Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Aécio, o inútil.



Ao contrário do que pensa o deputado psolista Jean Wyllis, que coloca Aécio Neves como o principal responsável pela crise que levou a abertura do impeachment, acho que o senador mineiro não tem estofo moral, muito menos político, para tanto.

Se, em 1964, vivíamos a Guerra Fria e os EUA estavam sob o impacto espetacular da Revolução Cubana, daí não quererem qualquer governo trabalhista no continente e por isso entraram de cabeça na conspiração, preparação e financiamento do golpe civil/militar desferido contra João Goulart, tendo os jornalões da época Globo, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, entre outros mais, apenas como veículos da propaganda golpista, à época a tevê não tinha a influência de hoje, a origem do golpe atual deve muito à partidarização sem vergonha da mídia brasileira, depois que uma dirigente dessas corporações empresariais sentenciou que era hora de tomar partido, da oposição, por esta encontrar-se "muito fraquinha".

Até a própria campanha de Aécio tornou-se competitiva em razão das sucessivas delinquências midiáticas que tentavam emparedar o governo e fazer triunfar a balela do combate à corrupção como tema principal da campanha. Mesmo com Aécio pilhado em sucessivos delitos como homem público, o cinismo, a manipulação e a recorrente falta à verdade dos fatos se fez presente no trabalho sujo dessas gangues.

O ápice, como todos sabem, foi a capa da Veja contendo um falso depoimento do doleiro Youssef garantindo que Lula e Dilma sabiam de tudo o que se passava na Petrobras. Essa canalhice golpista transformou-se em panfleto de campanha, a vil revista antecipou em um dia a data de sua circulação normal. Isto, segundo cálculos de gente ligada a marketing, atraiu milhões de votos de eleitores indecisos e contribuiu para a redução da diferença de Dilma para Aécio, segundo a campanha petista, em cerca de cinco pontos percentuais.

Depois disso, Aécio assumiu seu mandato de senador sem jamais obter qualquer destaque que levasse a pensar que seria um líder oposicionista. Com efeito, nunca conseguiu competir com o protagonismo daquele verdugo togado que opera em Curitiba e foi aos poucos perdendo o espaço artificialmente disponível na cena política.

Na verdade, em poucos meses quem assumiu a dianteira da oposição que articulava o golpe foi o celerado Eduardo Cunha, com sua pauta bomba e sua quadrilha de malfeitores detentores de mandatos eletivos, que emparedou o governo até o golpe final, após deputados petistas não cederem às chantagens na Comissão de Ética da Câmara.

Aécio só volta à cena negativamente, quando há surto de boas intenções e as investigações aparentam aprofundar-se, mas, em seguida, essas boas intenções voltam a  arder no lugar apropriado e o neto de Tancredo volta ao anonimato.

Sua candidatura à presidência fica cada dia mais distante, por sua falta de representatividade, bem como seu partido desabou na cena política, estando atualmente a reboque do PMDB.

Assim, somente uma nova ofensiva midiática que detone outro golpe dentro do golpe, mandando para as masmorras curitibanas toda a cúpula pemedebista que ascendeu a partir do espúrio afastamento de Dilma será capaz de dar novo alento à privataria tucana. Mesmo assim, é pouco provável que Aécio venha conduzir a tentativa privata de voltar ao poder pela via eleitoral. Há outros mandantes atualmente mais cacifados para a empreitada. E Aécio Neves continuará a nulidade que sempre foi fora da night carioca.

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