Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 20 de agosto de 2017

Cu de abelha é doce. Mas tem ferrão


Helder Barbalho parece personagem de gincana: está em todas. Um dia distribui garrafões de água, no outro carros de lixo, lá adiante distribui dinheiro às prefeituras, não há dia em que não esteja cumprindo agenda ministerial com claro objetivo eleitoral.

Sim porque até o reino mineral tem conhecimento que esse ritmo frenético obedece ao script de sua candidatura ao governo do Pará, tentando apagar os vacilos da eleição de 2014, quando esteve a oito mil votos de liquidar a eleição no primeiro turno, acabando por perder no segundo.

A observação que se faz, no caso desse desempenho, é que fica cristalina sua identificação com o governo federal, podendo-se até afirmar que Helder é visto como um dos mais próximos ministros do desonesto Michel Temer.

Ora, se a imagem de Helder está associada a de Michel Temer e este tem 94% de rejeição popular, óbvio que os adversários de Helder na disputa usarão essa vinculação pra bater na candidatura do atual ministro da Integração Nacional.

Apesar de jovem, Helder já acumulou experiência suficiente pra perceber esses detalhes. Afinal, já transitou pelas três esferas públicas e nasceu em um berço embalado pela vivência política, daí esperar-se que saiba o que está fazendo.

Só que o tempo passa, o tempo voa, chegamos a praticamente três meses do ano eleitoral e Helder parece seguir escravo da máquina, sem que suas costuras tenham firmeza suficiente para não esgarçarem tão logo ele deixe o cargo pra entrar na disputa eleitoral.

Feito o governo que serve, que a cada acusação de reiteradas práticas malfeitoras que comete é obrigado a comprar deputados para blindá-lo, Helder parece não encontrar a saída política que garanta sua liderança, mesmo que esteja eventualmente longe da máquina governamental.

A dor da derrota de 2014 parece não passar, mas agora, pra piorar, passa a conviver com o pesadelo da volta da assombração. Tudo porque a tática eleitoral é centrada na cooptação através do dinheiro público e este, como sabemos, é tão volátil quanto as convicções momentâneas que forma. E aí?


Um comentário:

Anônimo disse...

Verdade. Estava em Cafezal em julho qdo esse filho de todas as putas mandou o prefeito fazer um arremedo de carreata por conta do recebimento de um carro de lixo. No trajeto, passaram em frente de casa e nessa passagem ouviram palavras de ordem minhas de "golpista" e "corruptos" p/ deputada e p/ ministro.
Graça Torres