O caso do réu Zequinha Marinho

O vice governador do Pará, Zequinha Marinho, é réu no STF por suspeita de ficar com parte dos salários de funcionários quando era deputado federal.

O dito ilícito parece fazer parte da vida de Marinho, que rompeu com a governadora Ana Júlia por ela manter no comando da Paratur correligionário do atual vice governador que não aceitou a tal proposta indecente.

Nesses tempos de pós verdade, é provável que Zequinha nunca venha a ser julgado porque teria que ser condenado e isto é visto até em tribunais como uma incoerência na medida em que nove entre dez parlamentares, seja qual for a esfera, estadual, municipal ou federal, é adepto dessa delinquência.

No caso de Marinho, seus advogados alegam que o 'desconto' era voluntário. mas, o caso da Paratur comprova que essa vontade é tão espontânea quando a concordância do pescoço do enforcado com a corda.

Assim, esse fanático religioso embriagado de moralismo, provavelmente concluirá sua trajetória política acobertado pela mais sórdida impunidade que certas relações públicas constroem subterraneamente nos esgotos da política.

É apenas um dos exemplos de como o combate à corrupção, que a mídia bandida deste país colocou na cabeça do povo brasileiro como sua principal preocupação, fará parte da história como a mais espetacular viagem de uma espécie de 'Arca dos Malfeitores', que navegou por séculos acima das leis de Pindorama sem que ao menos fosse notada sua passagem, quanto mais a chusma de malfeitores que transportava. Lamentável!