Sem querer causar transtornos a quem já está sob ameaça, bem que o deputado Bordalo podia colher assinaturas a fim de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) que investigue o algo mais existente oculto na chacina de Pau D'Arco.
São gravíssimas as revelações publicadas hoje no Repórter Diário, dando conta que a PM vende segurança a mineradoras estrangeiras aqui instaladas; que um oficial inferior hierarquicamente autorizou a famigerada operação passando por cima do comando geral e, mais grave, que aquele trágico episódio é desdobramento de um esquema delinquente envolvendo políticos, empresários e oficiais da PM.
Deixar nas mãos apenas da Promotoria Militar é restringir os fatos apenas à punição dos fardados, ocultando as responsabilidades daqueles que mais podem e por isso mais delinquiram. Não que a promotoria seja conivente, mas por conta de suas limitações legais.
E mais: esmiuçando essas relações perigosas, talvez o deputado Bordalo encontre a resposta do porquê daquele acesso de fúria do deputado Eder Mauro, na sessão em que foi apresentada, com provas, a denúncia que houve chacina.
Agora, o nada ilustre representante paraense na bancada da bala faz silêncio, diante da constatação irrefutável da condição de chacina que ele, Eder Mauro, e parte da mídia sórdida que reza por essa cartilha, queria passar como confronto.
Além de toda essa podridão, poderá vir à tona também o porquê do policiamento que deveria dar segurança à população que lhes paga os soldos estar a serviço de figurões que lhe pagam por fora do serviço público, isto é, propina, pra fazer segurança particular.
Enfim, para além da investigação no âmbito militar, urge uma investigação da sociedade civil através das instituições que a representam. Nesse caso, a Assembléia Legislativa do estado tem papel fundamental pra limpar essa lama.
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