Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 9 de julho de 2017

O Fies do Helder. Parece até bondade



Semana passada, em meio as turbulências sobejamente conhecidas da população, o golpista temerário anunciou regras mais duras para o Fies, programa de financiamento do ensino superior a estudantes de baixa renda.

Aquela altura, o vil abordava a alta taxa de inadimplência verificada no programa, segundo ele, em torno de 40% da clientela, e dentro da linha delinquente que o caracteriza anunciava a medida da cobrança de 30% de quem arranjasse emprego e fosse devedor.

Hoje, no jornal da família Barbalho, surge um fato novo a respeito do Fies, por sinal na mesma linha temerária de tirar dos pobres para dar aos ricos, inclusive com a perspectiva de financiamento de projetos políticos de poder.

Em uma entrevista pra lá de 'chapa branca', o ministro da Integração Regional, Helder Barbalho, revela que firmou parceria com o MEC a fim de transferir uma parcela dos recursos dos fundos constitucionais para o dito programa. Até MP já tramita no Congresso para legitimar o feito.

Esses fundos, em tese para financiar programas e empreendimentos que gerem receita e desenvolvimento nas regiões mais atrasadas do país, agora são vistas por Helder e Mendonça Filho como a salvação da lavoura do ensino privado.

O titular da Integração garante que serão R$2 bilhões retirados daqueles fundos e transferidos para as universidades privadas, em forma de bolsas de estudo, com a finalidade de preencher 150 mil vagas em universidades privadas das regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste.

Trata-se, ressalte-se, de algo altamente suspeito segundo a própria metodologia do uso desses recursos, conforme o próprio Helder revela.

"O aluno não vai garantir o financiamento direto no banco pelo fundo. Ele vai à universidade, que vai gerar esse crédito". Ou seja, o financiamento não será para o estudante diretamente, mas para a entidade privada, que apresentará sua 'Lista de Schindler' e receberá recursos certamente de acordo com o número de salvos do nazismo da ignorância.

Que o Ministério Público Federal fique atento ao risco que essa medida vire lenda urbana. Afinal, a lista será feita por aqueles que tentam livrar-se de prejuízos, logo, sob a possibilidade dos salvos serem em número bem menor do que a bondade promete.

Sem contar uma outra bondade não tão boa para o contribuinte. O retorno em forma de financiamento político a beneficiários dessa transferência de recursos de fundos geradores de desenvolvimento regional aos cofres de instituições privadas de ensino.

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