Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

A parceria entre Helder Barbalho e Geraldo Alckmin pode significar o reatamento do namoro entre tucanos e pemedebistas no Pará


A crença atual é que o PSDB rachou. Até a consumação do golpe era firme como rocha, unido como seita. Todavia, a inesperada esperteza temerária mostrou que essa solidez não resistiria se desmancharia, como se desmanchou, à primeira cobrança de altivez.

Diplomatas, ministros, autoridades tucanas de volta ao poder estão pouco se lixando com o nível de sordidez que os ungiu novamente a usufruir das benesses da máquina pública. Querem mesmo levar essa vida e fazer ver à ralé que o estado brasileiro lhes pertence por herança divina.

Nesse contexto, poderão surgir as parcerias mais estapafúrdias país afora, aquilo que costumamos chamar por aqui de assistir o boi voar.

Por exemplo, depois de um rompimento traumático entre PMDB e PSDB no Pará, depois de um namoro que já durava mais de trinta anos entre os chefes dessas duas facções, o distinto público pode ter pensado que o divórcio era pra sempre.

Só que não. A tomada do poder à força e a brusca hegemonia artificial pemedebista levou à uma reaproximação em âmbito nacional que fatalmente ia ter reflexos por aqui

Pressionado por seus aliados midiáticos, talvez o atual governador paraense fosse empecilho. No entanto, Jatene está velho, inelegível e no fim do seu segundo mandato consecutivo como governador, vale dizer, no rumo do limbo onde são depositados aqueles que perderam a serventia.

Por isso, as repetidas parcerias entre o ministro da Integração Nacional Helder Barbalho com o governador de São Paulo Geraldo Alckmin não podem ser vistas apenas como encontros casuais entre dois entes federados, até mesmo porque isto inexiste fora do universo manipulatório com que a mídia ilude incautos.

Enfim, a partir desses encontros nada casuais poderemos ter o PMDB apoiando a candidatura Alckmin contra Lula, apesar da crença de certo setor petista em um relacionamento estável entre PT/PMDB, no Pará.

Poderemos ter o PSDB, ou parte dele, apoiando Helder ao governo do estado, na perspectiva de uma aliança tão ampla quanto surreal.

Poderemos ter...sabe-se lá o que. Mas, mesmo sem nada poder prever, ter a certeza de que nunca dantes na história deste país vimos forças aparentemente tão antagônicas unirem-se a fim de apropriar-se da coisa pública, afastando qualquer possibilidade do surgimento novamente de um "aventureiro" que ouse ter o desplante de colocar os pobres no orçamento.


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