Eunício 'Índio' de Oliveira, eleito hoje presidente do Senado Federal para o biênio 2017-2018, ainda não é réu. Mas está delatado pela Odebrecht, acusado de receber R$2,1 milhões em propina.
As delações estão homologadas pela presidência do STF, o que pode transformar o maroto aborígene em réu. Caso isto aconteça, ficará impedido de substituir 'MT' na presidência da República. Não que o golpista titular seja menos desonesto, mas, trata-se de circunstância fortuita estranhamente tolerada pelo Poder Judiciário.
Pior: é o próprio judiciário que tem socorrido frequentemente os assaltantes do poder legítimo, tomando decisões de arrepiar cabelo do Eike. Foi assim quando discutiram semelhante condição sucessória de Renan, este já réu. Como se sabe, o agora líder pemedebista não tinha condições morais pra ocupar eventualmente o Poder Executivo, mas nada o impedia de dirigir o Legislativo.
Desconfio que os salomões de meia tigela do STF tentarão apagar o mico que significou a decisão no 'caso Renan' mantendo sob sigilo o caso 'Silvícola das propinas'. Assim, sem que a opinião pública saiba que o sucessor está legalmente impedido de suceder o golpista-mor fica mais fácil empurrar goela abaixo mais essa patranha.
Enfim, enquanto a economia se esborracha, a pobreza aumenta, o desemprego idem, as contas públicas vão pro brejo os operadores da justiça fecham os olhos e continuam gratos pelo generoso rejuste em seus salários, mimo golpista que Dilma havia negado. Nada mais comovente que uma corporação poderosa quando resolve agir unida em defesa de seus interesses. Mesmo que isto afunde uma nação inteira. Triste!
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