Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 11 de setembro de 2016

A maldição dos 300 picaretas


Um dia, um deputado manifesta-se publicamente contra a cassação do mandato do mega larápio Eduardo Cunha , justificando que ter mentido à Comissão de Ética não é motivo pra tirar o mandato ex-presidente porque aquela é "a casa da mentira"; outro, declara que tem de "voltar o financiamento das empresas. Prefeitos e vereadores estão desesperados, as contas não fecham".

Diante desses descalabros, como pode a população nutrir qualquer apreço por um poder que se avacalha publicamente a partir da exposição do comportamento de seus integrantes, que já mandaram às favas qualquer escrúpulo na hora de representar esse poder?

Sabemos que, em uma democracia, o Poder Legislativo é aquele mais sensível ao contato com a sociedade que escolhe seus integrantes, sendo também aquele que prescinde de prerrogativas repressivas como mecanismos intrínsecos a seu funcionamento.

No entanto, um fenômeno bizarro inaugurou-se com o advento da breve e trágica 'era Cunha', quando afastou-se de forma violenta a população das dependências da Câmara Federal, justamente pra dar vazão ao plano de assalto ao poder que, entre outras coisa, gerou efeitos dessa monta em que celerados declaram publicamente que a delinquência é modus operandi dos atuais usurpadores do poder.

Chamar o eleitor à razão, para que ponha um freio na proliferação dessas quadrilhas de malfeitores investidos em mandatos eletivos é fundamental. No entanto, isto é insuficiente enquanto não mudarem as regras do jogo capazes de nos proporcionar a superação desses anacronismos herdados de um passado em que o poderio econômico determinava o perfil dos representantes de nosso povo. É verdade que conseguimos superar esse mecanismo, todavia, diante da tentativa como a acima citada do retorno dessa canalhice só mostra que estamos longe dda consolidação dessa e da implantação de outras medidas higienizadoras da nossa política, algo que só virá se o povo, além de votar, mobilize-se para que se voto ocorra em condições mais decentes e com menos riscos de larápios, quando lhes for conveniente, tomem de assalto o poder.

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