro do que nunca que eles são mais queridos aqui em Washington do que na própria Venezuela.
(Aline Piva/ Nocaute)

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