Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O capeta veste branco


Não adianta citar os edificantes feitos da ong médicos sem fronteiras, muito menos lembrar do saudoso Adib Jatene como exemplo de profissional da medicina com alto senso de humanismo. Eles são exceção, jamais a regra. A regra, desgraçadamente, tem como parâmetro o comportamento desses facínoras que regozijaram-se com a morte de D. Marisa Lula da Silva.

E isto não se afirma apenas pela perplexidade e indignação causa da por esse episódio. Há todo um histórico a respeito da falta de respeito à vida humana verificada no comportamento do conjunto dessa corporação, conforme ficou constatado no caso da criação do programa 'Mais Médicos' diante da hostilidade de hordas desses malfeitores contra colegas cubanos que vieram cumprir sua missão nas localidades mais ermas do país, justamente porque profissionais brasileiros recusaram-se a ir até lá.

Quando um meliante de branco posta publicamente seu júbilo pelo risco iminente de morte de uma pessoa que provavelmente nunca viu ao vivo, como fez o monstruoso neurocirurgião Richam Faissal Ellakkis, dizendo “Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela”, desejando que os colegas que tratavam de D. Marisa errassem no procedimento, é notório que não tem condições morais de exercer a medicina. Como esse torpe comentário foi durante um bate-papo com assemelhados na crueldade, por aí se vê a quantas anda o nível de canalhice da chamada 'máfia de branco', ela, sim, a maior responsável pela falência da saúde no Brasil.

Basta ver quantos hospitais particulares surgem rapidamente no Brasil proporcionalmente ao estrangulamento das contas do SUS. Enquanto isso, nenhum desses hospitais surgem nas periferias das grandes cidades, onde a clientela é mais numerosa. Que se explodam os pobres. Se quiserem, que venham até os bairros mais nobres penar em uma fila dessas clínicas particulares para tentar sobreviver, pois de lá essa escumalha não se afasta, pois são eles que dominam a burocracia administrativa do SUS, logo, são eles que canalizam os recursos para onde bem entendem.

Isso sem contar com a cumplicidade entre eles e a máfia da indústria farmacêutica, modo acanalhado e recorrente de transformar medicamentos em best-sellers pseudo literários, tops de venda e consequentemente faturamento de quem vende e de quem receita. E dane-se o paciente.

Diante disso, o mínimo que as pessoas devem fazer é evitar depender dessa corja de malfeitores. Em um país com larga tradição no uso de chás, infusões, unguentos naturais, entre outros tratamentos, surgidos exatamente para suprir a carência do atendimento médico porque a primeira escola de medicina fundada no país, pelo famigerado D. João VI, formava profissionais impedidos de atender brasileiros, daí a necessidade de manter essa tradição até o seu limite. Depois, fecha-se seu ciclo vital. pelo menos sem a lamentação de que seu fim poderia ser diferente, não fosse a desdita de cair nas mãos de um 'capeta vestido de branco'.

Nenhum comentário: